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Hioscina: usos e efeitos colaterais

4 minutos
Você conhece a hioscina? Esse medicamento é caracterizado por seu uso antiespasmódico e pelos poucos efeitos secundários que causa. Saiba tudo sobre ele a seguir.
Hioscina: usos e efeitos colaterais
Franciele Rohor de Souza

Revisado e aprovado por a farmacêutica Franciele Rohor de Souza

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 dezembro, 2022

A hioscina é um medicamento também conhecido por outros nomes, como escopolamina ou butilbrometo de hioscina. É usada no tratamento da dor e do desconforto causados ​​pelas cólicas abdominais e menstruais ou por outras atividades espasmódicas no sistema digestivo.

Durante décadas, foi um dos medicamentos mais utilizados para o tratamento da dor de cólica renal, isoladamente ou em associação com o metamizol.

É importante ter em mente que este não é um medicamento para tratar a dor, como podem ser os fármacos da família dos AINEs. Na verdade, seu efeito visa evitar a causa da dor: o próprio espasmo muscular.

Por esse motivo, esse medicamento é classificado como um fármaco antiespasmódico. A hioscina é um alcalóide encontrado em algumas plantas do gênero Duboisia, como a Duboisia myoporoides.

Mecanismo de ação: como a hioscina exerce seu efeito no organismo?

Os sais derivados da hioscina, como o butilbrometo de hioscina, são fármacos anticolinérgicos com alta afinidade para os receptores muscarínicos encontrados nas células musculares lisas do trato digestivo.

Quando esse medicamento interage com os receptores, a hioscina desencadeia um efeito espasmolítico. Esse medicamento também tem a propriedade de se ligar aos receptores da nicotina, exercendo, assim, um bloqueio ganglionar.

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A hioscina produz um efeito antiespasmódico no organismo. Por isso, é usada no tratamento de cólicas abdominais.

Indicações da hioscina

Vejamos, a seguir, os diferentes usos para os quais a hioscina é indicada, bem como a posologia recomendada para cada um dos usos:

  • Adjuvante no tratamento da úlcera péptica: em crianças e adultos com mais de 12 anos, uma dose de 20 mg costuma ser administrada até 4 vezes ao dia. Em crianças entre 6 e 12 anos, a dose é reduzida para 5-10 mg até 3 vezes ao dia. Por fim, em bebês e crianças menores de 6 anos de idade, é administrada uma dose de 0,3-0,6 mg/kg entre 3 e 4 vezes ao dia, sendo a dose diária máxima de 1,5 mg/kg.
  • Astiespasmódico: é administrada por via oral em adultos com uma dose de 20 mg até 4 vezes ao dia.
  • Adjuvante na síndrome do intestino irritável e outras desordens gastrointestinais funcionais: assim como a indicação anterior, é administrada em adultos por via oral na dose de 20 mg até 4 vezes ao dia.

Leia também:  Como controlar a síndrome do intestino irritável

Farmacocinética: o que acontece com a hioscina no organismo?

A farmacocinética abrange os processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção do fármaco. Nesse sentido, a hioscina é um fármaco de administração oral que apresenta uma baixa biodisponibilidade.

Esse dado se refere à porcentagem de fármaco disponível no local de ação após a administração completa da dose. Estima-se que apenas 1% da dose oral chegue à circulação sistêmica.

No entanto, esse fato é compensado pela alta afinidade do fármaco pelos receptores muscarínicos do trato intestinal. Dessa forma, pode exercer seus efeitos localmente.

Além disso, a hioscina não atravessa a barreira hematoencefálica. Portanto, não tem efeitos colinérgicos no sistema nervoso central.

Reações adversas

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Assim como acontece com outros medicamentos, a hioscina pode causar alguns efeitos adversos. Eles incluem constipação, boca seca, náuseas e tonturas, entre outros.

Como todos os medicamentos, a hioscina não está isenta de provocar uma série de efeitos adversos que devem ser levados em consideração nos tratamentos que usam esse fármaco, segundo a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários.

Entendemos efeitos adversos como todos aqueles eventos indesejáveis ​​e não intencionais que são produzidos com o efeito de um medicamento. Nesse sentido, os efeitos secundários mais comuns observados incluem:

  • Prisão de ventre.
  • Boca seca.
  • Dificuldade para urinar.
  • Náuseas.
  • Tonturas.
  • Visão turva.

Por outro lado, embora não seja muito comum, o Centro Colaborador da Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica da Argentina afirma que podem ocorrer reações de hipersensibilidade associados a alguns dos seguintes sintomas:

  • Coceira.
  • Urticária.
  • Náuseas e vômitos.
  • Dificuldade para respirar.

Todos esses sintomas podem exigir atendimento emergencial e devem ser tratados por um profissional da saúde o mais rápido possível.

Leia também:  Conselhos para agir no trabalho diante de uma emergência cardíaca

Sempre consulte um profissional

A hioscina é um fármaco anticolinérgico indicado para o tratamento de espasmos do trato gastrointestinal, geniturinário e das vias biliares.

Apesar da sua baixa biodisponibilidade, quando administrada por via oral, apresenta alta afinidade tecidual para os receptores muscarínicos da musculatura lisa. Essa característica parece explicar a baixa ocorrência de efeitos secundários.

No entanto, é importante lembrar que pode provocar uma série de efeitos adversos associados a reações de hipersensibilidade que devem ser tratados com urgência. Consulte um profissional se tiver qualquer dúvida em relação ao tratamento com hioscina.

A hioscina é um medicamento também conhecido por outros nomes, como escopolamina ou butilbrometo de hioscina. É usada no tratamento da dor e do desconforto causados ​​pelas cólicas abdominais e menstruais ou por outras atividades espasmódicas no sistema digestivo.

Durante décadas, foi um dos medicamentos mais utilizados para o tratamento da dor de cólica renal, isoladamente ou em associação com o metamizol.

É importante ter em mente que este não é um medicamento para tratar a dor, como podem ser os fármacos da família dos AINEs. Na verdade, seu efeito visa evitar a causa da dor: o próprio espasmo muscular.

Por esse motivo, esse medicamento é classificado como um fármaco antiespasmódico. A hioscina é um alcalóide encontrado em algumas plantas do gênero Duboisia, como a Duboisia myoporoides.

Mecanismo de ação: como a hioscina exerce seu efeito no organismo?

Os sais derivados da hioscina, como o butilbrometo de hioscina, são fármacos anticolinérgicos com alta afinidade para os receptores muscarínicos encontrados nas células musculares lisas do trato digestivo.

Quando esse medicamento interage com os receptores, a hioscina desencadeia um efeito espasmolítico. Esse medicamento também tem a propriedade de se ligar aos receptores da nicotina, exercendo, assim, um bloqueio ganglionar.

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A hioscina produz um efeito antiespasmódico no organismo. Por isso, é usada no tratamento de cólicas abdominais.

Indicações da hioscina

Vejamos, a seguir, os diferentes usos para os quais a hioscina é indicada, bem como a posologia recomendada para cada um dos usos:

  • Adjuvante no tratamento da úlcera péptica: em crianças e adultos com mais de 12 anos, uma dose de 20 mg costuma ser administrada até 4 vezes ao dia. Em crianças entre 6 e 12 anos, a dose é reduzida para 5-10 mg até 3 vezes ao dia. Por fim, em bebês e crianças menores de 6 anos de idade, é administrada uma dose de 0,3-0,6 mg/kg entre 3 e 4 vezes ao dia, sendo a dose diária máxima de 1,5 mg/kg.
  • Astiespasmódico: é administrada por via oral em adultos com uma dose de 20 mg até 4 vezes ao dia.
  • Adjuvante na síndrome do intestino irritável e outras desordens gastrointestinais funcionais: assim como a indicação anterior, é administrada em adultos por via oral na dose de 20 mg até 4 vezes ao dia.

Leia também:  Como controlar a síndrome do intestino irritável

Farmacocinética: o que acontece com a hioscina no organismo?

A farmacocinética abrange os processos de absorção, distribuição, metabolismo e excreção do fármaco. Nesse sentido, a hioscina é um fármaco de administração oral que apresenta uma baixa biodisponibilidade.

Esse dado se refere à porcentagem de fármaco disponível no local de ação após a administração completa da dose. Estima-se que apenas 1% da dose oral chegue à circulação sistêmica.

No entanto, esse fato é compensado pela alta afinidade do fármaco pelos receptores muscarínicos do trato intestinal. Dessa forma, pode exercer seus efeitos localmente.

Além disso, a hioscina não atravessa a barreira hematoencefálica. Portanto, não tem efeitos colinérgicos no sistema nervoso central.

Reações adversas

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Assim como acontece com outros medicamentos, a hioscina pode causar alguns efeitos adversos. Eles incluem constipação, boca seca, náuseas e tonturas, entre outros.

Como todos os medicamentos, a hioscina não está isenta de provocar uma série de efeitos adversos que devem ser levados em consideração nos tratamentos que usam esse fármaco, segundo a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários.

Entendemos efeitos adversos como todos aqueles eventos indesejáveis ​​e não intencionais que são produzidos com o efeito de um medicamento. Nesse sentido, os efeitos secundários mais comuns observados incluem:

  • Prisão de ventre.
  • Boca seca.
  • Dificuldade para urinar.
  • Náuseas.
  • Tonturas.
  • Visão turva.

Por outro lado, embora não seja muito comum, o Centro Colaborador da Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica da Argentina afirma que podem ocorrer reações de hipersensibilidade associados a alguns dos seguintes sintomas:

  • Coceira.
  • Urticária.
  • Náuseas e vômitos.
  • Dificuldade para respirar.

Todos esses sintomas podem exigir atendimento emergencial e devem ser tratados por um profissional da saúde o mais rápido possível.

Leia também:  Conselhos para agir no trabalho diante de uma emergência cardíaca

Sempre consulte um profissional

A hioscina é um fármaco anticolinérgico indicado para o tratamento de espasmos do trato gastrointestinal, geniturinário e das vias biliares.

Apesar da sua baixa biodisponibilidade, quando administrada por via oral, apresenta alta afinidade tecidual para os receptores muscarínicos da musculatura lisa. Essa característica parece explicar a baixa ocorrência de efeitos secundários.

No entanto, é importante lembrar que pode provocar uma série de efeitos adversos associados a reações de hipersensibilidade que devem ser tratados com urgência. Consulte um profissional se tiver qualquer dúvida em relação ao tratamento com hioscina.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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