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O que é a doença de Addison?

4 minutos
A doença de Addison pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum por volta dos quarenta anos. Seu diagnóstico é complicado. Neste artigo, vamos contar o que caracteriza essa doença e como ela é diagnosticada.
O que é a doença de Addison?
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

Falar da doença de Addison é falar de insuficiência suprarrenal. Não é uma patologia comum. A incidência, ou o número de casos novos, é de 0,83 a cada cem mil pessoas. A prevalência, ou quantidade de casos em uma população geral, é de quatro a seis casos a cada cem mil pessoas.

Antigamente, a causa mais comum que provocava a doença era a tuberculose, que afetava as glândulas suprarrenais. Atualmente, por existir um maior controle sobre a tuberculose, a causa mais frequente é “idiopática”: uma origem autoimune na qual o corpo ataca os próprios órgãos.

Embora os sintomas possam aparecer em qualquer idade, a doença é mais comum entre os trinta e os oitenta anos, alcançando seu pico aos quarenta. Assim como muitas doenças endócrinas, é mais comum entre as mulheres do que entre os homens.

Causas da doença de Addison

Já afirmamos que falar sobre a doença de Addison é equivalente a falar sobre a insuficiência suprarrenal. Devemos, portanto, entender quais são as glândulas suprarrenais e quais funções realizam.

As glândulas suprarrenais são duas e estão localizadas acima de cada um dos rins, na cavidade abdominal. Internamente, cada uma delas é formada por duas partes:

  • Medula suprarrenal: é a parte interna da glândula, responsável por formar hormônios de estrutura similar à da adrenalina.
  • Córtex suprarrenal: é a camada externa de cada glândula e tem a função de formar hormônios corticosteroides. Entre os corticosteroides formados aqui, podemos citar:
    • Glicocorticoides: o cortisol é o mais relevante, com função metabólica, inflamatória e de resposta ao estresse.
    • Mineralocorticoides: a aldosterona é o principal, regulando o sódio e o potássio corporal.
    • Andrógenos: hormônios sexuais masculinos.

Na doença de Addison, o problema reside na destruição do córtex das glândulas suprarrenais. Sem córtex, o corpo carece da quantidade suficiente de cortisol e de aldosterona. Os sintomas da patologia são explicados, exatamente, pela falta desses hormônios.

As causas da destruição do córtex suprarrenal são:

  • Autoimune isolada: o corpo ataca especificamente a glândula suprarrenal com anticorpos.
  • Síndrome poliendócrina autoimune: doença autoimune na qual o corpo ataca diferentes glândulas ao mesmo tempo.
  • Infecções: infecção por fungos ou tuberculose.
  • Tumores: da própria glândula ou metástase de cânceres originados em outros órgãos.

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Sintomas da doença

Na doença de Addison, os sintomas aparecem insidiosamente. Essa é a forma mais comum de surgimento. Lentamente, diferentes sinais se tornam evidentes, mas isso provoca confusão no diagnóstico. Alguns sintomas passam despercebidos ou se mimetizam com os de outras patologias.

O problema na demora do diagnóstico é a gravidade na evolução dessa doença, colocando a vida da pessoa em grave risco. Entre os sintomas mais frequentes, estão:

  • Perda de apetite.
  • Hiperpigmentação da pele: escurecimento em determinadas regiões.
  • Pressão arterial baixa.
  • Hipoglicemia: baixo nível de açúcar no sangue.
  • Astenia: fadiga, falta de força.
  • Dores musculares.
  • Depressão.

Uma forma de apresentação especial da doença é a crise aguda, na qual vários dos sintomas citados anteriormente aparecem subitamente. Trata-se de uma insuficiência suprarrenal aguda. O desfecho pode ser um colapso letal se não for tratada adequada e imediatamente. A crise addisoniana é uma situação extremamente urgente.

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Para continuar lendo: Os 5 melhores remédios para as crises de ansiedade

Diagnóstico e tratamento

A forma de diagnosticar a doença de Addison é por meio da medição dos níveis hormonais. O exame mais simples consiste em medir o nível de cortisol e do hormônio ACTH na circulação sanguínea da pessoa no início da manhã. Na pessoa que está com a doença de Addison, os níveis de ACTH aparecem elevados, e os de cortisol são baixos.

Mais especificamente, também é possível estimular o cortisol natural com um hormônio ACTH artificial e medir seus níveis no sangue antes e depois da estimulação. Em pessoas que apresentam a doença de Addison, o cortisol não aumenta após a estimulação com ACTH.

Diante da suspeita, é fundamental que o médico solicite uma primeira análise do cortisol no sangue. Se os resultados forem duvidosos ou inconclusivos, deve ser realizado o exame de estimulação com ACTH em uma segunda instância para determinar a confirmação diagnóstica.

Junto com esse rastreio etiológico, o profissional deve solicitar a medição de outros parâmetros bioquímicos que podem estar alterados.

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Uma vez diagnosticada a doença, o tratamento de base consistirá em substituir artificialmente os hormônios que estão faltando.

Para substituir o cortisol, são indicados glicocorticoides sintéticos. A aldosterona é substituída com esteroides similares, como a fludrocortisona. Por fim, a falta de andrógenos pode ser tratada com um homólogo, como a dehidroepiandrosterona.

Falar da doença de Addison é falar de insuficiência suprarrenal. Não é uma patologia comum. A incidência, ou o número de casos novos, é de 0,83 a cada cem mil pessoas. A prevalência, ou quantidade de casos em uma população geral, é de quatro a seis casos a cada cem mil pessoas.

Antigamente, a causa mais comum que provocava a doença era a tuberculose, que afetava as glândulas suprarrenais. Atualmente, por existir um maior controle sobre a tuberculose, a causa mais frequente é “idiopática”: uma origem autoimune na qual o corpo ataca os próprios órgãos.

Embora os sintomas possam aparecer em qualquer idade, a doença é mais comum entre os trinta e os oitenta anos, alcançando seu pico aos quarenta. Assim como muitas doenças endócrinas, é mais comum entre as mulheres do que entre os homens.

Causas da doença de Addison

Já afirmamos que falar sobre a doença de Addison é equivalente a falar sobre a insuficiência suprarrenal. Devemos, portanto, entender quais são as glândulas suprarrenais e quais funções realizam.

As glândulas suprarrenais são duas e estão localizadas acima de cada um dos rins, na cavidade abdominal. Internamente, cada uma delas é formada por duas partes:

  • Medula suprarrenal: é a parte interna da glândula, responsável por formar hormônios de estrutura similar à da adrenalina.
  • Córtex suprarrenal: é a camada externa de cada glândula e tem a função de formar hormônios corticosteroides. Entre os corticosteroides formados aqui, podemos citar:
    • Glicocorticoides: o cortisol é o mais relevante, com função metabólica, inflamatória e de resposta ao estresse.
    • Mineralocorticoides: a aldosterona é o principal, regulando o sódio e o potássio corporal.
    • Andrógenos: hormônios sexuais masculinos.

Na doença de Addison, o problema reside na destruição do córtex das glândulas suprarrenais. Sem córtex, o corpo carece da quantidade suficiente de cortisol e de aldosterona. Os sintomas da patologia são explicados, exatamente, pela falta desses hormônios.

As causas da destruição do córtex suprarrenal são:

  • Autoimune isolada: o corpo ataca especificamente a glândula suprarrenal com anticorpos.
  • Síndrome poliendócrina autoimune: doença autoimune na qual o corpo ataca diferentes glândulas ao mesmo tempo.
  • Infecções: infecção por fungos ou tuberculose.
  • Tumores: da própria glândula ou metástase de cânceres originados em outros órgãos.

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Sintomas da doença

Na doença de Addison, os sintomas aparecem insidiosamente. Essa é a forma mais comum de surgimento. Lentamente, diferentes sinais se tornam evidentes, mas isso provoca confusão no diagnóstico. Alguns sintomas passam despercebidos ou se mimetizam com os de outras patologias.

O problema na demora do diagnóstico é a gravidade na evolução dessa doença, colocando a vida da pessoa em grave risco. Entre os sintomas mais frequentes, estão:

  • Perda de apetite.
  • Hiperpigmentação da pele: escurecimento em determinadas regiões.
  • Pressão arterial baixa.
  • Hipoglicemia: baixo nível de açúcar no sangue.
  • Astenia: fadiga, falta de força.
  • Dores musculares.
  • Depressão.

Uma forma de apresentação especial da doença é a crise aguda, na qual vários dos sintomas citados anteriormente aparecem subitamente. Trata-se de uma insuficiência suprarrenal aguda. O desfecho pode ser um colapso letal se não for tratada adequada e imediatamente. A crise addisoniana é uma situação extremamente urgente.

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Para continuar lendo: Os 5 melhores remédios para as crises de ansiedade

Diagnóstico e tratamento

A forma de diagnosticar a doença de Addison é por meio da medição dos níveis hormonais. O exame mais simples consiste em medir o nível de cortisol e do hormônio ACTH na circulação sanguínea da pessoa no início da manhã. Na pessoa que está com a doença de Addison, os níveis de ACTH aparecem elevados, e os de cortisol são baixos.

Mais especificamente, também é possível estimular o cortisol natural com um hormônio ACTH artificial e medir seus níveis no sangue antes e depois da estimulação. Em pessoas que apresentam a doença de Addison, o cortisol não aumenta após a estimulação com ACTH.

Diante da suspeita, é fundamental que o médico solicite uma primeira análise do cortisol no sangue. Se os resultados forem duvidosos ou inconclusivos, deve ser realizado o exame de estimulação com ACTH em uma segunda instância para determinar a confirmação diagnóstica.

Junto com esse rastreio etiológico, o profissional deve solicitar a medição de outros parâmetros bioquímicos que podem estar alterados.

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Uma vez diagnosticada a doença, o tratamento de base consistirá em substituir artificialmente os hormônios que estão faltando.

Para substituir o cortisol, são indicados glicocorticoides sintéticos. A aldosterona é substituída com esteroides similares, como a fludrocortisona. Por fim, a falta de andrógenos pode ser tratada com um homólogo, como a dehidroepiandrosterona.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Candel González FJ, Matesanz David M, Candel Monserrate I. Insuficiencia corticosuprarrenal primaria. Enfermedad de Addison. An Med Interna 2001;18:492-498.
  • Napier C, Pearce SH. Current and emerging therapies for Addison’s disease. Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 2014;21(3):147-153. PMID: 2475599
  • Quinkler M, Hahner S. What is the best long term management strategy for patients with primary adrenal insufficiency? Clin Endocrinol (Oxf). 2012 Jan;76(1):21-5.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.