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O que é criptorquidia ou os testículos que não desceram?

4 minutos
A criptorquidia pode ocorrer em um ou nos dois testículos e geralmente é identificada no nascimento. A maioria dos casos se resolve de maneira espontânea em menos de um ano.
O que é criptorquidia ou os testículos que não desceram?
Última atualização: 27 julho, 2022

A criptorquidia é um distúrbio caracterizado por uma descida incompleta de um ou ambos os testículos através do canal inguinal até o escroto. De acordo com fontes especializadas, falamos desta patologia quando o testículo está permanentemente ausente da bolsa escrotal aos seis meses ou mais de idade.

A prevalência dessa condição, ou seja, o número de pacientes afetados em uma determinada população, é estimada em 3% a 5% em recém-nascidos a termo. Esse valor pode aumentar em até 30% em bebês prematuros. Quer saber mais sobre a criptorquidia e as suas características? Então, continue lendo.

Por que os testículos não descem corretamente?

Conforme indicado por portais profissionais como a Clínica Mayo, as causas da criptorquidia ainda não estão totalmente claras. Atribui-se a etiologia da doença tanto a fatores ambientais (condições maternas, fetais e exposição a agentes químicos) quanto a fatores genéticos e síndromes que se apresentam com malformações.

A criptorquidia se distribui da seguinte forma em bebês em todo o mundo:

  • 3% a 5% das crianças nascidas a termo têm criptorquidia.
  • Até 45% dos bebês prematuros vêm ao mundo com testículos que não desceram.
  • Aos três meses de idade, esse valor cai para 1% ou 2%.
  • Apenas 1% das crianças têm criptorquidia com um ano de idade.

Além de todos esses dados, é interessante saber que 10% dos pacientes apresentam ambos os testículos sem descer, ou seja, a maioria dos quadros clínicos é unilateral. Seja como for, estamos perante uma patologia ligada a crianças que nascem antes do tempo.

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A prematuridade costuma estar associada a quadros em que os testículos não descem.

Você pode se interessar: Complexo do pênis pequeno: existe um problema?

Quem é afetado pela criptorquidia?

Essa patologia está relacionada à época e à condição de nascimento. Os grupos de risco propensos à criptorquidia são os seguintes:

  • Crianças com baixo peso ao nascer, ou seja, com menos de 2500 gramas de massa corporal.
  • Nascimento prematuro.
  • Histórico familiar de criptorquidia ou outros problemas testiculares.
  • Condições fetais durante a gravidez que podem impedir o desenvolvimento.
  • Uso de álcool, tabaco ou exposição a certos produtos químicos pela mãe durante a gravidez.

Sintomas e possíveis complicações

O único sintoma óbvio é a ausência de um ou ambos os testículos no escroto. Em 80% dos casos os testículos não visíveis são palpáveis, enquanto nos 20% restantes estão tão retraídos que não podem ser tocados. Mesmo assim, deve-se destacar que a maioria é transitória e se resolve a partir dos seis meses de vida.

Infelizmente, como indica a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, os testículos que não desceram têm uma maior probabilidade de desenvolver um câncer. Além disso, uma temperatura incorreta do esperma (devido à sua proximidade do corpo) pode se traduzir em problemas de fertilidade.

Tratamento da criptorquidia

O objetivo da intervenção em pacientes com criptorquidia é fazer com que o testículo, que não desceu naturalmente, baixe para a bolsa escrotal. Segundo fontes já citadas, há diferentes caminhos para resolver a patologia. Entre eles, encontramos os seguintes:

  • Tratamento com hormônios: injeções de B-HCG ou testosterona podem causar a descida testicular do bebê.
  • Próteses testiculares e soluções salinas: ideais para os casos em que o paciente perde totalmente um ou ambos os testículos.
  • Cirurgia: falaremos mais profundamente sobre este método a seguir.

Procedimento cirúrgico e riscos

O procedimento cirúrgico que visa baixar os testículos até o escroto é chamado de orquidopexia. O cirurgião irá colocar cuidadosamente o testículo no lugar e costurá-lo, fixando-o. De acordo com o portal Stanford Children Health, essa operação tem 98% de chance de sucesso.

Entre os possíveis riscos, encontramos os seguintes:

  • Lesão dos vasos espermáticos e atrofia testicular.
  • Hemorragia durante a cirurgia, pós-operatório ou ambos.
  • Aparecimento de uma hérnia inguinal.
  • Infecção bacteriana devido ao procedimento.
  • Abertura da ferida durante a recuperação, que requererá uma segunda intervenção.

Recuperação

O paciente deverá permanecer em repouso por 2 a 3 dias após a intervenção e abster-se de exercícios físicos por pelo menos um mês para a proteção das suturas. Além disso, após a retirada do curativo, o processo de higienização da área da incisão cirúrgica deve ser realizado duas vezes ao dia.

Isso é necessário para evitar infecções. Os pontos aplicados caem sozinhos, não sendo necessário ir ao médico para retirá-los.

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O consumo de toxinas durante a gravidez é outro fator de risco para a criptorquidia.

Saiba mais: 13 causas de parto prematuro que vale a pena conhecer

A criptorquidia tem solução

O fato de uma criança nascer com um ou ambos os testículos sem que tenham descido geralmente não é motivo de preocupação, pois até 99% dos casos se resolvem de maneira espontânea em menos de um ano. Mesmo assim, em pacientes que não se recuperam, o tratamento hormonal e a cirurgia são opções seguras e excelentes.

A criptorquidia tem solução em quase todos os casos, apesar de às vezes ser necessária uma cirurgia. Portanto, se você é pai e vê que seu filho tem um testículo que não desceu, não se preocupe; é quase certo que isso não afetará o seu estilo de vida e que ele poderá se desenvolver normalmente após o tratamento adequado.

A criptorquidia é um distúrbio caracterizado por uma descida incompleta de um ou ambos os testículos através do canal inguinal até o escroto. De acordo com fontes especializadas, falamos desta patologia quando o testículo está permanentemente ausente da bolsa escrotal aos seis meses ou mais de idade.

A prevalência dessa condição, ou seja, o número de pacientes afetados em uma determinada população, é estimada em 3% a 5% em recém-nascidos a termo. Esse valor pode aumentar em até 30% em bebês prematuros. Quer saber mais sobre a criptorquidia e as suas características? Então, continue lendo.

Por que os testículos não descem corretamente?

Conforme indicado por portais profissionais como a Clínica Mayo, as causas da criptorquidia ainda não estão totalmente claras. Atribui-se a etiologia da doença tanto a fatores ambientais (condições maternas, fetais e exposição a agentes químicos) quanto a fatores genéticos e síndromes que se apresentam com malformações.

A criptorquidia se distribui da seguinte forma em bebês em todo o mundo:

  • 3% a 5% das crianças nascidas a termo têm criptorquidia.
  • Até 45% dos bebês prematuros vêm ao mundo com testículos que não desceram.
  • Aos três meses de idade, esse valor cai para 1% ou 2%.
  • Apenas 1% das crianças têm criptorquidia com um ano de idade.

Além de todos esses dados, é interessante saber que 10% dos pacientes apresentam ambos os testículos sem descer, ou seja, a maioria dos quadros clínicos é unilateral. Seja como for, estamos perante uma patologia ligada a crianças que nascem antes do tempo.

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A prematuridade costuma estar associada a quadros em que os testículos não descem.

Você pode se interessar: Complexo do pênis pequeno: existe um problema?

Quem é afetado pela criptorquidia?

Essa patologia está relacionada à época e à condição de nascimento. Os grupos de risco propensos à criptorquidia são os seguintes:

  • Crianças com baixo peso ao nascer, ou seja, com menos de 2500 gramas de massa corporal.
  • Nascimento prematuro.
  • Histórico familiar de criptorquidia ou outros problemas testiculares.
  • Condições fetais durante a gravidez que podem impedir o desenvolvimento.
  • Uso de álcool, tabaco ou exposição a certos produtos químicos pela mãe durante a gravidez.

Sintomas e possíveis complicações

O único sintoma óbvio é a ausência de um ou ambos os testículos no escroto. Em 80% dos casos os testículos não visíveis são palpáveis, enquanto nos 20% restantes estão tão retraídos que não podem ser tocados. Mesmo assim, deve-se destacar que a maioria é transitória e se resolve a partir dos seis meses de vida.

Infelizmente, como indica a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, os testículos que não desceram têm uma maior probabilidade de desenvolver um câncer. Além disso, uma temperatura incorreta do esperma (devido à sua proximidade do corpo) pode se traduzir em problemas de fertilidade.

Tratamento da criptorquidia

O objetivo da intervenção em pacientes com criptorquidia é fazer com que o testículo, que não desceu naturalmente, baixe para a bolsa escrotal. Segundo fontes já citadas, há diferentes caminhos para resolver a patologia. Entre eles, encontramos os seguintes:

  • Tratamento com hormônios: injeções de B-HCG ou testosterona podem causar a descida testicular do bebê.
  • Próteses testiculares e soluções salinas: ideais para os casos em que o paciente perde totalmente um ou ambos os testículos.
  • Cirurgia: falaremos mais profundamente sobre este método a seguir.

Procedimento cirúrgico e riscos

O procedimento cirúrgico que visa baixar os testículos até o escroto é chamado de orquidopexia. O cirurgião irá colocar cuidadosamente o testículo no lugar e costurá-lo, fixando-o. De acordo com o portal Stanford Children Health, essa operação tem 98% de chance de sucesso.

Entre os possíveis riscos, encontramos os seguintes:

  • Lesão dos vasos espermáticos e atrofia testicular.
  • Hemorragia durante a cirurgia, pós-operatório ou ambos.
  • Aparecimento de uma hérnia inguinal.
  • Infecção bacteriana devido ao procedimento.
  • Abertura da ferida durante a recuperação, que requererá uma segunda intervenção.

Recuperação

O paciente deverá permanecer em repouso por 2 a 3 dias após a intervenção e abster-se de exercícios físicos por pelo menos um mês para a proteção das suturas. Além disso, após a retirada do curativo, o processo de higienização da área da incisão cirúrgica deve ser realizado duas vezes ao dia.

Isso é necessário para evitar infecções. Os pontos aplicados caem sozinhos, não sendo necessário ir ao médico para retirá-los.

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O consumo de toxinas durante a gravidez é outro fator de risco para a criptorquidia.

Saiba mais: 13 causas de parto prematuro que vale a pena conhecer

A criptorquidia tem solução

O fato de uma criança nascer com um ou ambos os testículos sem que tenham descido geralmente não é motivo de preocupação, pois até 99% dos casos se resolvem de maneira espontânea em menos de um ano. Mesmo assim, em pacientes que não se recuperam, o tratamento hormonal e a cirurgia são opções seguras e excelentes.

A criptorquidia tem solução em quase todos os casos, apesar de às vezes ser necessária uma cirurgia. Portanto, se você é pai e vê que seu filho tem um testículo que não desceu, não se preocupe; é quase certo que isso não afetará o seu estilo de vida e que ele poderá se desenvolver normalmente após o tratamento adequado.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Criptorquidia y patología testículo-escrotal en la edad pediátrica, C. Cebrián Muíños. Recogido a 16 de noviembre en https://www.pediatriaintegral.es/wp-content/uploads/2019/xxiii06/01/n6-271-282_CarmenCebrian.pdf
  • Testículo no descendido, Mayoclinic.org. Recogido a 16 de noviembre en https://www.mayoclinic.org/es-es/diseases-conditions/undescended-testicle/symptoms-causes/syc-20351995
  • Espinosa-Fernández, M., & López-Siguero, J. P. (2009). Criptorquidia. Anales de Pediatría Continuada7(6), 333-338.
  • Testículos no descendidos, medlineplus.gov. Recogido a 16 de noviembre en https://medlineplus.gov/spanish/ency/article/000973.htm
  • Riquelme-Heras, M. A., et al. “Orquidopexia laparoscópica en el testículo no descendido, palpable y no palpable.” Rev Mex Urol 69.5 (2009): 215-218.
  • Testículos no descendidos (criptorquidia), Stanfords Children Health. Recogido a 16 de noviembre en https://www.stanfordchildrens.org/es/topic/default?id=undescended-testes-cryptorchidism-90-P06174
  • Blanco, Sigrid, et al. “Criptorquidia: desde la embriología al tratamiento.” Médicas UIS 28.3 (2015): 371-380.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.