Dieta para a síndrome do ovário policístico
Escrito e verificado por a nutricionista Marta Guzmán
A síndrome do ovário policístico (SOP) é a causa mais comum de infertilidade em mulheres. Estima-se que 1 em cada 10 mulheres em idade fértil sofra dessa doença. É essencial cuidar da dieta diante da síndrome do ovário policístico, pois normalmente as pacientes tendem a desenvolver resistência à insulina.
Lidar incorretamente com essa patologia pode desencadear complicações de médio e longo prazo, principalmente do tipo metabólicas. A alimentação pode se tornar um ponto crucial em relação ao prognóstico sobre a evolução da doença.
Você sofre dessa doença? Quer saber como cuidar de si mesma por meio da alimentação? Embora seja essencial procurar um nutricionista, neste artigo vamos compartilhar algumas recomendações gerais para melhorar a sua dieta.
Dieta e síndrome do ovário policístico
A síndrome do ovário policístico é uma condição comum causada por um desequilíbrio dos hormônios reprodutivos. Esse desequilíbrio hormonal provoca problemas nos ovários.
Os ovários são responsáveis por produzir os óvulos que são liberados todos os meses como parte de um ciclo menstrual saudável. Se uma mulher tiver SOP, o óvulo pode não se desenvolver ou não se desprender durante a ovulação como deveria.
A SOP pode causar amenorreia ou períodos menstruais irregulares. Os períodos irregulares, por sua vez, podem levar à infertilidade ou ao desenvolvimento de cistos nos ovários.
Quais são as causas?
A causa exata da SOP é desconhecida. A maioria dos especialistas considera vários fatores, incluindo fatores genéticos, como possíveis causas. Algumas das causas mais reconhecidas são:
Altos níveis de andrógenos
Os andrógenos às vezes são conhecidos como “hormônios masculinos”, embora todas as mulheres produzam pequenas quantidades de andrógenos. As mulheres com SOP têm mais andrógenos do que o normal.
Isso pode impedir a liberação do óvulo de um ovário a cada ciclo menstrual e pode causar excesso de pelos e acne.
Níveis elevados de insulina
A resistência à insulina ocorre quando as células não respondem normalmente ao hormônio. Como consequência, os níveis de insulina no sangue ficam mais altos do que o normal.
Muitas mulheres com SOP têm resistência à insulina, especialmente mulheres com sobrepeso e obesidade, de acordo com uma pesquisa publicada na revista CES Medicine. As pacientes com essa condição costumam ter hábitos alimentares pouco saudáveis, não fazem atividade física ou têm histórico de diabetes. Com o passar do tempo, a resistência à insulina pode desencadear diabetes tipo 2.
Leia também: Como detectar os cistos nos ovários?
Tratamento dietético da síndrome do ovário policístico
A dieta pode ser um fator muito importante para controlar a sintomatologia da SOP. Como dissemos anteriormente, as mulheres que sofrem de obesidade têm uma maior probabilidade de desenvolvê-la. Portanto, manter um peso adequado seria um fator protetor.
Uma redução de 5% no peso pode melhorar problemas como a resistência à insulina, os altos níveis de andrógenos e as disfunções do sistema reprodutivo.
Um estudo publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics sobre dieta para a síndrome do ovário policístico recomenda que pacientes com sobrepeso percam peso para reduzir a gravidade da doença.
Isso é mais importante do que a composição da própria dieta – desde que seja saudável – embora pareça que uma dieta pobre em carboidratos possa proporcionar maiores vantagens tanto na perda de peso quanto no controle glicêmico.
Não são apenas as mulheres com sobrepeso que devem prestar atenção à dieta; em mulheres com peso normal com SOP, os níveis de insulina no sangue também são mais altos do que os das mulheres sem essa síndrome. Portanto, todas devem ter atenção com o índice glicêmico dos alimentos.
Uma dieta com baixo índice glicêmico pode ser uma abordagem adequada, ou seja, uma dieta sem doces ou açúcar e com baixo consumo de cereais, pães e tubérculos. É aconselhável basear a dieta em:
- Frutas e verduras.
- Oleaginosas e sementes.
- Leguminosas.
- Laticínios e ovos.
- Carnes magras e peixes.
Também foi demonstrado em um artigo publicado na revista Medical Hypotheses que o jejum intermitente reduz a resistência à insulina, ajuda a aliviar outros sintomas da SOP e melhora os níveis hormonais.
Não deixe de ler: 7 sintomas da síndrome dos ovários policísticos que você não deve ignorar
Suplementos vitamínicos
A suplementação com certas vitaminas pode melhorar os sintomas da doença.
Inositol
As mulheres com SOP costumam ter uma deficiência de uma enzima chamada epimerase, necessária para ter níveis corretos de um composto chamado D-Chiro Inositol. Como essa falha aumenta os valores de glicose e insulina no sangue, uma boa opção é a suplementação com D-Chiro Inositol.
Em uma pesquisa publicada na revista Gynecological Endocrinology, essa suplementação foi considerada eficaz para recuperar o ciclo ovulatório, melhorar a resistência à insulina, reduzir a acne, o hirsutismo, o colesterol total e os triglicerídeos.
Ácido fólico
Pode ajudar a tratar a infertilidade ovulatória. Os vegetais de folhas verdes, as frutas e as leguminosas são ricos nessa vitamina.
Vitamina D
Uma deficiência de vitamina D está associada a uma maior resistência à insulina e ao ganho de peso.
Manter uma dieta adequada e fazer exercício é essencial para o tratamento da SOP, assim como o tratamento farmacológico ou hormonal, especialmente para mulheres que desejem engravidar.
Melhore a dieta para tratar a síndrome do ovário policístico
Embora suas causas não sejam conhecidas com exatidão, sabe-se que a síndrome do ovário policístico responde positivamente a um tratamento dietético. Por esse motivo, é essencial aumentar a ingestão de certos alimentos e reduzir o consumo de carboidratos.
A síndrome do ovário policístico (SOP) é a causa mais comum de infertilidade em mulheres. Estima-se que 1 em cada 10 mulheres em idade fértil sofra dessa doença. É essencial cuidar da dieta diante da síndrome do ovário policístico, pois normalmente as pacientes tendem a desenvolver resistência à insulina.
Lidar incorretamente com essa patologia pode desencadear complicações de médio e longo prazo, principalmente do tipo metabólicas. A alimentação pode se tornar um ponto crucial em relação ao prognóstico sobre a evolução da doença.
Você sofre dessa doença? Quer saber como cuidar de si mesma por meio da alimentação? Embora seja essencial procurar um nutricionista, neste artigo vamos compartilhar algumas recomendações gerais para melhorar a sua dieta.
Dieta e síndrome do ovário policístico
A síndrome do ovário policístico é uma condição comum causada por um desequilíbrio dos hormônios reprodutivos. Esse desequilíbrio hormonal provoca problemas nos ovários.
Os ovários são responsáveis por produzir os óvulos que são liberados todos os meses como parte de um ciclo menstrual saudável. Se uma mulher tiver SOP, o óvulo pode não se desenvolver ou não se desprender durante a ovulação como deveria.
A SOP pode causar amenorreia ou períodos menstruais irregulares. Os períodos irregulares, por sua vez, podem levar à infertilidade ou ao desenvolvimento de cistos nos ovários.
Quais são as causas?
A causa exata da SOP é desconhecida. A maioria dos especialistas considera vários fatores, incluindo fatores genéticos, como possíveis causas. Algumas das causas mais reconhecidas são:
Altos níveis de andrógenos
Os andrógenos às vezes são conhecidos como “hormônios masculinos”, embora todas as mulheres produzam pequenas quantidades de andrógenos. As mulheres com SOP têm mais andrógenos do que o normal.
Isso pode impedir a liberação do óvulo de um ovário a cada ciclo menstrual e pode causar excesso de pelos e acne.
Níveis elevados de insulina
A resistência à insulina ocorre quando as células não respondem normalmente ao hormônio. Como consequência, os níveis de insulina no sangue ficam mais altos do que o normal.
Muitas mulheres com SOP têm resistência à insulina, especialmente mulheres com sobrepeso e obesidade, de acordo com uma pesquisa publicada na revista CES Medicine. As pacientes com essa condição costumam ter hábitos alimentares pouco saudáveis, não fazem atividade física ou têm histórico de diabetes. Com o passar do tempo, a resistência à insulina pode desencadear diabetes tipo 2.
Leia também: Como detectar os cistos nos ovários?
Tratamento dietético da síndrome do ovário policístico
A dieta pode ser um fator muito importante para controlar a sintomatologia da SOP. Como dissemos anteriormente, as mulheres que sofrem de obesidade têm uma maior probabilidade de desenvolvê-la. Portanto, manter um peso adequado seria um fator protetor.
Uma redução de 5% no peso pode melhorar problemas como a resistência à insulina, os altos níveis de andrógenos e as disfunções do sistema reprodutivo.
Um estudo publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics sobre dieta para a síndrome do ovário policístico recomenda que pacientes com sobrepeso percam peso para reduzir a gravidade da doença.
Isso é mais importante do que a composição da própria dieta – desde que seja saudável – embora pareça que uma dieta pobre em carboidratos possa proporcionar maiores vantagens tanto na perda de peso quanto no controle glicêmico.
Não são apenas as mulheres com sobrepeso que devem prestar atenção à dieta; em mulheres com peso normal com SOP, os níveis de insulina no sangue também são mais altos do que os das mulheres sem essa síndrome. Portanto, todas devem ter atenção com o índice glicêmico dos alimentos.
Uma dieta com baixo índice glicêmico pode ser uma abordagem adequada, ou seja, uma dieta sem doces ou açúcar e com baixo consumo de cereais, pães e tubérculos. É aconselhável basear a dieta em:
- Frutas e verduras.
- Oleaginosas e sementes.
- Leguminosas.
- Laticínios e ovos.
- Carnes magras e peixes.
Também foi demonstrado em um artigo publicado na revista Medical Hypotheses que o jejum intermitente reduz a resistência à insulina, ajuda a aliviar outros sintomas da SOP e melhora os níveis hormonais.
Não deixe de ler: 7 sintomas da síndrome dos ovários policísticos que você não deve ignorar
Suplementos vitamínicos
A suplementação com certas vitaminas pode melhorar os sintomas da doença.
Inositol
As mulheres com SOP costumam ter uma deficiência de uma enzima chamada epimerase, necessária para ter níveis corretos de um composto chamado D-Chiro Inositol. Como essa falha aumenta os valores de glicose e insulina no sangue, uma boa opção é a suplementação com D-Chiro Inositol.
Em uma pesquisa publicada na revista Gynecological Endocrinology, essa suplementação foi considerada eficaz para recuperar o ciclo ovulatório, melhorar a resistência à insulina, reduzir a acne, o hirsutismo, o colesterol total e os triglicerídeos.
Ácido fólico
Pode ajudar a tratar a infertilidade ovulatória. Os vegetais de folhas verdes, as frutas e as leguminosas são ricos nessa vitamina.
Vitamina D
Uma deficiência de vitamina D está associada a uma maior resistência à insulina e ao ganho de peso.
Manter uma dieta adequada e fazer exercício é essencial para o tratamento da SOP, assim como o tratamento farmacológico ou hormonal, especialmente para mulheres que desejem engravidar.
Melhore a dieta para tratar a síndrome do ovário policístico
Embora suas causas não sejam conhecidas com exatidão, sabe-se que a síndrome do ovário policístico responde positivamente a um tratamento dietético. Por esse motivo, é essencial aumentar a ingestão de certos alimentos e reduzir o consumo de carboidratos.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Gateva A., Unfer V., Kamenov Z., The use of inositol isomers in the management of polycystic ovary síndrome: a comprehensive review. Gynecol Endocrinol, 2018. 34 (7): 545-550.
- Chiofalo, B., Laganà, A. S., Palmara, V., Granese, R., Corrado, G., Mancini, E., … & Triolo, O. (2017). Fasting as possible complementary approach for polycystic ovary syndrome: Hope or hype?. Medical hypotheses, 105, 1-3.
- Moran, L. J., Ko, H., Misso, M., Marsh, K., Noakes, M., Talbot, M., … & Teede, H. J. (2013). Dietary composition in the treatment of polycystic ovary syndrome: a systematic review to inform evidence-based guidelines. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 113(4), 520-545.
- Vivas, C. A., Castaño-Trujillo, P., García-Trujillo, G., & Ospina-Gutiérrez, M. L. (2011). Síndrome de ovario poliquístico. Fisiopatología en mujeres obesas y no obesas. CES Medicina, 25(2), 169-179.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.