Escarlatina ou febre escarlate

Às vezes, acredita-se que a escarlatina é uma doença do passado, mas isso está errado. Atualmente, novos casos continuam a aparecer
Escarlatina ou febre escarlate

Escrito por Edith Sánchez

Última atualização: 09 agosto, 2022

A escarlatina ou febre escarlate é uma infecção causada por bactérias estreptocócicas do grupo A. Encontram-se frequentemente na pele, no nariz e na garganta. São as mesmas bactérias que dão origem às faringites estreptocócicas.

De acordo com especialistas, é uma doença que afeta principalmente crian ç as  entre 5 e 12 anos de idade. No entanto, qualquer pessoa pode contrair a doença na idade adulta.

A escarlatina não é considerada grave, mas existe a possibilidade de apresentar complicações. Portanto, requer atenção médica imediata. Atualmente, pode ser curada com relativa facilidade se for tratada a tempo.

Causas da escarlatina ou febre escarlate

 

A escarlatina é contraída pelo contato. Geralmente, é transmitida por  outra pessoa infectada, especificamente com secreções do nariz ou da garganta. Isso ocorre quando essa pessoa tosse ou espirra, por exemplo. Pode até acontecer quando fala e cospe saliva ao fazê-lo.

O contagio também ocorre quando uma criança come nos mesmos recipientes que alguém que foi infectado com o estreptococo do grupo A. Da mesma forma, a escarlatina é transmitida quando se entra em contato com feridas na pele causadas pela doença.

Como é uma afecção frequente entre as crianças, o mais comum é que elas tenham se infectado na escola. As crian ç as n ã o s ã o muito escrupulosas com medidas de higiene e não é incomum elas compartilharem utensílios ou alimentos.

Sintomas da escarlatina

A febre é um dos sintomas da escarlatina ou febre escarlate
Febre alta e dor de garganta são os primeiros sintomas de escarlatina.

O tempo que decorre entre o momento da infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas é muito curto. Em geral, eles apenas demoram de 1 a 2 dias para se manifestar. A primeira coisa que se sente é febre alta e dor de garganta.

Depois disso, a bactéria libera uma toxina. Como resultado, as erupções cutâneas começam a aparecer na pele. Elas são avermelhadas e inicialmente se manifestam no pescoço e no tórax. Depois se espalham por todo o corpo, por cerca de uma semana.

Além das feridas, há também um vermelhidão nas dobras da pele, como axilas, cotovelos, virilha, etc. A língua fica mais vermelha e inflamada, mas tem um revestimento esbranquiçado. Também é comum ter calafrios, dor abdominal, vômitos, dor muscular e mal-estar.

É importante levar em conta que um paciente com escarlatina terá dificuldade em comer, devido à condição da língua e garganta, por isso recomenda-se alimentos macios e líquidos em abundância. Por outro lado, também é recomendado colocar a criança em um ambiente fresco.

Diagnóstico e prognóstico

A escarlatina é diagnosticada através de um exame físico quase sempre acompanhado por um teste de estreptococo. Isso determina o tipo de bactéria na garganta e confirma a presença de escarlatina. Realiza-se através de um cultivo da garganta e às vezes por um exame de sangue.

Com o tratamento certo, a escarlatina deveria ser curada rapidamente. Pode durar duas ou tr ê s semanas antes de os sintomas desaparecerem completamente. Geralmente, ocorre uma descoloração da pele quando as feridas começam a desaparecer. Isso ocorre principalmente nas pontas dos dedos das mãos, dos pés e na virilha. É um processo que pode durar várias semanas.

Embora não seja comum, a escarlatina pode levar a problemas de saúde a longo prazo. Alguns destes podem ser sérios. Entre eles estão os seguintes:

  • Febre reumática.
  • Doença renal, em particular a glomerulonefrite pós-estreptocócica, que é um tipo de inflamação nos rins.
  • Otite média.
  • Infecções na pele.
  • Abscessos na garganta, que se manifestam como bolsas de pus.
  • Artrite.
  • Pneumonia.
  • Dano no fígado.
  • Inflamação dos gânglios.
  • Infecção sinusal.

O mais importante é fornecer cuidados corretos para evitar quaisquer dessas complicações. O tratamento habitual é a administração de antibióticos, sempre indicados pelo médico, que quase sempre produzem efeitos rapidamente.


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