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Lesões por desenluvamento: o que são e como são classificadas?

3 minutos
As lesões por desenluvamento são lesões traumáticas nas quais as partes moles dos tecidos são severamente prejudicadas e expõem o tecido ósseo.
Lesões por desenluvamento: o que são e como são classificadas?
Alejandro Duarte

Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 janeiro, 2023

As lesões por desenluvamento são conhecidas na medicina como lesões traumáticas que rasgam os tecidos moles da pele em áreas extensas e expõem o osso. Elas afetam principalmente as extremidades.

Os ferimentos que as lesões por desenluvamento provocam não têm solução na maioria dos casos. Quando esses tipos de lesões traumáticas ocorrem na cabeça ou no tronco, geralmente são fatais.

Classificação das lesões por desenluvamento

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Dependendo da gravidade e extensão das lesões, encontramos vários graus de classificação.

A classificação das lesões de tecidos moles pode ajudar a entender sua verdadeira extensão e suas implicaçõesA classificação de Tscherne é utilizada e toma como exemplo as fraturas da tíbia e suas lesões associadas de tecidos moles.

De acordo com a classificação de Tscherne, as lesões dos tecidos moles estão agrupadas em tipos, dependendo do grau:

  • Grau 0

Lesões de grau 0 ocorrem em fraturas de baixa energia, como fraturas da tíbia espiroide em esquiadores, e não há sinais clínicos óbvios de lesão.

  • Grau I

Nesse grupo, as lesões aparecem quando ocorrem fraturas com energia moderada. Um exemplo de lesão grau I são fraturas de luxações do tornozelo. A energia liberada provoca uma contusão entre leve e moderada nos tecidos moles.

As lesões nos tecidos moles também podem ocorrer devido à pressão que o fragmento de fratura exerce sobre eles.

  • Grau II

As lesões de grau II se originam de um mecanismo de alta energia. Um exemplo desse tipo de lesão de tecidos moles são as fraturas segmentares da tíbia causadas por acidentes de trânsito.

Nesses casos, os tecidos moles absorvem muita energia no momento do impacto e, como consequência, ocorre uma contusão profunda. Esta categoria também inclui síndromes compartimentais.

  • Grau III

Finalmente, temos as lesões de grau III. Elas estão associadas a danos graves na pele e nos músculos, como:

  • Lesões vasculares;
  • Síndromes compartimentais avançadas: é uma condição séria que envolve um aumento da pressão em um compartimento muscular. Pode levar a danos nos nervos e músculos, bem como causar problemas no fluxo sanguíneo.
  • Lesões por esmagamento.
  • Lesões por desenluvamento

Como podemos ver, as lesões por desenluvamento estão no grupo mais sério de classificação de lesões dos tecidos moles.

Você também pode se interessar: Cientistas criam um “curativo vivo” de células-tronco para lesões no joelho

Avanços da classificação de Tscherne

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A escala de classificação está mudando, incluindo mais fatores e aspectos a serem avaliados.

A classificação de Tscherne foi ampliada recentemente. Nesta extensão, foi utilizada uma escala de cinco pontos que quantifica de forma independente a gravidade da pele, do músculo-tendão e das lesões neurovasculares.

Essa classificação é mais precisa que a anterior para descrever lesões por desenluvamento. Entretanto, a maioria dos autores ainda usa a Tscherne antiga.

Embora essa classificação possa ser útil, na realidade a gravidade dessas lesões aumenta em uma escala contínua; por isso, muitas vezes é difícil classificar uma lesão em particular de forma confiável.

Leia também: Você está com o tornozelo torcido? 5 remédios para a dor

Tratamento

O reconhecimento e gerenciamento desse tipo de lesão é um dos aspectos mais importantes do tratamento. As lesões pertencentes aos graus II e III, de acordo com a classificação explicada na seção anterior, evoluem melhor ao usar um fixador externo temporário e adiar a cirurgia.

Lesões por desenluvamento precisam de grandes intervenções cirúrgicas. Algumas opções de tratamento incluem:

  • Reimplante: juntar partes do corpo que foram amputadas. Por exemplo, os dedos.
  • Revascularização: suprimento de sangue para áreas que sofrem com uma alta falta de irrigação sanguínea.

Quando não isso não for possível, serão feitos enxertos. No entanto, em muitos casos não é possível preservar o membro ou os membros, e uma amputação deverá ser realizada.

A amputação é uma técnica cirúrgica que envolve a separação ou corte de um membro de uma parte do corpo. Após amputar o membro afetado, o paciente deverá recorrer a sessões de fisioterapia pós-operatórias.

As lesões por desenluvamento são conhecidas na medicina como lesões traumáticas que rasgam os tecidos moles da pele em áreas extensas e expõem o osso. Elas afetam principalmente as extremidades.

Os ferimentos que as lesões por desenluvamento provocam não têm solução na maioria dos casos. Quando esses tipos de lesões traumáticas ocorrem na cabeça ou no tronco, geralmente são fatais.

Classificação das lesões por desenluvamento

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Dependendo da gravidade e extensão das lesões, encontramos vários graus de classificação.

A classificação das lesões de tecidos moles pode ajudar a entender sua verdadeira extensão e suas implicaçõesA classificação de Tscherne é utilizada e toma como exemplo as fraturas da tíbia e suas lesões associadas de tecidos moles.

De acordo com a classificação de Tscherne, as lesões dos tecidos moles estão agrupadas em tipos, dependendo do grau:

  • Grau 0

Lesões de grau 0 ocorrem em fraturas de baixa energia, como fraturas da tíbia espiroide em esquiadores, e não há sinais clínicos óbvios de lesão.

  • Grau I

Nesse grupo, as lesões aparecem quando ocorrem fraturas com energia moderada. Um exemplo de lesão grau I são fraturas de luxações do tornozelo. A energia liberada provoca uma contusão entre leve e moderada nos tecidos moles.

As lesões nos tecidos moles também podem ocorrer devido à pressão que o fragmento de fratura exerce sobre eles.

  • Grau II

As lesões de grau II se originam de um mecanismo de alta energia. Um exemplo desse tipo de lesão de tecidos moles são as fraturas segmentares da tíbia causadas por acidentes de trânsito.

Nesses casos, os tecidos moles absorvem muita energia no momento do impacto e, como consequência, ocorre uma contusão profunda. Esta categoria também inclui síndromes compartimentais.

  • Grau III

Finalmente, temos as lesões de grau III. Elas estão associadas a danos graves na pele e nos músculos, como:

  • Lesões vasculares;
  • Síndromes compartimentais avançadas: é uma condição séria que envolve um aumento da pressão em um compartimento muscular. Pode levar a danos nos nervos e músculos, bem como causar problemas no fluxo sanguíneo.
  • Lesões por esmagamento.
  • Lesões por desenluvamento

Como podemos ver, as lesões por desenluvamento estão no grupo mais sério de classificação de lesões dos tecidos moles.

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Avanços da classificação de Tscherne

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A escala de classificação está mudando, incluindo mais fatores e aspectos a serem avaliados.

A classificação de Tscherne foi ampliada recentemente. Nesta extensão, foi utilizada uma escala de cinco pontos que quantifica de forma independente a gravidade da pele, do músculo-tendão e das lesões neurovasculares.

Essa classificação é mais precisa que a anterior para descrever lesões por desenluvamento. Entretanto, a maioria dos autores ainda usa a Tscherne antiga.

Embora essa classificação possa ser útil, na realidade a gravidade dessas lesões aumenta em uma escala contínua; por isso, muitas vezes é difícil classificar uma lesão em particular de forma confiável.

Leia também: Você está com o tornozelo torcido? 5 remédios para a dor

Tratamento

O reconhecimento e gerenciamento desse tipo de lesão é um dos aspectos mais importantes do tratamento. As lesões pertencentes aos graus II e III, de acordo com a classificação explicada na seção anterior, evoluem melhor ao usar um fixador externo temporário e adiar a cirurgia.

Lesões por desenluvamento precisam de grandes intervenções cirúrgicas. Algumas opções de tratamento incluem:

  • Reimplante: juntar partes do corpo que foram amputadas. Por exemplo, os dedos.
  • Revascularização: suprimento de sangue para áreas que sofrem com uma alta falta de irrigação sanguínea.

Quando não isso não for possível, serão feitos enxertos. No entanto, em muitos casos não é possível preservar o membro ou os membros, e uma amputação deverá ser realizada.

A amputação é uma técnica cirúrgica que envolve a separação ou corte de um membro de uma parte do corpo. Após amputar o membro afetado, o paciente deverá recorrer a sessões de fisioterapia pós-operatórias.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Arnez, Z. M., Khan, U., & Tyler, M. P. H. (2010). Classification of soft-tissue degloving in limb trauma. Journal of Plastic, Reconstructive and Aesthetic Surgery. https://doi.org/10.1016/j.bjps.2009.11.029
  • Latifi, R., El-Hennawy, H., El-Menyar, A., Peralta, R., Asim, M., Consunji, R., & Al-Thani, H. (2014). The therapeutic challenges of degloving soft-tissue injuries. Journal of emergencies, trauma, and shock, 7(3), 228–232. https://doi.org/10.4103/0974-2700.136870
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