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Como sair de um emprego do qual você não gosta?

6 minutos
Sair de um emprego não representa o fim da sua vida profissional. Isso pode lhe permitir uma reconexão com os seus interesses e estimular a sua criatividade. Confira estas dicas para levar a sua decisão adiante.
Como sair de um emprego do qual você não gosta?
Maria Fatima Seppi Vinuales

Escrito e verificado por a psicóloga Maria Fatima Seppi Vinuales

Última atualização: 16 agosto, 2023

Talvez você já tenha se perguntado quanto tempo da nossa vida dedicamos ao trabalho. Tomando como referência a expectativa de vida nos Estados Unidos (que é de 79 anos), passamos 12 anos trabalhando durante uma vida profissional média de 45 anos com 40 horas semanais. Um número interessante. O que acontece, então, se você decidir sair de um emprego do qual não gosta?

Um emprego pode ser uma fonte de satisfação e bem-estar profissional ou justamente o contrário. No último caso, mesmo quando estão presentes todas as condições para isso, a maioria das pessoas tem dificuldade para sair do emprego, e isso quase nunca é feito de forma direta.

A verdade é que um ambiente de trabalho desagradável, com estresse crônico e pouca percepção entre custo e benefício são fatores que ameaçam a nossa saúde e que devem ser considerados para sair de um emprego ou trocá-lo por outro.

3 razões para sair de um emprego do qual você não gosta

Um clima de trabalho desagradável, um salário que não compensa, humilhação, violência, um trabalho que é contrário aos seus valores, novos interesses profissionais ou uma mudança de ocupação são apenas alguns dos motivos pelos quais a maioria das pessoas pode sair de um emprego.

Diante de um emprego do qual não gostamos, podemos resumir os motivos em poucas palavras: saúde, satisfação pessoal e baixa produtividade por causa da falta de motivação.

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Alguns ambientes profissionais são violentos no dia a dia e, por isso, eles são contraproducentes para a saúde.

1. Cuidar da saúde

Qual é o custo que você está pagando para permanecer nesse local? Ansiedade, insônia, ataques de pânico, tristeza ou raiva permanente?

Esses são alguns dos sintomas que podem aparecer quando o trabalho representa não apenas tédio, mas também desconforto ou depressão. A situação financeira particular pode ser crítica, mas os danos à saúde são muito mais graves, com sérias consequências.

2. Autoestima e motivação

Passar muito tempo em locais nos quais não nos sentimos confortáveis ​​afeta a nossa autoestima e a nossa motivação. Por um lado, porque deixamos de nos sentir úteis e valiosos; por outro porque, ao perder o interesse pelo que fazemos, sentimos tédio ao enfrentar o dia a dia e a criatividade fica entorpecida.

3. Risco de erros

Juntamente com a motivação, quando começamos a operar no piloto automático a nossa atenção e concentração diminuem. Assim, provavelmente estaremos mais expostos a cometer erros que podem ser importantes.

Você pode se interessar: Machismo no trabalho: como lidar com esta situação?

Dicas para sair de um emprego do qual você não gosta

Quando você não tem motivos suficientes para ficar, então há motivos para sair. Porém, entre falar e fazer, você pode ter dificuldade para se convencer ou conseguir ver a decisão mais adequada.

Informar

Por uma questão de responsabilidade e até mesmo de reputação, geralmente não é recomendado sair de um emprego do dia para a noite. É importante avisar com antecedência e também se informar sobre os trâmites administrativos e legais a serem cumpridos.

Com relação ao tempo, muitas pessoas têm dúvidas quanto ao período mais adequado: 15 dias? 1 mês? Primeiramente, é necessário confirmar se isso foi explicitado no contrato de trabalho de alguma forma.

Em segundo lugar, devemos avaliar a posição que ocupamos e verificar a margem de manobra deixada para a outra pessoa. Por exemplo, se estivermos em uma posição-chave para a qual é necessário um treinamento muito específico, o ideal é avisar com mais de 15 dias de antecedência. Assim, haverá tempo para iniciar um processo seletivo e acompanhar, ainda que minimamente, a formação do novo profissional.

Preparar a saída

Em relação ao ponto anterior, é sempre bom sair em bons termos. Portanto, é recomendável pensar em compartilhar com o superior ou com a área de recursos humanos os motivos pelos quais estamos saindo. Esta instância funciona como um feedback para que eles possam implementar melhorias.

Também é prudente que a primeira pessoa a ficar sabendo seja o seu chefe, e não que ele fique sabendo por terceiros. Por fim, lembre-se de que você também precisará de tempo para recolher as coisas que vai levar embora.

Eu quero, mas…

É importante pensar em quais são as crenças, situações ou medos que estão na base da incapacidade de deixar esse local de trabalho. Às vezes são ideias relacionadas à autoestima (“não vou conseguir outro emprego”), enquanto em outros casos se trata de uma preocupação financeira.

Não se cobrar por ter tempo livre

Sair de um emprego não precisa ser o fim da sua vida profissional. É importante pensar nisso como um momento de transição, em que podemos nos dar tempo para nos conhecermos, para recuperar o interesse e até mesmo para nos entediar.

É importante trabalhar a culpa por ter tempo livre, principalmente em uma sociedade que nos ensina que, para termos valor, devemos produzir.

Muitas vezes, no ritmo vertiginoso da vida cotidiana, perdemos a capacidade de nos conectar com nossos interesses e de permitir que a mente vague sem rumo. Porém, é nessas ocasiões que podem surgir grandes ideias para nos reinventarmos e reorientarmos.

Pensar em cenários alternativos

Ao sair de um emprego, não é preciso conseguir outro imediatamente. O importante é traçar um plano de curto e médio prazo, pois isso também ajuda a acalmar a ansiedade.

Por exemplo, verifique quanto dinheiro é necessário para cumprir com as obrigações básicas (alimentação e aluguel, por exemplo) e por quanto tempo você terá essas economias. Isso não significa que não possam surgir imprevistos ao longo do caminho, mas o seu impacto será menor.

Às vezes esse plano não tem a ver com o lado financeiro, mas sim com a tranquilidade de estarmos fazendo alguma coisa. Nesse caso, podemos pensar em quais atividades nos interessam e em quais podemos nos inscrever.

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É fundamental aprender a pensar e planejar para sair de um emprego, pois é preciso se organizar a médio prazo.

Preparar-se

Muitas vezes queremos sair de um emprego porque estamos pensando em desenvolver um novo empreendimento ou em mudar completamente de ocupação. De qualquer forma, o melhor a fazer é se preparar. É preciso verificar a situação da área de interesse, atualizar o currículo e procurar cursos que possam ser úteis.

Não idealizar

Sair de um emprego não é tão terrível e nem tão maravilhoso assim. Ou seja, os primeiros sentimentos e emoções que surgirem vão passar e logo virão outros.

É importante não idealizar ou dramatizar diante de um ou outro cenário. Vamos reconhecer que, assim como haverá bons momentos, também haverá angústias.

Descubra também: Orientações para lidar com o sedentarismo no trabalho

Cuidar da saúde mental se for necessário sair de um emprego

O desconforto no local de trabalho tem relação direta com a nossa saúde mental. Existem até mesmo síndromes, como a de burnout, que são expressões mais potentes ou manifestas desse sofrimento cotidiano.

É importante respeitar os tempos e processos para sair de um emprego, mas também é necessário que isso seja levado a sério e que não fiquemos esperando que tudo se acalme ou que as coisas mudem por conta própria.

Em muitas dessas ideias existem desculpas e medos, mas a que custo? Não percamos de vista que não há motivo para nos habituarmos ao desconforto. Nós merecemos a possibilidade de nos sentirmos bem e de continuarmos a crescer.

Talvez você já tenha se perguntado quanto tempo da nossa vida dedicamos ao trabalho. Tomando como referência a expectativa de vida nos Estados Unidos (que é de 79 anos), passamos 12 anos trabalhando durante uma vida profissional média de 45 anos com 40 horas semanais. Um número interessante. O que acontece, então, se você decidir sair de um emprego do qual não gosta?

Um emprego pode ser uma fonte de satisfação e bem-estar profissional ou justamente o contrário. No último caso, mesmo quando estão presentes todas as condições para isso, a maioria das pessoas tem dificuldade para sair do emprego, e isso quase nunca é feito de forma direta.

A verdade é que um ambiente de trabalho desagradável, com estresse crônico e pouca percepção entre custo e benefício são fatores que ameaçam a nossa saúde e que devem ser considerados para sair de um emprego ou trocá-lo por outro.

3 razões para sair de um emprego do qual você não gosta

Um clima de trabalho desagradável, um salário que não compensa, humilhação, violência, um trabalho que é contrário aos seus valores, novos interesses profissionais ou uma mudança de ocupação são apenas alguns dos motivos pelos quais a maioria das pessoas pode sair de um emprego.

Diante de um emprego do qual não gostamos, podemos resumir os motivos em poucas palavras: saúde, satisfação pessoal e baixa produtividade por causa da falta de motivação.

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Alguns ambientes profissionais são violentos no dia a dia e, por isso, eles são contraproducentes para a saúde.

1. Cuidar da saúde

Qual é o custo que você está pagando para permanecer nesse local? Ansiedade, insônia, ataques de pânico, tristeza ou raiva permanente?

Esses são alguns dos sintomas que podem aparecer quando o trabalho representa não apenas tédio, mas também desconforto ou depressão. A situação financeira particular pode ser crítica, mas os danos à saúde são muito mais graves, com sérias consequências.

2. Autoestima e motivação

Passar muito tempo em locais nos quais não nos sentimos confortáveis ​​afeta a nossa autoestima e a nossa motivação. Por um lado, porque deixamos de nos sentir úteis e valiosos; por outro porque, ao perder o interesse pelo que fazemos, sentimos tédio ao enfrentar o dia a dia e a criatividade fica entorpecida.

3. Risco de erros

Juntamente com a motivação, quando começamos a operar no piloto automático a nossa atenção e concentração diminuem. Assim, provavelmente estaremos mais expostos a cometer erros que podem ser importantes.

Você pode se interessar: Machismo no trabalho: como lidar com esta situação?

Dicas para sair de um emprego do qual você não gosta

Quando você não tem motivos suficientes para ficar, então há motivos para sair. Porém, entre falar e fazer, você pode ter dificuldade para se convencer ou conseguir ver a decisão mais adequada.

Informar

Por uma questão de responsabilidade e até mesmo de reputação, geralmente não é recomendado sair de um emprego do dia para a noite. É importante avisar com antecedência e também se informar sobre os trâmites administrativos e legais a serem cumpridos.

Com relação ao tempo, muitas pessoas têm dúvidas quanto ao período mais adequado: 15 dias? 1 mês? Primeiramente, é necessário confirmar se isso foi explicitado no contrato de trabalho de alguma forma.

Em segundo lugar, devemos avaliar a posição que ocupamos e verificar a margem de manobra deixada para a outra pessoa. Por exemplo, se estivermos em uma posição-chave para a qual é necessário um treinamento muito específico, o ideal é avisar com mais de 15 dias de antecedência. Assim, haverá tempo para iniciar um processo seletivo e acompanhar, ainda que minimamente, a formação do novo profissional.

Preparar a saída

Em relação ao ponto anterior, é sempre bom sair em bons termos. Portanto, é recomendável pensar em compartilhar com o superior ou com a área de recursos humanos os motivos pelos quais estamos saindo. Esta instância funciona como um feedback para que eles possam implementar melhorias.

Também é prudente que a primeira pessoa a ficar sabendo seja o seu chefe, e não que ele fique sabendo por terceiros. Por fim, lembre-se de que você também precisará de tempo para recolher as coisas que vai levar embora.

Eu quero, mas…

É importante pensar em quais são as crenças, situações ou medos que estão na base da incapacidade de deixar esse local de trabalho. Às vezes são ideias relacionadas à autoestima (“não vou conseguir outro emprego”), enquanto em outros casos se trata de uma preocupação financeira.

Não se cobrar por ter tempo livre

Sair de um emprego não precisa ser o fim da sua vida profissional. É importante pensar nisso como um momento de transição, em que podemos nos dar tempo para nos conhecermos, para recuperar o interesse e até mesmo para nos entediar.

É importante trabalhar a culpa por ter tempo livre, principalmente em uma sociedade que nos ensina que, para termos valor, devemos produzir.

Muitas vezes, no ritmo vertiginoso da vida cotidiana, perdemos a capacidade de nos conectar com nossos interesses e de permitir que a mente vague sem rumo. Porém, é nessas ocasiões que podem surgir grandes ideias para nos reinventarmos e reorientarmos.

Pensar em cenários alternativos

Ao sair de um emprego, não é preciso conseguir outro imediatamente. O importante é traçar um plano de curto e médio prazo, pois isso também ajuda a acalmar a ansiedade.

Por exemplo, verifique quanto dinheiro é necessário para cumprir com as obrigações básicas (alimentação e aluguel, por exemplo) e por quanto tempo você terá essas economias. Isso não significa que não possam surgir imprevistos ao longo do caminho, mas o seu impacto será menor.

Às vezes esse plano não tem a ver com o lado financeiro, mas sim com a tranquilidade de estarmos fazendo alguma coisa. Nesse caso, podemos pensar em quais atividades nos interessam e em quais podemos nos inscrever.

Some figure
É fundamental aprender a pensar e planejar para sair de um emprego, pois é preciso se organizar a médio prazo.

Preparar-se

Muitas vezes queremos sair de um emprego porque estamos pensando em desenvolver um novo empreendimento ou em mudar completamente de ocupação. De qualquer forma, o melhor a fazer é se preparar. É preciso verificar a situação da área de interesse, atualizar o currículo e procurar cursos que possam ser úteis.

Não idealizar

Sair de um emprego não é tão terrível e nem tão maravilhoso assim. Ou seja, os primeiros sentimentos e emoções que surgirem vão passar e logo virão outros.

É importante não idealizar ou dramatizar diante de um ou outro cenário. Vamos reconhecer que, assim como haverá bons momentos, também haverá angústias.

Descubra também: Orientações para lidar com o sedentarismo no trabalho

Cuidar da saúde mental se for necessário sair de um emprego

O desconforto no local de trabalho tem relação direta com a nossa saúde mental. Existem até mesmo síndromes, como a de burnout, que são expressões mais potentes ou manifestas desse sofrimento cotidiano.

É importante respeitar os tempos e processos para sair de um emprego, mas também é necessário que isso seja levado a sério e que não fiquemos esperando que tudo se acalme ou que as coisas mudem por conta própria.

Em muitas dessas ideias existem desculpas e medos, mas a que custo? Não percamos de vista que não há motivo para nos habituarmos ao desconforto. Nós merecemos a possibilidade de nos sentirmos bem e de continuarmos a crescer.


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  • Ansoleaga Moreno, E., & Miranda-Hiriart, G. (2014). Depresión y condiciones de trabajo: revisión actualizada de la investigación. Revista Costarricense De Psicología33(1), 1-14. Recuperado a partir de http://www.rcps-cr.org/openjournal/index.php/RCPs/article/view/29
  • Cantero-Téllez, Elizabeth Alicia, & Ramírez-Páez, José Antonio (2009). Factores psicosociales y depresión laboral: una revisión. Revista Médica del Instituto Mexicano del Seguro Social, 47(6),627-636.[fecha de Consulta 26 de Abril de 2021]. ISSN: 0443-5117. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=457745517008

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