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Intolerância ao álcool: tudo que você precisa saber

5 minutos
Você já notou uma vermelhidão no rosto depois de ingerir bebidas alcoólicas? Isso pode indicar uma intolerância ao álcool. Saiba tudo sobre esta condição a seguir.
Intolerância ao álcool: tudo que você precisa saber
Florencia Villafañe

Escrito e verificado por a nutricionista Florencia Villafañe

Última atualização: 27 maio, 2022

Você já ouviu falar sobre a intolerância ao álcool? Muitas vezes essa condição pode ser confundida com uma alergia ao álcool, pois causa reações imediatas e desconfortáveis ​​após a ingestão desta substância.

Em relação a isso, a ciência aponta que a diferença específica é que a alergia ocorre porque o sistema imunológico reage diante dos componentes que uma bebida alcoólica pode conter (trigo, cevada, centeio, entre outros). Pelo contrário, na intolerância, o problema existe porque uma condição genética impede o corpo de decompor o etanol de forma eficiente.

Existem alguns casos que parecem ser de intolerância ao álcool porque o organismo reage a componentes químicos ou conservantes que, quando combinados com certos medicamentos, provocam reações adversas.

Quais são as causas da intolerância ao álcool?

Mais especificamente, a intolerância ao álcool é um distúrbio genético no qual o corpo é incapaz de produzir a enzima responsável por metabolizá-lo, ou então ela é sintetizada, mas permanece inativa. O nome dessa enzima é álcool desidrogenase (ADH). Graças a ela, o fígado converte o etanol em acetaldeído, uma substância que, em altas concentrações, pode causar dano celular.

Para evitar que isso aconteça, outra enzima chamada aldeído desidrogenase 2 (ALDH2) ajuda a transformar o acetaldeído em ácido acético (vinagre), um composto não tóxico.

No caso das pessoas com intolerância ao álcool, uma mutação genética torna a aldeído desidrogenase 2 inativa e, por isso, o organismo não consegue eliminá-la e ela tende a se acumular no sangue. Tudo isso faz com que os sintomas apareçam.

Além disso, existem ingredientes comumente encontrados em bebidas alcoólicas, especialmente na cerveja e no vinho, que podem causar reações típicas de intolerância. Esses componentes incluem os seguintes:

  • Conservantes, especialmente sulfitos.
  • Compostos químicos.
  • Cereais, como a cevada e outros.
  • Histamina, um subproduto da fermentação.
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O fígado é o órgão que possui os mecanismos para decompor o etanol no organismo.

Veja também: 6 dietas para cuidar da saúde do fígado 

Quais são os fatores de risco?

O fator de risco predominante para a intolerância ao álcool é ser de ascendência asiática, pois essa população tem uma maior probabilidade de apresentar a mutação genética hereditária na enzima. De acordo com um estudo publicado na revista BMC Evolutionary Biology, essa mutação está associada à domesticação do arroz no sul da China há vários séculos.

Além deste, também existem outros fatores de risco, tais como os seguintes:

  • Ter asma ou rinite alérgica (uma condição que causa lacrimejamento, congestão e coriza).
  • Ter alergia a cereais ou outros alimentos.
  • Ter linfoma de Hodgkin (um câncer do sistema linfático).

Sintomas que indicam uma intolerância ao álcool

O sintoma característico da intolerância ao álcool é a vermelhidão da pele, especialmente na face, pescoço e peito. Além disso, também podem ocorrer outras manifestações e sinais:

  • Náusea, vômito e diarreia.
  • Taquicardia (batimento cardíaco acelerado) e hipotensão (pressão arterial baixa).
  • Urticária (ardor e coceira na pele).
  • Dor de cabeça latejante, fadiga e outros sintomas semelhantes à ressaca.
  • Piora de uma asma pré-existente.

Como é diagnosticada?

Se há a suspeita de que alguém tem intolerância ao álcool, é porque um ou mais dos sintomas mencionados acima estão presentes. Nesse caso, é preciso consultar um médico. Ele fará perguntas sobre as manifestações e reações.

Além disso, um teste oral pode ser usado para diagnosticar se estamos diante de uma alergia ou de uma intolerância. Para esse procedimento, será necessário consumir a bebida alcoólica que desencadeia os sintomas. Então, será observado se ocorre o desenvolvimento de sintomas.

Em outros casos, é provável que primeiramente seja feito um teste conhecido como teste de contato do etanol, que identifica se há uma alergia. Consiste em colocar uma gota de etanol em uma gaze e colá-la no braço. Depois de alguns minutos, ela é removida para procurar vermelhidão, coceira ou inchaço.

Tratamento e prevenção da intolerância ao álcool

Não há como prevenir a intolerância e também não há cura, pois não é possível fazer a enzima funcionar corretamente. Como consequência, a única solução para evitar o aparecimento desses sintomas é não consumir bebidas alcoólicas.

De qualquer forma, se o etanol for ingerido em alguma ocasião, é possível consultar um médico para saber como agir diante do aparecimento dos sintomas. Além disso, uma recomendação é evitar o consumo de tabaco, pois fumar também causa um aumento dos níveis de acetaldeído.

O uso de antiácidos ou anti-histamínicos pode reduzir os sintomas e, assim, mascarar as manifestações da intolerância ao álcool.

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O tabaco é capaz de aumentar os efeitos da falta da enzima que digere o etanol.

Quais são as outras complicações que o consumo de álcool pode causar?

Felizmente, não poder ingerir bebidas alcoólicas é um aspecto positivo para a saúde. Em relação a isso, várias pesquisas mostram que o etanol, principalmente quando consumido em excesso, pode levar a diversas complicações:

  • Aumento do risco de ter doenças cardiovasculares, como, por exemplo, a hipertensão.
  • Ganho de peso, pois o álcool fornece 9 quilocalorias por grama.
  • Maior chance de sofrer de doenças hepáticas.
  • O álcool deprime o sistema nervoso, causando limitações nos movimentos, na concentração e na atenção.
  • O consumo excessivo de álcool está relacionado a problemas familiares, escolares, profissionais e financeiros, entre outros.

Você pode se interessar: Antidepressivos e álcool: que efeitos essa combinação tem?

A intolerância ao álcool é inevitável

É impossível evitar essa condição, pois se trata de uma alteração genética. Um ponto a ser observado é que a intolerância ao álcool geralmente não é conhecida, por isso, as pessoas que sofrem com o problema costumam reduzir o consumo de etanol diante da presença dos sintomas.

Lembre-se de que, se assim que beber você tiver vermelhidão na pele, taquicardia, hipotensão ou algum dos sintomas mencionados, é aconselhável consultar um profissional e fazer um teste diagnóstico.

Você já ouviu falar sobre a intolerância ao álcool? Muitas vezes essa condição pode ser confundida com uma alergia ao álcool, pois causa reações imediatas e desconfortáveis ​​após a ingestão desta substância.

Em relação a isso, a ciência aponta que a diferença específica é que a alergia ocorre porque o sistema imunológico reage diante dos componentes que uma bebida alcoólica pode conter (trigo, cevada, centeio, entre outros). Pelo contrário, na intolerância, o problema existe porque uma condição genética impede o corpo de decompor o etanol de forma eficiente.

Existem alguns casos que parecem ser de intolerância ao álcool porque o organismo reage a componentes químicos ou conservantes que, quando combinados com certos medicamentos, provocam reações adversas.

Quais são as causas da intolerância ao álcool?

Mais especificamente, a intolerância ao álcool é um distúrbio genético no qual o corpo é incapaz de produzir a enzima responsável por metabolizá-lo, ou então ela é sintetizada, mas permanece inativa. O nome dessa enzima é álcool desidrogenase (ADH). Graças a ela, o fígado converte o etanol em acetaldeído, uma substância que, em altas concentrações, pode causar dano celular.

Para evitar que isso aconteça, outra enzima chamada aldeído desidrogenase 2 (ALDH2) ajuda a transformar o acetaldeído em ácido acético (vinagre), um composto não tóxico.

No caso das pessoas com intolerância ao álcool, uma mutação genética torna a aldeído desidrogenase 2 inativa e, por isso, o organismo não consegue eliminá-la e ela tende a se acumular no sangue. Tudo isso faz com que os sintomas apareçam.

Além disso, existem ingredientes comumente encontrados em bebidas alcoólicas, especialmente na cerveja e no vinho, que podem causar reações típicas de intolerância. Esses componentes incluem os seguintes:

  • Conservantes, especialmente sulfitos.
  • Compostos químicos.
  • Cereais, como a cevada e outros.
  • Histamina, um subproduto da fermentação.
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O fígado é o órgão que possui os mecanismos para decompor o etanol no organismo.

Veja também: 6 dietas para cuidar da saúde do fígado 

Quais são os fatores de risco?

O fator de risco predominante para a intolerância ao álcool é ser de ascendência asiática, pois essa população tem uma maior probabilidade de apresentar a mutação genética hereditária na enzima. De acordo com um estudo publicado na revista BMC Evolutionary Biology, essa mutação está associada à domesticação do arroz no sul da China há vários séculos.

Além deste, também existem outros fatores de risco, tais como os seguintes:

  • Ter asma ou rinite alérgica (uma condição que causa lacrimejamento, congestão e coriza).
  • Ter alergia a cereais ou outros alimentos.
  • Ter linfoma de Hodgkin (um câncer do sistema linfático).

Sintomas que indicam uma intolerância ao álcool

O sintoma característico da intolerância ao álcool é a vermelhidão da pele, especialmente na face, pescoço e peito. Além disso, também podem ocorrer outras manifestações e sinais:

  • Náusea, vômito e diarreia.
  • Taquicardia (batimento cardíaco acelerado) e hipotensão (pressão arterial baixa).
  • Urticária (ardor e coceira na pele).
  • Dor de cabeça latejante, fadiga e outros sintomas semelhantes à ressaca.
  • Piora de uma asma pré-existente.

Como é diagnosticada?

Se há a suspeita de que alguém tem intolerância ao álcool, é porque um ou mais dos sintomas mencionados acima estão presentes. Nesse caso, é preciso consultar um médico. Ele fará perguntas sobre as manifestações e reações.

Além disso, um teste oral pode ser usado para diagnosticar se estamos diante de uma alergia ou de uma intolerância. Para esse procedimento, será necessário consumir a bebida alcoólica que desencadeia os sintomas. Então, será observado se ocorre o desenvolvimento de sintomas.

Em outros casos, é provável que primeiramente seja feito um teste conhecido como teste de contato do etanol, que identifica se há uma alergia. Consiste em colocar uma gota de etanol em uma gaze e colá-la no braço. Depois de alguns minutos, ela é removida para procurar vermelhidão, coceira ou inchaço.

Tratamento e prevenção da intolerância ao álcool

Não há como prevenir a intolerância e também não há cura, pois não é possível fazer a enzima funcionar corretamente. Como consequência, a única solução para evitar o aparecimento desses sintomas é não consumir bebidas alcoólicas.

De qualquer forma, se o etanol for ingerido em alguma ocasião, é possível consultar um médico para saber como agir diante do aparecimento dos sintomas. Além disso, uma recomendação é evitar o consumo de tabaco, pois fumar também causa um aumento dos níveis de acetaldeído.

O uso de antiácidos ou anti-histamínicos pode reduzir os sintomas e, assim, mascarar as manifestações da intolerância ao álcool.

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O tabaco é capaz de aumentar os efeitos da falta da enzima que digere o etanol.

Quais são as outras complicações que o consumo de álcool pode causar?

Felizmente, não poder ingerir bebidas alcoólicas é um aspecto positivo para a saúde. Em relação a isso, várias pesquisas mostram que o etanol, principalmente quando consumido em excesso, pode levar a diversas complicações:

  • Aumento do risco de ter doenças cardiovasculares, como, por exemplo, a hipertensão.
  • Ganho de peso, pois o álcool fornece 9 quilocalorias por grama.
  • Maior chance de sofrer de doenças hepáticas.
  • O álcool deprime o sistema nervoso, causando limitações nos movimentos, na concentração e na atenção.
  • O consumo excessivo de álcool está relacionado a problemas familiares, escolares, profissionais e financeiros, entre outros.

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A intolerância ao álcool é inevitável

É impossível evitar essa condição, pois se trata de uma alteração genética. Um ponto a ser observado é que a intolerância ao álcool geralmente não é conhecida, por isso, as pessoas que sofrem com o problema costumam reduzir o consumo de etanol diante da presença dos sintomas.

Lembre-se de que, se assim que beber você tiver vermelhidão na pele, taquicardia, hipotensão ou algum dos sintomas mencionados, é aconselhável consultar um profissional e fazer um teste diagnóstico.


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  • Peng, Y., Shi, H., Qi, X. B., Xiao, C. J., Zhong, H., Run-lin, Z. M., & Su, B. (2010). The ADH1B Arg47His polymorphism in East Asian populations and expansion of rice domestication in history. BMC evolutionary biology10(1), 15.
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  • Sarasa-Renedo, A., Sordo, L., Molist, G., Hoyos, J., Guitart, A. M., & Barrio, G. (2014). Principales daños sanitarios y sociales relacionados con el consumo de alcohol. Revista Española de Salud Pública88(4), 469-491.
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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.