Fadiga visual digital: como as telas nos afetam
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A fadiga visual digital deriva do uso indiscriminado de dispositivos com telas. Entre esses dispositivos, temos, por exemplo, celulares, computadores, televisões e tablets, entre outros. Num futuro próximo, adicionaremos capacetes de realidade virtual à lista, por exemplo.
O mecanismo pelo qual a fadiga visual digital é gerada é o esforço excessivo que o olho deve realizar. Precisamente, a parte mais afetada são os músculos responsáveis por acomodar a visão, alternando entre longe e perto.
O uso prolongado de telas força os olhos a trabalhar no modo de visão de perto, com uma certa configuração do sistema ocular. Por isso, se não tiramos regularmente os olhos da tela para focar mais longe, o esforço é maior do que deveria e a fadiga aparece.
Esse cansaço do sistema muscular ocular dificulta o foco. Na fadiga visual digital, pode-se perceber uma diminuição na capacidade de focalizar de perto. Existe, então, um círculo vicioso que concatena a fadiga ocular com outros sintomas, como coceira nos olhos.
As projeções indicam que mais de um terço dos menores de quinze anos sofrerão de distúrbios relacionados à fadiga visual digital no próximo ano. Assim, isso implica, inclusive, no desenvolvimento de miopia por causa das telas.
Sintomas de fadiga visual digital
Existem quatro sinais característicos da fadiga visual digital e que geralmente ocorrem juntos:
- Coceira nos olhos: a necessidade de esfregar os olhos é evidente naqueles que sofrem de fadiga. Alguns manifestam uma sensação de areia entre as pálpebras, ou também como pequenos alfinetes picando por dentro. A coceira resulta em arranhar, e arranhar pode levar a vermelhidão e inchaço.
- Edema palpebral: seja pelos arranhões ou pela própria fadiga visual digital, as pálpebras incham. Junto ao edema palpebral, há olhos vermelhos e lacrimejamento. O quadro de conjuntivite bacteriana é diferenciado pela ausência de pus e remelas.
- Dor de cabeça: a má acomodação sofrida pelos olhos devido à fadiga leva à dor de cabeça. Em geral, é uma dor de cabeça localizada atrás dos olhos que tende a aliviar relaxando a visão, afastando-a das telas ou buscando o foco em um ponto distante.
- Visão turva: entre falta de acomodação da fadiga, vermelhidão dos olhos, edema palpebral e lacrimejamento, a nitidez é perdida. Não é a falta de nitidez da miopia ou de outras patologias, mas pode ser percebida como uma intensa visão embaçada quando já se passou várias horas em frente a tela.
O efeito da luz azul
As telas de nossos dispositivos eletrônicos emitem uma radiação conhecida como luz azul. Essa luz azul é uma das principais causas de fadiga visual digital. Dentro do olho, a retina é a estrutura mais danificada pela luz azul.
A luz azul-violeta é encontrada pontualmente no espectro da luz azul. Ela é emitida por telas de LED com um comprimento de onda que prejudica as estruturas oculares. Assim, observou-se que a retina envelhece cedo quando exposta à luz azul-violeta.
Por outro lado, temos a luz azul-turquesa. Verificou-se que esse comprimento de onda não é tão prejudicial às estruturas oculares. Pelo contrário, seria um espectro com benefícios para manter os ciclos circadianos de vigília e sono.
Mas, para neutralizar o efeito da luz azul-violeta, existem filtros de tela digital. O mais usado é um filtro amarelo que quebra a luz azul. Os primeiros a usá-los foram os gamers – jogadores de videogame -, especialmente aqueles que praticavam campeonatos noturnos de sua especialidade.
Continue descobrindo: 7 cuidados básicos para a higiene dos olhos
Prevenção da fadiga visual digital
Existem várias medidas que podem ser tomadas para evitar o aparecimento da fadiga visual digital. Entre elas, encontramos:
- Interrompa momentaneamente o uso de telas: no trabalho com computadores, acima de tudo, é importante tirar momentos para se separar da tela para fazer outras coisas.
- Ajuste a luz ambiente: os olhos não devem trabalhar forçosamente com iluminação muito potente e nem muito fraca. Assim, a ideia é que o ambiente seja adequadamente iluminado para não ter que realizar esforços.
- Olhando à distância: foi proposta uma coisa chamada regra ’20-20-20 ‘, que consiste em interromper o uso das telas a cada vinte minutos por vinte segundos para olhar para algo que está a aproximadamente seis metros de distância, ou um pouco mais de seis metros. A mudança de foco descansa a visão.
- Massagear os olhos com frio: isso deve ser feito suavemente quando os sinais de fadiga visual digital começarem. Assim, idealmente, use um gel frio que esteja no freezer e enrole-o em um pano para apoiá-lo nas pálpebras fechadas.
- Reduzir o uso desnecessário de telas: por fim, e talvez, a coisa mais importante, para incorporar como um hábito, seria reduzir o uso de telas em momentos em que isso é desnecessário. Isso não pode ser feito em trabalhos que envolvem o uso de um computador, mas em casa, por exemplo.
A fadiga visual digital deriva do uso indiscriminado de dispositivos com telas. Entre esses dispositivos, temos, por exemplo, celulares, computadores, televisões e tablets, entre outros. Num futuro próximo, adicionaremos capacetes de realidade virtual à lista, por exemplo.
O mecanismo pelo qual a fadiga visual digital é gerada é o esforço excessivo que o olho deve realizar. Precisamente, a parte mais afetada são os músculos responsáveis por acomodar a visão, alternando entre longe e perto.
O uso prolongado de telas força os olhos a trabalhar no modo de visão de perto, com uma certa configuração do sistema ocular. Por isso, se não tiramos regularmente os olhos da tela para focar mais longe, o esforço é maior do que deveria e a fadiga aparece.
Esse cansaço do sistema muscular ocular dificulta o foco. Na fadiga visual digital, pode-se perceber uma diminuição na capacidade de focalizar de perto. Existe, então, um círculo vicioso que concatena a fadiga ocular com outros sintomas, como coceira nos olhos.
As projeções indicam que mais de um terço dos menores de quinze anos sofrerão de distúrbios relacionados à fadiga visual digital no próximo ano. Assim, isso implica, inclusive, no desenvolvimento de miopia por causa das telas.
Sintomas de fadiga visual digital
Existem quatro sinais característicos da fadiga visual digital e que geralmente ocorrem juntos:
- Coceira nos olhos: a necessidade de esfregar os olhos é evidente naqueles que sofrem de fadiga. Alguns manifestam uma sensação de areia entre as pálpebras, ou também como pequenos alfinetes picando por dentro. A coceira resulta em arranhar, e arranhar pode levar a vermelhidão e inchaço.
- Edema palpebral: seja pelos arranhões ou pela própria fadiga visual digital, as pálpebras incham. Junto ao edema palpebral, há olhos vermelhos e lacrimejamento. O quadro de conjuntivite bacteriana é diferenciado pela ausência de pus e remelas.
- Dor de cabeça: a má acomodação sofrida pelos olhos devido à fadiga leva à dor de cabeça. Em geral, é uma dor de cabeça localizada atrás dos olhos que tende a aliviar relaxando a visão, afastando-a das telas ou buscando o foco em um ponto distante.
- Visão turva: entre falta de acomodação da fadiga, vermelhidão dos olhos, edema palpebral e lacrimejamento, a nitidez é perdida. Não é a falta de nitidez da miopia ou de outras patologias, mas pode ser percebida como uma intensa visão embaçada quando já se passou várias horas em frente a tela.
O efeito da luz azul
As telas de nossos dispositivos eletrônicos emitem uma radiação conhecida como luz azul. Essa luz azul é uma das principais causas de fadiga visual digital. Dentro do olho, a retina é a estrutura mais danificada pela luz azul.
A luz azul-violeta é encontrada pontualmente no espectro da luz azul. Ela é emitida por telas de LED com um comprimento de onda que prejudica as estruturas oculares. Assim, observou-se que a retina envelhece cedo quando exposta à luz azul-violeta.
Por outro lado, temos a luz azul-turquesa. Verificou-se que esse comprimento de onda não é tão prejudicial às estruturas oculares. Pelo contrário, seria um espectro com benefícios para manter os ciclos circadianos de vigília e sono.
Mas, para neutralizar o efeito da luz azul-violeta, existem filtros de tela digital. O mais usado é um filtro amarelo que quebra a luz azul. Os primeiros a usá-los foram os gamers – jogadores de videogame -, especialmente aqueles que praticavam campeonatos noturnos de sua especialidade.
Continue descobrindo: 7 cuidados básicos para a higiene dos olhos
Prevenção da fadiga visual digital
Existem várias medidas que podem ser tomadas para evitar o aparecimento da fadiga visual digital. Entre elas, encontramos:
- Interrompa momentaneamente o uso de telas: no trabalho com computadores, acima de tudo, é importante tirar momentos para se separar da tela para fazer outras coisas.
- Ajuste a luz ambiente: os olhos não devem trabalhar forçosamente com iluminação muito potente e nem muito fraca. Assim, a ideia é que o ambiente seja adequadamente iluminado para não ter que realizar esforços.
- Olhando à distância: foi proposta uma coisa chamada regra ’20-20-20 ‘, que consiste em interromper o uso das telas a cada vinte minutos por vinte segundos para olhar para algo que está a aproximadamente seis metros de distância, ou um pouco mais de seis metros. A mudança de foco descansa a visão.
- Massagear os olhos com frio: isso deve ser feito suavemente quando os sinais de fadiga visual digital começarem. Assim, idealmente, use um gel frio que esteja no freezer e enrole-o em um pano para apoiá-lo nas pálpebras fechadas.
- Reduzir o uso desnecessário de telas: por fim, e talvez, a coisa mais importante, para incorporar como um hábito, seria reduzir o uso de telas em momentos em que isso é desnecessário. Isso não pode ser feito em trabalhos que envolvem o uso de um computador, mas em casa, por exemplo.
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- Prado Montes, Ana, et al. “Síndrome de Fatiga ocular y su relación con el medio laboral.” Medicina y Seguridad del Trabajo 63.249 (2017): 345-361.
- Li Bardales, Vicenta. “Fatiga visual debido al uso de aparatos electrónicos y rendimiento escolar en niños del servicio de optometría del Hospital II Lima Norte “Luis Negreiros Vega” 2018.” (2019).
- García, Yeisell Tamayo, and Maynery Salgado Pérez. “EL SÍNDROME VISUAL INFORMÁTICO. UN ESTUDIO REALIZADO EN EL POLICLÍNICO UNIVERSITARIO RAMPA DE SEPTIEMBRE A DICIEMBRE 2013.” Revista Cubana de Tecnología de la Salud (2014).
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