Bebê de 1 ano engole prego e é internada; o que fazer em casos como esse?
Uma menina de um ano engole prego e é levada a uma unidade de saúde em Marabá, no sudeste do Pará. A criança passou quatro dias internada e precisou ser transferida para o Hospital Regional da cidade.
Laura Sofia Gomes engoliu o objeto que seria utilizado na decoração da sua festa de aniversário. O caso ganhou notoriedade nas redes sociais após uma tia da criança publicar que a família aguardava uma resposta sobre se seria necessário esperar que o objeto fosse expelido naturalmente ou se a menina seria submetida a uma cirurgia para a remoção.
O objetivo era evitar que os órgãos fossem afetados durante o processo.
Houve uma tentativa de remoção por endoscopia, mas o prego desceu para o intestino e foi necessário reavaliar o quadro.
A menina foi encaminhada ao Hospital Regional de Marabá, onde um novo raio-x detectou que o objeto estaria descendo “de cabeça para baixo”, o que facilitaria a saída e diminuiria as chances de perfuração. Ontem, ela expeliu o prego nas fezes, como era esperado pela equipe médica.
No mesmo dia, a tia fez uma transmissão ao vivo da sobrinha para agradecer a mobilização em torno da menina, que está bem.
O que fazer em situações como essa?
As crianças pequenas são muito curiosas. Elas aprendem sobre o mundo interagindo fisicamente com os objetos que encontram. Gostam de tocar, sentir e explorar. Também aprendem sobre as propriedades das coisas, colocando-as na boca.
Por isso, é preciso estar atento ao movimento das crianças. Os acidentes mais comuns nas emergências são pequenos ferimentos e contusões.
Contudo, se a criança engolir uma moeda, um brinquedo ou qualquer outro objeto, o mais importante é não provocar vômitos. Esse método não é recomendado, pois a criança pode aspirar o vômito, engasgar-se e não conseguir respirar.
Nesse tipo de acidente, primeiro verifique se a criança continua respirando normalmente. Se estiver, os pais devem levá-la para um atendimento médico. No entanto, se ela estiver respirando com dificuldade, leve-a imediatamente ao hospital.
Se a criança tiver parado de respirar e não conseguir falar ou chorar, trata-se de um caso grave de obstrução da via respiratória, que é uma emergência em que os próprios pais ou quem estiver com a criança terão que agir rapidamente.
Socorro rápido
“Quando a criança tem mais de um a dois anos, a manobra de Heimlich é a mais indicada. A gente abraça a criança pelas costas, e dá um aperto súbito por baixo das costelas, deslocando a via aérea para cima. E daí, provavelmente, o objeto vai ser expelido nessa manobra”, ensina Fernanda Minafra, professora do departamento de pediatria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Segundo os especialistas, é muito comum as crianças engolirem objetos estranhos sem que os pais percebam e a única forma de saber o que houve é a manifestação dos sintomas que, geralmente, são salivação excessiva ou com sangue, tosse, febre, recusa alimentar, irritabilidade, vômitos e por aí vai.
Nesses casos, a criança deve ser levada ao hospital para que o objeto seja identificado e os médicos definam qual é o melhor procedimento. “Baterias e pilhas têm substâncias corrosivas e podem ser altamente lesivas para o organismo de uma criança. Então tem que procurar um atendimento”, alerta a professora da UFMG.
E nos casos de engasgo?
As crianças são naturalmente curiosas e ativas, mas o senso de perigo e equilíbrio não se desenvolvem até que elas amadureçam e acumulem experiências.
Além dos acidentes, há ainda outras situações inesperadas, entre elas o engasgo, que costuma ocorrer com crianças menores de 5 anos, de acordo com a otorrinolaringologista Saramira Bohadana, responsável pela área Aerodigestivo do Hospital infantil Sabará de São Paulo.
“A criança na fase oral, normalmente, põe tudo na boca. Se o objeto for pequeno, a criança tem risco de aspirar ou de deglutir. Os objetos que representam mais risco para a criança são as baterias. Então, os pais devem tomar muito cuidado para que não tenha em casa brinquedos com baterias pequenas. As baterias que não são alcalinas, em contato com a mucosa tanto nasal quanto digestiva, corroem esse tecido e provocam perfuração e destruição do tecido, e isso é extremamente grave. A criança deve ser atendida o mais rápido possível”, alerta a médica.
Os profissionais de saúde sabem qual é o melhor procedimento em cada caso
Além disso, ela reforça que não se deve esperar para ver se o objeto sai nas fezes. “A família da criança deve sempre procurar o pronto-socorro mais próximo quando perceber que a criança se engasgou ou se ela tiver tido algum acidente com o corpo estranho. Nunca se deve esperar para ver o que vai acontecer ou se vai eliminar nas fezes”.
Pipoca e amendoim também são elementos perigosos para os pequenos pelo alto risco de engasgo. “A orientação é evitar a exposição de amendoim e de pipoca para crianças de 2 a 4 anos, quando o risco de engasgo é maior. Também é recomendável eliminar brinquedos pequenos como Legos. Brinquedos com bateria, nem pensar. É preciso tirar todo tipo de objetos que a criança pode pôr na boca e eventualmente aspirar”, explica Bohadana.
Uma menina de um ano engole prego e é levada a uma unidade de saúde em Marabá, no sudeste do Pará. A criança passou quatro dias internada e precisou ser transferida para o Hospital Regional da cidade.
Laura Sofia Gomes engoliu o objeto que seria utilizado na decoração da sua festa de aniversário. O caso ganhou notoriedade nas redes sociais após uma tia da criança publicar que a família aguardava uma resposta sobre se seria necessário esperar que o objeto fosse expelido naturalmente ou se a menina seria submetida a uma cirurgia para a remoção.
O objetivo era evitar que os órgãos fossem afetados durante o processo.
Houve uma tentativa de remoção por endoscopia, mas o prego desceu para o intestino e foi necessário reavaliar o quadro.
A menina foi encaminhada ao Hospital Regional de Marabá, onde um novo raio-x detectou que o objeto estaria descendo “de cabeça para baixo”, o que facilitaria a saída e diminuiria as chances de perfuração. Ontem, ela expeliu o prego nas fezes, como era esperado pela equipe médica.
No mesmo dia, a tia fez uma transmissão ao vivo da sobrinha para agradecer a mobilização em torno da menina, que está bem.
O que fazer em situações como essa?
As crianças pequenas são muito curiosas. Elas aprendem sobre o mundo interagindo fisicamente com os objetos que encontram. Gostam de tocar, sentir e explorar. Também aprendem sobre as propriedades das coisas, colocando-as na boca.
Por isso, é preciso estar atento ao movimento das crianças. Os acidentes mais comuns nas emergências são pequenos ferimentos e contusões.
Contudo, se a criança engolir uma moeda, um brinquedo ou qualquer outro objeto, o mais importante é não provocar vômitos. Esse método não é recomendado, pois a criança pode aspirar o vômito, engasgar-se e não conseguir respirar.
Nesse tipo de acidente, primeiro verifique se a criança continua respirando normalmente. Se estiver, os pais devem levá-la para um atendimento médico. No entanto, se ela estiver respirando com dificuldade, leve-a imediatamente ao hospital.
Se a criança tiver parado de respirar e não conseguir falar ou chorar, trata-se de um caso grave de obstrução da via respiratória, que é uma emergência em que os próprios pais ou quem estiver com a criança terão que agir rapidamente.
Socorro rápido
“Quando a criança tem mais de um a dois anos, a manobra de Heimlich é a mais indicada. A gente abraça a criança pelas costas, e dá um aperto súbito por baixo das costelas, deslocando a via aérea para cima. E daí, provavelmente, o objeto vai ser expelido nessa manobra”, ensina Fernanda Minafra, professora do departamento de pediatria da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Segundo os especialistas, é muito comum as crianças engolirem objetos estranhos sem que os pais percebam e a única forma de saber o que houve é a manifestação dos sintomas que, geralmente, são salivação excessiva ou com sangue, tosse, febre, recusa alimentar, irritabilidade, vômitos e por aí vai.
Nesses casos, a criança deve ser levada ao hospital para que o objeto seja identificado e os médicos definam qual é o melhor procedimento. “Baterias e pilhas têm substâncias corrosivas e podem ser altamente lesivas para o organismo de uma criança. Então tem que procurar um atendimento”, alerta a professora da UFMG.
E nos casos de engasgo?
As crianças são naturalmente curiosas e ativas, mas o senso de perigo e equilíbrio não se desenvolvem até que elas amadureçam e acumulem experiências.
Além dos acidentes, há ainda outras situações inesperadas, entre elas o engasgo, que costuma ocorrer com crianças menores de 5 anos, de acordo com a otorrinolaringologista Saramira Bohadana, responsável pela área Aerodigestivo do Hospital infantil Sabará de São Paulo.
“A criança na fase oral, normalmente, põe tudo na boca. Se o objeto for pequeno, a criança tem risco de aspirar ou de deglutir. Os objetos que representam mais risco para a criança são as baterias. Então, os pais devem tomar muito cuidado para que não tenha em casa brinquedos com baterias pequenas. As baterias que não são alcalinas, em contato com a mucosa tanto nasal quanto digestiva, corroem esse tecido e provocam perfuração e destruição do tecido, e isso é extremamente grave. A criança deve ser atendida o mais rápido possível”, alerta a médica.
Os profissionais de saúde sabem qual é o melhor procedimento em cada caso
Além disso, ela reforça que não se deve esperar para ver se o objeto sai nas fezes. “A família da criança deve sempre procurar o pronto-socorro mais próximo quando perceber que a criança se engasgou ou se ela tiver tido algum acidente com o corpo estranho. Nunca se deve esperar para ver o que vai acontecer ou se vai eliminar nas fezes”.
Pipoca e amendoim também são elementos perigosos para os pequenos pelo alto risco de engasgo. “A orientação é evitar a exposição de amendoim e de pipoca para crianças de 2 a 4 anos, quando o risco de engasgo é maior. Também é recomendável eliminar brinquedos pequenos como Legos. Brinquedos com bateria, nem pensar. É preciso tirar todo tipo de objetos que a criança pode pôr na boca e eventualmente aspirar”, explica Bohadana.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.