Especialista animal orienta pais na procura por cães como companheiros de crianças com necessidades específicas
Na medicina e na psicologia, acredita-se que o contato com os cães é capaz de despertar potencialidades em humanos. Esse amparo emocional é também notável nos casos de crianças portadoras de necessidades específicas (PNE). Isso porque a troca emocional estabelecida entre eles possibilita às crianças maior desenvolvimento cognitivo, além de habilidades sociais e mecanismos para a redução e a prevenção de crises de estresse e de ansiedade.
O psicólogo Boris Levinson, que documentou as experiências da atividade assistida por cães no artigo “O cão como coterapeuta” (1962), levava cachorros para seu consultório, especialmente para o atendimento de crianças, por reconhecer a melhora no desenvolvimento.
Cleber Santos, especialista em comportamento animal, conta que já fez treinamentos com crianças PNE envolvidas e que é um desafio maior.
“Atendi uma família que tinha um filho com síndrome de Down. Foi um treinamento diferenciado, porque o cão precisava estar muito bem treinado para não reagir mal a alguma necessidade emocional da criança”, comenta o especialista.
Como escolher esse companheiro?
Segundo Cleber Santos, é importante que as famílias de crianças PNE permitam a elas, desde pequenas, o convívio com um cão. No entanto, ele alerta aos pais que considerem questões como a raça que melhor se adapta à necessidade específica de cada criança.
“A maioria das raças – ou mesmo os cães sem raça definida – podem ser treinados a dar assistência na realização de tarefas do dia a dia desta criança. Também existem raças consideradas mais ‘colaborativas’, como os goldens, que usam muito a boca, mas de maneira suave, e têm a pele bem resistente à dor. Portanto, podem atuar bem com os pequenos que precisam de contenção corporal durante crises (de pânico, ansiedade, epilepsia, entre outras)”, explica Santos.
“Labradores e berneses também são cães mais afetuosos e com características de comportamento mais submissas, o que facilita a adaptação. Preocupar-se com o porte do cão é importante, pois cães pequenos são mais frágeis e sensíveis a toques”, completa.
Para esse processo de escolha da raça ou mesmo de recomendações de atividades a serem realizadas pela criança com seu pet, o especialista recomenda que os pais busquem orientação com o pediatra ou profissional que acompanha o pequeno, juntamente com um adestrador ou especialista em comportamento animal.
“Juntos, eles podem unir o aval clínico com o conhecimento sobre a relação humano/animal. O adestrador deve treinar e socializar esse cão antes mesmo de chegar à família, se possível, para preparar o animal e ensiná-lo a se relacionar com a personalidade da criança, que pode ser mais introspectiva e medrosa, ou mais expansiva e hiperativa”, destaca.
Além disso, ele comenta sobre a importância de dar à criança algumas responsabilidades relacionadas ao animal. “O cão precisa fazer parte do convívio da criança. É importante para ela se sentir responsável pelo cuidado do animal. Por exemplo, dando a alimentação ou retirando as fezes (sempre com a supervisão do adulto). É uma maneira de potencializar o vínculo e aumentar o senso de responsabilidade”, aconselha Santos.
Os cães e os tipos de necessidades específicas
Os benefícios da convivência com o animal valem para os mais diversos tipos de necessidades específicas, sejam físicas, cognitivas ou de âmbito emocional.
Para crianças com deficiência visual, os cães ajudam no desenvolvimento motor, emocional e social. O cão se comunica latindo, cutucando, fazendo sons com as patas. Para brincar com o cachorro, a criança vai aprender a desenvolver sua sensibilidade pelos sons presentes no ambiente.
Crianças com autismo, por exemplo, também têm ótima relação com os animais. Isso porque eles as ajudam na regulação do comportamento e aumentam a capacidade de relacionamento social e empatia. Para as que apresentam dificuldade na fala, também são estimuladas a imitar seus sons, chamá-los pelo nome, o que contribui para a evolução da comunicação verbal.
Quanto às crianças com alguma deficiência física e/ou motora, o animal é um aliado na manutenção do condicionamento podendo, com brincadeiras, estimular movimentos tais como: segurar e jogar brinquedos, pentear o cão, dar petiscos, ou mesmo passear – ações que proporcionam agilidade e força nas mãos e nas pernas, além de equilíbrio e coordenação.
No âmbito das doenças psicológicas, o fato de ter um cão no lar estimula os pacientes a saírem do isolamento ou de quadros de instabilidade e de trauma. “Os cães apresentam uma sensibilidade incrível e podem perceber a tristeza de seus tutores. Isso pode ajudar as crianças a conversarem com os cães sobre assuntos que talvez não consigam abordar com seus familiares ou terapeutas”, destaca.
“Além disso, o contato com o animalzinho aumenta os níveis de endorfina no organismo, reduzindo os quadros depressivos. Amor e carinho são sempre a dose complementar para qualquer acompanhamento ou tratamento. E, quando falamos de animais, essa é uma fonte inesgotável que pode promover mudanças transformadoras nos pequenos”, completa Santos.
Com informações de Upper PR Comunicação.
Na medicina e na psicologia, acredita-se que o contato com os cães é capaz de despertar potencialidades em humanos. Esse amparo emocional é também notável nos casos de crianças portadoras de necessidades específicas (PNE). Isso porque a troca emocional estabelecida entre eles possibilita às crianças maior desenvolvimento cognitivo, além de habilidades sociais e mecanismos para a redução e a prevenção de crises de estresse e de ansiedade.
O psicólogo Boris Levinson, que documentou as experiências da atividade assistida por cães no artigo “O cão como coterapeuta” (1962), levava cachorros para seu consultório, especialmente para o atendimento de crianças, por reconhecer a melhora no desenvolvimento.
Cleber Santos, especialista em comportamento animal, conta que já fez treinamentos com crianças PNE envolvidas e que é um desafio maior.
“Atendi uma família que tinha um filho com síndrome de Down. Foi um treinamento diferenciado, porque o cão precisava estar muito bem treinado para não reagir mal a alguma necessidade emocional da criança”, comenta o especialista.
Como escolher esse companheiro?
Segundo Cleber Santos, é importante que as famílias de crianças PNE permitam a elas, desde pequenas, o convívio com um cão. No entanto, ele alerta aos pais que considerem questões como a raça que melhor se adapta à necessidade específica de cada criança.
“A maioria das raças – ou mesmo os cães sem raça definida – podem ser treinados a dar assistência na realização de tarefas do dia a dia desta criança. Também existem raças consideradas mais ‘colaborativas’, como os goldens, que usam muito a boca, mas de maneira suave, e têm a pele bem resistente à dor. Portanto, podem atuar bem com os pequenos que precisam de contenção corporal durante crises (de pânico, ansiedade, epilepsia, entre outras)”, explica Santos.
“Labradores e berneses também são cães mais afetuosos e com características de comportamento mais submissas, o que facilita a adaptação. Preocupar-se com o porte do cão é importante, pois cães pequenos são mais frágeis e sensíveis a toques”, completa.
Para esse processo de escolha da raça ou mesmo de recomendações de atividades a serem realizadas pela criança com seu pet, o especialista recomenda que os pais busquem orientação com o pediatra ou profissional que acompanha o pequeno, juntamente com um adestrador ou especialista em comportamento animal.
“Juntos, eles podem unir o aval clínico com o conhecimento sobre a relação humano/animal. O adestrador deve treinar e socializar esse cão antes mesmo de chegar à família, se possível, para preparar o animal e ensiná-lo a se relacionar com a personalidade da criança, que pode ser mais introspectiva e medrosa, ou mais expansiva e hiperativa”, destaca.
Além disso, ele comenta sobre a importância de dar à criança algumas responsabilidades relacionadas ao animal. “O cão precisa fazer parte do convívio da criança. É importante para ela se sentir responsável pelo cuidado do animal. Por exemplo, dando a alimentação ou retirando as fezes (sempre com a supervisão do adulto). É uma maneira de potencializar o vínculo e aumentar o senso de responsabilidade”, aconselha Santos.
Os cães e os tipos de necessidades específicas
Os benefícios da convivência com o animal valem para os mais diversos tipos de necessidades específicas, sejam físicas, cognitivas ou de âmbito emocional.
Para crianças com deficiência visual, os cães ajudam no desenvolvimento motor, emocional e social. O cão se comunica latindo, cutucando, fazendo sons com as patas. Para brincar com o cachorro, a criança vai aprender a desenvolver sua sensibilidade pelos sons presentes no ambiente.
Crianças com autismo, por exemplo, também têm ótima relação com os animais. Isso porque eles as ajudam na regulação do comportamento e aumentam a capacidade de relacionamento social e empatia. Para as que apresentam dificuldade na fala, também são estimuladas a imitar seus sons, chamá-los pelo nome, o que contribui para a evolução da comunicação verbal.
Quanto às crianças com alguma deficiência física e/ou motora, o animal é um aliado na manutenção do condicionamento podendo, com brincadeiras, estimular movimentos tais como: segurar e jogar brinquedos, pentear o cão, dar petiscos, ou mesmo passear – ações que proporcionam agilidade e força nas mãos e nas pernas, além de equilíbrio e coordenação.
No âmbito das doenças psicológicas, o fato de ter um cão no lar estimula os pacientes a saírem do isolamento ou de quadros de instabilidade e de trauma. “Os cães apresentam uma sensibilidade incrível e podem perceber a tristeza de seus tutores. Isso pode ajudar as crianças a conversarem com os cães sobre assuntos que talvez não consigam abordar com seus familiares ou terapeutas”, destaca.
“Além disso, o contato com o animalzinho aumenta os níveis de endorfina no organismo, reduzindo os quadros depressivos. Amor e carinho são sempre a dose complementar para qualquer acompanhamento ou tratamento. E, quando falamos de animais, essa é uma fonte inesgotável que pode promover mudanças transformadoras nos pequenos”, completa Santos.
Com informações de Upper PR Comunicação.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.