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França proíbe por lei o desperdício dos alimentos que sobram nos supermercados

4 minutos
Na França, todos os supermercados que não cumprirem com a lei de doar a comida que não venderem estarão sujeitos a multas e até à prisão.
França proíbe por lei o desperdício dos alimentos que sobram nos supermercados
Última atualização: 23 agosto, 2022

O desperdício dos alimentos em todo o mundo é um tema que gera controvérsia e repúdio há muitas décadas.

Estima-se que todos os anos 1,3 milhões de toneladas de alimentos vão parar no lixo, enquanto em muitos lugares há pessoas morrendo por desnutrição e fome.

Durante muitos anos, organizações lutaram para tentar diminuir estes números, mas os resultados dos estudos demonstram que ainda há uma perda anual muito significativa.

A principal crítica contra os grandes distribuidores é que muitas vezes eles preferem perder uma parte importante de seus alimentos em vez de doá-los aos mais necessitados.

Por esta razão, um homem de 35 anos chamado Arash Derambarsh propôs a iniciativa de criar uma lei para impedir que os supermercados joguem fora os alimentos que não venderem.

A ideia de Arash sugere que, em vez de desperdiçar, os estabelecimentos fizessem doações a organizações benéficas e bancos de alimentos para que eles os distribuíssem entre aqueles que tivessem necessidade.

Após uma campanha apoiada por compradores e ativistas que lutam contra a pobreza, o Senado francês aprovou por unanimidade a lei que beneficiará milhares de pessoas sem um lar.

Conheça: 6 formas interessantes de utilizar os restos de café para a beleza e no lar

França, o primeiro país do mundo a proibir por lei o desperdício dos alimentos

Some figure

A decisão do Senado Francês transformou a França no primeiro país do mundo a proibir os supermercados de desperdiçar ou destruir comida.

Os estabelecimentos com mais de 400 metros quadrados terão a obrigação de assinar contratos de doação com instituições de caridade, pois se não o fizerem, terão que pagar uma multa de 75 mil euros ou serão condenados a dois anos na prisão.

A notícia alegrou os promotores das organizações beneficentes, pois eles garantem que a nova lei irá ajudar a aumentar a qualidade e a diversidade dos alimentos que recebem para distribuir.

Jacques Bailet, chefe da rede de bancos de alimentos francesa, expressou que espera que a medida sirva para aumentar a doação de frutas, verduras e carnes que, em termos nutricionais, são o maior déficit que eles têm no momento.

Os responsáveis pelo recolhimento e o armazenamento de todos os alimentos seriam os bancos e organizações beneficentes registradas, que esperam também aumentar o pessoal para tornar mais eficaz o controle do novo fluxo de alimentos.

Leia também: 5 ideias para fazer cestos reciclados para o lixo

Muitos deles serão entregues em locais comunitários e centros específicos, em lugar de serem distribuídos nas ruas.

Mais sobre a lei do desperdício

A lei também punirá os supermercados que deixem a comida estragar de propósito, uma prática que tem aumentado em muitos estabelecimentos para evitar que as pessoas que mexem nas lixeiras comam os seus produtos.

Infelizmente nos últimos anos aumentou o número de famílias, estudantes e pessoas desempregadas que buscam nas lixeiras os produtos que ainda são aptos para o consumo e que foram jogados no lixo por estarem perto da data de validade.

O inconveniente é que em muitos lugares as pessoas espalham alvejantes nos alimentos que serão jogados fora. Segundo eles, o motivo é para evitar intoxicações alimentares caso as pessoas consumam os alimentos vencidos.

Também há quem armazene os alimentos em locais privados onde a coleta é feita diretamente pelos caminhões de lixo.

Os próximos objetivos das organizações beneficentes…

Some figure

Com esta primeira conquista alcançada, as organizações beneficentes se preparam para seguir trabalhando rumo aos próximos objetivos.

O primeiro será encontrar mais voluntários dispostos a colaborar com o controle e distribuição dos alimentos. Também serão necessários mais caminhões, depósitos e refrigeradores que permitam atender o aumento das doações.

Por outro lado, o principal objetivo será convencer a União Europeia de considerar decretar uma medida similar para todos os países membros do bloco.

O desperdício de comida na França é 11% vindo dos supermercados, 67% dos consumidores, e 15% dos restaurantes, por isso, os promotores desta iniciativa sabem que ainda há muito a fazer no futuro.

No entanto, com a lei decretada eles sabem que foi dado um passo importante rumo a uma sociedade mais consciente e sustentável.

Bailet garante que com um aumento de apenas 15% das doações provenientes de supermercados será possível entregar 10 milhões de pratos a mais de comida por ano.

O sonho a longo prazo é que muitos países do mundo adotem leis como esta para diminuir o desperdício mas, sobretudo, para que todas as pessoas que precisam tenham a oportunidade de comer.

O desperdício dos alimentos em todo o mundo é um tema que gera controvérsia e repúdio há muitas décadas.

Estima-se que todos os anos 1,3 milhões de toneladas de alimentos vão parar no lixo, enquanto em muitos lugares há pessoas morrendo por desnutrição e fome.

Durante muitos anos, organizações lutaram para tentar diminuir estes números, mas os resultados dos estudos demonstram que ainda há uma perda anual muito significativa.

A principal crítica contra os grandes distribuidores é que muitas vezes eles preferem perder uma parte importante de seus alimentos em vez de doá-los aos mais necessitados.

Por esta razão, um homem de 35 anos chamado Arash Derambarsh propôs a iniciativa de criar uma lei para impedir que os supermercados joguem fora os alimentos que não venderem.

A ideia de Arash sugere que, em vez de desperdiçar, os estabelecimentos fizessem doações a organizações benéficas e bancos de alimentos para que eles os distribuíssem entre aqueles que tivessem necessidade.

Após uma campanha apoiada por compradores e ativistas que lutam contra a pobreza, o Senado francês aprovou por unanimidade a lei que beneficiará milhares de pessoas sem um lar.

Conheça: 6 formas interessantes de utilizar os restos de café para a beleza e no lar

França, o primeiro país do mundo a proibir por lei o desperdício dos alimentos

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A decisão do Senado Francês transformou a França no primeiro país do mundo a proibir os supermercados de desperdiçar ou destruir comida.

Os estabelecimentos com mais de 400 metros quadrados terão a obrigação de assinar contratos de doação com instituições de caridade, pois se não o fizerem, terão que pagar uma multa de 75 mil euros ou serão condenados a dois anos na prisão.

A notícia alegrou os promotores das organizações beneficentes, pois eles garantem que a nova lei irá ajudar a aumentar a qualidade e a diversidade dos alimentos que recebem para distribuir.

Jacques Bailet, chefe da rede de bancos de alimentos francesa, expressou que espera que a medida sirva para aumentar a doação de frutas, verduras e carnes que, em termos nutricionais, são o maior déficit que eles têm no momento.

Os responsáveis pelo recolhimento e o armazenamento de todos os alimentos seriam os bancos e organizações beneficentes registradas, que esperam também aumentar o pessoal para tornar mais eficaz o controle do novo fluxo de alimentos.

Leia também: 5 ideias para fazer cestos reciclados para o lixo

Muitos deles serão entregues em locais comunitários e centros específicos, em lugar de serem distribuídos nas ruas.

Mais sobre a lei do desperdício

A lei também punirá os supermercados que deixem a comida estragar de propósito, uma prática que tem aumentado em muitos estabelecimentos para evitar que as pessoas que mexem nas lixeiras comam os seus produtos.

Infelizmente nos últimos anos aumentou o número de famílias, estudantes e pessoas desempregadas que buscam nas lixeiras os produtos que ainda são aptos para o consumo e que foram jogados no lixo por estarem perto da data de validade.

O inconveniente é que em muitos lugares as pessoas espalham alvejantes nos alimentos que serão jogados fora. Segundo eles, o motivo é para evitar intoxicações alimentares caso as pessoas consumam os alimentos vencidos.

Também há quem armazene os alimentos em locais privados onde a coleta é feita diretamente pelos caminhões de lixo.

Os próximos objetivos das organizações beneficentes…

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Com esta primeira conquista alcançada, as organizações beneficentes se preparam para seguir trabalhando rumo aos próximos objetivos.

O primeiro será encontrar mais voluntários dispostos a colaborar com o controle e distribuição dos alimentos. Também serão necessários mais caminhões, depósitos e refrigeradores que permitam atender o aumento das doações.

Por outro lado, o principal objetivo será convencer a União Europeia de considerar decretar uma medida similar para todos os países membros do bloco.

O desperdício de comida na França é 11% vindo dos supermercados, 67% dos consumidores, e 15% dos restaurantes, por isso, os promotores desta iniciativa sabem que ainda há muito a fazer no futuro.

No entanto, com a lei decretada eles sabem que foi dado um passo importante rumo a uma sociedade mais consciente e sustentável.

Bailet garante que com um aumento de apenas 15% das doações provenientes de supermercados será possível entregar 10 milhões de pratos a mais de comida por ano.

O sonho a longo prazo é que muitos países do mundo adotem leis como esta para diminuir o desperdício mas, sobretudo, para que todas as pessoas que precisam tenham a oportunidade de comer.


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  • Jenny Gustavsson et al. Global food losses and food waste, Congreso Internacional Save Food, Roma, 2011. https://www.save-food.org/cgi-bin/md_interpack/lib/all/lob/return_download.cgi/Global_Food_Losses.pdf?ticket=g_u_e_s_t&bid=4530&no_mime_type=0
  • LOI n° 2016-138 du 11 février 2016 relative à la lutte contre le gaspillage alimentaire (1), JORF n°0036 du 12 février 2016, texte n° 2. https://www.legifrance.gouv.fr/eli/loi/2016/2/11/AGRX1531165L/jo/texte
  • Guillaume Poingt, “Loi anti-gaspillage alimentaire : quel bilan après 18 mois ?”, Le Figaro, octubre 2018. http://www.lefigaro.fr/economie/le-scan-eco/2018/10/16/29001-20181016ARTFIG00007-loi-anti-gaspillage-alimentaire-quel-bilan-apres-18-mois.php

 


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