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Entenda tudo sobre a varíola dos macacos, outra doença viral que gerou alerta mundial

5 minutos
A varíola dos macacos está sendo bastante comentada pelo aumento no números de casos. Você deve se preocupar? Descubra a seguir!
Entenda tudo sobre a varíola dos macacos, outra doença viral que gerou alerta mundial
Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 06 junho, 2022

Após mais de dois anos de incertezas e medos provocados pela pandemia da COVID-19, muitas pessoas acreditaram que “tudo estava melhorando”, pois com a vacina o número de mortes e casos graves da doença diminuíram drasticamente. Ao mesmo tempo em que é muito importante manter a esperança e a positividade, precisamos estar sempre alerta e nos cuidar, pois novas doenças podem surgir ou se destacar. Nos últimos dias, o mundo voltou sua atenção para a varíola dos macacos, outra doença viral que está preocupando as autoridades de saúde.

Por mais que já estejamos cansados de nos preocupar com doenças virais, infelizmente elas são uma realidade com a qual precisamos lidar para aprendermos a nos cuidar e com isso possamos evitar que uma nova pandemia comece e que por causa dela vidas sejam perdidas.

Para isso, preparamos o artigo de hoje, no qual discutiremos a fundo o que já se sabe sobre a varíola dos macacos: quais são os sintomas e o que fazer caso eles se manifestem, além de entender como está a situação em relação aos casos da doença no mundo.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma infecção rara provocada por um vírus, sendo semelhante à varíola humana. Geralmente, a transmissão acontece de um animal para uma pessoa, nas florestas da África Central e Ocidental, local onde esse vírus é endêmico.

Antes do surto que está acontecendo atualmente, a doença costumava ser identificada apenas em pacientes que viajaram ao continente africano. No entanto, ultimamente têm sido relatados casos em pessoas que não estiveram nessas regiões.

De acordo com a conselheira médica chefe da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA), Susan Hopkins, já foi comprovada a transmissão comunitária que está acontecendo na Europa (na qual o contágio está acontecendo entre pessoas em um mesmo território e sem histórico de viagem ou origem definida).

Portanto, foi verificado que casos de contágio entre seres humanos podem de fato acontecer. Quando eles ocorrem, isso se deve ao contato próximo e prolongado com lesões e fluidos corporais (inclusive de origem sexual), além do compartilhamento de materiais contaminados e pelo ar.

Quais são os sintomas?

  • Febre.
  • Dor de cabeça.
  • Dor nas costas.
  • Dores musculares.
  • Exaustão.
  • Arrepios.
  • Inchaço dos nódulos linfáticos.

De 1 a 3 dias após o surgimento da febre a pessoa pode manifestar erupções cutâneas, que aparecem primeiramente no rosto e em seguida se espalham para outras zonas do corpo, incluindo os órgãos genitais. Essas erupções passam por algumas fases e, quando finalmente caem, a pessoa deixa de estar infecciosa (ou seja, já não existe a possibilidade de que ela contamine outra pessoa).

A doença é autolimitada a algumas semanas e a maioria dos doentes se recupera em 2 a 4 semanas. O tratamento consiste em aliviar os sintomas apresentados.

Infelizmente, ainda não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos. Quando o quadro do paciente é grave, os médicos podem considerar o uso de medicamentos antivirais específicos, principalmente quando o paciente está internado.

Existe vacina para a varíola dos macacos?

De acordo com as informações disponibilizadas pela OMS, ainda não existe uma vacina que previna a varíola dos macacos. No entanto, os dados mostram que os imunizantes utilizados em 1980 para erradicar a varíola tradicional são até 85% eficazes contra essa versão da doença.

Como prevenir a doença?

Mesmo que exista a transmissão de pessoa para pessoa, esse tipo de contágio exige um contato próximo e prolongado com um doente que esteja em fase de transmissão. Por esse motivo, o risco de contágio continua sendo maior para aqueles que vão viajar para países da África Central ou Ocidental. Se este for o seu caso, é fundamental tomar os seguintes cuidados:

  • Higienize as mãos de forma frequente, principalmente após o contato com animais ou pessoas infectadas. Lave as mãos com água e sabão, ou use álcool em gel.
  • Não se aproxime de animais selvagens, mesmo que eles estejam mortos.
  • Evite o contato com qualquer tipo de material (como roupas de cama e banho) que tenha sido usado por pessoas doentes.
  • Evite um contato próximo com qualquer pessoa que não esteja se sentindo bem, principalmente se houver suspeita de que se trate de um caso de varíola dos macacos.

Casos ao redor do mundo

Foram registrados casos da doença em países como Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Suécia, Espanha, Portugal, Austrália, Estados Unidos, Argentina, Canadá, Israel, Suíça e Áustria, desde o início de maio deste ano.

A OMS confirmou que já foram identificados 92 casos da doença e 28 ainda estão sob suspeita, todos eles em países nos quais o vírus não é endêmico. Além disso, foi feito um alerta de que provavelmente mais casos serão confirmados em breve.

Na Alemanha, um dos casos confirmados foi de um brasileiro que também tinha visitado Portugal e Espanha. Atualmente ele continua no país, onde está recebendo tratamento. Ainda não foram confirmados casos no Brasil.

O surto na Bélgica

A Bélgica se tornou o primeiro país a decretar uma quarentena obrigatória para as 4 pessoas que estão infectadas com a doença, chamada de monkeypox em inglês. As pessoas que têm um diagnóstico confirmado de infecção pelo vírus da varíola dos macacos são obrigadas a cumprir uma quarentena de 21 dias, durante a qual é proibido qualquer tipo de contato com outras pessoas.

De acordo com as informações divulgadas pelo jornal belga La Libre, essa decisão foi tomada no dia 20 de maio deste ano pelo Grupo de Avaliação de Riscos da Bélgica (RAG) e pelas autoridades de saúde do país. De acordo com o serviço médico das Forças Armadas da Alemanha, a região está enfrentando o maior surto de varíola dos macacos já registrado.

O primeiro caso confirmado na América Latina

O Ministério da Saúde argentino anunciou no dia 22 de maio de 2022 que foi identificado um caso suspeito de varíola dos macacos, o primeiro na América Latina.

De acordo com informações publicadas no portal Infobae, o paciente em questão, que mora na província de Buenos Aires, mas esteve na Espanha entre os dias 28 de abril e 16 de maio, se encontra isolado e apresenta um bom estado clínico geral.

Após mais de dois anos de incertezas e medos provocados pela pandemia da COVID-19, muitas pessoas acreditaram que “tudo estava melhorando”, pois com a vacina o número de mortes e casos graves da doença diminuíram drasticamente. Ao mesmo tempo em que é muito importante manter a esperança e a positividade, precisamos estar sempre alerta e nos cuidar, pois novas doenças podem surgir ou se destacar. Nos últimos dias, o mundo voltou sua atenção para a varíola dos macacos, outra doença viral que está preocupando as autoridades de saúde.

Por mais que já estejamos cansados de nos preocupar com doenças virais, infelizmente elas são uma realidade com a qual precisamos lidar para aprendermos a nos cuidar e com isso possamos evitar que uma nova pandemia comece e que por causa dela vidas sejam perdidas.

Para isso, preparamos o artigo de hoje, no qual discutiremos a fundo o que já se sabe sobre a varíola dos macacos: quais são os sintomas e o que fazer caso eles se manifestem, além de entender como está a situação em relação aos casos da doença no mundo.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma infecção rara provocada por um vírus, sendo semelhante à varíola humana. Geralmente, a transmissão acontece de um animal para uma pessoa, nas florestas da África Central e Ocidental, local onde esse vírus é endêmico.

Antes do surto que está acontecendo atualmente, a doença costumava ser identificada apenas em pacientes que viajaram ao continente africano. No entanto, ultimamente têm sido relatados casos em pessoas que não estiveram nessas regiões.

De acordo com a conselheira médica chefe da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA), Susan Hopkins, já foi comprovada a transmissão comunitária que está acontecendo na Europa (na qual o contágio está acontecendo entre pessoas em um mesmo território e sem histórico de viagem ou origem definida).

Portanto, foi verificado que casos de contágio entre seres humanos podem de fato acontecer. Quando eles ocorrem, isso se deve ao contato próximo e prolongado com lesões e fluidos corporais (inclusive de origem sexual), além do compartilhamento de materiais contaminados e pelo ar.

Quais são os sintomas?

  • Febre.
  • Dor de cabeça.
  • Dor nas costas.
  • Dores musculares.
  • Exaustão.
  • Arrepios.
  • Inchaço dos nódulos linfáticos.

De 1 a 3 dias após o surgimento da febre a pessoa pode manifestar erupções cutâneas, que aparecem primeiramente no rosto e em seguida se espalham para outras zonas do corpo, incluindo os órgãos genitais. Essas erupções passam por algumas fases e, quando finalmente caem, a pessoa deixa de estar infecciosa (ou seja, já não existe a possibilidade de que ela contamine outra pessoa).

A doença é autolimitada a algumas semanas e a maioria dos doentes se recupera em 2 a 4 semanas. O tratamento consiste em aliviar os sintomas apresentados.

Infelizmente, ainda não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos. Quando o quadro do paciente é grave, os médicos podem considerar o uso de medicamentos antivirais específicos, principalmente quando o paciente está internado.

Existe vacina para a varíola dos macacos?

De acordo com as informações disponibilizadas pela OMS, ainda não existe uma vacina que previna a varíola dos macacos. No entanto, os dados mostram que os imunizantes utilizados em 1980 para erradicar a varíola tradicional são até 85% eficazes contra essa versão da doença.

Como prevenir a doença?

Mesmo que exista a transmissão de pessoa para pessoa, esse tipo de contágio exige um contato próximo e prolongado com um doente que esteja em fase de transmissão. Por esse motivo, o risco de contágio continua sendo maior para aqueles que vão viajar para países da África Central ou Ocidental. Se este for o seu caso, é fundamental tomar os seguintes cuidados:

  • Higienize as mãos de forma frequente, principalmente após o contato com animais ou pessoas infectadas. Lave as mãos com água e sabão, ou use álcool em gel.
  • Não se aproxime de animais selvagens, mesmo que eles estejam mortos.
  • Evite o contato com qualquer tipo de material (como roupas de cama e banho) que tenha sido usado por pessoas doentes.
  • Evite um contato próximo com qualquer pessoa que não esteja se sentindo bem, principalmente se houver suspeita de que se trate de um caso de varíola dos macacos.

Casos ao redor do mundo

Foram registrados casos da doença em países como Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Suécia, Espanha, Portugal, Austrália, Estados Unidos, Argentina, Canadá, Israel, Suíça e Áustria, desde o início de maio deste ano.

A OMS confirmou que já foram identificados 92 casos da doença e 28 ainda estão sob suspeita, todos eles em países nos quais o vírus não é endêmico. Além disso, foi feito um alerta de que provavelmente mais casos serão confirmados em breve.

Na Alemanha, um dos casos confirmados foi de um brasileiro que também tinha visitado Portugal e Espanha. Atualmente ele continua no país, onde está recebendo tratamento. Ainda não foram confirmados casos no Brasil.

O surto na Bélgica

A Bélgica se tornou o primeiro país a decretar uma quarentena obrigatória para as 4 pessoas que estão infectadas com a doença, chamada de monkeypox em inglês. As pessoas que têm um diagnóstico confirmado de infecção pelo vírus da varíola dos macacos são obrigadas a cumprir uma quarentena de 21 dias, durante a qual é proibido qualquer tipo de contato com outras pessoas.

De acordo com as informações divulgadas pelo jornal belga La Libre, essa decisão foi tomada no dia 20 de maio deste ano pelo Grupo de Avaliação de Riscos da Bélgica (RAG) e pelas autoridades de saúde do país. De acordo com o serviço médico das Forças Armadas da Alemanha, a região está enfrentando o maior surto de varíola dos macacos já registrado.

O primeiro caso confirmado na América Latina

O Ministério da Saúde argentino anunciou no dia 22 de maio de 2022 que foi identificado um caso suspeito de varíola dos macacos, o primeiro na América Latina.

De acordo com informações publicadas no portal Infobae, o paciente em questão, que mora na província de Buenos Aires, mas esteve na Espanha entre os dias 28 de abril e 16 de maio, se encontra isolado e apresenta um bom estado clínico geral.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.