Família vintage: a família brasileira que vive como americanos em 1960
Conhecer a casa da estilista Juliana Lourenço, 42 anos, em Londrina, Paraná, é como entrar numa cápsula do tempo e voltar ao passado. Apaixonados pela cultura estadunidense dos anos 1960 e 1970, a família vive um cotidiano retrô.
Juliana transformou o hobby em profissão, e há 18 anos ela produz bolsas retrô sobre os mais variados temas e as vende na internet. Formada em Moda pela Universidade Estadual de Londrina, ela também faz as roupas da família, principalmente os vestidos da filha, além de garimpar em brechós.
A nossa vida é assim, é como se a gente vivesse no passado.
Tanto os móveis como os objetos de decoração remetem ao “american way of life” de outros tempos. O mesmo acontece com o vestuário, o visual e até o carro, um Ford Custom 500, ano 1972, um dos quatro automóveis que eles possuem, sendo este uma relíquia usada somente aos fins de semana.
José Hermano, de 42 anos, marido da estilista, também já era fascinado pelo universo vintage americano desde criança. Por isso, quando se casaram, em 2004, decidiram juntar suas respectivas coleções e também expandi-las, indo à caça de itens, principalmente mobília para o novo lar.
No dia a dia, por exemplo, Hermano costuma usar um jeans Levis 501 estilo anos 1950 e camisa xadrez. A estilista lembra que, quando conheceu o marido em 1996, notou as afinidades entre eles. Ela viu ali um encontro de almas gêmeas do passado.
Retrô 24 horas por dia
A atmosfera retrô vai além da decoração, pois está presente na aparência também. Enquanto José usa costeletas longas semelhante ao Wolverine, personagem da Marvel, ela faz um estilo mais pin-up com beehive — penteado que lembra uma colmeia, daí o termo em inglês.
Juliana Lourenço e sua família vivem como se estivessem nos EUA das décadas de 1960 e 1970
O encanto pelo passado seguiu gerações, e a pequena Geórgia de seis anos, a filha do casal, também aprecia esse imaginário. Ela gosta de cantar músicas dos Beatles e Elvis Presley, embora seu nome seja uma homenagem à canção “Georgia On My Mind”, do cantor e pianista norte-americano Ray Charles (1930-2004).
Segundo a estilista, o visual deles é baseado nas músicas dos anos 1960 que eles adoram, priorizando mais a estética dessa época.
“Em casa ouvíamos muito Beatles, Creedence e Elvis. Íamos a lojas de discos e minha mãe tinha revistas dos anos 1970. E eu achava aquelas mulheres muito bonitas, os cabelos, as roupas, então desde criança eu gostava” conta Juliana.
Além disso, a estilista se recorda que aos 15 anos pedia para avó fazer calças boca de sino e batas para ela. Isso ocorreu em meados dos anos 1990, para espanto dos parentes que achavam aquela imagem estranha. Mesmo assim, ela contou com o apoio da mãe, mas teve de lidar com julgamentos da família.
Gosto pelo visual retrô pegou Juliana ainda na adolescência
“Em geral, tios, avós, primos… eles sempre acharam bem esquisito. Eu e meu marido somos os únicos assim na família. Agora o vintage está na moda, mas nos anos 1990 eu ouvia: ‘Por que você não se veste como a sua prima?’”.
No entanto, ela garante que as críticas do passado se tornaram elogios hoje e que geralmente as pessoas dizem que seu estilo traz uma feminilidade maior das mulheres de um tempo passado.
A decoração da casa
Viver em uma casa com ares de museu ou cenário de um filme de época não é uma tarefa fácil e muito menos barata quando colocada em prática. Para reconstruir com fidelidade a ambientação pretérita, é preciso disposição, dinheiro e muitas andanças pela cidade para descobrir alguns achados, geralmente em brechós e lojas específicas de mobiliário antigo.
A eclética e colorida decoração conta com vitrola, vinis, bonecas, telefone de disco, revistas, quadros, poltronas, sendo que as duas televisões possuem design retrô (reprodução de algo antigo), mas com tecnologia moderna. Há também alguns aparelhos que estão ali apenas para decoração, pois estão em desuso.
Se o interior remete a outros tempos, o visitante vai notar isso também na parte externa da residência. Inspirada na cidade de Palm Springs, na Califórnia, os fundos da casa, onde estão o ateliê e a piscina, têm paredes rosa claro e janelas em um tom verde suave, com elementos decorativos.
A área da piscina tem mobílias antigas e cores inspiradas em Palm Springs, cidade da Califórnia.
O objeto favorito
Dentre tantas preciosidades, fica difícil para o casal escolher o objeto favorito. Após um longo silêncio, Juliana confessa: “Minha coleção de revistas, eu amo demais as minhas Playboy dos anos 1960 e 1970″.
O interior da casa é cheio de referências, móveis e objetos que são da época ou lembram o período.
Hábitos retrô
Os hábitos do casal também correspondem a um período distante quando celular e rede social nem sonhavam existir. Ouvir músicas antigas e assistir a filmes em preto e branco são alguns dos passatempos preferidos da família.
A filha inclusive costuma ler os gibis que pertenciam à mãe, uma forma também de se desligar da tecnologia. Os pais deixam claro que ela terá total liberdade para decidir se um dia optar por algo mais atual.
“Lógico que ela é influenciada por nós, mas eu vou dar liberdade para ela ser o que ela quiser, porque eu pude escolher, e eu segui o que eu gosto. Independentemente do que ela gostar, eu vou apoiá-la em todas as escolhas da vida dela, desde estudo, visual, etc.” afirma a estilista.
O casal está disposto a manter a “vida vintage forever” (vida vintage para sempre), vestindo-se a caráter também em casamentos, festas e formaturas.
Com informações de Nossa.
Conhecer a casa da estilista Juliana Lourenço, 42 anos, em Londrina, Paraná, é como entrar numa cápsula do tempo e voltar ao passado. Apaixonados pela cultura estadunidense dos anos 1960 e 1970, a família vive um cotidiano retrô.
Juliana transformou o hobby em profissão, e há 18 anos ela produz bolsas retrô sobre os mais variados temas e as vende na internet. Formada em Moda pela Universidade Estadual de Londrina, ela também faz as roupas da família, principalmente os vestidos da filha, além de garimpar em brechós.
A nossa vida é assim, é como se a gente vivesse no passado.
Tanto os móveis como os objetos de decoração remetem ao “american way of life” de outros tempos. O mesmo acontece com o vestuário, o visual e até o carro, um Ford Custom 500, ano 1972, um dos quatro automóveis que eles possuem, sendo este uma relíquia usada somente aos fins de semana.
José Hermano, de 42 anos, marido da estilista, também já era fascinado pelo universo vintage americano desde criança. Por isso, quando se casaram, em 2004, decidiram juntar suas respectivas coleções e também expandi-las, indo à caça de itens, principalmente mobília para o novo lar.
No dia a dia, por exemplo, Hermano costuma usar um jeans Levis 501 estilo anos 1950 e camisa xadrez. A estilista lembra que, quando conheceu o marido em 1996, notou as afinidades entre eles. Ela viu ali um encontro de almas gêmeas do passado.
Retrô 24 horas por dia
A atmosfera retrô vai além da decoração, pois está presente na aparência também. Enquanto José usa costeletas longas semelhante ao Wolverine, personagem da Marvel, ela faz um estilo mais pin-up com beehive — penteado que lembra uma colmeia, daí o termo em inglês.
Juliana Lourenço e sua família vivem como se estivessem nos EUA das décadas de 1960 e 1970
O encanto pelo passado seguiu gerações, e a pequena Geórgia de seis anos, a filha do casal, também aprecia esse imaginário. Ela gosta de cantar músicas dos Beatles e Elvis Presley, embora seu nome seja uma homenagem à canção “Georgia On My Mind”, do cantor e pianista norte-americano Ray Charles (1930-2004).
Segundo a estilista, o visual deles é baseado nas músicas dos anos 1960 que eles adoram, priorizando mais a estética dessa época.
“Em casa ouvíamos muito Beatles, Creedence e Elvis. Íamos a lojas de discos e minha mãe tinha revistas dos anos 1970. E eu achava aquelas mulheres muito bonitas, os cabelos, as roupas, então desde criança eu gostava” conta Juliana.
Além disso, a estilista se recorda que aos 15 anos pedia para avó fazer calças boca de sino e batas para ela. Isso ocorreu em meados dos anos 1990, para espanto dos parentes que achavam aquela imagem estranha. Mesmo assim, ela contou com o apoio da mãe, mas teve de lidar com julgamentos da família.
Gosto pelo visual retrô pegou Juliana ainda na adolescência
“Em geral, tios, avós, primos… eles sempre acharam bem esquisito. Eu e meu marido somos os únicos assim na família. Agora o vintage está na moda, mas nos anos 1990 eu ouvia: ‘Por que você não se veste como a sua prima?’”.
No entanto, ela garante que as críticas do passado se tornaram elogios hoje e que geralmente as pessoas dizem que seu estilo traz uma feminilidade maior das mulheres de um tempo passado.
A decoração da casa
Viver em uma casa com ares de museu ou cenário de um filme de época não é uma tarefa fácil e muito menos barata quando colocada em prática. Para reconstruir com fidelidade a ambientação pretérita, é preciso disposição, dinheiro e muitas andanças pela cidade para descobrir alguns achados, geralmente em brechós e lojas específicas de mobiliário antigo.
A eclética e colorida decoração conta com vitrola, vinis, bonecas, telefone de disco, revistas, quadros, poltronas, sendo que as duas televisões possuem design retrô (reprodução de algo antigo), mas com tecnologia moderna. Há também alguns aparelhos que estão ali apenas para decoração, pois estão em desuso.
Se o interior remete a outros tempos, o visitante vai notar isso também na parte externa da residência. Inspirada na cidade de Palm Springs, na Califórnia, os fundos da casa, onde estão o ateliê e a piscina, têm paredes rosa claro e janelas em um tom verde suave, com elementos decorativos.
A área da piscina tem mobílias antigas e cores inspiradas em Palm Springs, cidade da Califórnia.
O objeto favorito
Dentre tantas preciosidades, fica difícil para o casal escolher o objeto favorito. Após um longo silêncio, Juliana confessa: “Minha coleção de revistas, eu amo demais as minhas Playboy dos anos 1960 e 1970″.
O interior da casa é cheio de referências, móveis e objetos que são da época ou lembram o período.
Hábitos retrô
Os hábitos do casal também correspondem a um período distante quando celular e rede social nem sonhavam existir. Ouvir músicas antigas e assistir a filmes em preto e branco são alguns dos passatempos preferidos da família.
A filha inclusive costuma ler os gibis que pertenciam à mãe, uma forma também de se desligar da tecnologia. Os pais deixam claro que ela terá total liberdade para decidir se um dia optar por algo mais atual.
“Lógico que ela é influenciada por nós, mas eu vou dar liberdade para ela ser o que ela quiser, porque eu pude escolher, e eu segui o que eu gosto. Independentemente do que ela gostar, eu vou apoiá-la em todas as escolhas da vida dela, desde estudo, visual, etc.” afirma a estilista.
O casal está disposto a manter a “vida vintage forever” (vida vintage para sempre), vestindo-se a caráter também em casamentos, festas e formaturas.
Com informações de Nossa.
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