Jovem que vendia picolé nas ruas é aprovado em uma das melhores universidades do mundo
De origem pobre, um jovem que vendia picolé na infância agora se prepara para morar em Boston, nos Estados Unidos. Ele é o primeiro brasileiro negro aprovado para cursar um MBA no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Aos 8 anos, Wellington Vitorino já ajudava o pai a vender de tudo como ambulante na Praia de Saquarema, na cidade do Rio de Janeiro. Aos 12, iniciou um negócio de revenda de picolés – e acabou sendo autorizado pelos policiais da área a vender dentro do Batalhão da Polícia Militar. Foi a primeira virada em sua vida, admitiu.
Aos picolés ele acrescentou a venda de doces: abriu 23 pontos de venda na cidade. Envolvendo a família no seu negócio, ele contratou a tia e mais um freelancer para auxiliar nas entregas. Até os 17 anos, nunca abandonou o ponto de venda no batalhão. Também prestava contas de seus boletins ao coronel da instituição, que lhe conseguiu uma bolsa de 50% em uma escola particular de São Gonçalo. A outra metade da bolsa, Wellington insistiu em pagar com o lucro dos doces.
“Em casa nunca faltou nada, mas também nunca sobrou”, diz ele, que estudou em escolas públicas durante o ensino fundamental.
Wellington foi aprovado em todas as universidades para as quais prestou vestibular e tirou 1000 na redação do Enem
Nascido em Niterói, Wellington morou grande parte da vida em São Gonçalo. Desde criança, ele conta que ouvia da família que, para mudar a sua realidade pobre, era necessário estudar. Ele, que sempre estudou em escola pública, pouco depois de terminar o ensino fundamental, recebeu uma bolsa de estudos em um colégio de elite da zona sul carioca.
Em 2012, assistiu a uma palestra sobre negócios e carreira e decidiu contar a sua história ao palestrante por e-mail. Essa atitude lhe rendeu uma bolsa integral para o terceiro ano do ensino médio na Escola Parque. No entanto, devido à defasagem entre o ensino da escola pública e da privada, teve notas baixas e passou por um período conturbado.
“O início foi pesado, não tinha como comparar as escolas em que estudei. Até no que eu estava melhor tive dificuldade”, conta ele. “No 1º bimestre, fui reprovado em seis disciplinas”. Porém, Wellington não desanimou.
O jeito encontrado por uma ex-professora foi arranjar um local mais próximo da escola para o jovem ficar. Wellington passou a dormir na sala dos professores de uma escola pública no Leblon, perto da Escola Parque. O apoio da família, da professora e o sigilo da diretora e funcionárias da limpeza foi fundamental para manter o jovem por oito meses dormindo na escola.
Criou o “ProLíder” para ajudar a formar jovens lideranças
Ao perceber a importância dos jovens na resolução de problemas do país, Wellington teve a ideia de criar o ProLíder, um programa gratuito de formação de lideranças que tem o objetivo de auxiliar e formar jovens lideranças no Brasil.
“A cada passo que se dá na vida, precisamos levar outras pessoas conosco.”
Da ideia do projeto também deriva o Instituto Four, uma organização sem fins lucrativos que seleciona, forma e desenvolve jovens líderes que pensam em maneiras de resolver desafios do Brasil. A organização é responsável pelo ProLíder, que formou mais de 200 lideranças para atuarem no meio público, político e empreendedor.
A busca pela diversidade também faz parte dos princípios do instituto. “Desde 2016, já falávamos de inclusão e diversidade de gênero, etnia, orientação sexual, classe social e principalmente pessoas de diferentes regiões do Brasil. Buscamos jovens fora dos eixos Sul e Sudeste”, afirma.
O ProLíder já teve jovens egressos que se tornaram prefeitos, vereadores, investidores, receberam prêmios no meio acadêmico e empresarial, além de dois aprovados na Universidade de Harvard.
De origem pobre, um jovem que vendia picolé na infância agora se prepara para morar em Boston, nos Estados Unidos. Ele é o primeiro brasileiro negro aprovado para cursar um MBA no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Aos 8 anos, Wellington Vitorino já ajudava o pai a vender de tudo como ambulante na Praia de Saquarema, na cidade do Rio de Janeiro. Aos 12, iniciou um negócio de revenda de picolés – e acabou sendo autorizado pelos policiais da área a vender dentro do Batalhão da Polícia Militar. Foi a primeira virada em sua vida, admitiu.
Aos picolés ele acrescentou a venda de doces: abriu 23 pontos de venda na cidade. Envolvendo a família no seu negócio, ele contratou a tia e mais um freelancer para auxiliar nas entregas. Até os 17 anos, nunca abandonou o ponto de venda no batalhão. Também prestava contas de seus boletins ao coronel da instituição, que lhe conseguiu uma bolsa de 50% em uma escola particular de São Gonçalo. A outra metade da bolsa, Wellington insistiu em pagar com o lucro dos doces.
“Em casa nunca faltou nada, mas também nunca sobrou”, diz ele, que estudou em escolas públicas durante o ensino fundamental.
Wellington foi aprovado em todas as universidades para as quais prestou vestibular e tirou 1000 na redação do Enem
Nascido em Niterói, Wellington morou grande parte da vida em São Gonçalo. Desde criança, ele conta que ouvia da família que, para mudar a sua realidade pobre, era necessário estudar. Ele, que sempre estudou em escola pública, pouco depois de terminar o ensino fundamental, recebeu uma bolsa de estudos em um colégio de elite da zona sul carioca.
Em 2012, assistiu a uma palestra sobre negócios e carreira e decidiu contar a sua história ao palestrante por e-mail. Essa atitude lhe rendeu uma bolsa integral para o terceiro ano do ensino médio na Escola Parque. No entanto, devido à defasagem entre o ensino da escola pública e da privada, teve notas baixas e passou por um período conturbado.
“O início foi pesado, não tinha como comparar as escolas em que estudei. Até no que eu estava melhor tive dificuldade”, conta ele. “No 1º bimestre, fui reprovado em seis disciplinas”. Porém, Wellington não desanimou.
O jeito encontrado por uma ex-professora foi arranjar um local mais próximo da escola para o jovem ficar. Wellington passou a dormir na sala dos professores de uma escola pública no Leblon, perto da Escola Parque. O apoio da família, da professora e o sigilo da diretora e funcionárias da limpeza foi fundamental para manter o jovem por oito meses dormindo na escola.
Criou o “ProLíder” para ajudar a formar jovens lideranças
Ao perceber a importância dos jovens na resolução de problemas do país, Wellington teve a ideia de criar o ProLíder, um programa gratuito de formação de lideranças que tem o objetivo de auxiliar e formar jovens lideranças no Brasil.
“A cada passo que se dá na vida, precisamos levar outras pessoas conosco.”
Da ideia do projeto também deriva o Instituto Four, uma organização sem fins lucrativos que seleciona, forma e desenvolve jovens líderes que pensam em maneiras de resolver desafios do Brasil. A organização é responsável pelo ProLíder, que formou mais de 200 lideranças para atuarem no meio público, político e empreendedor.
A busca pela diversidade também faz parte dos princípios do instituto. “Desde 2016, já falávamos de inclusão e diversidade de gênero, etnia, orientação sexual, classe social e principalmente pessoas de diferentes regiões do Brasil. Buscamos jovens fora dos eixos Sul e Sudeste”, afirma.
O ProLíder já teve jovens egressos que se tornaram prefeitos, vereadores, investidores, receberam prêmios no meio acadêmico e empresarial, além de dois aprovados na Universidade de Harvard.
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