Homens e mulheres: duas realidades cerebrais diferentes
Escrito e verificado por o psicólogo Bernardo Peña
A vida emocional entre homens e mulheres é influenciada pelas necessidades afetivas e pelos costumes de cada um.
No entanto, há certos padrões que se repetem com certa constância nas relações heterossexuais.
Ou seja, digamos que os tópicos e as expectativas não surjam do nada. As expectativas das mulheres sobre os homens (e vice-versa) nas relações de casal podem se ajustar a padrões que se repetem, ainda que de maneira individualizada, como o gênero.
Não é bom cair em generalizações, então devemos entender que o que a biologia determina e o que a sociedade promove entram sempre em confluência direta com as vivências de cada um, sejam homens ou mulheres de qualquer condição.
A confluência emocional nos casais formados por homens e mulheres
É comum que escutemos os homens se “queixarem” ou “fazerem piadinhas” sobre a emotividade feminina. Ao contrário, as mulheres podem acusar os homens de não serem o suficientemente afetivos como parceiros.
Achamos que o outro “poderia mudar” se realmente quisesse, deixando de lado as particularidades que nos unem e desunem num nível biológico e social.
O que não nos ocorre é que os circuitos cerebrais que regem a manifestação de nossas emoções se ativam de maneira diferente, dando origem a realidades diferentes.
Assim, por exemplo, não é que os homens não se apaixonem, mas isso se manifesta de outra forma a nível individual, pois a confluência dos papeis de gênero, a biologia e as experiências vitais modelam quem somos.
Portanto, partimos de uma base comum que faz com que esses “protótipos” que se mostram por meio das expectativas sejam um aspecto relevante na maneira como um casal heterossexual se gerencia.
Não se esqueça de ler: O prazer sexual que experimentamos entre os sonhos
Nesse sentido e levando tudo isso em conta, podemos afirmar que o processamento emocional do cérebro masculino é diferente do feminino.
Concretamente, a diferença está no uso de dois sistemas cerebrais que funcionam de maneira simultânea (o sistema neuronal especular e a união têmporo-espacial).
Explicaremos isso com uma história com a qual muitos de nós poderá se identificar
Marta está passando por dificuldades no trabalho. Precisa desabafar e que seu parceiro, Daniel, a escute e a abrace. Mas quando Marta começa a lhe contar seus problemas, Daniel começa a dizer a ela o que pode fazer.
Marta se perturba, pois pensa que Daniel não a compreende e não dá importância ao que está acontecendo.
Daniel, por sua vez, sofre muito ao ver sua parceira tão mal, mas não sabe como ajudá-la, pois todas as alternativas que lhe oferece são rejeitadas por Marta.
Se pudéssemos escanar o cérebro de Daniel quando vê Marta chorar, notaríamos como se ativam os dois sistemas de leitura emocional sobre os quais comentamos.
O primeiro que se ativaria seria o Sistema Neuronal Especular (SNE), que permite a Daniel simpatizar com a dor emocional de Marta.
Ao mesmo tempo, o cérebro de Daniel ativa a União temporoparietal (UTP), que se encarrega de analisar a situação e buscar soluções. Essa é a chamada empatia cognitiva.
Digamos que a UTP se encarrega de fabricar uma fronteira clara entre as próprias emoções e as alheias, o que impede que certos processos mentais se contagiem com as emoções dos demais.
Isso busca analisar a situação e buscar soluções; ou seja, ser o mais prático possível.
Conclusão
Portanto, enquanto observamos o cérebro de Daniel neste momento, encontraremos como busca encontrar soluções para diminuir a dor de sua parceira.
Seu córtex se ativará, enquanto pergunta com toda naturalidade à Marta quantas pessoas são necessárias para que o trabalho possa avançar.
Isso, como grande parte das leitoras compreenderá, irrita Marta. Ela responderá: “É isso o que sugere? Tenho que fazer tudo com a equipe de que disponho”, enquanto crava um olhar de ressentimento em Daniel.
No entanto, o cérebro de Daniel vai desconsiderar o tom ríspido do último comentário de Marta, pois o cérebro masculino terá desativada a zona de empatia emocional enquanto tenta buscar uma solução e simpatizar cognitivamente com seu amor.
Seguindo essa linha, Daniel lhe oferecerá a maravilhosa solução que seu cérebro lhe declarou: “Contrate empregados temporários”. Automaticamente, as áreas cerebrais do bem-estar se iluminam no cérebro de Daniel diante de sua ideia genial.
No entanto, o prazer durará bem pouco, só até a expressão de Marta mudar, pois agora só poderá chorar ou se lamentar ao sentir que seu parceiro não compreende seu estado de ânimo e que não está dando a importância ao que sente realmente.
No entanto, o que está ocorrendo não é o que ambos interpretam, mas que suas realidades cerebrais são bem diferente.
Quer saber mais: Quero um abraço que apague todos os meus medos
O reflexo de duas realidades cerebrais
Daniel tenta por todos os meios ajudar de maneira objetiva e prática Marta, pois sua lógica emocional lhe diz que isso é o melhor que pode fazer: buscar soluções.
No entanto, Marta está em um outro ponto e busca em seu parceiro uma conexão emocional no seu nível.
Nesse sentido, temos que concluir que o universo emocional de um homem não é menos rico nem menos válido que o de uma mulher, mas que grande parte de nós funcionamos de outra maneira em um nível cerebral, social e individual.
Podemos entender isso como um problema de entendimento ou como uma maneira de complementação.
Por isso, agora que temos esta informação, talvez seja o momento de levá-la em conta e tornar a vida emocional no casal entre homens e mulheres muito mais equilibrada.
A vida emocional entre homens e mulheres é influenciada pelas necessidades afetivas e pelos costumes de cada um.
No entanto, há certos padrões que se repetem com certa constância nas relações heterossexuais.
Ou seja, digamos que os tópicos e as expectativas não surjam do nada. As expectativas das mulheres sobre os homens (e vice-versa) nas relações de casal podem se ajustar a padrões que se repetem, ainda que de maneira individualizada, como o gênero.
Não é bom cair em generalizações, então devemos entender que o que a biologia determina e o que a sociedade promove entram sempre em confluência direta com as vivências de cada um, sejam homens ou mulheres de qualquer condição.
A confluência emocional nos casais formados por homens e mulheres
É comum que escutemos os homens se “queixarem” ou “fazerem piadinhas” sobre a emotividade feminina. Ao contrário, as mulheres podem acusar os homens de não serem o suficientemente afetivos como parceiros.
Achamos que o outro “poderia mudar” se realmente quisesse, deixando de lado as particularidades que nos unem e desunem num nível biológico e social.
O que não nos ocorre é que os circuitos cerebrais que regem a manifestação de nossas emoções se ativam de maneira diferente, dando origem a realidades diferentes.
Assim, por exemplo, não é que os homens não se apaixonem, mas isso se manifesta de outra forma a nível individual, pois a confluência dos papeis de gênero, a biologia e as experiências vitais modelam quem somos.
Portanto, partimos de uma base comum que faz com que esses “protótipos” que se mostram por meio das expectativas sejam um aspecto relevante na maneira como um casal heterossexual se gerencia.
Não se esqueça de ler: O prazer sexual que experimentamos entre os sonhos
Nesse sentido e levando tudo isso em conta, podemos afirmar que o processamento emocional do cérebro masculino é diferente do feminino.
Concretamente, a diferença está no uso de dois sistemas cerebrais que funcionam de maneira simultânea (o sistema neuronal especular e a união têmporo-espacial).
Explicaremos isso com uma história com a qual muitos de nós poderá se identificar
Marta está passando por dificuldades no trabalho. Precisa desabafar e que seu parceiro, Daniel, a escute e a abrace. Mas quando Marta começa a lhe contar seus problemas, Daniel começa a dizer a ela o que pode fazer.
Marta se perturba, pois pensa que Daniel não a compreende e não dá importância ao que está acontecendo.
Daniel, por sua vez, sofre muito ao ver sua parceira tão mal, mas não sabe como ajudá-la, pois todas as alternativas que lhe oferece são rejeitadas por Marta.
Se pudéssemos escanar o cérebro de Daniel quando vê Marta chorar, notaríamos como se ativam os dois sistemas de leitura emocional sobre os quais comentamos.
O primeiro que se ativaria seria o Sistema Neuronal Especular (SNE), que permite a Daniel simpatizar com a dor emocional de Marta.
Ao mesmo tempo, o cérebro de Daniel ativa a União temporoparietal (UTP), que se encarrega de analisar a situação e buscar soluções. Essa é a chamada empatia cognitiva.
Digamos que a UTP se encarrega de fabricar uma fronteira clara entre as próprias emoções e as alheias, o que impede que certos processos mentais se contagiem com as emoções dos demais.
Isso busca analisar a situação e buscar soluções; ou seja, ser o mais prático possível.
Conclusão
Portanto, enquanto observamos o cérebro de Daniel neste momento, encontraremos como busca encontrar soluções para diminuir a dor de sua parceira.
Seu córtex se ativará, enquanto pergunta com toda naturalidade à Marta quantas pessoas são necessárias para que o trabalho possa avançar.
Isso, como grande parte das leitoras compreenderá, irrita Marta. Ela responderá: “É isso o que sugere? Tenho que fazer tudo com a equipe de que disponho”, enquanto crava um olhar de ressentimento em Daniel.
No entanto, o cérebro de Daniel vai desconsiderar o tom ríspido do último comentário de Marta, pois o cérebro masculino terá desativada a zona de empatia emocional enquanto tenta buscar uma solução e simpatizar cognitivamente com seu amor.
Seguindo essa linha, Daniel lhe oferecerá a maravilhosa solução que seu cérebro lhe declarou: “Contrate empregados temporários”. Automaticamente, as áreas cerebrais do bem-estar se iluminam no cérebro de Daniel diante de sua ideia genial.
No entanto, o prazer durará bem pouco, só até a expressão de Marta mudar, pois agora só poderá chorar ou se lamentar ao sentir que seu parceiro não compreende seu estado de ânimo e que não está dando a importância ao que sente realmente.
No entanto, o que está ocorrendo não é o que ambos interpretam, mas que suas realidades cerebrais são bem diferente.
Quer saber mais: Quero um abraço que apague todos os meus medos
O reflexo de duas realidades cerebrais
Daniel tenta por todos os meios ajudar de maneira objetiva e prática Marta, pois sua lógica emocional lhe diz que isso é o melhor que pode fazer: buscar soluções.
No entanto, Marta está em um outro ponto e busca em seu parceiro uma conexão emocional no seu nível.
Nesse sentido, temos que concluir que o universo emocional de um homem não é menos rico nem menos válido que o de uma mulher, mas que grande parte de nós funcionamos de outra maneira em um nível cerebral, social e individual.
Podemos entender isso como um problema de entendimento ou como uma maneira de complementação.
Por isso, agora que temos esta informação, talvez seja o momento de levá-la em conta e tornar a vida emocional no casal entre homens e mulheres muito mais equilibrada.
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- LeDoux, J. (2012). Rethinking the Emotional Brain. Neuron. https://doi.org/10.1016/j.neuron.2012.02.004
- Casey, B. J., Jones, R. M., & Hare, T. A. (2008). The adolescent brain. Annals of the New York Academy of Sciences. https://doi.org/10.1196/annals.1440.010
- UN WOMEN. (2008). The Role of Men and Boys in Achieving Gender Equality. Women 2000 and beyond. https://doi.org/10.1093/ajae/aau104
- Comley, N. R. (2011). Women. In Ernest Hemingway in Context. https://doi.org/10.1017/CBO9780511862458.048
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