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Minha mãe não aceita meu parceiro: como resolver isso?

6 minutos
Quando uma mãe não aceita o parceiro do filho, é possível que ele se sinta pressionado por querer cumprir com suas expectativas. Porém, devemos sempre prezar por nossa própria decisão.
Minha mãe não aceita meu parceiro: como resolver isso?
Isbelia Esther Farías López

Escrito e verificado por a filósofa Isbelia Esther Farías López

Última atualização: 27 maio, 2022

É muito comum ouvir uma situação em que uma mãe não aceita o parceiro de seu filho ou filha, gerando um verdadeiro dilema. Os comentários fora de lugar ou a impossibilidade de compartilhar datas especiais todos juntos são um problema constante. E os filhos ficam aprisionados entre duas pessoas que amam, sem saber como agir.

O certo é que essa rejeição da família em relação ao parceiro acontece e machuca. Além do fato de não serem mais adolescentes e tomarem decisões sobre sua própria vida, essa situação incomoda. De fato, influencia mais do que parece e, em geral, causa um desgaste na relação.

Algumas dicas para lidar com a situação

As seguintes dicas podem ajudar você a lidar com a situação e, assim, conseguir manter um ambiente equilibrado.

1. Aprender a impor limites

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As relações tóxicas também ocorrem no vínculo entre mãe e filhos, e é preciso detectar esses sintomas a tempo. Esse tipo de mãe é controlador e enxerga qualquer parceiro que se aproxime como uma ameaça. Por isso, sempre encontram um motivo para rejeitar esse namorado ou namorada.

Independentemente da dor que pode causar, é preciso delimitar o terreno onde elas podem opinar e aquele que não as compete. A forma de fazer isso é conversando com calma e com as palavras mais assertivas possível. É preciso dizer que entendemos sua preocupação ou sentimento, mas que somos adultos e que nossas decisões devem ser respeitadas.

Especialmente, trata-se de estabelecer acordos para que ninguém se sinta ferido e as coisas fluam em harmonia. As ameaças emocionais não são boas, portanto, apele para o afeto familiar e solicite acompanhamento. E o que é melhor, ressalte como é importante poder contar com eles sempre, porque isso os trará um sentimento de segurança.

A terapeuta Mieke Rivka Sidorsky recomenda fazer isso nos estágios iniciais do relacionamento, se você notar alguma rejeição. Quanto mais cedo, mais fácil será fazer isso gentilmente sem parecer uma rejeição ou reprimenda.

Descubra: 5 maneiras de conter relações tóxicas na família

2. Gerar confiança

Se a mãe não aceita o parceiro não significa que queira a infelicidade de sua filha com um término. Na realidade, ela está convencida de que a filha vai sofrer com essa pessoa e quer protegê-la.

Nesse contexto, o que se deve fazer é ter muito diálogo e demonstrar todo o amor que existe na relação. Pouco a pouco ela vai se convencer de que seu “bebê” está muito apaixonado e é muito bem cuidado.

Não dar motivos para que desconfie faz com que, com o tempo, aprove a relação ou, pelo menos, permita uma aproximação. Devem ser criados espaços para que se conheçam mais e comprovem a beleza dessa pessoa.

3. Entender por que a mãe não aceita o parceiro

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É importante dar à mãe o espaço para falar sobre seus medos e o porquê dessa rejeição. Talvez então seja possível encontrar os argumentos para que ela mude de opinião.

Em especial, são os filhos que devem mostrar autodeterminação e confiança em sua escolha. Enquanto se mantiverem firmes e oferecerem dados sobre os valores ou as atitudes de seu parceiro, as mães vão melhorando.

Leia este artigo: Linguagem corporal: 7 chaves para melhorar sua segurança e convencer os outros

O que não fazer quando a mãe não aceita o companheiro?

A psicóloga Marie Hartwell-Walker alerta que, quando a mãe não aceita o parceiro, ela pode reagir com atitudes negativas. Em vez de ajudar, isso pode prejudicar ainda mais o relacionamento. É por isso que existem atitudes que você deve evitar.

Não enfrente as críticas com outras críticas

É necessário entender que as intenções da mãe são boas e ela busca proteger o filho, mesmo que seja de uma maneira errada. Se você reagir com críticas às suas ações, ela pensará que você é o inimigo e a relação ficará pior. O ideal é tentar entendê-la e ser sua aliada.

Não responda nem aja na defensiva

Quando você revida com veemência e tenta dar explicações, dá a entender que algo está errado. Responda com respeito, mas com clareza. Deixe claro que você tem pontos de vista diferentes, que podem ser causados ​​por diferenças culturais, educacionais ou de objetivos.

Não esconda o relacionamento

Se você se esconde, está insinuando que tem vergonha de alguma coisa. Quando a situação for descoberta, e isso vai acontecer em algum momento, será pior porque vai gerar desconfiança.

Combine com seu parceiro para ser claro desde o início. Além de manter o espírito de equipe, empatia, respeito, solidariedade e união.

Não use seu parceiro como escudo

Você pode pensar que a rejeição da mãe de seu parceiro é um problema entre vocês dois. No entanto, o problema é entre você e ela. O fato de seu parceiro conhecer melhor a mãe não significa que ele tenha mais capacidade de resolver o problema.

Se você deixar seu parceiro confrontar a mãe para proteger você, mais cedo ou mais tarde terá que escolher entre você e a mãe dele. Nessa situação, qualquer decisão é ruim e fará seu parceiro sofrer, e você acabará sendo o responsável.

Alguns motivos pelos quais uma mãe não aceita o parceiro de seus filhos

  • Aparência. Se o parceiro tem um estilo completamente oposto ao familiar, pode se gerar uma impressão negativa. Os preconceitos mais arraigados se tornam presentes e talvez interfiram na aprovação. Levará um certo tempo, mas será possível mudar a opinião com ações.
  • Diferenças culturais, políticas ou religiosas. Há certos temas que são proibidos para conversar em reuniões familiares. A única forma de que isso não acabe em discussão é não mencionar. Algumas pessoas têm um fanatismo muito marcado e não aceitam a quem pense diferente.
  • Expectativas. Alguns pais têm suas próprias expectativas sobre o parceiro que seu filho ou filha “merece”. E, em geral, essas expectativas são muito altas ou distam do que seu filho quer. Assim, é muito difícil que aceitem um pretendente porque todos parecerão pouco.
  • Questão de pele. Simplesmente, por intuição, dizem que o outro não parece uma boa pessoa para entrar para a família. Sequer se permitem conhecer o outro com mais profundidade. E, muitas vezes, têm uma grande surpresa ao descobrir a classe de pessoa que o outro é.

É possível melhorar a situação

Se uma mãe não aceita o parceiro de seus filhos, a situação pode ser revertida com o tempo, mas é preciso dar provas. Enquanto ela tem a possibilidade de ir conhecendo melhor a relação, é preciso impor limites. Assim, deve-se ter paciência e respeito pra com ela, mas também deve-se exigir que ela se mantenha em seu lugar.

Em caso de dificuldades, é aconselhável consultar um psicólogo, pois o profissional pode orientar nesse sentido.

É muito comum ouvir uma situação em que uma mãe não aceita o parceiro de seu filho ou filha, gerando um verdadeiro dilema. Os comentários fora de lugar ou a impossibilidade de compartilhar datas especiais todos juntos são um problema constante. E os filhos ficam aprisionados entre duas pessoas que amam, sem saber como agir.

O certo é que essa rejeição da família em relação ao parceiro acontece e machuca. Além do fato de não serem mais adolescentes e tomarem decisões sobre sua própria vida, essa situação incomoda. De fato, influencia mais do que parece e, em geral, causa um desgaste na relação.

Algumas dicas para lidar com a situação

As seguintes dicas podem ajudar você a lidar com a situação e, assim, conseguir manter um ambiente equilibrado.

1. Aprender a impor limites

Some figure

As relações tóxicas também ocorrem no vínculo entre mãe e filhos, e é preciso detectar esses sintomas a tempo. Esse tipo de mãe é controlador e enxerga qualquer parceiro que se aproxime como uma ameaça. Por isso, sempre encontram um motivo para rejeitar esse namorado ou namorada.

Independentemente da dor que pode causar, é preciso delimitar o terreno onde elas podem opinar e aquele que não as compete. A forma de fazer isso é conversando com calma e com as palavras mais assertivas possível. É preciso dizer que entendemos sua preocupação ou sentimento, mas que somos adultos e que nossas decisões devem ser respeitadas.

Especialmente, trata-se de estabelecer acordos para que ninguém se sinta ferido e as coisas fluam em harmonia. As ameaças emocionais não são boas, portanto, apele para o afeto familiar e solicite acompanhamento. E o que é melhor, ressalte como é importante poder contar com eles sempre, porque isso os trará um sentimento de segurança.

A terapeuta Mieke Rivka Sidorsky recomenda fazer isso nos estágios iniciais do relacionamento, se você notar alguma rejeição. Quanto mais cedo, mais fácil será fazer isso gentilmente sem parecer uma rejeição ou reprimenda.

Descubra: 5 maneiras de conter relações tóxicas na família

2. Gerar confiança

Se a mãe não aceita o parceiro não significa que queira a infelicidade de sua filha com um término. Na realidade, ela está convencida de que a filha vai sofrer com essa pessoa e quer protegê-la.

Nesse contexto, o que se deve fazer é ter muito diálogo e demonstrar todo o amor que existe na relação. Pouco a pouco ela vai se convencer de que seu “bebê” está muito apaixonado e é muito bem cuidado.

Não dar motivos para que desconfie faz com que, com o tempo, aprove a relação ou, pelo menos, permita uma aproximação. Devem ser criados espaços para que se conheçam mais e comprovem a beleza dessa pessoa.

3. Entender por que a mãe não aceita o parceiro

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É importante dar à mãe o espaço para falar sobre seus medos e o porquê dessa rejeição. Talvez então seja possível encontrar os argumentos para que ela mude de opinião.

Em especial, são os filhos que devem mostrar autodeterminação e confiança em sua escolha. Enquanto se mantiverem firmes e oferecerem dados sobre os valores ou as atitudes de seu parceiro, as mães vão melhorando.

Leia este artigo: Linguagem corporal: 7 chaves para melhorar sua segurança e convencer os outros

O que não fazer quando a mãe não aceita o companheiro?

A psicóloga Marie Hartwell-Walker alerta que, quando a mãe não aceita o parceiro, ela pode reagir com atitudes negativas. Em vez de ajudar, isso pode prejudicar ainda mais o relacionamento. É por isso que existem atitudes que você deve evitar.

Não enfrente as críticas com outras críticas

É necessário entender que as intenções da mãe são boas e ela busca proteger o filho, mesmo que seja de uma maneira errada. Se você reagir com críticas às suas ações, ela pensará que você é o inimigo e a relação ficará pior. O ideal é tentar entendê-la e ser sua aliada.

Não responda nem aja na defensiva

Quando você revida com veemência e tenta dar explicações, dá a entender que algo está errado. Responda com respeito, mas com clareza. Deixe claro que você tem pontos de vista diferentes, que podem ser causados ​​por diferenças culturais, educacionais ou de objetivos.

Não esconda o relacionamento

Se você se esconde, está insinuando que tem vergonha de alguma coisa. Quando a situação for descoberta, e isso vai acontecer em algum momento, será pior porque vai gerar desconfiança.

Combine com seu parceiro para ser claro desde o início. Além de manter o espírito de equipe, empatia, respeito, solidariedade e união.

Não use seu parceiro como escudo

Você pode pensar que a rejeição da mãe de seu parceiro é um problema entre vocês dois. No entanto, o problema é entre você e ela. O fato de seu parceiro conhecer melhor a mãe não significa que ele tenha mais capacidade de resolver o problema.

Se você deixar seu parceiro confrontar a mãe para proteger você, mais cedo ou mais tarde terá que escolher entre você e a mãe dele. Nessa situação, qualquer decisão é ruim e fará seu parceiro sofrer, e você acabará sendo o responsável.

Alguns motivos pelos quais uma mãe não aceita o parceiro de seus filhos

  • Aparência. Se o parceiro tem um estilo completamente oposto ao familiar, pode se gerar uma impressão negativa. Os preconceitos mais arraigados se tornam presentes e talvez interfiram na aprovação. Levará um certo tempo, mas será possível mudar a opinião com ações.
  • Diferenças culturais, políticas ou religiosas. Há certos temas que são proibidos para conversar em reuniões familiares. A única forma de que isso não acabe em discussão é não mencionar. Algumas pessoas têm um fanatismo muito marcado e não aceitam a quem pense diferente.
  • Expectativas. Alguns pais têm suas próprias expectativas sobre o parceiro que seu filho ou filha “merece”. E, em geral, essas expectativas são muito altas ou distam do que seu filho quer. Assim, é muito difícil que aceitem um pretendente porque todos parecerão pouco.
  • Questão de pele. Simplesmente, por intuição, dizem que o outro não parece uma boa pessoa para entrar para a família. Sequer se permitem conhecer o outro com mais profundidade. E, muitas vezes, têm uma grande surpresa ao descobrir a classe de pessoa que o outro é.

É possível melhorar a situação

Se uma mãe não aceita o parceiro de seus filhos, a situação pode ser revertida com o tempo, mas é preciso dar provas. Enquanto ela tem a possibilidade de ir conhecendo melhor a relação, é preciso impor limites. Assim, deve-se ter paciência e respeito pra com ela, mas também deve-se exigir que ela se mantenha em seu lugar.

Em caso de dificuldades, é aconselhável consultar um psicólogo, pois o profissional pode orientar nesse sentido.


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  • Apter, T. (2010). What do you want from me?: Learning to get along with in-laws. WW Norton & Company.
  • Meléndez, J. C., & Carmona, F. M. (2016). La familia política como factor de conflictos en la pareja con esterilidad. Perinatología y Reproducción Humana30(2), 82-89.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.