Autofobia: o medo da solidão
Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz
Há quem goste da solidão e quem a evite. Há pessoas que procuram momentos de sossego e reencontro consigo mesmas, mas para outras isso representa uma verdadeira tortura: trata-se da autofobia.
Para estas últimas, a solidão é um castigo e a companhia, mais do que um prazer, acaba se tornando uma necessidade. Esse transtorno é um mal do nosso tempo e nos leva a ter altos níveis de ansiedade se estivermos sozinhos.
O que vem à sua mente quando você tem um dia de folga na sua agenda, sem planos, reuniões ou atividades sociais? Você considera uma oportunidade para descansar e se dedicar a si mesmo? Ou, pelo contrário, entra em pânico e começa a procurar alguém com quem passar o tempo? Muitas pessoas se sentem incomodadas em ficar sozinhas, mas para uma pequena porcentagem esse desconforto atinge níveis patológicos.
O que é a autofobia?
O termo autofobia significa ‘medo de si mesmo’. Porém, nessa condição, não se teme a própria presença, mas sim a ausência de outra pessoa. Ou seja, existe uma incapacidade de ficar sozinho.
É um transtorno categorizado como uma fobia específica, portanto, seus sintomas são específicos deste transtorno:
- A pessoa sente um medo intenso e irracional de ficar sozinho ou da ideia de ficar sozinho em um futuro próximo.
- A pessoa evita ficar sozinha por todos os meios e, caso não consiga, suporta essa situação às custas de um enorme desconforto.
- O medo e a ansiedade são desproporcionais. Chegam ao ponto de alterar o funcionamento diário do indivíduo. Assim, a sua vida pode ser afetada socialmente, pessoalmente e no trabalho.
- Os sintomas duram pelo menos seis meses.
Continue lendo: Não tenha medo de ficar só: 9 conselhos para aceitar os momentos de solidão
Como a autofobia se manifesta?
Além dos sintomas mencionados, típicos da autofobia, este é um transtorno de ansiedade e, como tal, manifesta-se em vários aspectos. Assim, geralmente ocorrem as seguintes condições:
- Em um nível cognitivo, surgem pensamentos disfuncionais associados à solidão. A pessoa pode acreditar que está em perigo e que ninguém pode ajudá-la em caso de necessidade. Pode imaginar que será atacada, que terá um acidente ou que morrerá. Mas também existe um certo componente de medo de ser ignorada ou rejeitada, já que geralmente se trata de alguém com uma grande necessidade de aprovação.
- A nível fisiológico, aparecem sintomas psicossomáticos: taquicardia, palpitações, suores, tonturas e várias dores.
- Por último, em um nível comportamental, aqueles que sofrem de autofobia evitam a solidão e fogem dela tanto quanto possível e por qualquer meio.
Saiba mais: O que os especialistas dizem sobre a solidão e seus benefícios
Quais são as causas da autofobia?
As causas da autofobia não são totalmente claras e podem variar dependendo do caso específico. É comum que, na sua origem, existam experiências passadas diretas em que a pessoa viveu a solidão como uma situação de perigo. Por exemplo, se sofreu algum dano por não ter ninguém por perto.
Também é comum que o medo seja desencadeado pela aprendizagem vicária. Isso ocorre depois de observar os outros sofrerem as consequências negativas da solidão.
Este é um mal do nosso tempo, ainda que não esteja presente com tanta intensidade. Embora vivamos em uma sociedade individualista e competitiva que nos impele à independência, também estamos imersos em uma cultura que não favorece o vínculo consigo mesmo.
Estamos acostumados a ritmos frenéticos e ambientes excessivamente estimulantes. As novas tecnologias e os dispositivos eletrônicos nos levam a estarmos sempre em contato com os outros ou distraídos por informações externas. Portanto, não costumamos ouvir, olhar ou conhecer a nós mesmos.
Como não estamos mais acostumados a ficar realmente sozinhos, podemos nos sentir incomodados quando isso acontece. No caso da autofobia, esse desconforto se transforma em um medo real.
Aprender a ficar sozinho é essencial
As consequências da autofobia vão além do desconforto e da ansiedade que ela gera na pessoa. A incapacidade de ficar sozinho pode nos levar a estabelecer relações prejudiciais de dependência emocional. Também pode prejudicar nossos laços emocionais devido à necessidade ou demanda excessiva de companhia constante.
O principal tratamento para a autofobia é a exposição ao vivo. Ou seja, expor gradativamente a pessoa a situações que envolvem ficar sozinho e aumentar gradativamente o nível de exigência.
Por outro lado, também é importante realizar uma reestruturação cognitiva dos pensamentos disfuncionais para substituí-los por outros mais ajustados e apropriados. Da mesma forma, pode ser útil para a pessoa aprender alguma técnica de autocontrole para regular a ansiedade.
Em suma, estar sozinho é uma circunstância comum do dia a dia que devemos ser capazes de tolerar. Mas não é só isso: a solidão é uma grande oportunidade para nos conectarmos com nós mesmos e, assim, melhorarmos a nossa saúde emocional. Portanto, é interessante aproveitar esses momentos.
Há quem goste da solidão e quem a evite. Há pessoas que procuram momentos de sossego e reencontro consigo mesmas, mas para outras isso representa uma verdadeira tortura: trata-se da autofobia.
Para estas últimas, a solidão é um castigo e a companhia, mais do que um prazer, acaba se tornando uma necessidade. Esse transtorno é um mal do nosso tempo e nos leva a ter altos níveis de ansiedade se estivermos sozinhos.
O que vem à sua mente quando você tem um dia de folga na sua agenda, sem planos, reuniões ou atividades sociais? Você considera uma oportunidade para descansar e se dedicar a si mesmo? Ou, pelo contrário, entra em pânico e começa a procurar alguém com quem passar o tempo? Muitas pessoas se sentem incomodadas em ficar sozinhas, mas para uma pequena porcentagem esse desconforto atinge níveis patológicos.
O que é a autofobia?
O termo autofobia significa ‘medo de si mesmo’. Porém, nessa condição, não se teme a própria presença, mas sim a ausência de outra pessoa. Ou seja, existe uma incapacidade de ficar sozinho.
É um transtorno categorizado como uma fobia específica, portanto, seus sintomas são específicos deste transtorno:
- A pessoa sente um medo intenso e irracional de ficar sozinho ou da ideia de ficar sozinho em um futuro próximo.
- A pessoa evita ficar sozinha por todos os meios e, caso não consiga, suporta essa situação às custas de um enorme desconforto.
- O medo e a ansiedade são desproporcionais. Chegam ao ponto de alterar o funcionamento diário do indivíduo. Assim, a sua vida pode ser afetada socialmente, pessoalmente e no trabalho.
- Os sintomas duram pelo menos seis meses.
Continue lendo: Não tenha medo de ficar só: 9 conselhos para aceitar os momentos de solidão
Como a autofobia se manifesta?
Além dos sintomas mencionados, típicos da autofobia, este é um transtorno de ansiedade e, como tal, manifesta-se em vários aspectos. Assim, geralmente ocorrem as seguintes condições:
- Em um nível cognitivo, surgem pensamentos disfuncionais associados à solidão. A pessoa pode acreditar que está em perigo e que ninguém pode ajudá-la em caso de necessidade. Pode imaginar que será atacada, que terá um acidente ou que morrerá. Mas também existe um certo componente de medo de ser ignorada ou rejeitada, já que geralmente se trata de alguém com uma grande necessidade de aprovação.
- A nível fisiológico, aparecem sintomas psicossomáticos: taquicardia, palpitações, suores, tonturas e várias dores.
- Por último, em um nível comportamental, aqueles que sofrem de autofobia evitam a solidão e fogem dela tanto quanto possível e por qualquer meio.
Saiba mais: O que os especialistas dizem sobre a solidão e seus benefícios
Quais são as causas da autofobia?
As causas da autofobia não são totalmente claras e podem variar dependendo do caso específico. É comum que, na sua origem, existam experiências passadas diretas em que a pessoa viveu a solidão como uma situação de perigo. Por exemplo, se sofreu algum dano por não ter ninguém por perto.
Também é comum que o medo seja desencadeado pela aprendizagem vicária. Isso ocorre depois de observar os outros sofrerem as consequências negativas da solidão.
Este é um mal do nosso tempo, ainda que não esteja presente com tanta intensidade. Embora vivamos em uma sociedade individualista e competitiva que nos impele à independência, também estamos imersos em uma cultura que não favorece o vínculo consigo mesmo.
Estamos acostumados a ritmos frenéticos e ambientes excessivamente estimulantes. As novas tecnologias e os dispositivos eletrônicos nos levam a estarmos sempre em contato com os outros ou distraídos por informações externas. Portanto, não costumamos ouvir, olhar ou conhecer a nós mesmos.
Como não estamos mais acostumados a ficar realmente sozinhos, podemos nos sentir incomodados quando isso acontece. No caso da autofobia, esse desconforto se transforma em um medo real.
Aprender a ficar sozinho é essencial
As consequências da autofobia vão além do desconforto e da ansiedade que ela gera na pessoa. A incapacidade de ficar sozinho pode nos levar a estabelecer relações prejudiciais de dependência emocional. Também pode prejudicar nossos laços emocionais devido à necessidade ou demanda excessiva de companhia constante.
O principal tratamento para a autofobia é a exposição ao vivo. Ou seja, expor gradativamente a pessoa a situações que envolvem ficar sozinho e aumentar gradativamente o nível de exigência.
Por outro lado, também é importante realizar uma reestruturação cognitiva dos pensamentos disfuncionais para substituí-los por outros mais ajustados e apropriados. Da mesma forma, pode ser útil para a pessoa aprender alguma técnica de autocontrole para regular a ansiedade.
Em suma, estar sozinho é uma circunstância comum do dia a dia que devemos ser capazes de tolerar. Mas não é só isso: a solidão é uma grande oportunidade para nos conectarmos com nós mesmos e, assim, melhorarmos a nossa saúde emocional. Portanto, é interessante aproveitar esses momentos.
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- Bonet, J. I. C. (2001). Tratamientos psicológicos eficaces para las fobias específicas. Psicothema, 13(3), 447-452.
- Tortella-Feliu, M., & Fullana, M. A. R. (1998). Una revisión de los estudios retrospectivos sobre el origen de las fobias específicas. Psicología conductual, 6(3), 555-580.
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