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Especialista animal orienta pais na procura por cães como companheiros de crianças com necessidades específicas

4 minutos
As vantagens da convivência com o animal valem para os diferentes tipos de necessidades específicas, sejam físicas, cognitivas ou emocionais.
Especialista animal orienta pais na procura por cães como companheiros de crianças com necessidades específicas
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 12 dezembro, 2022

Na medicina e na psicologia, acredita-se que o contato com os cães é capaz de despertar potencialidades em humanos. Esse amparo emocional é também notável nos casos de crianças portadoras de necessidades específicas (PNE). Isso porque a troca emocional estabelecida entre eles possibilita às crianças maior desenvolvimento cognitivo, além de habilidades sociais e mecanismos para a redução e a prevenção de crises de estresse e de ansiedade.

O psicólogo Boris Levinson, que documentou as experiências da atividade assistida por cães no artigo “O cão como coterapeuta” (1962), levava cachorros para seu consultório, especialmente para o atendimento de crianças, por reconhecer a melhora no desenvolvimento.

Cleber Santos, especialista em comportamento animal, conta que já fez treinamentos com crianças PNE envolvidas e que é um desafio maior.

Atendi uma família que tinha um filho com síndrome de Down. Foi um treinamento diferenciado, porque o cão precisava estar muito bem treinado para não reagir mal a alguma necessidade emocional da criança”, comenta o especialista.

Como escolher esse companheiro?

Segundo Cleber Santos, é importante que as famílias de crianças PNE permitam a elas, desde pequenas, o convívio com um cão. No entanto, ele alerta aos pais que considerem questões como a raça que melhor se adapta à necessidade específica de cada criança.

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“A maioria das raças – ou mesmo os cães sem raça definida – podem ser treinados a dar assistência na realização de tarefas do dia a dia desta criança. Também existem raças consideradas mais ‘colaborativas’, como os goldens, que usam muito a boca, mas de maneira suave, e têm a pele bem resistente à dor. Portanto, podem atuar bem com os pequenos que precisam de contenção corporal durante crises (de pânico, ansiedade, epilepsia, entre outras)”, explica Santos.

“Labradores e berneses também são cães mais afetuosos e com características de comportamento mais submissas, o que facilita a adaptação. Preocupar-se com o porte do cão é importante, pois cães pequenos são mais frágeis e sensíveis a toques”, completa.

Para esse processo de escolha da raça ou mesmo de recomendações de atividades a serem realizadas pela criança com seu pet, o especialista recomenda que os pais busquem orientação com o pediatra ou profissional que acompanha o pequeno, juntamente com um adestrador ou especialista em comportamento animal.

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“Juntos, eles podem unir o aval clínico com o conhecimento sobre a relação humano/animal. O adestrador deve treinar e socializar esse cão antes mesmo de chegar à família, se possível, para preparar o animal e ensiná-lo a se relacionar com a personalidade da criança, que pode ser mais introspectiva e medrosa, ou mais expansiva e hiperativa”, destaca.

Além disso, ele comenta sobre a importância de dar à criança algumas responsabilidades relacionadas ao animal. “O cão precisa fazer parte do convívio da criança. É importante para ela se sentir responsável pelo cuidado do animal. Por exemplo, dando a alimentação ou retirando as fezes (sempre com a supervisão do adulto). É uma maneira de potencializar o vínculo e aumentar o senso de responsabilidade”, aconselha Santos.

Os cães e os tipos de necessidades específicas

Os benefícios da convivência com o animal valem para os mais diversos tipos de necessidades específicas, sejam físicas, cognitivas ou de âmbito emocional.

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Para crianças com deficiência visual, os cães ajudam no desenvolvimento motor, emocional e social. O cão se comunica latindo, cutucando, fazendo sons com as patas. Para brincar com o cachorro, a criança vai aprender a desenvolver sua sensibilidade pelos sons presentes no ambiente.

Crianças com autismo, por exemplo, também têm ótima relação com os animais. Isso porque eles as ajudam na regulação do comportamento e aumentam a capacidade de relacionamento social e empatia. Para as que apresentam dificuldade na fala, também são estimuladas a imitar seus sons, chamá-los pelo nome, o que contribui para a evolução da comunicação verbal.

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Quanto às crianças com alguma deficiência física e/ou motora, o animal é um aliado na manutenção do condicionamento podendo, com brincadeiras, estimular movimentos tais como: segurar e jogar brinquedos, pentear o cão, dar petiscos, ou mesmo passear – ações que proporcionam agilidade e força nas mãos e nas pernas, além de equilíbrio e coordenação.

No âmbito das doenças psicológicas, o fato de ter um cão no lar estimula os pacientes a saírem do isolamento ou de quadros de instabilidade e de trauma. “Os cães apresentam uma sensibilidade incrível e podem perceber a tristeza de seus tutores. Isso pode ajudar as crianças a conversarem com os cães sobre assuntos que talvez não consigam abordar com seus familiares ou terapeutas”, destaca.

“Além disso, o contato com o animalzinho aumenta os níveis de endorfina no organismo, reduzindo os quadros depressivos. Amor e carinho são sempre a dose complementar para qualquer acompanhamento ou tratamento. E, quando falamos de animais, essa é uma fonte inesgotável que pode promover mudanças transformadoras nos pequenos”, completa Santos.

Com informações de Upper PR Comunicação.

Na medicina e na psicologia, acredita-se que o contato com os cães é capaz de despertar potencialidades em humanos. Esse amparo emocional é também notável nos casos de crianças portadoras de necessidades específicas (PNE). Isso porque a troca emocional estabelecida entre eles possibilita às crianças maior desenvolvimento cognitivo, além de habilidades sociais e mecanismos para a redução e a prevenção de crises de estresse e de ansiedade.

O psicólogo Boris Levinson, que documentou as experiências da atividade assistida por cães no artigo “O cão como coterapeuta” (1962), levava cachorros para seu consultório, especialmente para o atendimento de crianças, por reconhecer a melhora no desenvolvimento.

Cleber Santos, especialista em comportamento animal, conta que já fez treinamentos com crianças PNE envolvidas e que é um desafio maior.

Atendi uma família que tinha um filho com síndrome de Down. Foi um treinamento diferenciado, porque o cão precisava estar muito bem treinado para não reagir mal a alguma necessidade emocional da criança”, comenta o especialista.

Como escolher esse companheiro?

Segundo Cleber Santos, é importante que as famílias de crianças PNE permitam a elas, desde pequenas, o convívio com um cão. No entanto, ele alerta aos pais que considerem questões como a raça que melhor se adapta à necessidade específica de cada criança.

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“A maioria das raças – ou mesmo os cães sem raça definida – podem ser treinados a dar assistência na realização de tarefas do dia a dia desta criança. Também existem raças consideradas mais ‘colaborativas’, como os goldens, que usam muito a boca, mas de maneira suave, e têm a pele bem resistente à dor. Portanto, podem atuar bem com os pequenos que precisam de contenção corporal durante crises (de pânico, ansiedade, epilepsia, entre outras)”, explica Santos.

“Labradores e berneses também são cães mais afetuosos e com características de comportamento mais submissas, o que facilita a adaptação. Preocupar-se com o porte do cão é importante, pois cães pequenos são mais frágeis e sensíveis a toques”, completa.

Para esse processo de escolha da raça ou mesmo de recomendações de atividades a serem realizadas pela criança com seu pet, o especialista recomenda que os pais busquem orientação com o pediatra ou profissional que acompanha o pequeno, juntamente com um adestrador ou especialista em comportamento animal.

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“Juntos, eles podem unir o aval clínico com o conhecimento sobre a relação humano/animal. O adestrador deve treinar e socializar esse cão antes mesmo de chegar à família, se possível, para preparar o animal e ensiná-lo a se relacionar com a personalidade da criança, que pode ser mais introspectiva e medrosa, ou mais expansiva e hiperativa”, destaca.

Além disso, ele comenta sobre a importância de dar à criança algumas responsabilidades relacionadas ao animal. “O cão precisa fazer parte do convívio da criança. É importante para ela se sentir responsável pelo cuidado do animal. Por exemplo, dando a alimentação ou retirando as fezes (sempre com a supervisão do adulto). É uma maneira de potencializar o vínculo e aumentar o senso de responsabilidade”, aconselha Santos.

Os cães e os tipos de necessidades específicas

Os benefícios da convivência com o animal valem para os mais diversos tipos de necessidades específicas, sejam físicas, cognitivas ou de âmbito emocional.

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Para crianças com deficiência visual, os cães ajudam no desenvolvimento motor, emocional e social. O cão se comunica latindo, cutucando, fazendo sons com as patas. Para brincar com o cachorro, a criança vai aprender a desenvolver sua sensibilidade pelos sons presentes no ambiente.

Crianças com autismo, por exemplo, também têm ótima relação com os animais. Isso porque eles as ajudam na regulação do comportamento e aumentam a capacidade de relacionamento social e empatia. Para as que apresentam dificuldade na fala, também são estimuladas a imitar seus sons, chamá-los pelo nome, o que contribui para a evolução da comunicação verbal.

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Quanto às crianças com alguma deficiência física e/ou motora, o animal é um aliado na manutenção do condicionamento podendo, com brincadeiras, estimular movimentos tais como: segurar e jogar brinquedos, pentear o cão, dar petiscos, ou mesmo passear – ações que proporcionam agilidade e força nas mãos e nas pernas, além de equilíbrio e coordenação.

No âmbito das doenças psicológicas, o fato de ter um cão no lar estimula os pacientes a saírem do isolamento ou de quadros de instabilidade e de trauma. “Os cães apresentam uma sensibilidade incrível e podem perceber a tristeza de seus tutores. Isso pode ajudar as crianças a conversarem com os cães sobre assuntos que talvez não consigam abordar com seus familiares ou terapeutas”, destaca.

“Além disso, o contato com o animalzinho aumenta os níveis de endorfina no organismo, reduzindo os quadros depressivos. Amor e carinho são sempre a dose complementar para qualquer acompanhamento ou tratamento. E, quando falamos de animais, essa é uma fonte inesgotável que pode promover mudanças transformadoras nos pequenos”, completa Santos.

Com informações de Upper PR Comunicação.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.