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8 dicas na hora de negociar com os filhos

6 minutos
À medida que os filhos crescem e começam a experimentar autonomia, a negociação é o melhor caminho para garantir o equilíbrio entre o respeito familiar e a crescente independência.
8 dicas na hora de negociar com os filhos
Escrito por Thady Carabaño
Última atualização: 23 agosto, 2022

A negociação é a melhor forma de encontrar uma solução pacífica para um conflito. Além disso, negociar com os filhos ajuda a conseguir os acordos que eles precisam para se sentirem bem e estreitar vínculos familiares sobre a base do respeito.

Contudo, não é a mesma coisa negociar com uma criança de 5 anos e fazê-lo com um adolescente. À medida que os filhos crescem e querem ser mais independentes, a arte da negociação adquire contornos mais complexos.

Negociar com os filhos: uma ferramenta efetiva

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Negociar significa chegar em acordos, tendo como base as normas familiares e os interesses particulares dos filhos, que inevitavelmente mudam conforme crescem.

Para negociar com os pequenos certamente terá um maior controle das exigências que necessita que seus filhos cumpram. Quando já são adolescentes, a negociação implicará em ceder posições, sem que ninguém, nem os filhos ou pais, se sintam vencedores nem perdedores.

Negociar com os filhos enquanto são crianças

Apesar das temidas birras entre os 2 e 5 anos nos testarem, são situações nas quais é possível ter sucesso no processo de ajudar os filhos a administrar as próprias emoções. As três primeiras dicas são inspiradas na proposta que a psicóloga Rosa Jové expõe em seu livro A criança feliz.

Conforme as crianças crescem e adquirem mais habilidades no controle de suas emoções, os três passos definidos por Jové continuarão sendo úteis. Estes permitem que haja um equilíbrio entre a firmeza dos pais ao propor suas exigências e a sensibilidade e o interesse que devem ter com relação a postura da criança.

1. Compreenda seus sentimentos

Independentemente se a criança tem 3 anos ou 10, quando você sente empatia com as necessidades de seu filho, conseguirá uma melhor comunicação; além disso, é possível administrar melhor suas exigências e suas demandas.

Caso uma criança esteja incomodada porque não quer fazer suas tarefas, pergunte se está cansada, como foi seu dia na escola… Dessa maneira, poderá reconhecer em qual estado se encontra e poderá simpatizar com os seus sentimentos.

Leia também este artigo: As birras têm um lado positivo?

2. Eduque e explique o que espera

Ensine ao seu filho qual é a importância do que está lhe pedindo ou exigindo e quais são as razões que te motivam. Dessa forma, estará educando seu filho, estará ensinando o valor das normas e a importância de cumprir com o que é requisitado.

Seguindo com o exemplo anterior, eduque seu filho sobre a importância de cumprir com seus deveres escolares. Além disso, ensine quais são suas responsabilidades e explique as razões pelas quais é melhor cumprir com as tarefas a tempo, antes de deixar tudo para última hora.

3. Para poder negociar com os filhos, deixe-os escolher sua própria opção ou solução

Criar com afeto e respeito implicar negociar com os filhos. Os pais que, após terem sido afetuosos e empáticos, explicarem suas razões e exercerem um controle moderado nas opções que oferecerem para as crianças, certamente conseguirão muito mais do pequeno. Ademais, alimentarão a independência e cultivarão o respeito.

Para encerrar o exemplo anterior: ofereça duas alternativas ao seu filho, ou faz as tarefas de uma vez para depois poder brincar, ou descansa meia hora e, em seguida, cumpre com seus deveres escolares.

Negociar quando chegam na adolescência

Quando chega a adolescência é claro que a negociação mudaSeus filhos começam a fazer uso de sua autonomia e, evidentemente, ocorrerão choques com as normas e com as responsabilidades da família.

Em suma, negociar com os filhos adolescentes é mais exigente. Implicará em uma reformulação ou combinação dos três passos anteriores, em função das 4 dicas que apresentaremos a seguir.

4. Antes de negociar com os filhos, escute suas razões

Ainda que não esteja de acordo com suas ideias, deve dar uma chance do adolescente de expressá-las. Evite interrompê-lo mesmo que não goste do que está escutando. Além disso, evite julgá-lo, e ainda menos fazer algum sermão: não é o momento. É sua vez de escutar.

Para abrir os canais de comunicação tem que incentivá-lo a dar explicações e dar o tempo necessário para desenvolver suas ideias.

5. Explique suas ideias sem assumir posições de superioridade

Esqueça-se de frases como «quando eu tinha sua idade…» ou «o que deve fazer é…». Para negociar com seus filhos tem que estar em um nível simétrico para poder facilitar o diálogo. Concilie com frases como «o que é que está te preocupando?» ou «eu gostaria de ouvir sua opinião sobre…».

Depois de escutar as razões de seu filho, explique as suas, sem perder a calma nem impor sua posição. Não é necessário negociar um sentado na frente do outro; dar liberdade de movimento pode facilitar a discussão.

Descubra ademais: Como se aproximar dos filhos para aconselhá-los?

6. Cuide do ambiente e do tempo da negociação

Para negociar com seus filhos é bom ter um ambiente e humor propício para o diálogo. Por isso, tente estar descansado para a negociação; caso venha de um dia tenso no trabalho poderá converter a negociação em uma guerra e com isso não chegará em nenhum acordo.

Portanto, o ideal é que possa conversar sozinho com seu filho, sem a presença de irmãos ou até mesmo de seu parceiro. Seu filho se sentirá mais confortável caso negocie com um dos pais ao invés dos dois, já que estaria em desvantagem. Tome o tempo necessário e evite interrupções (desligue os celulares).

7. Na hora de negociar com os filhos, lembre-se de que você é o adulto

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Nunca falte com respeito ao seu filho, mesmo que ele o tenha feito contigo. Seja um modelo de comportamento. Caso a negociação esteja se tornando muito ácida é melhor parar a conversa e passá-la para o dia seguinte.

Não tem sentido tentar o diálogo se os ânimos estiverem quentes. Por isso, observe seu vocabulário e seu tom de voz, já que são duas ferramentas essenciais para ajudar a manter o controle da situação. A negociação é conduzida por você; é a pessoa que dá o primeiro passo, precisamente porque é o adulto.

8. Chegue em acordos e respeite-os

O respeito aos acordos que são feitos marcará o sucesso da negociação. Os acordos devem ser satisfatórios para os dois. Além disso, estabeleça quais são as consequências de quebrá-los.

Ainda, incentive seu filho a propor os acordos, que não só traga soluções, como também estabeleça sozinho o que cederá para atender seus pedidos. Da mesma forma, você também cederá, para fechar um acordo que satisfaça ambos.

Reflexão final

Por fim, é importante que ao negociar, ambas as partes se comprometam a cumprir com os acordos fechados. Se seu filho não cumpre com sua parte, não pode ser flexível na aplicação das consequências acordadas. Se você descumpre com o acordado, perderá o respeito do seu filho.

Nos casos em que a negociação está trancada (o adolescente tem uma atitude desafiante que pode fazer com que você perca o autocontrole), peça ao seu parceiro que participe como mediador. Se isso não for suficiente e a intensidade do debate esquentar, talvez seja necessária a mediação de outro familiar, de um professor ou de um profissional da psicologia.

A negociação é a melhor forma de encontrar uma solução pacífica para um conflito. Além disso, negociar com os filhos ajuda a conseguir os acordos que eles precisam para se sentirem bem e estreitar vínculos familiares sobre a base do respeito.

Contudo, não é a mesma coisa negociar com uma criança de 5 anos e fazê-lo com um adolescente. À medida que os filhos crescem e querem ser mais independentes, a arte da negociação adquire contornos mais complexos.

Negociar com os filhos: uma ferramenta efetiva

Some figure

Negociar significa chegar em acordos, tendo como base as normas familiares e os interesses particulares dos filhos, que inevitavelmente mudam conforme crescem.

Para negociar com os pequenos certamente terá um maior controle das exigências que necessita que seus filhos cumpram. Quando já são adolescentes, a negociação implicará em ceder posições, sem que ninguém, nem os filhos ou pais, se sintam vencedores nem perdedores.

Negociar com os filhos enquanto são crianças

Apesar das temidas birras entre os 2 e 5 anos nos testarem, são situações nas quais é possível ter sucesso no processo de ajudar os filhos a administrar as próprias emoções. As três primeiras dicas são inspiradas na proposta que a psicóloga Rosa Jové expõe em seu livro A criança feliz.

Conforme as crianças crescem e adquirem mais habilidades no controle de suas emoções, os três passos definidos por Jové continuarão sendo úteis. Estes permitem que haja um equilíbrio entre a firmeza dos pais ao propor suas exigências e a sensibilidade e o interesse que devem ter com relação a postura da criança.

1. Compreenda seus sentimentos

Independentemente se a criança tem 3 anos ou 10, quando você sente empatia com as necessidades de seu filho, conseguirá uma melhor comunicação; além disso, é possível administrar melhor suas exigências e suas demandas.

Caso uma criança esteja incomodada porque não quer fazer suas tarefas, pergunte se está cansada, como foi seu dia na escola… Dessa maneira, poderá reconhecer em qual estado se encontra e poderá simpatizar com os seus sentimentos.

Leia também este artigo: As birras têm um lado positivo?

2. Eduque e explique o que espera

Ensine ao seu filho qual é a importância do que está lhe pedindo ou exigindo e quais são as razões que te motivam. Dessa forma, estará educando seu filho, estará ensinando o valor das normas e a importância de cumprir com o que é requisitado.

Seguindo com o exemplo anterior, eduque seu filho sobre a importância de cumprir com seus deveres escolares. Além disso, ensine quais são suas responsabilidades e explique as razões pelas quais é melhor cumprir com as tarefas a tempo, antes de deixar tudo para última hora.

3. Para poder negociar com os filhos, deixe-os escolher sua própria opção ou solução

Criar com afeto e respeito implicar negociar com os filhos. Os pais que, após terem sido afetuosos e empáticos, explicarem suas razões e exercerem um controle moderado nas opções que oferecerem para as crianças, certamente conseguirão muito mais do pequeno. Ademais, alimentarão a independência e cultivarão o respeito.

Para encerrar o exemplo anterior: ofereça duas alternativas ao seu filho, ou faz as tarefas de uma vez para depois poder brincar, ou descansa meia hora e, em seguida, cumpre com seus deveres escolares.

Negociar quando chegam na adolescência

Quando chega a adolescência é claro que a negociação mudaSeus filhos começam a fazer uso de sua autonomia e, evidentemente, ocorrerão choques com as normas e com as responsabilidades da família.

Em suma, negociar com os filhos adolescentes é mais exigente. Implicará em uma reformulação ou combinação dos três passos anteriores, em função das 4 dicas que apresentaremos a seguir.

4. Antes de negociar com os filhos, escute suas razões

Ainda que não esteja de acordo com suas ideias, deve dar uma chance do adolescente de expressá-las. Evite interrompê-lo mesmo que não goste do que está escutando. Além disso, evite julgá-lo, e ainda menos fazer algum sermão: não é o momento. É sua vez de escutar.

Para abrir os canais de comunicação tem que incentivá-lo a dar explicações e dar o tempo necessário para desenvolver suas ideias.

5. Explique suas ideias sem assumir posições de superioridade

Esqueça-se de frases como «quando eu tinha sua idade…» ou «o que deve fazer é…». Para negociar com seus filhos tem que estar em um nível simétrico para poder facilitar o diálogo. Concilie com frases como «o que é que está te preocupando?» ou «eu gostaria de ouvir sua opinião sobre…».

Depois de escutar as razões de seu filho, explique as suas, sem perder a calma nem impor sua posição. Não é necessário negociar um sentado na frente do outro; dar liberdade de movimento pode facilitar a discussão.

Descubra ademais: Como se aproximar dos filhos para aconselhá-los?

6. Cuide do ambiente e do tempo da negociação

Para negociar com seus filhos é bom ter um ambiente e humor propício para o diálogo. Por isso, tente estar descansado para a negociação; caso venha de um dia tenso no trabalho poderá converter a negociação em uma guerra e com isso não chegará em nenhum acordo.

Portanto, o ideal é que possa conversar sozinho com seu filho, sem a presença de irmãos ou até mesmo de seu parceiro. Seu filho se sentirá mais confortável caso negocie com um dos pais ao invés dos dois, já que estaria em desvantagem. Tome o tempo necessário e evite interrupções (desligue os celulares).

7. Na hora de negociar com os filhos, lembre-se de que você é o adulto

Some figure

Nunca falte com respeito ao seu filho, mesmo que ele o tenha feito contigo. Seja um modelo de comportamento. Caso a negociação esteja se tornando muito ácida é melhor parar a conversa e passá-la para o dia seguinte.

Não tem sentido tentar o diálogo se os ânimos estiverem quentes. Por isso, observe seu vocabulário e seu tom de voz, já que são duas ferramentas essenciais para ajudar a manter o controle da situação. A negociação é conduzida por você; é a pessoa que dá o primeiro passo, precisamente porque é o adulto.

8. Chegue em acordos e respeite-os

O respeito aos acordos que são feitos marcará o sucesso da negociação. Os acordos devem ser satisfatórios para os dois. Além disso, estabeleça quais são as consequências de quebrá-los.

Ainda, incentive seu filho a propor os acordos, que não só traga soluções, como também estabeleça sozinho o que cederá para atender seus pedidos. Da mesma forma, você também cederá, para fechar um acordo que satisfaça ambos.

Reflexão final

Por fim, é importante que ao negociar, ambas as partes se comprometam a cumprir com os acordos fechados. Se seu filho não cumpre com sua parte, não pode ser flexível na aplicação das consequências acordadas. Se você descumpre com o acordado, perderá o respeito do seu filho.

Nos casos em que a negociação está trancada (o adolescente tem uma atitude desafiante que pode fazer com que você perca o autocontrole), peça ao seu parceiro que participe como mediador. Se isso não for suficiente e a intensidade do debate esquentar, talvez seja necessária a mediação de outro familiar, de um professor ou de um profissional da psicologia.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.