Miomas no útero e na gravidez: saiba tudo
Revisado e aprovado por a médica Maricela Jiménez López
Existem mulheres que sofrem desarranjos hormonais. Esses produzem menstruações muito longas ou dores menstruais de grande intensidade. Quando existem miomas no útero na gravidez, este tipo de problema costuma desaparecer.
De acordo com pesquisas do Instituto Karolinska em Estocolmo, 40% das mulheres entre 35 e 55 anos têm miomas uterinos. O mioma, também chamado de leiomioma ou fibromioma, é um tumor originado no tecido muscular do útero. Trata-se de uma lesão que não é câncer e não apresenta risco de se transformar em câncer, e portanto, é um tumor benigno.
A infertilidade da mulher aumenta com a presença de miomas. Tudo isso depende do número, tamanho e localização. No entanto, o número de grávidas com miomas vem aumentando. Por isso, saiba o que leva a se ter miomas no útero na gravidez.
O que são os miomas no útero?
Como já tínhamos indicado, os miomas são tumores benignos. Ou seja, tecido muscular que cresce dentro do útero. As causas de sua formação são desconhecidas. No entanto, têm um considerável impacto por parte dos hormônios femininos, já que estimulam o crescimento desses fibromas.
O útero é um órgão que, basicamente, é composto por músculos. O mioma é um crescimento anormal de uma área dessa musculatura. No geral, seu aspecto é redondo e está composto pelo mesmo tecido do útero. Existem quatro tipos de miomas no útero, que se classificam de acordo com sua localização.
- Mioma submucoso. Esses fibromas crescem abaixo do miométrio, que é a camada que recobre a parede interior do útero. Costuma se espalhar dentro de todo o útero. Às vezes, quando é grave, ocupa grande parte da cavidade uterina.
- Mioma subseroso. A serosa é a camada que recobre a parte externa do útero. Normalmente, os miomas subserosos crescem justo abaixo dessa camada. Estes fibromas têm uma aparência nodular dentro da cavidade uterina.
- Mioma pediculado. Estes são tumores que crescem e ficam pendurados por um cordão fino, chamado pedículo. O mioma pediculado se destaca dentro da cavidade uterina, já que pode crescer para dentro ou para fora do útero.
- Mioma intramural. Estes fibromas crescem dentro da parede muscular do útero. Quando são de um tamanho pronunciado, podem distorcer a parede externa ou a parede interna do útero.
Leia também este artigo: Tipos de câncer mais comuns em mulheres
Causas dos miomas no útero
Estes tumores são uma doença que ocorre em idade reprodutiva. Além disso, estão relacionados diretamente com os hormônios estrogênio e progesterona. Estes fibromas não aparecem antes da puberdade, nem tampouco costumam ser comuns em adolescentes.
Não são conhecidas com exatidão as causas dos miomas no útero. No entanto, é provável que sejam o resultado de alterações genéticas ou hormonais. Diz-se também que podem ser problemas vasculares e influências de outras doenças. No entanto, existem alguns fatores de risco que já são conhecidos.
- Gravidez.
- Hipertensão.
- Contraceptivos.
- Bebidas alcoólicas.
- Antecedentes familiares.
- Menstruação em tenra idade.
Sintomas de miomas no útero
Os miomas de útero podem se apresentar com diferentes aspectos e complicar a gravidez. Por exemplo, pode ser um só ou vários. Também podem ser pequenos ou ter vários centímetros de diâmetro.
Inclusive, podem causar sintomas ou serem completamente assintomáticos. Na maioria dos casos, estes fibromas são minúsculos e não geram sintomas. No entanto, especialistas no assunto indicam que existem alguns sintomas comuns que esses tumores causam.
Sangramento vaginal
Como indicam os especialistas, o sangramento vaginal é um dos sintomas mais comuns dos miomas. Apresenta-se como um período com mais sangue e dura mais dias do que o normal. Os miomas submucosos são os mais comuns com esse tipo de sangramento. Se esse sintoma ocorrer fora do período menstrual, não é causado por um mioma.
Dor pélvica
A dor pélvica é um sintoma comum nos miomas de útero. Esta é gerada pelos tumores subserosos, criando uma sensação de peso na pélvis. Dependendo de sua localização, podem existir outros sintomas. Por exemplo, dificuldade para urinar ou dor durante a relação sexual.
Riscos de ter miomas no útero durante a gravidez
Durante a gestação, os níveis de estrogênios aumentam e a situação do mioma varia. Normalmente, a mudança hormonal provoca um aumento em seu tamanho. No entanto, existem casos nos quais o fibroma mantém seu tamanho ou, inclusive, diminui.
Os miomas grandes, múltiplos e que causam deformidade uterina aumentam o risco de complicações durante a gravidez. Isso acontece quando a placenta se adere a um mioma. No geral, estes são os fibromas submucosos e intramurais. A mulher grávida pode apresentar abortos, ruptura do útero e problemas no parto.
No momento do parto, o principal problema está na localização do tumor. Caso esteja situado na zona mais baixa do útero, pode criar um obstáculo no canal do parto. Em tal caso, é provável que seja necessária uma cesárea.
Cuidados na gravidez ante algum mioma no útero
Toda gravidez deve ser controlada por um obstetra/ginecologista, desde os primeiros meses. Se for de confiança, muito melhor. Dessa forma, se existe alguma irregularidade, poderá ser corrigida a tempo. No caso de apresentar miomas, o acompanhamento médico é fundamental, para prevenir partos prematuros.
É extremamente importante visitar o médico constantemente. Além disso, devem ser realizados todos os exames que sejam requeridos para descartar a presença de miomas. Caso existam, a primeira coisa a ser feita é manter a calma. Lembre-se de que o bom desenvolvimento do bebê depende de você e da sua tranquilidade. Posteriormente, cumpra as indicações do especialista.
Descubra ademais: Fatores de risco durante a gravidez
Como os miomas no útero podem ser tratados?
Os miomas no útero durante a gravidez começam a ser tratado quando geram sintomas, são muito grandes ou crescem rapidamente. Os tratamentos hormonais são os mais utilizados neste caso. Esses ajudam a reduzir o tamanho dos fibromas e a reduzir seus sintomas.
Os estrogênios influenciam no aumento do tamanho dos miomas, por isso, induz-se um estado similar à menopausa mediante agonistas da GnRH. O tratamento dura entre três a seis meses e consegue reduzir o volume dos miomas entre 30 a 60%.
Ainda mais, também existe o tratamento cirúrgico. Hoje em dia, as operações destes tumores melhoraram muito. Seus resultados são satisfatórios e sua recuperação é cada vez mais curta. De acordo com o caso, pode-se realizar a extirpação dos miomas ou do útero.
Os miomas uterinos costumam gerar dificuldades de saúde antes e durante a gravidez. Contudo, caso sejam diagnosticados e tratados a tempo, não chegam a apresentar graves complicações. Por isso, é importante fazer controles médicos a cada seis meses, caso não exista uma gravidez. Se está gestante, é fundamental que visite o especialista mensalmente.
Existem mulheres que sofrem desarranjos hormonais. Esses produzem menstruações muito longas ou dores menstruais de grande intensidade. Quando existem miomas no útero na gravidez, este tipo de problema costuma desaparecer.
De acordo com pesquisas do Instituto Karolinska em Estocolmo, 40% das mulheres entre 35 e 55 anos têm miomas uterinos. O mioma, também chamado de leiomioma ou fibromioma, é um tumor originado no tecido muscular do útero. Trata-se de uma lesão que não é câncer e não apresenta risco de se transformar em câncer, e portanto, é um tumor benigno.
A infertilidade da mulher aumenta com a presença de miomas. Tudo isso depende do número, tamanho e localização. No entanto, o número de grávidas com miomas vem aumentando. Por isso, saiba o que leva a se ter miomas no útero na gravidez.
O que são os miomas no útero?
Como já tínhamos indicado, os miomas são tumores benignos. Ou seja, tecido muscular que cresce dentro do útero. As causas de sua formação são desconhecidas. No entanto, têm um considerável impacto por parte dos hormônios femininos, já que estimulam o crescimento desses fibromas.
O útero é um órgão que, basicamente, é composto por músculos. O mioma é um crescimento anormal de uma área dessa musculatura. No geral, seu aspecto é redondo e está composto pelo mesmo tecido do útero. Existem quatro tipos de miomas no útero, que se classificam de acordo com sua localização.
- Mioma submucoso. Esses fibromas crescem abaixo do miométrio, que é a camada que recobre a parede interior do útero. Costuma se espalhar dentro de todo o útero. Às vezes, quando é grave, ocupa grande parte da cavidade uterina.
- Mioma subseroso. A serosa é a camada que recobre a parte externa do útero. Normalmente, os miomas subserosos crescem justo abaixo dessa camada. Estes fibromas têm uma aparência nodular dentro da cavidade uterina.
- Mioma pediculado. Estes são tumores que crescem e ficam pendurados por um cordão fino, chamado pedículo. O mioma pediculado se destaca dentro da cavidade uterina, já que pode crescer para dentro ou para fora do útero.
- Mioma intramural. Estes fibromas crescem dentro da parede muscular do útero. Quando são de um tamanho pronunciado, podem distorcer a parede externa ou a parede interna do útero.
Leia também este artigo: Tipos de câncer mais comuns em mulheres
Causas dos miomas no útero
Estes tumores são uma doença que ocorre em idade reprodutiva. Além disso, estão relacionados diretamente com os hormônios estrogênio e progesterona. Estes fibromas não aparecem antes da puberdade, nem tampouco costumam ser comuns em adolescentes.
Não são conhecidas com exatidão as causas dos miomas no útero. No entanto, é provável que sejam o resultado de alterações genéticas ou hormonais. Diz-se também que podem ser problemas vasculares e influências de outras doenças. No entanto, existem alguns fatores de risco que já são conhecidos.
- Gravidez.
- Hipertensão.
- Contraceptivos.
- Bebidas alcoólicas.
- Antecedentes familiares.
- Menstruação em tenra idade.
Sintomas de miomas no útero
Os miomas de útero podem se apresentar com diferentes aspectos e complicar a gravidez. Por exemplo, pode ser um só ou vários. Também podem ser pequenos ou ter vários centímetros de diâmetro.
Inclusive, podem causar sintomas ou serem completamente assintomáticos. Na maioria dos casos, estes fibromas são minúsculos e não geram sintomas. No entanto, especialistas no assunto indicam que existem alguns sintomas comuns que esses tumores causam.
Sangramento vaginal
Como indicam os especialistas, o sangramento vaginal é um dos sintomas mais comuns dos miomas. Apresenta-se como um período com mais sangue e dura mais dias do que o normal. Os miomas submucosos são os mais comuns com esse tipo de sangramento. Se esse sintoma ocorrer fora do período menstrual, não é causado por um mioma.
Dor pélvica
A dor pélvica é um sintoma comum nos miomas de útero. Esta é gerada pelos tumores subserosos, criando uma sensação de peso na pélvis. Dependendo de sua localização, podem existir outros sintomas. Por exemplo, dificuldade para urinar ou dor durante a relação sexual.
Riscos de ter miomas no útero durante a gravidez
Durante a gestação, os níveis de estrogênios aumentam e a situação do mioma varia. Normalmente, a mudança hormonal provoca um aumento em seu tamanho. No entanto, existem casos nos quais o fibroma mantém seu tamanho ou, inclusive, diminui.
Os miomas grandes, múltiplos e que causam deformidade uterina aumentam o risco de complicações durante a gravidez. Isso acontece quando a placenta se adere a um mioma. No geral, estes são os fibromas submucosos e intramurais. A mulher grávida pode apresentar abortos, ruptura do útero e problemas no parto.
No momento do parto, o principal problema está na localização do tumor. Caso esteja situado na zona mais baixa do útero, pode criar um obstáculo no canal do parto. Em tal caso, é provável que seja necessária uma cesárea.
Cuidados na gravidez ante algum mioma no útero
Toda gravidez deve ser controlada por um obstetra/ginecologista, desde os primeiros meses. Se for de confiança, muito melhor. Dessa forma, se existe alguma irregularidade, poderá ser corrigida a tempo. No caso de apresentar miomas, o acompanhamento médico é fundamental, para prevenir partos prematuros.
É extremamente importante visitar o médico constantemente. Além disso, devem ser realizados todos os exames que sejam requeridos para descartar a presença de miomas. Caso existam, a primeira coisa a ser feita é manter a calma. Lembre-se de que o bom desenvolvimento do bebê depende de você e da sua tranquilidade. Posteriormente, cumpra as indicações do especialista.
Descubra ademais: Fatores de risco durante a gravidez
Como os miomas no útero podem ser tratados?
Os miomas no útero durante a gravidez começam a ser tratado quando geram sintomas, são muito grandes ou crescem rapidamente. Os tratamentos hormonais são os mais utilizados neste caso. Esses ajudam a reduzir o tamanho dos fibromas e a reduzir seus sintomas.
Os estrogênios influenciam no aumento do tamanho dos miomas, por isso, induz-se um estado similar à menopausa mediante agonistas da GnRH. O tratamento dura entre três a seis meses e consegue reduzir o volume dos miomas entre 30 a 60%.
Ainda mais, também existe o tratamento cirúrgico. Hoje em dia, as operações destes tumores melhoraram muito. Seus resultados são satisfatórios e sua recuperação é cada vez mais curta. De acordo com o caso, pode-se realizar a extirpação dos miomas ou do útero.
Os miomas uterinos costumam gerar dificuldades de saúde antes e durante a gravidez. Contudo, caso sejam diagnosticados e tratados a tempo, não chegam a apresentar graves complicações. Por isso, é importante fazer controles médicos a cada seis meses, caso não exista uma gravidez. Se está gestante, é fundamental que visite o especialista mensalmente.
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- Hurst, B. S. (2014). Uterine fibroids. In Ultrasound Imaging in Reproductive Medicine: Advances in Infertility Work-Up, Treatment, and Art. https://doi.org/10.1007/978-1-4614-9182-8_10
- Parker, W. H. (2007). Uterine myomas: management. Fertility and Sterility. https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2007.06.044
- Sinha, R., Hegde, A., Mahajan, C., Dubey, N., & Sundaram, M. (2008). Laparoscopic Myomectomy: Do Size, Number, and Location of the Myomas Form Limiting Factors for Laparoscopic Myomectomy? Journal of Minimally Invasive Gynecology. https://doi.org/10.1016/j.jmig.2008.01.009
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