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Mulher faz alerta sobre tabagismo passivo

3 minutos
"Meu marido era fumante, mas quem teve câncer fui eu".
Mulher faz alerta sobre tabagismo passivo
Última atualização: 21 junho, 2022

Os riscos do cigarro para quem não fuma, o chamado fumante passivo, é de extrema relevância, já que a pessoa é afetada pela escolha do outro. O tabagismo passivo é responsável por mais de 1 milhão de mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nalini foi diagnosticada com câncer em 2010, cinco anos após a morte do marido. Moradora da cidade de Hyderabad, no sul da Índia, ela não fuma, mas ao longo dos seus 33 anos de casamento foi exposta ao fumo passivo.

Os fumantes exalam as substâncias venenosas e os fumantes passivos acabam inalando-as.”, desabafou Nalini Satyanarayan, de 75 anos.

Nalini vive hoje uma situação bastante difícil: “Não consigo respirar pelo nariz. Respiro por um buraco no pescoço chamado estoma”, conta ela.

“Meu marido era um fumante inveterado. Eu não sabia que isso me afetaria ou que seria tão ruim assim”, disse ela à BBC. “Eu me preocupava com a saúde dele, dizia a ele para parar de fumar, mas isso não adiantava”.

O cigarro faz mal tanto ao fumante quanto ao não fumante

Milhões de pessoas perdem a vida todos os anos devido ao cigarro. 1,2 milhão dentre elas foram expostas ao fumo passivo do tabaco. Além disso, muitas outras convivem com doenças limitadoras.

Nalini afirma que notou que sua voz estava ficando rouca ao contar histórias para sua neta Janani. Em pouco tempo, parou de falar claramente e também começou a ficar sem fôlego.

Ela foi diagnosticada com câncer torácico. Os médicos removeram suas cordas vocais e sua glândula tireoide.

“Perdi minha capacidade de falar. Foi muito desanimador. Então, os médicos me disseram que eu não recuperaria minha voz original”.

A neta Janani, agora com 15 anos, lembra que tudo aconteceu muito de repente com sua avó, que até então era “muito falante”. “Quando ela foi diagnosticada, ficou fora de casa por um longo tempo”, disse a jovem.

Some figure

Nalini passou por um longo tratamento. “Quando ela voltou, eu tinha cerca de quatro anos. Havia tubos em seu estômago… havia tubos por toda parte. Tínhamos que limpar nossa casa com frequência e havia uma enfermeira conosco”.

Ela recebeu bons cuidados médicos e conseguiu começar a falar novamente com a ajuda de um dispositivo eletrônico. “Eu tive câncer por causa do meu marido”, diz Nalini.

“Não guardo mágoa do meu marido”

Atualmente, ela se dedica a contar sua história em escolas, universidades, reuniões comunitárias e muitos outros lugares para alertar sobre os perigos do tabagismo passivo.

Mesmo tendo perdido a voz e passado por grande sofrimento, Nalini diz não guardar rancor contra seu falecido marido.

Nunca me senti chateada com meu marido. Não adianta sentir mágoa, não vai resolver nenhum problema. Aceitei a realidade e nunca me senti envergonhada de falar sobre minha doença”, disse ela.

“O fumo passivo contém mais de 7 mil produtos químicos, dos quais cerca de 70 podem causar câncer”, diz Ângela Ciobanu, da área de controle do tabaco no Escritório Europeu da OMS.

Os riscos do cigarro para quem não fuma, o chamado fumante passivo, é de extrema relevância, já que a pessoa é afetada pela escolha do outro. O tabagismo passivo é responsável por mais de 1 milhão de mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nalini foi diagnosticada com câncer em 2010, cinco anos após a morte do marido. Moradora da cidade de Hyderabad, no sul da Índia, ela não fuma, mas ao longo dos seus 33 anos de casamento foi exposta ao fumo passivo.

Os fumantes exalam as substâncias venenosas e os fumantes passivos acabam inalando-as.”, desabafou Nalini Satyanarayan, de 75 anos.

Nalini vive hoje uma situação bastante difícil: “Não consigo respirar pelo nariz. Respiro por um buraco no pescoço chamado estoma”, conta ela.

“Meu marido era um fumante inveterado. Eu não sabia que isso me afetaria ou que seria tão ruim assim”, disse ela à BBC. “Eu me preocupava com a saúde dele, dizia a ele para parar de fumar, mas isso não adiantava”.

O cigarro faz mal tanto ao fumante quanto ao não fumante

Milhões de pessoas perdem a vida todos os anos devido ao cigarro. 1,2 milhão dentre elas foram expostas ao fumo passivo do tabaco. Além disso, muitas outras convivem com doenças limitadoras.

Nalini afirma que notou que sua voz estava ficando rouca ao contar histórias para sua neta Janani. Em pouco tempo, parou de falar claramente e também começou a ficar sem fôlego.

Ela foi diagnosticada com câncer torácico. Os médicos removeram suas cordas vocais e sua glândula tireoide.

“Perdi minha capacidade de falar. Foi muito desanimador. Então, os médicos me disseram que eu não recuperaria minha voz original”.

A neta Janani, agora com 15 anos, lembra que tudo aconteceu muito de repente com sua avó, que até então era “muito falante”. “Quando ela foi diagnosticada, ficou fora de casa por um longo tempo”, disse a jovem.

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Nalini passou por um longo tratamento. “Quando ela voltou, eu tinha cerca de quatro anos. Havia tubos em seu estômago… havia tubos por toda parte. Tínhamos que limpar nossa casa com frequência e havia uma enfermeira conosco”.

Ela recebeu bons cuidados médicos e conseguiu começar a falar novamente com a ajuda de um dispositivo eletrônico. “Eu tive câncer por causa do meu marido”, diz Nalini.

“Não guardo mágoa do meu marido”

Atualmente, ela se dedica a contar sua história em escolas, universidades, reuniões comunitárias e muitos outros lugares para alertar sobre os perigos do tabagismo passivo.

Mesmo tendo perdido a voz e passado por grande sofrimento, Nalini diz não guardar rancor contra seu falecido marido.

Nunca me senti chateada com meu marido. Não adianta sentir mágoa, não vai resolver nenhum problema. Aceitei a realidade e nunca me senti envergonhada de falar sobre minha doença”, disse ela.

“O fumo passivo contém mais de 7 mil produtos químicos, dos quais cerca de 70 podem causar câncer”, diz Ângela Ciobanu, da área de controle do tabaco no Escritório Europeu da OMS.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.