Dor irruptiva: sintomas e tratamento
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A dor irruptiva é um conceito que foi criado recentemente para se referir a uma condição que ocorre especificamente em pessoas com câncer. É uma dor breve que aparece repentinamente em pessoas que já sofrem de uma patologia dolorosa, como a oncológica.
Ou seja, essa dor aparece em pessoas que já têm uma dor de base e que geralmente já são medicadas para aliviá-la. No entanto, essa dor é tão intensa que excede a eficácia do tratamento e é insuportável para quem sofre com ela.
Afeta muitas das pessoas com processos crônicos. Estima-se que 2 em cada 3 pacientes que sofrem de dor por processo oncológico também experimentem a dor irruptiva. Além disso, é algo imprevisível.
É uma experiência muito difícil que interfere ainda mais na qualidade de vida e no bem-estar dessas pessoas. Portanto, neste artigo, explicamos tudo o que você deve saber sobre isso.
O que é a dor irruptiva?
Na realidade, a definição de dor irruptiva, de acordo com a Sociedade Espanhola de Oncologia Médica, é um pouco mais específica.
É definida como uma exacerbação transitória, repentina e muito intensa que aparece em uma dor de base persistente.
Essa dor aparece, portanto, em pessoas que já estão sendo medicadas para controlar a dor de base da qual sofrem. Além disso, a dor irruptiva pode ser classificada em diferentes tipos:
- Incidental, que por sua vez pode ser previsível ou imprevisível. Essa dor irruptiva está relacionada a um movimento muscular, como tossir ou espirrar.
- Idiopática, que não pode ser relacionada a nenhuma causa específica.
- Dor irruptiva que aparece devido à diminuição dos analgésicos. É típico que apareça quando a administração do analgésico indicado para a dor de base é interrompida. Também ocorre quando passa muito tempo entre um analgésico e outro.
Quais sintomas acompanham a dor irruptiva?
A apresentação da dor irruptiva muda de acordo com cada pessoa e depende principalmente da dor de base desse paciente. Por exemplo, pode ser um aumento repentino e acentuado da dor nas pernas, no caso de sarcoma do joelho.
Como qualquer outra dor, é normal que a pessoa transpire, que sua respiração fique agitada e que apresente taquicardia. A pele geralmente fica mais pálida e todos os músculos se contraem.
Isso talvez interesse você: Sistema imunológico e tratamento do câncer
Como a dor irruptiva é tratada?
Para estabelecer um tratamento completo, é essencial entender que essa dor não é algo meramente físico. A dor irruptiva é uma situação que complica a vida do paciente e que também tem repercussões psicológicas.
Portanto, o tratamento deve ser farmacológico e acompanhado de outras opções. Essas pessoas precisam receber apoio psicológico, assim como aprender métodos de relaxamento e técnicas para lidar com essa dor.
O ideal é tratar o agente que está causando essa dor ou, pelo menos, tentar evitar picos de dor irruptiva. Além disso, o tratamento médico segue uma série de estratégias terapêuticas, dependendo do tipo de dor e de sua intensidade.
Os medicamentos mais usados são os opioides, sendo alguns deles o fentanil e a morfina. O problema é que, quando a dor já se faz presente, é muito difícil aliviá-la com os analgésicos comuns. O mesmo vale para os opioides que são tomados por via oral.
Portanto, são geralmente usadas as “substâncias de absorção transmucosa”. Isso faz com que o medicamento passe pela mucosa e entre diretamente na corrente sanguínea. Assim, o alívio é muito mais rápido e mais eficaz. Um exemplo é a área sob a língua.
Não deixe de ler: Como prevenir o abuso de medicamentos prescritos?
Em conclusão
Uma pessoa que enfrenta um processo oncológico ou tem uma doença crônica com dor de base pode experimentar picos de exacerbação dessa dor, denominada dor irruptiva.
É essencial entender a complexidade dessa situação para poder ajudar física e mentalmente aqueles que sofrem com ela. No entanto, deve ser o médico o responsável por determinar qual será o tipo de tratamento.
A dor irruptiva é um conceito que foi criado recentemente para se referir a uma condição que ocorre especificamente em pessoas com câncer. É uma dor breve que aparece repentinamente em pessoas que já sofrem de uma patologia dolorosa, como a oncológica.
Ou seja, essa dor aparece em pessoas que já têm uma dor de base e que geralmente já são medicadas para aliviá-la. No entanto, essa dor é tão intensa que excede a eficácia do tratamento e é insuportável para quem sofre com ela.
Afeta muitas das pessoas com processos crônicos. Estima-se que 2 em cada 3 pacientes que sofrem de dor por processo oncológico também experimentem a dor irruptiva. Além disso, é algo imprevisível.
É uma experiência muito difícil que interfere ainda mais na qualidade de vida e no bem-estar dessas pessoas. Portanto, neste artigo, explicamos tudo o que você deve saber sobre isso.
O que é a dor irruptiva?
Na realidade, a definição de dor irruptiva, de acordo com a Sociedade Espanhola de Oncologia Médica, é um pouco mais específica.
É definida como uma exacerbação transitória, repentina e muito intensa que aparece em uma dor de base persistente.
Essa dor aparece, portanto, em pessoas que já estão sendo medicadas para controlar a dor de base da qual sofrem. Além disso, a dor irruptiva pode ser classificada em diferentes tipos:
- Incidental, que por sua vez pode ser previsível ou imprevisível. Essa dor irruptiva está relacionada a um movimento muscular, como tossir ou espirrar.
- Idiopática, que não pode ser relacionada a nenhuma causa específica.
- Dor irruptiva que aparece devido à diminuição dos analgésicos. É típico que apareça quando a administração do analgésico indicado para a dor de base é interrompida. Também ocorre quando passa muito tempo entre um analgésico e outro.
Quais sintomas acompanham a dor irruptiva?
A apresentação da dor irruptiva muda de acordo com cada pessoa e depende principalmente da dor de base desse paciente. Por exemplo, pode ser um aumento repentino e acentuado da dor nas pernas, no caso de sarcoma do joelho.
Como qualquer outra dor, é normal que a pessoa transpire, que sua respiração fique agitada e que apresente taquicardia. A pele geralmente fica mais pálida e todos os músculos se contraem.
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Como a dor irruptiva é tratada?
Para estabelecer um tratamento completo, é essencial entender que essa dor não é algo meramente físico. A dor irruptiva é uma situação que complica a vida do paciente e que também tem repercussões psicológicas.
Portanto, o tratamento deve ser farmacológico e acompanhado de outras opções. Essas pessoas precisam receber apoio psicológico, assim como aprender métodos de relaxamento e técnicas para lidar com essa dor.
O ideal é tratar o agente que está causando essa dor ou, pelo menos, tentar evitar picos de dor irruptiva. Além disso, o tratamento médico segue uma série de estratégias terapêuticas, dependendo do tipo de dor e de sua intensidade.
Os medicamentos mais usados são os opioides, sendo alguns deles o fentanil e a morfina. O problema é que, quando a dor já se faz presente, é muito difícil aliviá-la com os analgésicos comuns. O mesmo vale para os opioides que são tomados por via oral.
Portanto, são geralmente usadas as “substâncias de absorção transmucosa”. Isso faz com que o medicamento passe pela mucosa e entre diretamente na corrente sanguínea. Assim, o alívio é muito mais rápido e mais eficaz. Um exemplo é a área sob a língua.
Não deixe de ler: Como prevenir o abuso de medicamentos prescritos?
Em conclusão
Uma pessoa que enfrenta um processo oncológico ou tem uma doença crônica com dor de base pode experimentar picos de exacerbação dessa dor, denominada dor irruptiva.
É essencial entender a complexidade dessa situação para poder ajudar física e mentalmente aqueles que sofrem com ela. No entanto, deve ser o médico o responsável por determinar qual será o tipo de tratamento.
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