Cacauzinho Neto, de 12 anos, impressiona com rotina de treinos
Cacauzinho Neto, de 12 anos, usa as redes sociais para compartilhar com seus seguidores rotinas de treinos. O garoto com corpo todo traçado e definido, afirma em uma publicação ter orgulho do físico conquistado. Ele ainda ressalta que muita gente pensa que é mito que “criança não pode treinar”.
Em agosto de 2021, o pai, Carlos Pitanga Filho, de Salvador (BA), levou seu filho, Cacauzinho Neto, ao treino de CrossFit para que o menino não ficasse sozinho em casa. O garoto ficou interessado naquela dinâmica de exercícios com corrida e saltos e pediu ao pai para fazer uma aula.
“Ele, que antes era doido por futebol, só queria saber de CrossFit. Combinamos que ele treinaria durante as férias de final de ano até o início do próximo ano letivo. Mas com 15 dias treinando, com aulas adaptadas à idade e ao condicionamento físico dele, Cacauzinho já executava com desenvoltura movimentos que alunos que treinavam há meses nem sequer conseguiam fazer”, conta Carlos. Segundo ele, o treinador disse que Cacauzinho tinha muito potencial e poderia se tornar um atleta.
Primeiro, o garoto treinava com 30% a menos de carga, mas sua evolução foi tão rápida que ele ganhou um treino preparado para ele. Em 45 dias frequentando o box —como são chamadas as academias especializadas em CrossFit—, ele foi incentivado a participar de um campeonato amador de LPO (sigla para levantamento de peso olímpico) de Salvador, na categoria teens, e ficou em terceiro lugar.
Daí em diante, o futebol virou diversão e o CrossFit seu esporte preferido. Ele é acompanhado por uma equipe multidisciplinar de treinador, médico, fisioterapeuta e nutricionista. E os pais acompanham os treinos diariamente.
“Eu fiz esporte desde os 10 anos e isso não prejudicou meu crescimento, tanto que hoje tenho 1,91 m de altura. Mas é claro que temos essa preocupação, e o Cacauzinho conta com o acompanhamento de especialistas para antever qualquer problema e calibrar seus treinos. Em um ano e quatro meses que ele iniciou o treinamento, ele cresceu cerca de 13 cm, o que é esperado para sua faixa de idade”, comenta Carlos.
Uma rotina de treino rigorosa
Há mais de um ano, Cacauzinho acorda às 5h30 da manhã para correr 5 km e fazer abdominais. Em seguida, toma café da manhã e vai para a escola. Quando volta para casa, descansa, estuda e faz os deveres, para dar sequência ao segundo treino do dia no box de CrossFit, às 17h. Ele treina por mais duas horas e meia e vai para cama às 21h.
Atualmente, Cacauzinho adota uma rotina de exercícios e uma dieta rigorosa, equiparável à de adultos.
Essa rotina segue por cinco dias na semana. Ele sempre foi disciplinado e focado, então seguir horários e um cronograma de treinamento não foi nenhum problema, segundo os pais.
“Ele já colocava as luvas para treinar ainda na hora do aquecimento, porque ele já queria correr para a barra, as argolas. Quando o coach disse que ele precisava ir com calma, porque estava no caminho para ser atleta, ele virou uma ‘chavinha’ e quis seguir uma disciplina regrada”, conta Carlos.
Aos finais de semana, ele se diverte com os amigos do condomínio jogando futebol, videogame ou indo ao cinema, como qualquer criança da sua idade.
“Nós fazemos questão de que ele tenha essa convivência, que se lembre sempre de que é uma criança, que deve ter lazer e seguir no esporte que ele quiser”.
Com 1,47 m de altura e 37 kg, Cacauzinho levanta 92 kg no deadlift, quase três vezes seu próprio peso.
Seu treinador garante que o treino de Cacauzinho segue rigorosamente sua capacidade de desempenho e recuperação.
Treino pesado em crianças: um tema controverso
Leopoldo Katsuki Hirama, é professor de educação física da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia). Ele defende que o treinamento intenso não deveria fazer parte da vida de uma criança.
“O esporte sempre foi desenvolvido a partir do alto rendimento. Levam-se as características do esporte para crianças, mas elas não são um adulto em miniatura.”
Uma criança não tem estrutura biológica ainda. Ela está em formação e não deveria participar de treinamentos no limite do seu organismo, o contrário do que é a dinâmica do CrossFit, em que os participantes das competições vão à exaustão.
De modo geral, o peso levantado, por exemplo, não deve ultrapassar 50% do peso corporal da criança ou do adolescente.
O volume de treino também é um dado importante nessa equação, mas esse indicador é ainda mais individualizado.
Sem respeitar esses parâmetros, qualquer esporte pode, sim, comprometer o crescimento.
Assim, embora as pesquisas indiquem que o esporte não prejudica o crescimento, o treinamento deve ser adequado ao estágio maturacional fisiológico de cada jovem ou criança, fator que é individual, independentemente da faixa etária.
Caso contrario, problemas podem surgir quando há excesso de carga, que pode ser entendido como uma combinação de peso, frequência, duração e tempo de recuperação física. O conhecido overtraining pode também afetar os jovens.
Cacauzinho Neto, de 12 anos, usa as redes sociais para compartilhar com seus seguidores rotinas de treinos. O garoto com corpo todo traçado e definido, afirma em uma publicação ter orgulho do físico conquistado. Ele ainda ressalta que muita gente pensa que é mito que “criança não pode treinar”.
Em agosto de 2021, o pai, Carlos Pitanga Filho, de Salvador (BA), levou seu filho, Cacauzinho Neto, ao treino de CrossFit para que o menino não ficasse sozinho em casa. O garoto ficou interessado naquela dinâmica de exercícios com corrida e saltos e pediu ao pai para fazer uma aula.
“Ele, que antes era doido por futebol, só queria saber de CrossFit. Combinamos que ele treinaria durante as férias de final de ano até o início do próximo ano letivo. Mas com 15 dias treinando, com aulas adaptadas à idade e ao condicionamento físico dele, Cacauzinho já executava com desenvoltura movimentos que alunos que treinavam há meses nem sequer conseguiam fazer”, conta Carlos. Segundo ele, o treinador disse que Cacauzinho tinha muito potencial e poderia se tornar um atleta.
Primeiro, o garoto treinava com 30% a menos de carga, mas sua evolução foi tão rápida que ele ganhou um treino preparado para ele. Em 45 dias frequentando o box —como são chamadas as academias especializadas em CrossFit—, ele foi incentivado a participar de um campeonato amador de LPO (sigla para levantamento de peso olímpico) de Salvador, na categoria teens, e ficou em terceiro lugar.
Daí em diante, o futebol virou diversão e o CrossFit seu esporte preferido. Ele é acompanhado por uma equipe multidisciplinar de treinador, médico, fisioterapeuta e nutricionista. E os pais acompanham os treinos diariamente.
“Eu fiz esporte desde os 10 anos e isso não prejudicou meu crescimento, tanto que hoje tenho 1,91 m de altura. Mas é claro que temos essa preocupação, e o Cacauzinho conta com o acompanhamento de especialistas para antever qualquer problema e calibrar seus treinos. Em um ano e quatro meses que ele iniciou o treinamento, ele cresceu cerca de 13 cm, o que é esperado para sua faixa de idade”, comenta Carlos.
Uma rotina de treino rigorosa
Há mais de um ano, Cacauzinho acorda às 5h30 da manhã para correr 5 km e fazer abdominais. Em seguida, toma café da manhã e vai para a escola. Quando volta para casa, descansa, estuda e faz os deveres, para dar sequência ao segundo treino do dia no box de CrossFit, às 17h. Ele treina por mais duas horas e meia e vai para cama às 21h.
Atualmente, Cacauzinho adota uma rotina de exercícios e uma dieta rigorosa, equiparável à de adultos.
Essa rotina segue por cinco dias na semana. Ele sempre foi disciplinado e focado, então seguir horários e um cronograma de treinamento não foi nenhum problema, segundo os pais.
“Ele já colocava as luvas para treinar ainda na hora do aquecimento, porque ele já queria correr para a barra, as argolas. Quando o coach disse que ele precisava ir com calma, porque estava no caminho para ser atleta, ele virou uma ‘chavinha’ e quis seguir uma disciplina regrada”, conta Carlos.
Aos finais de semana, ele se diverte com os amigos do condomínio jogando futebol, videogame ou indo ao cinema, como qualquer criança da sua idade.
“Nós fazemos questão de que ele tenha essa convivência, que se lembre sempre de que é uma criança, que deve ter lazer e seguir no esporte que ele quiser”.
Com 1,47 m de altura e 37 kg, Cacauzinho levanta 92 kg no deadlift, quase três vezes seu próprio peso.
Seu treinador garante que o treino de Cacauzinho segue rigorosamente sua capacidade de desempenho e recuperação.
Treino pesado em crianças: um tema controverso
Leopoldo Katsuki Hirama, é professor de educação física da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia). Ele defende que o treinamento intenso não deveria fazer parte da vida de uma criança.
“O esporte sempre foi desenvolvido a partir do alto rendimento. Levam-se as características do esporte para crianças, mas elas não são um adulto em miniatura.”
Uma criança não tem estrutura biológica ainda. Ela está em formação e não deveria participar de treinamentos no limite do seu organismo, o contrário do que é a dinâmica do CrossFit, em que os participantes das competições vão à exaustão.
De modo geral, o peso levantado, por exemplo, não deve ultrapassar 50% do peso corporal da criança ou do adolescente.
O volume de treino também é um dado importante nessa equação, mas esse indicador é ainda mais individualizado.
Sem respeitar esses parâmetros, qualquer esporte pode, sim, comprometer o crescimento.
Assim, embora as pesquisas indiquem que o esporte não prejudica o crescimento, o treinamento deve ser adequado ao estágio maturacional fisiológico de cada jovem ou criança, fator que é individual, independentemente da faixa etária.
Caso contrario, problemas podem surgir quando há excesso de carga, que pode ser entendido como uma combinação de peso, frequência, duração e tempo de recuperação física. O conhecido overtraining pode também afetar os jovens.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.