Logo image
Logo image

O que é hiperreflexia autonômica?  

3 minutos
A hiperreflexia autonômica é um distúrbio que se não for bem tratado pode levar à morte. As lesões da medula óssea são as causas mais frequentes de seu aparecimento.
O que é hiperreflexia autonômica?  
Alejandro Duarte

Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 20 dezembro, 2022

A hiperreflexia autonômica é uma complicação que aparece nos pacientes que apresentam uma lesão da medula espinhal em fase crônica. Ocorre em 85% dos pacientes que tenham uma lesão grave da medula espinhal acima da sétima vértebra torácica, T7.

É uma reação anormal e exagerada do sistema nervoso involuntário ou autônomo à estimulação. A hiperreflexia autonômica pode incluir alterações na frequência cardíaca, sudorese excessiva e hipertensão arterial, entre outros sintomas que veremos com mais detalhes ao longo do artigo.

Quais são as causas da hiperreflexia autonômica?

Some figure
A hiperreflexia autonômica produz uma estimulação anormal do sistema nervoso nas funções básicas involuntárias.

A causa mais frequente é a lesão medular, conforme mencionado no início do artigo. Um paciente que está sob essa condição tem uma resposta excessiva aos tipos de estimulação que não incomodam as pessoas saudáveis. No entanto, existem outras causas que podem originar a doença. Por exemplo, a síndrome de Guillain-Barré. Trata-se de um distúrbio no qual o sistema imunológico do nosso organismo ataca, de maneira errada, parte do sistema nervoso.

Alguns efeitos adversos de certos medicamentos, bem como um traumatismo grave na cabeça e outras lesões do cérebro, bem como uma hemorragia subaracnóidea, também podem ser algumas das causas que podem desenvolver essa situação. Finalmente, o consumo de estimulantes ilícitos, como a cocaína e as anfetaminas, é outra causa de hiperreflexia autonômica.

Esse artigo também pode lhe interessar: Estes jovens viajaram pelo mundo carregando seu amigo deficiente nas costas

Sintomas

Some figure

Na zona corporal que se encontra abaixo da lesão medular ocorrem palidez na pele e contrações musculares involuntárias. Por outro lado, nas regiões localizadas acima da lesão podem ser observadas vermelhidão, sudorese significativa, e dilatação da pupila ou midríase.

O paciente também costuma ter dor de cabeça, sensação de falta de ar, visão turva, ansiedade, e dor no peito. Além disso, podem ocorrer complicações como perda de consciência, bem como convulsões e hemorragias cerebrais podem ser evidenciadas. Nestes casos, a hiperreflexia autonômica é considerada um distúrbio de emergência médica.

Além dos mencionados, outros sintomas podem aparecer como:

Apesar dos numerosos sintomas descritos, existem situações em que esta doença não apresenta sintomas, inclusive quando há um aumento perigoso da pressão arterial.

Leia também: Uma “coluna vertebral biônica” ajudaria as pessoas com paralisia a voltarem a caminhar

Como podemos prevenir a hiperreflexia autonômica?

Para prevenir essa situação, deve ser evitado o uso de medicamentos que possam causar seus efeitos adversos ou piora doença. As pessoas que já têm uma lesão na medula óssea devem seguir uma série de dicas para evitar a hiperreflexia autonômica, tanto quanto possível. Primeiro de tudo, devem evitar que a bexiga fique cheia demais, por isso é sensato urinar com frequência.

Além disso, necessitam prestar atenção especial para manter a sensação de dor sob controle. Por outro lado, é importante que evitem a retenção fecal. E também cuidar da pele adequadamente, para evitar úlceras e infecções da mesma.

Prognóstico e possíveis complicações

O prognóstico desta doença dependerá da causa responsável. Se a hiperreflexia é devida aos efeitos de algum tratamento farmacológico, os pacientes geralmente recuperam-se suprimindo a administração dos medicamentos responsáveis.

No entanto, se houver outras causas, a recuperação dependerá de quão bem a doença pode ser tratada. Quanto às possíveis complicações, elas podem ocorrer devido aos efeitos colaterais dos medicamentos utilizados. A hipertensão grave e prolongada pode causar:

  • Convulsões
  • Sangramento nos olhos
  • Acidente vascular cerebral
  • Morte

Tratamento para a hiperreflexia autonômica

 

Some figure

Em conclusão, esta doença é potencialmente mortal. Por isso, é muito importante identificar e tratar o problema rapidamente. O tratamento dependerá da causa desencadeante. De igual modo, para preveni-la, se a hiperreflexia for causada por medicamentos, estes devem ser interrompidos.

No caso em que a frequência cardíaca esteja causando os sintomas, podem ser usados medicamentos anticolinérgicas, como a atropina. Por outro lado, é necessário tratar a hipertensão rapidamente. Mas isso deve ser feito com cuidado, pois esta pode diminuir muito drasticamente. Finalmente, se a frequência cardíaca for instável, pode ser exigido o uso de um marca-passo pelo paciente.

 

A hiperreflexia autonômica é uma complicação que aparece nos pacientes que apresentam uma lesão da medula espinhal em fase crônica. Ocorre em 85% dos pacientes que tenham uma lesão grave da medula espinhal acima da sétima vértebra torácica, T7.

É uma reação anormal e exagerada do sistema nervoso involuntário ou autônomo à estimulação. A hiperreflexia autonômica pode incluir alterações na frequência cardíaca, sudorese excessiva e hipertensão arterial, entre outros sintomas que veremos com mais detalhes ao longo do artigo.

Quais são as causas da hiperreflexia autonômica?

Some figure
A hiperreflexia autonômica produz uma estimulação anormal do sistema nervoso nas funções básicas involuntárias.

A causa mais frequente é a lesão medular, conforme mencionado no início do artigo. Um paciente que está sob essa condição tem uma resposta excessiva aos tipos de estimulação que não incomodam as pessoas saudáveis. No entanto, existem outras causas que podem originar a doença. Por exemplo, a síndrome de Guillain-Barré. Trata-se de um distúrbio no qual o sistema imunológico do nosso organismo ataca, de maneira errada, parte do sistema nervoso.

Alguns efeitos adversos de certos medicamentos, bem como um traumatismo grave na cabeça e outras lesões do cérebro, bem como uma hemorragia subaracnóidea, também podem ser algumas das causas que podem desenvolver essa situação. Finalmente, o consumo de estimulantes ilícitos, como a cocaína e as anfetaminas, é outra causa de hiperreflexia autonômica.

Esse artigo também pode lhe interessar: Estes jovens viajaram pelo mundo carregando seu amigo deficiente nas costas

Sintomas

Some figure

Na zona corporal que se encontra abaixo da lesão medular ocorrem palidez na pele e contrações musculares involuntárias. Por outro lado, nas regiões localizadas acima da lesão podem ser observadas vermelhidão, sudorese significativa, e dilatação da pupila ou midríase.

O paciente também costuma ter dor de cabeça, sensação de falta de ar, visão turva, ansiedade, e dor no peito. Além disso, podem ocorrer complicações como perda de consciência, bem como convulsões e hemorragias cerebrais podem ser evidenciadas. Nestes casos, a hiperreflexia autonômica é considerada um distúrbio de emergência médica.

Além dos mencionados, outros sintomas podem aparecer como:

Apesar dos numerosos sintomas descritos, existem situações em que esta doença não apresenta sintomas, inclusive quando há um aumento perigoso da pressão arterial.

Leia também: Uma “coluna vertebral biônica” ajudaria as pessoas com paralisia a voltarem a caminhar

Como podemos prevenir a hiperreflexia autonômica?

Para prevenir essa situação, deve ser evitado o uso de medicamentos que possam causar seus efeitos adversos ou piora doença. As pessoas que já têm uma lesão na medula óssea devem seguir uma série de dicas para evitar a hiperreflexia autonômica, tanto quanto possível. Primeiro de tudo, devem evitar que a bexiga fique cheia demais, por isso é sensato urinar com frequência.

Além disso, necessitam prestar atenção especial para manter a sensação de dor sob controle. Por outro lado, é importante que evitem a retenção fecal. E também cuidar da pele adequadamente, para evitar úlceras e infecções da mesma.

Prognóstico e possíveis complicações

O prognóstico desta doença dependerá da causa responsável. Se a hiperreflexia é devida aos efeitos de algum tratamento farmacológico, os pacientes geralmente recuperam-se suprimindo a administração dos medicamentos responsáveis.

No entanto, se houver outras causas, a recuperação dependerá de quão bem a doença pode ser tratada. Quanto às possíveis complicações, elas podem ocorrer devido aos efeitos colaterais dos medicamentos utilizados. A hipertensão grave e prolongada pode causar:

  • Convulsões
  • Sangramento nos olhos
  • Acidente vascular cerebral
  • Morte

Tratamento para a hiperreflexia autonômica

 

Some figure

Em conclusão, esta doença é potencialmente mortal. Por isso, é muito importante identificar e tratar o problema rapidamente. O tratamento dependerá da causa desencadeante. De igual modo, para preveni-la, se a hiperreflexia for causada por medicamentos, estes devem ser interrompidos.

No caso em que a frequência cardíaca esteja causando os sintomas, podem ser usados medicamentos anticolinérgicas, como a atropina. Por outro lado, é necessário tratar a hipertensão rapidamente. Mas isso deve ser feito com cuidado, pois esta pode diminuir muito drasticamente. Finalmente, se a frequência cardíaca for instável, pode ser exigido o uso de um marca-passo pelo paciente.

 


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Cheshire WP. Autonomic disorders and their management. In: Goldman L, Schafer AI, eds. Goldman-Cecil Medicine. 25th ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2016:chap 418.
  • Cowan H. Autonomic dysreflexia in spinal cord injury. Nurs Times. 2015;111(44):22-24. PMID: 26665385 www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26665385.
  • McDonagh DL, Barden CB. Autonomic dysreflexia. In: Fleisher LA, Rosenbaum SH, eds. Complications in Anesthesia. 3rd ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2018:chap 131.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.