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O que é a deglutição atípica?

4 minutos
A deglutição atípica é uma condição na qual o processo de deglutição humana é afetado. Tem consequências dentárias, digestivas e respiratórias. Este artigo explica o que é e como é diagnosticada.
O que é a deglutição atípica?
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

Para receber um diagnóstico de deglutição atípica, a língua deve assumir uma posição inadequada ao engolir. Isso significa que ela fica posicionada em lugares que não favorecem a ingestão alimentar.

Fisiologicamente, a língua desempenha um papel único no processo de deglutição. Quando o alimento entra na boca, ela é responsável por direcioná-lo para a faringe para, então, ser encaminhado para o trato digestivo.

Se a língua assume uma posição contraproducente durante a deglutição, ou é usada de uma forma que não favorece esse trânsito de alimentos, então falamos de deglutição atípica. É um conceito mais funcional do que anatômico.

Fases da deglutição

O ato de engolir costuma ter três fases, e na deglutição atípica a primeira fase é alterada. Estas fases são: oral, faríngea e esofágica.

  • Oral: esta primeira fase é onde ocorre a deglutição atípica, quando ela existe. Consiste no momento em que a comida entra na cavidade oral, a saliva é secretada, o alimento é mastigado, e a língua finalmente o impulsiona para a faringe.
  • Faríngea: é uma fase involuntária onde o bolo alimentar passa para chegar ao esôfago.
  • Esofágica: é a fase final da deglutição, também involuntária, quando o bolo transita pelo estômago.

Sintomas da deglutição atípica

Quando uma pessoa tem deglutição atípica, isso se torna aparente através de uma série de sinais. Esses mesmos sinais são os utilizados pelos profissionais de saúde para definir o diagnóstico do transtorno. Os sintomas incluem:

  • A língua, em repouso, não fica localizada contra o palato, mas entre os dentes.
  • A pessoa respira principalmente pela boca, e não pelo nariz. Na infância, está associada ao típico quadro de respiração oral.
  • Os dentes de cima e de baixo perdem contato, e uma distância permanente é gerada entre as duas arcadas dentárias. Isso ocorre em parte por causa da interposição da língua, e também pela respiração oral.
  • A deglutição é ruidosa, pois requer mais esforço.
  • Os alimentos não são processados corretamente na primeira fase de deglutição. A língua não impulsiona o bolo em direção à faringe com força suficiente, o que faz com que, em casos avançados, a pessoa faça movimentos cefálicos para mover o alimento para a segunda fase da deglutição.
  • Os músculos da face, os mais próximos dos lábios, ficam flácidos. O termo apropriado é o de hipotonia muscular.
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Pacientes com deglutição atípica têm dificuldade para ingerir alimentos. Além disso, o quadro pode ser acompanhado por alguns sintomas respiratórios.

Continue lendo: Sintomas de câncer de orofaringe para conhecer

Causas da deglutição atípica

A deglutição atípica é diagnosticada mais em crianças do que em adultos. Em parte porque as causas têm a ver com desenvolvimento e estrutura anatômica congênita ao nascer e crescer durante os primeiros anos de vida. As causas mais comuns de deglutição atípica são:

  • Uso prolongado da chupeta: quando o uso da chupeta excede um ano e meio de vida, isso começa a ser contraproducente para o desenvolvimento dentário. Além disso, não permite que a língua assuma a posição necessária.
  • Sucção da mamadeira ou do dedo: com os mesmos critérios da chupeta, quando a mamadeira é usada por mais tempo do que o indicado ou a criança chupa o dedo, a língua não aprende a sua função.
  • Hipertrofia das adenoides: o sistema de amígdalas e adenoides pode estar aumentado em tamanho em algumas crianças. Nessas condições, o ar entra com dificuldade e a deglutição também é difícil. É uma causa que encontra sua solução no tratamento da hipertrofia com medicação ou cirurgia.
  • Freio lingual curto: a criança pode nascer com o freio lingual mais curto do que deveria. Isso limitará os movimentos da língua, gerando um quadro de deglutição atípica.
  • Língua presa (anquiloglossia): é uma doença rara na qual os músculos da língua ficam endurecidos.
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A hipertrofia da amígdala é uma das causas da deglutição atípica em crianças.

Leia também: Hiperdontia: causas e tratamento

Possíveis tratamentos

Não há medicamentos para tratar especificamente a deglutição atípica. O tratamento rigoroso consiste em uma reeducação da língua e a solução mecânica da causa que pode estar por trás do transtorno.

Claro, se houver um freio lingual curto ou hipertrofia das adenoides, então uma cirurgia será realizada. No entanto, mesmo que essa base seja resolvida cirurgicamente, uma reabilitação será necessária.

Um dos profissionais que costuma intervir na reabilitação é o ortodontista. Sua função no processamento é corrigir desvios dentários para fazer com que os arcos superior e inferior assumam posições normais.

O outro profissional de reabilitação fundamental é o fonoaudiólogo. Os fonoaudiólogos ensinam a criança a posicionar a língua, pronunciar as palavras e mastigar corretamente.

Como pais, é importante prestar atenção aos nossos filhos: como eles mastigam, como respiram e como falam. Diante de uma suspeita de deglutição atípica, é importante consultar o pediatra.

Para receber um diagnóstico de deglutição atípica, a língua deve assumir uma posição inadequada ao engolir. Isso significa que ela fica posicionada em lugares que não favorecem a ingestão alimentar.

Fisiologicamente, a língua desempenha um papel único no processo de deglutição. Quando o alimento entra na boca, ela é responsável por direcioná-lo para a faringe para, então, ser encaminhado para o trato digestivo.

Se a língua assume uma posição contraproducente durante a deglutição, ou é usada de uma forma que não favorece esse trânsito de alimentos, então falamos de deglutição atípica. É um conceito mais funcional do que anatômico.

Fases da deglutição

O ato de engolir costuma ter três fases, e na deglutição atípica a primeira fase é alterada. Estas fases são: oral, faríngea e esofágica.

  • Oral: esta primeira fase é onde ocorre a deglutição atípica, quando ela existe. Consiste no momento em que a comida entra na cavidade oral, a saliva é secretada, o alimento é mastigado, e a língua finalmente o impulsiona para a faringe.
  • Faríngea: é uma fase involuntária onde o bolo alimentar passa para chegar ao esôfago.
  • Esofágica: é a fase final da deglutição, também involuntária, quando o bolo transita pelo estômago.

Sintomas da deglutição atípica

Quando uma pessoa tem deglutição atípica, isso se torna aparente através de uma série de sinais. Esses mesmos sinais são os utilizados pelos profissionais de saúde para definir o diagnóstico do transtorno. Os sintomas incluem:

  • A língua, em repouso, não fica localizada contra o palato, mas entre os dentes.
  • A pessoa respira principalmente pela boca, e não pelo nariz. Na infância, está associada ao típico quadro de respiração oral.
  • Os dentes de cima e de baixo perdem contato, e uma distância permanente é gerada entre as duas arcadas dentárias. Isso ocorre em parte por causa da interposição da língua, e também pela respiração oral.
  • A deglutição é ruidosa, pois requer mais esforço.
  • Os alimentos não são processados corretamente na primeira fase de deglutição. A língua não impulsiona o bolo em direção à faringe com força suficiente, o que faz com que, em casos avançados, a pessoa faça movimentos cefálicos para mover o alimento para a segunda fase da deglutição.
  • Os músculos da face, os mais próximos dos lábios, ficam flácidos. O termo apropriado é o de hipotonia muscular.
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Pacientes com deglutição atípica têm dificuldade para ingerir alimentos. Além disso, o quadro pode ser acompanhado por alguns sintomas respiratórios.

Continue lendo: Sintomas de câncer de orofaringe para conhecer

Causas da deglutição atípica

A deglutição atípica é diagnosticada mais em crianças do que em adultos. Em parte porque as causas têm a ver com desenvolvimento e estrutura anatômica congênita ao nascer e crescer durante os primeiros anos de vida. As causas mais comuns de deglutição atípica são:

  • Uso prolongado da chupeta: quando o uso da chupeta excede um ano e meio de vida, isso começa a ser contraproducente para o desenvolvimento dentário. Além disso, não permite que a língua assuma a posição necessária.
  • Sucção da mamadeira ou do dedo: com os mesmos critérios da chupeta, quando a mamadeira é usada por mais tempo do que o indicado ou a criança chupa o dedo, a língua não aprende a sua função.
  • Hipertrofia das adenoides: o sistema de amígdalas e adenoides pode estar aumentado em tamanho em algumas crianças. Nessas condições, o ar entra com dificuldade e a deglutição também é difícil. É uma causa que encontra sua solução no tratamento da hipertrofia com medicação ou cirurgia.
  • Freio lingual curto: a criança pode nascer com o freio lingual mais curto do que deveria. Isso limitará os movimentos da língua, gerando um quadro de deglutição atípica.
  • Língua presa (anquiloglossia): é uma doença rara na qual os músculos da língua ficam endurecidos.
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A hipertrofia da amígdala é uma das causas da deglutição atípica em crianças.

Leia também: Hiperdontia: causas e tratamento

Possíveis tratamentos

Não há medicamentos para tratar especificamente a deglutição atípica. O tratamento rigoroso consiste em uma reeducação da língua e a solução mecânica da causa que pode estar por trás do transtorno.

Claro, se houver um freio lingual curto ou hipertrofia das adenoides, então uma cirurgia será realizada. No entanto, mesmo que essa base seja resolvida cirurgicamente, uma reabilitação será necessária.

Um dos profissionais que costuma intervir na reabilitação é o ortodontista. Sua função no processamento é corrigir desvios dentários para fazer com que os arcos superior e inferior assumam posições normais.

O outro profissional de reabilitação fundamental é o fonoaudiólogo. Os fonoaudiólogos ensinam a criança a posicionar a língua, pronunciar as palavras e mastigar corretamente.

Como pais, é importante prestar atenção aos nossos filhos: como eles mastigam, como respiram e como falam. Diante de uma suspeita de deglutição atípica, é importante consultar o pediatra.


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  • Alarcón, Mónica. “Deglución atípica. Revisión de la literatura.” Acta odontológica venezolana 51.1 (2013): 39-40.
  • Jiménez, Jonatan Jiménez. “Importancia de la deglución atípica en las maloclusiones.” Odontología Sanmarquina 19.2 (2016): 41-44.
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  • Romero Gonzáles CM,Hidalgo García CR,Arias Herreras SM,Muñoz Fernández L,Espeso Nápoles N.Diagnostico Educativo sobre Salud Bucal en Escolares.Rev Arch Méd Camaguey 2005;9(3):11.

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