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O composto que o café tem e que ajudaria a combater o envelhecimento

4 minutos
Um estudo recente indica que o harmol, composto presente no café, melhora a qualidade de vida na velhice. Conheça os detalhes e como funciona.
O composto que o café tem e que ajudaria a combater o envelhecimento
Leonardo Biolatto

Revisado e aprovado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Jonatan Menguez
Última atualização: 24 janeiro, 2024

O café traz múltiplos benefícios para o corpo, além dos efeitos negativos do consumo excessivo de cafeína. No entanto, uma nova pesquisa descobriu um composto que melhora os parâmetros metabólicos ligados à força na velhice. Aqui contamos o que é o harmol e como ele pode melhorar a qualidade de vida dos idosos.

O que é o harmol?

O harmol é um composto da família das beta-carbolinas, associado a efeitos neurológicos que melhoram a função do músculo esquelético. Um estudo recente, liderado pelo Instituto de Estudos Avançados de Alimentos de Madrid, descobriu que a substância está presente nos grãos de café, além de também ser encontrado em outros alimentos, como peixes, cereais e carnes.

Harmol melhora parâmetros metabólicos ligados à qualidade de vida na velhice, contribuindo para a manutenção da massa muscular e força física.

Como o café combate o envelhecimento?

O café tem sido associado há muito tempo ao aumento da longevidade e à redução do declínio cognitivo, entre outros benefícios. Porém, a novidade desse estudo é a constatação dos efeitos produzidos pelo harmol.

Em termos gerais, o referido composto ativa vias de sinalização nas células que são capazes de aumentar as mitocôndrias. Durante o envelhecimento, parte da deterioração física está associada a uma alteração nas mitocôndrias, organela fundamental para a produção de energia celular.

Tal disfunção leva à sarcopenia, perda involuntária de massa muscular esquelética típica da idade avançada. Além disso, está ligada à síndrome da fragilidade geriátrica, em que a pessoa perde autonomia pela incapacidade de realizar determinadas ações por conta própria.

O harmol é capaz de contribuir para a redução dessa deterioração, melhorando as mitocôndrias e os parâmetros metabólicos. Os investigadores do estudo associaram esse mecanismo à mesma ativação que ocorre com o exercício ou a restrição calórica.

Outras vantagens do harmol

O estudo, publicado na Nature Communications, também demonstrou outros efeitos do harmol em diferentes modelos de invertebrados. Entre os mais importantes estão os seguintes:

  • Produz aumento da tolerância à glicose.
  • Melhora o acúmulo de lipídios hepáticos em casos de pré-diabetes.
  • Reduz a fragilidade neuromuscular em animais idosos.
  • Melhora a sensibilidade à insulina.

Além disso, esclarece-se que o tratamento com harmol não apresentou toxicidade nas doses utilizadas no estudo. O composto também é encontrado em peixes, folhas de tabaco e carnes diversas.

Outros efeitos do café

O café e a cafeína, em quantidades moderadas, têm efeitos positivos no metabolismo, como fornecer energia e reforço diurético, melhorando o fluxo urinário. Por outro lado, combatem a deterioração cognitiva, ajudando a reduzir o estresse oxidativo.

Outros estudos também associaram o café a uma menor mortalidade geral.

Efeitos adversos

Em geral, consumir até 400 miligramas de cafeína diariamente não costuma apresentar efeitos colaterais. Porém, algumas pessoas são mais sensíveis que outras, e uma ingestão exagerada pode causar os seguintes problemas:

  • Aumento da pressão arterial.
  • Aceleração da frequência cardíaca.
  • Acidez estomacal.
  • Dor de cabeça.
  • Desidratação.
  • Insônia.

[/atomik -read -também]

O segredo está nos antioxidantes

Não há dúvida de que uma vida adulta com menor deterioração física e cognitiva é alcançada com exercícios, bom descanso e alimentação saudável. No que diz respeito à alimentação, os compostos mais associados ao combate ao envelhecimento são os antioxidantes.

Tais moléculas são responsáveis por prevenir a deterioração celular, reduzir o estresse oxidativo e contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico. Alguns alimentos em que os antioxidantes são abundantes são o azeite, rico em vitamina E, e o brócolis, que fornece vitamina C, zinco, selênio e potássio.

Por sua vez, a acelga e o espinafre também contêm componentes, como fibras e vitamina E, que combatem o envelhecimento. Outros alimentos ricos em antioxidantes incluem mirtilos, amoras e tomates.

O café, por sua vez, combate o envelhecimento graças ao harmol. Os investigadores do estudo sublinham a importância de garantir que o envelhecimento da população ocorra em condições de melhor qualidade de vida.

Embora as expectativas tenham aumentado no século passado como nunca antes, o objetivo atual de muitos cientistas é melhorar as condições nos anos posteriores. A síndrome da fragilidade geriátrica afeta um terço da população com mais de 80 anos e passamos boa parte da nossa vida adulta convivendo com doenças. Componentes como o harmol do café podem contribuir para o envelhecimento em condições mais saudáveis.

O café traz múltiplos benefícios para o corpo, além dos efeitos negativos do consumo excessivo de cafeína. No entanto, uma nova pesquisa descobriu um composto que melhora os parâmetros metabólicos ligados à força na velhice. Aqui contamos o que é o harmol e como ele pode melhorar a qualidade de vida dos idosos.

O que é o harmol?

O harmol é um composto da família das beta-carbolinas, associado a efeitos neurológicos que melhoram a função do músculo esquelético. Um estudo recente, liderado pelo Instituto de Estudos Avançados de Alimentos de Madrid, descobriu que a substância está presente nos grãos de café, além de também ser encontrado em outros alimentos, como peixes, cereais e carnes.

Harmol melhora parâmetros metabólicos ligados à qualidade de vida na velhice, contribuindo para a manutenção da massa muscular e força física.

Como o café combate o envelhecimento?

O café tem sido associado há muito tempo ao aumento da longevidade e à redução do declínio cognitivo, entre outros benefícios. Porém, a novidade desse estudo é a constatação dos efeitos produzidos pelo harmol.

Em termos gerais, o referido composto ativa vias de sinalização nas células que são capazes de aumentar as mitocôndrias. Durante o envelhecimento, parte da deterioração física está associada a uma alteração nas mitocôndrias, organela fundamental para a produção de energia celular.

Tal disfunção leva à sarcopenia, perda involuntária de massa muscular esquelética típica da idade avançada. Além disso, está ligada à síndrome da fragilidade geriátrica, em que a pessoa perde autonomia pela incapacidade de realizar determinadas ações por conta própria.

O harmol é capaz de contribuir para a redução dessa deterioração, melhorando as mitocôndrias e os parâmetros metabólicos. Os investigadores do estudo associaram esse mecanismo à mesma ativação que ocorre com o exercício ou a restrição calórica.

Outras vantagens do harmol

O estudo, publicado na Nature Communications, também demonstrou outros efeitos do harmol em diferentes modelos de invertebrados. Entre os mais importantes estão os seguintes:

  • Produz aumento da tolerância à glicose.
  • Melhora o acúmulo de lipídios hepáticos em casos de pré-diabetes.
  • Reduz a fragilidade neuromuscular em animais idosos.
  • Melhora a sensibilidade à insulina.

Além disso, esclarece-se que o tratamento com harmol não apresentou toxicidade nas doses utilizadas no estudo. O composto também é encontrado em peixes, folhas de tabaco e carnes diversas.

Outros efeitos do café

O café e a cafeína, em quantidades moderadas, têm efeitos positivos no metabolismo, como fornecer energia e reforço diurético, melhorando o fluxo urinário. Por outro lado, combatem a deterioração cognitiva, ajudando a reduzir o estresse oxidativo.

Outros estudos também associaram o café a uma menor mortalidade geral.

Efeitos adversos

Em geral, consumir até 400 miligramas de cafeína diariamente não costuma apresentar efeitos colaterais. Porém, algumas pessoas são mais sensíveis que outras, e uma ingestão exagerada pode causar os seguintes problemas:

  • Aumento da pressão arterial.
  • Aceleração da frequência cardíaca.
  • Acidez estomacal.
  • Dor de cabeça.
  • Desidratação.
  • Insônia.

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O segredo está nos antioxidantes

Não há dúvida de que uma vida adulta com menor deterioração física e cognitiva é alcançada com exercícios, bom descanso e alimentação saudável. No que diz respeito à alimentação, os compostos mais associados ao combate ao envelhecimento são os antioxidantes.

Tais moléculas são responsáveis por prevenir a deterioração celular, reduzir o estresse oxidativo e contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico. Alguns alimentos em que os antioxidantes são abundantes são o azeite, rico em vitamina E, e o brócolis, que fornece vitamina C, zinco, selênio e potássio.

Por sua vez, a acelga e o espinafre também contêm componentes, como fibras e vitamina E, que combatem o envelhecimento. Outros alimentos ricos em antioxidantes incluem mirtilos, amoras e tomates.

O café, por sua vez, combate o envelhecimento graças ao harmol. Os investigadores do estudo sublinham a importância de garantir que o envelhecimento da população ocorra em condições de melhor qualidade de vida.

Embora as expectativas tenham aumentado no século passado como nunca antes, o objetivo atual de muitos cientistas é melhorar as condições nos anos posteriores. A síndrome da fragilidade geriátrica afeta um terço da população com mais de 80 anos e passamos boa parte da nossa vida adulta convivendo com doenças. Componentes como o harmol do café podem contribuir para o envelhecimento em condições mais saudáveis.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Costa-Machado, L.F., Garcia-Dominguez, E. y McIntyre, R.L. (2023). Peripheral modulation of antidepressant targets MAO-B and GABAAR by harmol induces mitohormesis and delays aging in preclinical models. Nat Commun 14, 2779. Consultado el 22 de agosto de 2023. https://doi.org/10.1038/s41467-023-38410-y
  • de la Figuera von Wichmann M. (2009). Café y enfermedades cardiovasculares [Coffee and cardiovascular diseases]. Atencion primaria, 41(11), 633–636. Consultado el 22 de agosto de 2023. https://doi.org/10.1016/j.aprim.2009.09.002
  • Lizarraga Dallo, M. A. (2009). Consideraciones actuales sobre el consumo de café en la actividad física y el deporte [Current considerations on coffee consumption and sport]. Atencion primaria, 41(12), 698–701. Consultado el 22 de agosto de 2023. https://doi.org/10.1016/j.aprim.2009.09.014

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.