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Como os problemas de habitação afetam a saúde?

6 minutos
Solucionar os problemas de habitação é fundamental para uma boa qualidade de vida. Embora isso nem sempre seja possível devido à falta de recursos, podem ser feitos alguns esforços para melhorar as condições do lar.
Como os problemas de habitação afetam a saúde?
Escrito por Edith Sánchez
Última atualização: 09 agosto, 2022

Os problemas de habitação exercem uma influência perceptível na saúde, embora muitas vezes passem despercebidos. As características da casa são fatores que promovem a qualidade de vida ou contribuem para o adoecimento das pessoas que a habitam.

Estima-se que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo não possuem um banheiro em casa. Nos países em desenvolvimento, 2 em cada 3 famílias precisam de uma casa de melhor qualidade. Ao mesmo tempo, cerca de 14 milhões de pessoas ficam sem teto a cada ano.

Portanto, é muito importante solucionar os problemas de habitação. Este é um objetivo que também deve envolver os governos.

Os problemas de habitação e sua influência na saúde

Existem vários problemas de habitação que provocam um grande impacto na saúde. Entre eles estão os seguintes:

Problemas no piso

Muitas casas no mundo não possuem um piso de concreto. Existe um número considerável de residências cujos pisos são de terra batida.

Isso facilita a presença e a fixação de parasitas e vermes na casa, o que é muito prejudicial se houverem crianças ou pessoas com um sistema imunológico debilitado no local.

Paredes

Quando as paredes são mal construídas ou feitas com um material inadequado ocorre um efeito semelhante ao dos pisos de terra batida: presença de vermes e parasitas. Além disso, existe um maior risco de colapso, além de não haver um isolamento térmico adequado para quem mora na casa.

Tetos defeituosos

Outro dos problemas habitacionais mais comuns são telhados danificados ou inadequados. Se eles não são bem construídos acumulam umidade, o que, por sua vez, provoca a proliferação de mofo e outros fungos.

Iluminação e ventilação

Ter janelas é muito importante, pois elas proporcionam iluminação e ventilação para a casa. No entanto, em alguns locais são necessários mosquiteiros, e nem todos as pessoas têm condição de comprá-los.

Além disso, quando o bairro é pouco seguro as pessoas tendem a vedar ou diminuir as janelas, privando-se de luz e ar fresco.

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As janelas proporcionam iluminação e ventilação. Ambos processos funcionam como antissépticos.

Energia

Ainda existem muitas casas nas quais as pessoas cozinham com lenha e carvão, o que produz uma fumaça que é prejudicial ao sistema respiratório.

Por outro lado, especialmente em países desenvolvidos, os sistemas de aquecimento e ventilação muitas vezes não são tão eficientes quanto seria necessário. Isso leva a um controle inadequado da temperatura dentro de casa.

Pouco espaço

A superlotação é um problema cada vez mais comum no mundo moderno. Ela se define como a relação entre o espaço disponível e o número de pessoas que habitam uma casa.

Embora esta não seja uma medida universal, ocorre superlotação quando mais de 3 pessoas precisam dormir no mesmo quarto. Em algumas casas, o espaço também é compartilhado com animais.

Serviços de água e saneamento

Este é um fator crucial para uma boa saúde. Estes são dois problemas de habitação que atingem muitas famílias e aumentam significativamente o risco de desenvolver doenças. Ter acesso a água potável e serviços de saneamento em casa é determinante na prevenção de doenças.

Ambiente

Habitações adequadas devem ser acessíveis. Isso implica numa localização livre de riscos e com características que facilitem a mobilidade de crianças, idosos e pessoas com deficiência. Além disso, o ambiente deve estar livre de contaminação e perigo de catástrofes, ou insegurança social.

Leia também: As 7 disciplinas japonesas da boa saúde que vale a pena conhecer

Problemas de saúde causados pela habitação

Os problemas de habitação podem impactar de maneira direta na saúde física e mental de uma pessoa. Entre as possíveis consequências derivadas deles estão as seguintes:

Prejuízo na saúde mental

A superlotação facilita o abuso sexual e a violência doméstica. Além disso, aumenta os níveis de estresse e depressão, ao mesmo tempo que contribui para uma baixa autoestima. Se uma pessoa não possui um espaço adequado para morar, ela também apresenta problemas para desenvolver sua personalidade de forma independente.

Por outro lado, uma vizinhança ou ambiente perigoso torna as pessoas mais vulneráveis à ansiedade e à insônia. Também aumenta a probabilidade de que elas se tornem vítimas de crimes ou agressões.

Um estudo científico mostrou que as pessoas que vivem em locais superlotados têm uma saúde mental pior do que aquelas que vivem em locais com menos habitantes.

Problemas respiratórios

Os locais nos quais a estrutura da casa ou o sistema de regulação da temperatura não são adequados possuem um maior potencial de se tornar um terreno fértil para doenças respiratórias.

Isso é corroborado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Por outro lado, fatores como má qualidade do ar, problemas de ventilação e e demais questões relacionadas aumentam o risco de alergias.

Além disso, a superlotação faz com que qualquer infecção respiratória se espalhe facilmente para os outros moradores da casa, especialmente se a ventilação for insuficiente e não houver possibilidade de isolamento. Este problema é ainda mais grave em casos de tuberculose, por exemplo.

Descubra: O que são os testes de alergia e como eles funcionam?

Doenças gastrointestinais

Os problemas de habitação também podem provocar doenças gastrointestinais. Uma moradia inadequada favorece a presença de parasitas.

Doenças cardiovasculares e materiais domésticos

Quando a temperatura da casa não é regulada de forma adequada, os habitantes ficam sujeitos a um calor ou frio extremos. Isso aumenta o risco de problemas cardiovasculares, especialmente em pessoas mais velhas.

A isso deve ser somado o fato de que algumas casas são feitas com materiais cancerígenos como o amianto, ou elementos tóxicos como o chumbo. Uma exposição contínua, obviamente, aumenta o perigo.

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O amianto está presente de forma significativa nas coberturas de casas antigas. Vários países regulamentaram o uso deste material na construção civil.

Como resolver os problemas de habitação?

Se o indivíduo conta com recursos suficientes, talvez deva pensar primeiro em solucionar seus problemas de habitação e ter uma casa saudável antes de se ocupar com outras despesas. Os seguintes problemas devem ser priorizados:

  • Otimizar a higiene: inclui a gestão adequada da água e da latrina ou banheiro, bem como a adoção de hábitos saudáveis.
  • Melhorar a qualidade do ar: nada melhor do que ter janelas suficientes e protegidas por mosquiteiros, se for o caso.
  • Umidade: consertar o telhado e usar materiais adequados nas paredes e pisos é fundamental para reduzir a umidade. Adobe, tijolo cozido, madeira e bambu são adequados.
  • Climatização: o ideal é optar por energias limpas. O gás natural é uma boa opção caso não se tenha acesso à energia solar ou de outro tipo.
  • Acessibilidade: é necessário identificar riscos de mobilidade para crianças e idosos, e em seguida adaptar a casa para que não ocorram acidentes a serem lamentados.

Uma casa saudável é também uma responsabilidade social

Às vezes, resolver os problemas de habitação está fora do alcance de um indivíduo, especialmente porque ele não tem os recursos para fazê-lo. Neste ponto se torna evidente a responsabilidade das autoridades, que também devem se comprometer com a questão.

Se a casa provoca problemas de saúde, esses problemas se transformarão em maiores gastos com o sistema de segurança social, mais absenteísmo no trabalho e menor qualidade de vida em geral. Portanto, resolver os problemas de habitação é uma questão que diz respeito a todos nós.

Os problemas de habitação exercem uma influência perceptível na saúde, embora muitas vezes passem despercebidos. As características da casa são fatores que promovem a qualidade de vida ou contribuem para o adoecimento das pessoas que a habitam.

Estima-se que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo não possuem um banheiro em casa. Nos países em desenvolvimento, 2 em cada 3 famílias precisam de uma casa de melhor qualidade. Ao mesmo tempo, cerca de 14 milhões de pessoas ficam sem teto a cada ano.

Portanto, é muito importante solucionar os problemas de habitação. Este é um objetivo que também deve envolver os governos.

Os problemas de habitação e sua influência na saúde

Existem vários problemas de habitação que provocam um grande impacto na saúde. Entre eles estão os seguintes:

Problemas no piso

Muitas casas no mundo não possuem um piso de concreto. Existe um número considerável de residências cujos pisos são de terra batida.

Isso facilita a presença e a fixação de parasitas e vermes na casa, o que é muito prejudicial se houverem crianças ou pessoas com um sistema imunológico debilitado no local.

Paredes

Quando as paredes são mal construídas ou feitas com um material inadequado ocorre um efeito semelhante ao dos pisos de terra batida: presença de vermes e parasitas. Além disso, existe um maior risco de colapso, além de não haver um isolamento térmico adequado para quem mora na casa.

Tetos defeituosos

Outro dos problemas habitacionais mais comuns são telhados danificados ou inadequados. Se eles não são bem construídos acumulam umidade, o que, por sua vez, provoca a proliferação de mofo e outros fungos.

Iluminação e ventilação

Ter janelas é muito importante, pois elas proporcionam iluminação e ventilação para a casa. No entanto, em alguns locais são necessários mosquiteiros, e nem todos as pessoas têm condição de comprá-los.

Além disso, quando o bairro é pouco seguro as pessoas tendem a vedar ou diminuir as janelas, privando-se de luz e ar fresco.

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As janelas proporcionam iluminação e ventilação. Ambos processos funcionam como antissépticos.

Energia

Ainda existem muitas casas nas quais as pessoas cozinham com lenha e carvão, o que produz uma fumaça que é prejudicial ao sistema respiratório.

Por outro lado, especialmente em países desenvolvidos, os sistemas de aquecimento e ventilação muitas vezes não são tão eficientes quanto seria necessário. Isso leva a um controle inadequado da temperatura dentro de casa.

Pouco espaço

A superlotação é um problema cada vez mais comum no mundo moderno. Ela se define como a relação entre o espaço disponível e o número de pessoas que habitam uma casa.

Embora esta não seja uma medida universal, ocorre superlotação quando mais de 3 pessoas precisam dormir no mesmo quarto. Em algumas casas, o espaço também é compartilhado com animais.

Serviços de água e saneamento

Este é um fator crucial para uma boa saúde. Estes são dois problemas de habitação que atingem muitas famílias e aumentam significativamente o risco de desenvolver doenças. Ter acesso a água potável e serviços de saneamento em casa é determinante na prevenção de doenças.

Ambiente

Habitações adequadas devem ser acessíveis. Isso implica numa localização livre de riscos e com características que facilitem a mobilidade de crianças, idosos e pessoas com deficiência. Além disso, o ambiente deve estar livre de contaminação e perigo de catástrofes, ou insegurança social.

Leia também: As 7 disciplinas japonesas da boa saúde que vale a pena conhecer

Problemas de saúde causados pela habitação

Os problemas de habitação podem impactar de maneira direta na saúde física e mental de uma pessoa. Entre as possíveis consequências derivadas deles estão as seguintes:

Prejuízo na saúde mental

A superlotação facilita o abuso sexual e a violência doméstica. Além disso, aumenta os níveis de estresse e depressão, ao mesmo tempo que contribui para uma baixa autoestima. Se uma pessoa não possui um espaço adequado para morar, ela também apresenta problemas para desenvolver sua personalidade de forma independente.

Por outro lado, uma vizinhança ou ambiente perigoso torna as pessoas mais vulneráveis à ansiedade e à insônia. Também aumenta a probabilidade de que elas se tornem vítimas de crimes ou agressões.

Um estudo científico mostrou que as pessoas que vivem em locais superlotados têm uma saúde mental pior do que aquelas que vivem em locais com menos habitantes.

Problemas respiratórios

Os locais nos quais a estrutura da casa ou o sistema de regulação da temperatura não são adequados possuem um maior potencial de se tornar um terreno fértil para doenças respiratórias.

Isso é corroborado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Por outro lado, fatores como má qualidade do ar, problemas de ventilação e e demais questões relacionadas aumentam o risco de alergias.

Além disso, a superlotação faz com que qualquer infecção respiratória se espalhe facilmente para os outros moradores da casa, especialmente se a ventilação for insuficiente e não houver possibilidade de isolamento. Este problema é ainda mais grave em casos de tuberculose, por exemplo.

Descubra: O que são os testes de alergia e como eles funcionam?

Doenças gastrointestinais

Os problemas de habitação também podem provocar doenças gastrointestinais. Uma moradia inadequada favorece a presença de parasitas.

Doenças cardiovasculares e materiais domésticos

Quando a temperatura da casa não é regulada de forma adequada, os habitantes ficam sujeitos a um calor ou frio extremos. Isso aumenta o risco de problemas cardiovasculares, especialmente em pessoas mais velhas.

A isso deve ser somado o fato de que algumas casas são feitas com materiais cancerígenos como o amianto, ou elementos tóxicos como o chumbo. Uma exposição contínua, obviamente, aumenta o perigo.

Some figure
O amianto está presente de forma significativa nas coberturas de casas antigas. Vários países regulamentaram o uso deste material na construção civil.

Como resolver os problemas de habitação?

Se o indivíduo conta com recursos suficientes, talvez deva pensar primeiro em solucionar seus problemas de habitação e ter uma casa saudável antes de se ocupar com outras despesas. Os seguintes problemas devem ser priorizados:

  • Otimizar a higiene: inclui a gestão adequada da água e da latrina ou banheiro, bem como a adoção de hábitos saudáveis.
  • Melhorar a qualidade do ar: nada melhor do que ter janelas suficientes e protegidas por mosquiteiros, se for o caso.
  • Umidade: consertar o telhado e usar materiais adequados nas paredes e pisos é fundamental para reduzir a umidade. Adobe, tijolo cozido, madeira e bambu são adequados.
  • Climatização: o ideal é optar por energias limpas. O gás natural é uma boa opção caso não se tenha acesso à energia solar ou de outro tipo.
  • Acessibilidade: é necessário identificar riscos de mobilidade para crianças e idosos, e em seguida adaptar a casa para que não ocorram acidentes a serem lamentados.

Uma casa saudável é também uma responsabilidade social

Às vezes, resolver os problemas de habitação está fora do alcance de um indivíduo, especialmente porque ele não tem os recursos para fazê-lo. Neste ponto se torna evidente a responsabilidade das autoridades, que também devem se comprometer com a questão.

Se a casa provoca problemas de saúde, esses problemas se transformarão em maiores gastos com o sistema de segurança social, mais absenteísmo no trabalho e menor qualidade de vida em geral. Portanto, resolver os problemas de habitação é uma questão que diz respeito a todos nós.


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  • Mangrio E, Zdravkovic S. Crowded living and its association with mental ill-health among recently-arrived migrants in Sweden: a quantitative study. BMC Research Notes. 2018;11(1).
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  • Novoa, A. M., Bosch, J., Díaz, F., Malmusi, D., Darnell, M., & Trilla, C. (2014). El impacto de la crisis en la relación entre vivienda y salud. Políticas de buenas prácticas para reducir las desigualdades en salud asociadas con las condiciones de vivienda. Gaceta Sanitaria, 28, 44-50.

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