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Ex-paciente volta como médica ao hospital onde se curou da leucemia

2 minutos
Marina venceu uma leucemia milagrosamente, se tornou médica e se especializou em transplante de medula óssea para salvar pessoas com a doença: ela agora trabalha no mesmo hospital onde foi curada, em Goiânia (GO).
Ex-paciente volta como médica ao hospital onde se curou da leucemia
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 26 setembro, 2022

Marina Aguiar descobriu que tinha leucemia aos 18 anos de idade, na mesma época em que tinha sido aprovada no vestibular de Odontologia, em 2006.

Os primeiros sintomas que apareceram foram as dores nas pernas. Depois, anemia, palidez e cansaço. De fato, foram quatro meses investigando a causa para chegar ao diagnóstico definitivo da doença.

Existem vários tipos de leucemia. As mais graves e de rápida evolução são as agudas, como a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), que afeta as células mieloides, responsáveis por dar origem aos elementos do sangue.

Já a leucemia do diagnóstico de Marina foi a Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) que afeta as células linfoides, responsáveis pela defesa do organismo.

Some figure

O tratamento recomendado para ela foi a quimioterapia, mas não deu certo. Então, de acordo com os médicos que estavam tratando Marina, sua única esperança seria um transplante de medula óssea.

Marina fez campanha para encontrar um doador 100% compatível, sem sucesso. Foi quando os pais dela decidiram engravidar, na esperança de que pelo menos um dos seus irmãos fosse compatível. Infelizmente, nenhum dos gêmeos era. “Foi difícil porque a sensação era de que eu tinha voltado à estaca zero de novo!”, lembra.

Por isso Marina teve que voltar para a quimioterapia e, nessa época, sentiu uma vontade grande de estudar medicina. Por milagre, como ela mesma diz, foi aprovada no vestibular.

Renascimento

Depois de um tempo, mesmo sem conseguir fazer o transplante, Marina fez um novo mielograma, um exame de avaliação da medula óssea, e não foi detectada a presença de células cancerosas. Sua última internação no hospital foi no dia 1º de abril de 2007: data marcada como seu “renascimento”.

“Eu pensei: ‘Essa vai ser a data do meu renascimento’. Apesar de a medicina ainda não me considerar curada, eu vou comemorar a minha cura a cada ano que for passando. Passou um, dois, três, quatro, cinco, seis anos sem leucemia. Até que chegou o dia da minha formatura em medicina”, lembra.

Após a formatura, Marina começou a sua residência em hematologia, no hospital onde foi curada e onde trabalha atualmente.

Prometi que eu não voltaria mais como paciente, mas como médica. Fiz a residência exatamente no ano em que completei dez anos do meu renascimento. Todos no hospital me conheciam”, diz.

Some figure

Depois da residência, Marina passou um ano estudando transplante de medula óssea no Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.

Neste vídeo, a médica conscientiza sobre a importância de uma rede de apoio para o paciente oncológico e faz um convite para que mais pessoas se tornem doadores de medula óssea.

Marina Aguiar descobriu que tinha leucemia aos 18 anos de idade, na mesma época em que tinha sido aprovada no vestibular de Odontologia, em 2006.

Os primeiros sintomas que apareceram foram as dores nas pernas. Depois, anemia, palidez e cansaço. De fato, foram quatro meses investigando a causa para chegar ao diagnóstico definitivo da doença.

Existem vários tipos de leucemia. As mais graves e de rápida evolução são as agudas, como a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), que afeta as células mieloides, responsáveis por dar origem aos elementos do sangue.

Já a leucemia do diagnóstico de Marina foi a Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) que afeta as células linfoides, responsáveis pela defesa do organismo.

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O tratamento recomendado para ela foi a quimioterapia, mas não deu certo. Então, de acordo com os médicos que estavam tratando Marina, sua única esperança seria um transplante de medula óssea.

Marina fez campanha para encontrar um doador 100% compatível, sem sucesso. Foi quando os pais dela decidiram engravidar, na esperança de que pelo menos um dos seus irmãos fosse compatível. Infelizmente, nenhum dos gêmeos era. “Foi difícil porque a sensação era de que eu tinha voltado à estaca zero de novo!”, lembra.

Por isso Marina teve que voltar para a quimioterapia e, nessa época, sentiu uma vontade grande de estudar medicina. Por milagre, como ela mesma diz, foi aprovada no vestibular.

Renascimento

Depois de um tempo, mesmo sem conseguir fazer o transplante, Marina fez um novo mielograma, um exame de avaliação da medula óssea, e não foi detectada a presença de células cancerosas. Sua última internação no hospital foi no dia 1º de abril de 2007: data marcada como seu “renascimento”.

“Eu pensei: ‘Essa vai ser a data do meu renascimento’. Apesar de a medicina ainda não me considerar curada, eu vou comemorar a minha cura a cada ano que for passando. Passou um, dois, três, quatro, cinco, seis anos sem leucemia. Até que chegou o dia da minha formatura em medicina”, lembra.

Após a formatura, Marina começou a sua residência em hematologia, no hospital onde foi curada e onde trabalha atualmente.

Prometi que eu não voltaria mais como paciente, mas como médica. Fiz a residência exatamente no ano em que completei dez anos do meu renascimento. Todos no hospital me conheciam”, diz.

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Depois da residência, Marina passou um ano estudando transplante de medula óssea no Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.

Neste vídeo, a médica conscientiza sobre a importância de uma rede de apoio para o paciente oncológico e faz um convite para que mais pessoas se tornem doadores de medula óssea.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.