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Na minha vida quero pessoas que somem, não que subtraiam

5 minutos
Além de nos rodearmos por pessoas que nos ajudem a crescer e que nos ofereçam algo, também temos de nos esforçar para sermos pessoas que acrescentem aos outros e não subtraiam.
Na minha vida quero pessoas que somem, não que subtraiam
Raquel Aldana

Escrito e verificado por o psicólogo Raquel Aldana

Última atualização: 14 março, 2023

É importante nos cercarmos de pessoas que somem à nossa vida aprendizagens e qualidades positivas de longo prazo. Essas são pessoas que valem a pena ou, melhor dizendo, que merecem nossa alegria e nossos sorrisos.

Por esta razão é bom que façamos uma boa revisão das nossas relações e determinemos o que nos faz bem e o que nos faz mal com o objetivo de maximizar o benefício que obtemos em nossos vínculos.

Neste sentido, algo que devemos ter muito claro é que nem tudo é preto ou branco. Por esta simples razão, haverá momentos em que alguém irá alterar o nosso bem-estar e, em outros, em que a mesma pessoa irá adicionar para compensar a perda anterior.

No entanto, há pessoas ou relacionamentos com as quais vislumbramos o horizonte de um futuro negro é inevitável. Aqui é onde nós temos que nos esforçar mais para evitar que nos manipulem emocionalmente com algo negativo.

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 Quando nos recompensam com o mal

Há pessoas que causam um verdadeiro desastre em nossas vidas e que revolucionam um momento vital com intenções mascaradas e sentimentos negativos, cegados pelo egoísmo e desprezo.

No início e como consequência de casos extremos, não damos crédito ao que estamos vendo, obstruindo a nossa capacidade de “ver com outros olhos” aquela pessoa que nos subtrai. Ou seja, é como se tivéssemos os olhos vendados para a realidade.

O que nos dificulta nesta jornada são as expectativas que entorpecem a ação de colocar uma distância emocional para nos liberarmos das pessoas com as quais sofremos e que minam nossos sentimentos, pensamentos e objetivos.

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A distância emocional afasta-nos da dor que nos aproxima da infelicidade

Ao invés de nos deixarmos afogar quando temos esses vampiros emocionais em nossa vida, temos de estar cientes de quem são eles e como são capazes de fazer que se apague o brilho de nosso olhar e assim soframos dificuldades emocionais.

Assim, para tomarmos uma distância emocional, a primeira coisa que devemos saber é que não há nada nem ninguém que merece nos roubar de nossa essência.

Esta é uma máxima que sempre deve nos acompanhar na vida, porque nossos atributos, não podem ser dependentes do que os outros desejam.

Se nos livrarmos de nossos princípios por agradar aos outros ou para agradar seus egoísmos, estamos nos enviando uma mensagem de que as circunstâncias podem tornar-se proprietárias de nossa liberdade emocional.

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Os benefícios da distância emocional

Os benefícios da distância emocional são muito claros. Graças a ela podemos distanciar-nos do medo, da dor, da dependência e toxicidade que fomentam relacionamentos insalubres.

Neste sentido, devemos ter em mente que, em um relacionamento saudável, as falhas não são só culpa de uma pessoa, mas cada membro realiza ou permite que a negatividade reine.

Seja como for, existem padrões negativos de comportamento e interação que são estabelecidos e dos quais devemos nos livrar.

Só nos livrando desta carga psicológica lograremos que nossa autoestima seja protegida e que as más intenções de outras pessoas fazem não nos diminuam. Só então estaremos prontos para ajudar essas pessoas com problemas.

Porque é importante que, se ainda temos vontade e podemos fazer um esforço, as façamos entender que transmitem comportamentos tóxicos, que o verdadeiro conflito está em seu interior e que, se de verdade lhes interessa, podem mudar sua maneira de se relacionar.

“Não há nada melhor que reconectar-se consigo mesmo e perdoar a outra pessoa, tendo ou não razão, porque as pessoas, quando fazem coisas dolorosas, normalmente as fazem porque naquele momento não podiam fazê-las melhor, porque estavam com medo, ou por qualquer outro motivo. Então, o perdão é uma coisa maravilhosa”.

-Marwan-

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Seja uma pessoa justa e não perca sua essência

Todos nós desejamos que as pessoas que nos cercam acrescentem coisas positivas em nossas vidas. No entanto, quando algo injusto nos acontece ou existe um ponto de dor em um relacionamento, o sofrimento pode fazer com que nossos pensamentos se infectem de preconceito e vitimização.

Evitar isto requer uma grande capacidade de trabalho interior que gera um diálogo interno saudável.

Ante a dor súbita e intensa o que devemos saber é que a raiva gerada é temporária e que os danos não necessariamente têm que ter uma consequência, embora nós queiramos isso em algum momento.

Sobre esta questão do ressentimento, há uma história muito boa e ilustrativa que gostaríamos de abordar neste texto:

Em um belo dia de repente, uma filha vem e diz ao pai:

-Pai, eu não aguento mais a vizinha! Eu quero matá-la, mas estou com medo que me descubram. Você pode me ajudar com isso?

Sem hesitar, o pai respondeu:

-Certamente, meu amor, mas há uma condição… você terá que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie de você quando ela morrer.

Você terá que tratá-la muito bem, ser menos egoísta, gentil, paciente, amorosa, grata, sempre retribuir, ouvi-la mais… você está vendo este pó? Todos os dias, coloque um pouco na comida dela. E ela vai morrer lentamente.

Após 30 dias, a filha retorna para dizer ao pai:

-Eu não quero que ela morra. Eu a amo. E agora? Como faço para cortar o efeito do veneno?

O pai então responde:

-Não se preocupe! O que eu lhe dei era pó de arroz. Ela não vai morrer, porque o veneno estava em você.

Como vemos, alimentando ressentimentos morremos pouco a pouco, pois quando alguém machuca você é como se uma serpente o tivesse mordido. Pode ser que as feridas de suas presas sejam pequenas, mas guardam nelas um veneno potente capaz de destruir-nos em um curto espaço de tempo.

Os venenos mais comuns nestes casos são a vingança, a vitimização, o olho por olho e a necessidade de justiça cega.

Pouco a pouco, vão fazendo que nossos pensamentos, comportamentos e emoções nos corroam por dentro e percamos a vitalidade e a esperança.

Isto não deve nos assustar demais, porque guardar rancor é tão humano quanto perdoar ou errar. Na verdade, dizem que quem não ama, não perdoa, e que o responsável pelo perdão é o amor pela vida, em direção ao outro e a si mesmo.

Então, perdoe, esqueça os ressentimentos e tente fazê-lo da melhor forma possível para se tornar daquelas pessoas que somam na vida dos outros, pois assim, aliviamos o fardo da nossa mala e garantimos nossa jornada no caminho da maturidade emocional.

É importante nos cercarmos de pessoas que somem à nossa vida aprendizagens e qualidades positivas de longo prazo. Essas são pessoas que valem a pena ou, melhor dizendo, que merecem nossa alegria e nossos sorrisos.

Por esta razão é bom que façamos uma boa revisão das nossas relações e determinemos o que nos faz bem e o que nos faz mal com o objetivo de maximizar o benefício que obtemos em nossos vínculos.

Neste sentido, algo que devemos ter muito claro é que nem tudo é preto ou branco. Por esta simples razão, haverá momentos em que alguém irá alterar o nosso bem-estar e, em outros, em que a mesma pessoa irá adicionar para compensar a perda anterior.

No entanto, há pessoas ou relacionamentos com as quais vislumbramos o horizonte de um futuro negro é inevitável. Aqui é onde nós temos que nos esforçar mais para evitar que nos manipulem emocionalmente com algo negativo.

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 Quando nos recompensam com o mal

Há pessoas que causam um verdadeiro desastre em nossas vidas e que revolucionam um momento vital com intenções mascaradas e sentimentos negativos, cegados pelo egoísmo e desprezo.

No início e como consequência de casos extremos, não damos crédito ao que estamos vendo, obstruindo a nossa capacidade de “ver com outros olhos” aquela pessoa que nos subtrai. Ou seja, é como se tivéssemos os olhos vendados para a realidade.

O que nos dificulta nesta jornada são as expectativas que entorpecem a ação de colocar uma distância emocional para nos liberarmos das pessoas com as quais sofremos e que minam nossos sentimentos, pensamentos e objetivos.

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A distância emocional afasta-nos da dor que nos aproxima da infelicidade

Ao invés de nos deixarmos afogar quando temos esses vampiros emocionais em nossa vida, temos de estar cientes de quem são eles e como são capazes de fazer que se apague o brilho de nosso olhar e assim soframos dificuldades emocionais.

Assim, para tomarmos uma distância emocional, a primeira coisa que devemos saber é que não há nada nem ninguém que merece nos roubar de nossa essência.

Esta é uma máxima que sempre deve nos acompanhar na vida, porque nossos atributos, não podem ser dependentes do que os outros desejam.

Se nos livrarmos de nossos princípios por agradar aos outros ou para agradar seus egoísmos, estamos nos enviando uma mensagem de que as circunstâncias podem tornar-se proprietárias de nossa liberdade emocional.

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Os benefícios da distância emocional

Os benefícios da distância emocional são muito claros. Graças a ela podemos distanciar-nos do medo, da dor, da dependência e toxicidade que fomentam relacionamentos insalubres.

Neste sentido, devemos ter em mente que, em um relacionamento saudável, as falhas não são só culpa de uma pessoa, mas cada membro realiza ou permite que a negatividade reine.

Seja como for, existem padrões negativos de comportamento e interação que são estabelecidos e dos quais devemos nos livrar.

Só nos livrando desta carga psicológica lograremos que nossa autoestima seja protegida e que as más intenções de outras pessoas fazem não nos diminuam. Só então estaremos prontos para ajudar essas pessoas com problemas.

Porque é importante que, se ainda temos vontade e podemos fazer um esforço, as façamos entender que transmitem comportamentos tóxicos, que o verdadeiro conflito está em seu interior e que, se de verdade lhes interessa, podem mudar sua maneira de se relacionar.

“Não há nada melhor que reconectar-se consigo mesmo e perdoar a outra pessoa, tendo ou não razão, porque as pessoas, quando fazem coisas dolorosas, normalmente as fazem porque naquele momento não podiam fazê-las melhor, porque estavam com medo, ou por qualquer outro motivo. Então, o perdão é uma coisa maravilhosa”.

-Marwan-

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Seja uma pessoa justa e não perca sua essência

Todos nós desejamos que as pessoas que nos cercam acrescentem coisas positivas em nossas vidas. No entanto, quando algo injusto nos acontece ou existe um ponto de dor em um relacionamento, o sofrimento pode fazer com que nossos pensamentos se infectem de preconceito e vitimização.

Evitar isto requer uma grande capacidade de trabalho interior que gera um diálogo interno saudável.

Ante a dor súbita e intensa o que devemos saber é que a raiva gerada é temporária e que os danos não necessariamente têm que ter uma consequência, embora nós queiramos isso em algum momento.

Sobre esta questão do ressentimento, há uma história muito boa e ilustrativa que gostaríamos de abordar neste texto:

Em um belo dia de repente, uma filha vem e diz ao pai:

-Pai, eu não aguento mais a vizinha! Eu quero matá-la, mas estou com medo que me descubram. Você pode me ajudar com isso?

Sem hesitar, o pai respondeu:

-Certamente, meu amor, mas há uma condição… você terá que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie de você quando ela morrer.

Você terá que tratá-la muito bem, ser menos egoísta, gentil, paciente, amorosa, grata, sempre retribuir, ouvi-la mais… você está vendo este pó? Todos os dias, coloque um pouco na comida dela. E ela vai morrer lentamente.

Após 30 dias, a filha retorna para dizer ao pai:

-Eu não quero que ela morra. Eu a amo. E agora? Como faço para cortar o efeito do veneno?

O pai então responde:

-Não se preocupe! O que eu lhe dei era pó de arroz. Ela não vai morrer, porque o veneno estava em você.

Como vemos, alimentando ressentimentos morremos pouco a pouco, pois quando alguém machuca você é como se uma serpente o tivesse mordido. Pode ser que as feridas de suas presas sejam pequenas, mas guardam nelas um veneno potente capaz de destruir-nos em um curto espaço de tempo.

Os venenos mais comuns nestes casos são a vingança, a vitimização, o olho por olho e a necessidade de justiça cega.

Pouco a pouco, vão fazendo que nossos pensamentos, comportamentos e emoções nos corroam por dentro e percamos a vitalidade e a esperança.

Isto não deve nos assustar demais, porque guardar rancor é tão humano quanto perdoar ou errar. Na verdade, dizem que quem não ama, não perdoa, e que o responsável pelo perdão é o amor pela vida, em direção ao outro e a si mesmo.

Então, perdoe, esqueça os ressentimentos e tente fazê-lo da melhor forma possível para se tornar daquelas pessoas que somam na vida dos outros, pois assim, aliviamos o fardo da nossa mala e garantimos nossa jornada no caminho da maturidade emocional.


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  • Margot, J.-P. (2007). La felicidad. Praxis Filosófica. https://doi.org/10.1161/01.RES.72.5.1082
  • Seligman, M. E. P. (2006). La auténtica felicidad. Byblos. https://doi.org/10.1016/j.ijporl.2012.08.020
  • LISPECTOR, C. (1988). Felicidad clandestina. El Espejo de Tinta. https://doi.org/8520906559

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