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Atenção: essas características indicam que seu filho tem problemas de aprendizagem

5 minutos
Um problema de aprendizagem é uma condição que surge cedo, e com a qual a criança deve aprender a conviver. Reconhecer o problema a tempo é essencial. Conheça algumas características dessa condição.
Atenção: essas características indicam que seu filho tem problemas de aprendizagem
Última atualização: 29 dezembro, 2020

Angélica tem 4 anos e pela primeira vez na vida vai para a escola. Na aula, não fala nem socializa com as outras crianças, nem parece seguir as ordens das professoras. O psicólogo da escola e a professora sugerem aos pais de Angélica que ela possa ter problemas de aprendizagem.

Em pouco tempo, os pais de Angélica têm que se reunir três vezes com os profissionais da escola. Em casa, Angélica é uma menina falante e interessada em aprender o que sua mãe e seu pai mostram. Entretanto, isso não é o que acontece na escola.

A pressão afeta os pais de Angélica, que a levam a uma consulta com um neuropediatra. Depois de uma avaliação, o médico conclui que não há nada fora do normal. Simplesmente, Angélica é diferente de seus colegas de turma, assim como todas as crianças são diferentes entre si.

Pouco tempo depois, acontece o “milagre”: Angélica começa a socializar, interessa-se pelo que a professora ensina e conversa animadamente com ela e os colegas de sala.

Cada criança tem o seu ritmo

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A história anterior foi vivida por muitos pais, filhos, professores e profissionais da área da saúde. Embora seja comum dizer que “cada criança tem o seu ritmo”, não são poucas as vezes em que a angústia exagerada nos faz enxergar problemas onde não há.

O começo da vida escolar traz problemas de todo tipo, mas a maioria deles se resolve em um determinado momento. A pré-escola é divertida, as crianças aprendem brincando e os professores tem um tratamento próximo e pessoal.

À medida em que as crianças crescem, as matérias escolares se tornam mais complicadas, as tarefas aumentam e as relações com os colegas adquirem novas e diferentes nuances. A criança se torna mais consciente de suas capacidades e limitações. Algumas se saem bem, outras nem tanto.

Consulte este artigo: 9 regras para educar filhos fortes

Quando os problemas de aprendizagem são detectados?

Ainda que grande parte dos profissionais diga que quanto mais cedo for diagnosticado o transtorno de aprendizagem, melhor, o que acontece é que com crianças pequenas, corre-se o risco de chegar a diagnósticos exagerados.

O especialista é quem dá o diagnóstico de um transtorno de aprendizagem, quando a criança tem entre 7 e 8 anos de idade.

As dificuldades de aprendizagem afetam o processamento das informações. Por exemplo: a criança demora para aprender a leitura e a escrita, e geralmente tem problemas com matemática. Ela pode entender do que se trata, mas não consegue expressar corretamente.

Isso não só afeta seu rendimento escolar, mas também sua capacidade de se relacionar com os outros.

Primeiros sinais de problemas de aprendizagem

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Em crianças com menos de 5 anos, os sinais que indicam que ela possa ter problemas de aprendizagem são os que veremos a seguir.

  • Problemas com coordenação motora, como escrever, rasgar, caminhar, recortar, abotoar, fechar zíper ou amarrar cadarços.
  • Dificuldade para seguir instruções simples, que para ela parecem muito complicadas e impossíveis de executar.
  • Atraso na fala, problemas de pronúncia, dificuldade para aprender novas palavras.
  • Dificuldade para ler, com os números, o alfabeto, os dias da semana, as cores, as figuras geométricas.
  • Problemas para se concentrar ou prestar atenção.
  • Sentimento de frustração ou desmotivação para fazer atividades escolares ou em outros momentos da sua vida familiar e social.

Indicadores de problemas de aprendizagem em crianças maiores

  • Apresentam dificuldades para dormir ou comer.
  • Ficam chateadas e não têm interesse na escola.
  • Comportam-se mal na escola ou são agressivas.
  • Enfrentam problemas para identificar e expressar seus sentimentos.
  • Não querem falar sobre seus estudos e demoram tempo demais fazendo suas tarefas.

Confirmado: tem transtorno de aprendizagem

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As crianças com transtornos de aprendizagem têm uma inteligência normal ou acima do normal, mas têm dificuldade para expressar o que sabem. Como elas têm problema para aprender determinadas matérias, com frequência se sentem frustradas ou irritadas.

Essas emoções impactam negativamente em sua autoestima. Inclusive, elas podem chegar a ter depressão, já que sabem bem o que querem alcançar, dizer, escrever ou fazer, mas têm dificuldade para conseguir.

Em alguns casos, as crianças com transtorno de aprendizagem apresentam deficiências como dislexia ou discalculia, ou ambas. Esse fator, sem dúvida, facilita um diagnóstico preciso. Também podem apresentar problemas de falta de atenção, mas isso não significa que tenham déficit de atenção.

Você quer saber mais? 3 conselhos de Montessori para educar as crianças

Como posso ajudar o meu filho?

  • Entenda e aceite que os transtornos de aprendizagem são para a vida toda.
  • Os professores podem ajudar a detectar sintomas e criar um ambiente que facilite a aprendizagem, mas não podem dar um diagnóstico.
  • Um bom diagnóstico e uma intervenção oportuna têm um impacto muito positivo na vida acadêmica da criança.
  • Quem aplica os testes para detectar os transtornos de aprendizagem são especialistas: um psicólogo, um neuropsicólogo infantil, um pediatra especializado ou um psiquiatra.
  • As crianças com transtornos de aprendizagem aprendem. Foque em suas habilidades e preferências. Isso aumentará a autoestima do seu filho.
  • Castigo e repressão não funcionam com essas crianças, ao contrário, podem até agravar o problema.
  • Quando seu filho fizer birra ou chorar por suas limitações, fique ao seu lado. Diga para ele o quanto você o ama e reconhece seu esforço, e que você sabe que não é fácil.

Para mães e pais

Criar um filho com problemas de aprendizagem é estressante. Se você precisar de apoio ou terapia, procure. A criança também se beneficiará se a mamãe e o papai estiverem bem.

Por favor, nunca compare seu filho com problemas de aprendizagem com outra criança que não tenha esse problema, muito menos com um irmão. Seu filho vai agradecer.

Angélica tem 4 anos e pela primeira vez na vida vai para a escola. Na aula, não fala nem socializa com as outras crianças, nem parece seguir as ordens das professoras. O psicólogo da escola e a professora sugerem aos pais de Angélica que ela possa ter problemas de aprendizagem.

Em pouco tempo, os pais de Angélica têm que se reunir três vezes com os profissionais da escola. Em casa, Angélica é uma menina falante e interessada em aprender o que sua mãe e seu pai mostram. Entretanto, isso não é o que acontece na escola.

A pressão afeta os pais de Angélica, que a levam a uma consulta com um neuropediatra. Depois de uma avaliação, o médico conclui que não há nada fora do normal. Simplesmente, Angélica é diferente de seus colegas de turma, assim como todas as crianças são diferentes entre si.

Pouco tempo depois, acontece o “milagre”: Angélica começa a socializar, interessa-se pelo que a professora ensina e conversa animadamente com ela e os colegas de sala.

Cada criança tem o seu ritmo

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A história anterior foi vivida por muitos pais, filhos, professores e profissionais da área da saúde. Embora seja comum dizer que “cada criança tem o seu ritmo”, não são poucas as vezes em que a angústia exagerada nos faz enxergar problemas onde não há.

O começo da vida escolar traz problemas de todo tipo, mas a maioria deles se resolve em um determinado momento. A pré-escola é divertida, as crianças aprendem brincando e os professores tem um tratamento próximo e pessoal.

À medida em que as crianças crescem, as matérias escolares se tornam mais complicadas, as tarefas aumentam e as relações com os colegas adquirem novas e diferentes nuances. A criança se torna mais consciente de suas capacidades e limitações. Algumas se saem bem, outras nem tanto.

Consulte este artigo: 9 regras para educar filhos fortes

Quando os problemas de aprendizagem são detectados?

Ainda que grande parte dos profissionais diga que quanto mais cedo for diagnosticado o transtorno de aprendizagem, melhor, o que acontece é que com crianças pequenas, corre-se o risco de chegar a diagnósticos exagerados.

O especialista é quem dá o diagnóstico de um transtorno de aprendizagem, quando a criança tem entre 7 e 8 anos de idade.

As dificuldades de aprendizagem afetam o processamento das informações. Por exemplo: a criança demora para aprender a leitura e a escrita, e geralmente tem problemas com matemática. Ela pode entender do que se trata, mas não consegue expressar corretamente.

Isso não só afeta seu rendimento escolar, mas também sua capacidade de se relacionar com os outros.

Primeiros sinais de problemas de aprendizagem

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Em crianças com menos de 5 anos, os sinais que indicam que ela possa ter problemas de aprendizagem são os que veremos a seguir.

  • Problemas com coordenação motora, como escrever, rasgar, caminhar, recortar, abotoar, fechar zíper ou amarrar cadarços.
  • Dificuldade para seguir instruções simples, que para ela parecem muito complicadas e impossíveis de executar.
  • Atraso na fala, problemas de pronúncia, dificuldade para aprender novas palavras.
  • Dificuldade para ler, com os números, o alfabeto, os dias da semana, as cores, as figuras geométricas.
  • Problemas para se concentrar ou prestar atenção.
  • Sentimento de frustração ou desmotivação para fazer atividades escolares ou em outros momentos da sua vida familiar e social.

Indicadores de problemas de aprendizagem em crianças maiores

  • Apresentam dificuldades para dormir ou comer.
  • Ficam chateadas e não têm interesse na escola.
  • Comportam-se mal na escola ou são agressivas.
  • Enfrentam problemas para identificar e expressar seus sentimentos.
  • Não querem falar sobre seus estudos e demoram tempo demais fazendo suas tarefas.

Confirmado: tem transtorno de aprendizagem

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As crianças com transtornos de aprendizagem têm uma inteligência normal ou acima do normal, mas têm dificuldade para expressar o que sabem. Como elas têm problema para aprender determinadas matérias, com frequência se sentem frustradas ou irritadas.

Essas emoções impactam negativamente em sua autoestima. Inclusive, elas podem chegar a ter depressão, já que sabem bem o que querem alcançar, dizer, escrever ou fazer, mas têm dificuldade para conseguir.

Em alguns casos, as crianças com transtorno de aprendizagem apresentam deficiências como dislexia ou discalculia, ou ambas. Esse fator, sem dúvida, facilita um diagnóstico preciso. Também podem apresentar problemas de falta de atenção, mas isso não significa que tenham déficit de atenção.

Você quer saber mais? 3 conselhos de Montessori para educar as crianças

Como posso ajudar o meu filho?

  • Entenda e aceite que os transtornos de aprendizagem são para a vida toda.
  • Os professores podem ajudar a detectar sintomas e criar um ambiente que facilite a aprendizagem, mas não podem dar um diagnóstico.
  • Um bom diagnóstico e uma intervenção oportuna têm um impacto muito positivo na vida acadêmica da criança.
  • Quem aplica os testes para detectar os transtornos de aprendizagem são especialistas: um psicólogo, um neuropsicólogo infantil, um pediatra especializado ou um psiquiatra.
  • As crianças com transtornos de aprendizagem aprendem. Foque em suas habilidades e preferências. Isso aumentará a autoestima do seu filho.
  • Castigo e repressão não funcionam com essas crianças, ao contrário, podem até agravar o problema.
  • Quando seu filho fizer birra ou chorar por suas limitações, fique ao seu lado. Diga para ele o quanto você o ama e reconhece seu esforço, e que você sabe que não é fácil.

Para mães e pais

Criar um filho com problemas de aprendizagem é estressante. Se você precisar de apoio ou terapia, procure. A criança também se beneficiará se a mamãe e o papai estiverem bem.

Por favor, nunca compare seu filho com problemas de aprendizagem com outra criança que não tenha esse problema, muito menos com um irmão. Seu filho vai agradecer.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Barallobres, Gustavo. (2016). Diferentes interpretaciones de las dificultades de aprendizaje en matemática. Educación matemática28(1), 39-68. Recuperado en 29 de enero de 2019, de http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-58262016000100039&lng=es&tlng=es.
  • Navarro Soria, I., González Gómez, C., Álvarez Teruel, J. D., Fernández Carrasco, F., & Heliz Llopis, J. (2014). Detección de dificultades de aprendizaje e implicación de las familias en la intervención.
  • Sánchez, C. (2004). Las” dificultades del aprendizaje”: un diagnóstico peligroso y sus efectos nocivos. Educere8(24).

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.