Estudantes do RS criam copo que identifica bebida com “Boa noite Cinderela"
Quatro alunas do colégio SESI Gravataí, no Rio Grande do Sul, começaram a desenvolver, há mais de um ano, um copo com reagente químico capaz de identificar a presença da droga GHB (ácido gama-hidroxibutírico), conhecido popularmente como ‘Boa Noite Cinderela’.
“Boa noite Cinderela”: o que é?
O “Boa noite Cinderela” é um golpe realizado em festas e casas de show noturnas que consiste em adicionar na bebida, geralmente bebidas alcoólicas, substâncias ou medicamentos que atuam no sistema nervoso central e deixam a pessoa desinibida, desorientada e sem consciência dos seus atos.
Essas substâncias ou medicamentos, quando dissolvidas na bebida, não conseguem ser identificados pelo sabor e, por isso, a pessoa acaba ingerindo sem perceber. Alguns minutos depois, os efeitos começam a surgir e a pessoa passa a não ter consciência dos seus atos.
Efeitos do “Boa noite Cinderela” no corpo
Os efeitos do “Boa noite Cinderela” podem variar de acordo com os medicamentos utilizados, a dose que foi colocada na bebida e o organismo da vítima. De forma geral, após a ingestão da bebida, a vítima pode apresentar:
- Diminuição da capacidade de raciocínio.
- Menor atenção.
- Diminuição dos reflexos.
- Falta de discernimento do que é certo ou errado.
- Perda da consciência do que fala.
- Perda da força muscular.
- Além disso, também é comum que pessoa caia num sono profundo, podendo dormir de 12 a 24 horas e não consegue recordar o que aconteceu após tomar a bebida.
A ação destas substâncias tem início poucos minutos após a sua ingestão e atua diretamente do sistema nervoso central, diminuindo a sua atividade, o que faz com que a pessoa passe a não perceber muito bem o que está acontecendo.
O projeto criado pelas estudantes para identificar “Boa noite Cinderela”
Quatro estudantes do colégio SESI Gravataí (RS) desenvolveram um copo com reagente químico capaz de identificar a presença da substância GHB (ácido gama-hidroxibutírico).
O caso Mariana Ferrer, que foi dopada e abusada em uma balada de Florianópolis, em 2018, é uma triste realidade vivida por outras mulheres no país. E foi a partir desse caso que as quatro alunas desenvolveram a ideia de um projeto para ajudar no combate a estas práticas.
Natally Souza, Giovanna Freitas, Giovanna Moraes e Nicolli Marques, utilizaram o reagente colorimétrico dragendorff que, ao entrar em contato com a outra substância, faz com que o copo mude para uma cor avermelhada, alertando sobre o envenenamento.
As quatro colegas descobriram que a droga mais usada para isso é o GHB, um líquido que é misturado nos copos de bebidas em festas.
“Ele é absorvido rápido pelo corpo, então dentro de 20, 30 minutos, tu já consegue sentir e, em contrapartida, ele também some muito rápido do teu corpo. Depois de duas horas, ele não está mais presente no teu organismo“, descreve Giovanna Moraes, de 17 anos.
Para proteger deste tipo de crime, elas imaginaram um copo que tenha base sólida com um reagente que mostre quando houver a presença da droga.
“Quando o GHB entrar em contato com a base, a base vai mudar de cor, alertando a vítima de que tem algo de errado na bebida. A gente tá agora na fase de desenvolvimento do nosso projeto, na parte de pesquisa. A gente não participou de nenhuma questão de testes ainda, estamos só na parte teórica”, diz Natally Souza, de 16 anos.
“Durante as nossas pesquisas, a gente percebeu que tinha um grande uso de entorpecentes utilizados em festas para deixar as pessoas dopadas e serem vulneráveis a sequestros, roubos, assaltos e abusos sexuais”, contam as alunas.
O projeto é inédito no Brasil, mas há também outras propostas de identificação da droga em bebidas. A base sólida do copo, feita de propileno, comportaria o reagente químico e poderia ser usado diversas vezes.
“Nossa maior dificuldade no momento é produzir essa base sólida. Nós já temos o reagente que usaríamos, porém, como todos os outros reagentes colorimétricos, ele também é tóxico e a gente tá trabalhando de uma maneira para que isso não intoxique a pessoa ao ser utilizado”, explicam as jovens.
As meninas apresentaram o projeto no evento SESI Com@Ciência, um dos maiores eventos de educação do estado do Rio Grande do Sul, no início deste mês.
Com informações de Tua Saúde.
Quatro alunas do colégio SESI Gravataí, no Rio Grande do Sul, começaram a desenvolver, há mais de um ano, um copo com reagente químico capaz de identificar a presença da droga GHB (ácido gama-hidroxibutírico), conhecido popularmente como ‘Boa Noite Cinderela’.
“Boa noite Cinderela”: o que é?
O “Boa noite Cinderela” é um golpe realizado em festas e casas de show noturnas que consiste em adicionar na bebida, geralmente bebidas alcoólicas, substâncias ou medicamentos que atuam no sistema nervoso central e deixam a pessoa desinibida, desorientada e sem consciência dos seus atos.
Essas substâncias ou medicamentos, quando dissolvidas na bebida, não conseguem ser identificados pelo sabor e, por isso, a pessoa acaba ingerindo sem perceber. Alguns minutos depois, os efeitos começam a surgir e a pessoa passa a não ter consciência dos seus atos.
Efeitos do “Boa noite Cinderela” no corpo
Os efeitos do “Boa noite Cinderela” podem variar de acordo com os medicamentos utilizados, a dose que foi colocada na bebida e o organismo da vítima. De forma geral, após a ingestão da bebida, a vítima pode apresentar:
- Diminuição da capacidade de raciocínio.
- Menor atenção.
- Diminuição dos reflexos.
- Falta de discernimento do que é certo ou errado.
- Perda da consciência do que fala.
- Perda da força muscular.
- Além disso, também é comum que pessoa caia num sono profundo, podendo dormir de 12 a 24 horas e não consegue recordar o que aconteceu após tomar a bebida.
A ação destas substâncias tem início poucos minutos após a sua ingestão e atua diretamente do sistema nervoso central, diminuindo a sua atividade, o que faz com que a pessoa passe a não perceber muito bem o que está acontecendo.
O projeto criado pelas estudantes para identificar “Boa noite Cinderela”
Quatro estudantes do colégio SESI Gravataí (RS) desenvolveram um copo com reagente químico capaz de identificar a presença da substância GHB (ácido gama-hidroxibutírico).
O caso Mariana Ferrer, que foi dopada e abusada em uma balada de Florianópolis, em 2018, é uma triste realidade vivida por outras mulheres no país. E foi a partir desse caso que as quatro alunas desenvolveram a ideia de um projeto para ajudar no combate a estas práticas.
Natally Souza, Giovanna Freitas, Giovanna Moraes e Nicolli Marques, utilizaram o reagente colorimétrico dragendorff que, ao entrar em contato com a outra substância, faz com que o copo mude para uma cor avermelhada, alertando sobre o envenenamento.
As quatro colegas descobriram que a droga mais usada para isso é o GHB, um líquido que é misturado nos copos de bebidas em festas.
“Ele é absorvido rápido pelo corpo, então dentro de 20, 30 minutos, tu já consegue sentir e, em contrapartida, ele também some muito rápido do teu corpo. Depois de duas horas, ele não está mais presente no teu organismo“, descreve Giovanna Moraes, de 17 anos.
Para proteger deste tipo de crime, elas imaginaram um copo que tenha base sólida com um reagente que mostre quando houver a presença da droga.
“Quando o GHB entrar em contato com a base, a base vai mudar de cor, alertando a vítima de que tem algo de errado na bebida. A gente tá agora na fase de desenvolvimento do nosso projeto, na parte de pesquisa. A gente não participou de nenhuma questão de testes ainda, estamos só na parte teórica”, diz Natally Souza, de 16 anos.
“Durante as nossas pesquisas, a gente percebeu que tinha um grande uso de entorpecentes utilizados em festas para deixar as pessoas dopadas e serem vulneráveis a sequestros, roubos, assaltos e abusos sexuais”, contam as alunas.
O projeto é inédito no Brasil, mas há também outras propostas de identificação da droga em bebidas. A base sólida do copo, feita de propileno, comportaria o reagente químico e poderia ser usado diversas vezes.
“Nossa maior dificuldade no momento é produzir essa base sólida. Nós já temos o reagente que usaríamos, porém, como todos os outros reagentes colorimétricos, ele também é tóxico e a gente tá trabalhando de uma maneira para que isso não intoxique a pessoa ao ser utilizado”, explicam as jovens.
As meninas apresentaram o projeto no evento SESI Com@Ciência, um dos maiores eventos de educação do estado do Rio Grande do Sul, no início deste mês.
Com informações de Tua Saúde.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.