Ardor ao urinar: causas e tratamento
O ardor ao urinar, também conhecido como disúria, é uma condição comum, sofrida por milhões de pessoas. Ela é descrita como uma queimação, coceira ou simplesmente desconforto ao urinar. A maioria dos casos ocorre quando a urina entra em contato com a mucosa das paredes da uretra. A seguir mostraremos as suas principais causas e tratamento.
Quando a urina interage com uma mucosa inflamada ou irritada, ocorre a contração do músculo detrusor e o peristaltismo uretral. Como consequência, os receptores submucosos que causam dor, ardor ou coceira são estimulados. Descubra o que pode causar esse processo e as opções disponíveis para combatê-lo.
Principais causas de ardor ao urinar
Segundo os pesquisadores, as causas da dor ao urinar são divididas em infecciosas e não infecciosas. São descritas centenas de condições que podem gerar esse sintoma direta ou indiretamente. Mostraremos cinco dos gatilhos mais frequentes.
1. Cistite
Como a Harvard Health Publishing nos lembra, as infecções da bexiga, também conhecidas como cistites, são a principal causa de ardor ao urinar. A cistite é mais comum em mulheres do que em homens; isso ocorre porque a uretra feminina é mais curta e reta, facilitando a passagem de patógenos até a bexiga.
Leia também: 5 remédios naturais para acalmar o ardor ao urinar
A maioria das infecções de bexiga são leves, portanto não estão associadas a complicações, duram apenas alguns dias e são de fácil tratamento. Os pesquisadores alertam que infecções persistentes ou difíceis de tratar estão associadas a um sistema imunológico imunossuprimido, insuficiência renal, gravidez, anormalidades anatômicas do trato urinário, bexiga hiperativa e deficiência muscular pélvica.
2. Uretrite
Infecções da uretra, também conhecidas como uretrites, são outras causas de dor ao urinar. A maioria desses processos infecciosos que desencadeiam a inflamação da uretra é causada por vírus e bactérias. Pelas razões que explicamos na seção anterior, é mais comum que as mulheres desenvolvam essa condição.
Também pode te interessar: É normal ir ao banheiro muitas vezes à noite?
Ter pedras nos rins, próstata aumentada, diabetes, gravidez e estar na terceira idade aumentam as chances de desenvolver uretrite. As pessoas que desenvolvem essa condição geralmente têm maior frequência de micção, febre e alterações nos padrões de urina (odor, textura e cor).
3. Infecções sexualmente transmissíveis
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem causar ardor ao urinar. Clamídia, gonorreia, tricomoníase, herpes genital, sífilis e outras podem estar por trás desses episódios.
Como todas essas condições podem não apresentar sintomas, é possível que apenas esse sintoma seja desenvolvido, independentemente de outros sinais. Como nos lembra a Johns Hopkins Medicine, o aumento na frequência das relações sexuais, especialmente com parceiros diferentes, aumenta as chances de contrair DSTs, ISTs e outras causas de ardor ao urinar.
4. Ingestão de medicamentos
Qualquer medicamento pode causar efeitos colaterais. A ingestão de alguns deles pode irritar ou inflamar os tecidos que revestem a bexiga ou a uretra. Portanto, é possível que as causas do ardor ao urinar sejam o início do tratamento para uma condição diferente.
Se você suspeitar que este é o caso, pode revisar a bula ou consultar um especialista sobre esse efeito colateral. Caso esteja se automedicando, procure atendimento médico capacitado sobre a viabilidade desse medicamento para tratar tal condição.
5. Pedras nos rins
As pedras nos rins também podem estar por trás desses episódios. Estas são acúmulos de cálcio ou ácido úrico que endurecem dentro ou ao redor dos rins e podem se mover para o trato urinário inferior e causar dor ao urinar. Elas podem estar acompanhadas dos seguintes sintomas:
- Dor na região lombar.
- Alterações na cor da urina (marrom ou rosa).
- Febre e calafrios.
- Micção com pouco volume, embora muito frequente.
- Náusea e vomito.
A maioria das pedras são benignas e, embora possam causar dor e queimação, geralmente não afetam o trato urinário. Quando elas são maiores, pode-se optar pela remoção cirúrgica ou outros procedimentos para desintegrá-las.
Outras possíveis causas de ardor ao urinar que não podemos deixar de citar são infecções de próstata, pielonefrite, vaginite, retenção de corpos estranhos na uretra, cistos ovarianos, traumas, tumores, menopausa, sensibilidade química e câncer de bexiga (quando adiado por vários dias e com sintomas moderados/graves).
Tratamento para o ardor ao urinar
O tratamento da disúria varia de acordo com a causa subjacente. Como os processos infecciosos são os mais frequentes, a dor ao urinar deve desaparecer em alguns dias. Portanto, a maioria das pessoas não precisará de tratamento.
Quando os sintomas são muito agudos, deve-se procurar assistência médica para encontrar o gatilho do ardor. O especialista pode prescrever antibióticos quando se trata de uma infecção bacteriana ou usar medicamentos específicos para a condição detectada no diagnóstico. Lembre-se de que a disúria nem sempre está relacionada a uma infecção da bexiga ou da uretra, portanto, evite menosprezá-la.
Como complemento, é aconselhável implementar uma série de mudanças no estilo de vida para reduzir as chances de episódios semelhantes no futuro. Deixamos algumas ideias a seguir:
- Evite usar sabonetes perfumados ou com produtos químicos fortes que possam causar irritação na área genital.
- Use contraceptivos de barreira ao fazer sexo.
- Evite fazer duchas vaginais.
- Beba bastante líquido ao longo do dia.
- Limpe os genitais depois de fazer sexo. Recomenda-se também urinar imediatamente após a relação.
- Reduza o consumo de álcool e café, pois esses dois agentes costumam causar irritação.
- Evite usar roupas muito apertadas e troque a roupa íntima para reduzir a interação com bactérias.
Caso sinta ardor ao urinar várias vezes ao ano, não hesite em consultar um especialista. Juntos, vocês poderão encontrar um gatilho para os episódios, o que permitirá que eles sejam reduzidos. Em geral, ter uma higiene adequada evita o desenvolvimento dessa condição.
O ardor ao urinar, também conhecido como disúria, é uma condição comum, sofrida por milhões de pessoas. Ela é descrita como uma queimação, coceira ou simplesmente desconforto ao urinar. A maioria dos casos ocorre quando a urina entra em contato com a mucosa das paredes da uretra. A seguir mostraremos as suas principais causas e tratamento.
Quando a urina interage com uma mucosa inflamada ou irritada, ocorre a contração do músculo detrusor e o peristaltismo uretral. Como consequência, os receptores submucosos que causam dor, ardor ou coceira são estimulados. Descubra o que pode causar esse processo e as opções disponíveis para combatê-lo.
Principais causas de ardor ao urinar
Segundo os pesquisadores, as causas da dor ao urinar são divididas em infecciosas e não infecciosas. São descritas centenas de condições que podem gerar esse sintoma direta ou indiretamente. Mostraremos cinco dos gatilhos mais frequentes.
1. Cistite
Como a Harvard Health Publishing nos lembra, as infecções da bexiga, também conhecidas como cistites, são a principal causa de ardor ao urinar. A cistite é mais comum em mulheres do que em homens; isso ocorre porque a uretra feminina é mais curta e reta, facilitando a passagem de patógenos até a bexiga.
Leia também: 5 remédios naturais para acalmar o ardor ao urinar
A maioria das infecções de bexiga são leves, portanto não estão associadas a complicações, duram apenas alguns dias e são de fácil tratamento. Os pesquisadores alertam que infecções persistentes ou difíceis de tratar estão associadas a um sistema imunológico imunossuprimido, insuficiência renal, gravidez, anormalidades anatômicas do trato urinário, bexiga hiperativa e deficiência muscular pélvica.
2. Uretrite
Infecções da uretra, também conhecidas como uretrites, são outras causas de dor ao urinar. A maioria desses processos infecciosos que desencadeiam a inflamação da uretra é causada por vírus e bactérias. Pelas razões que explicamos na seção anterior, é mais comum que as mulheres desenvolvam essa condição.
Também pode te interessar: É normal ir ao banheiro muitas vezes à noite?
Ter pedras nos rins, próstata aumentada, diabetes, gravidez e estar na terceira idade aumentam as chances de desenvolver uretrite. As pessoas que desenvolvem essa condição geralmente têm maior frequência de micção, febre e alterações nos padrões de urina (odor, textura e cor).
3. Infecções sexualmente transmissíveis
As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem causar ardor ao urinar. Clamídia, gonorreia, tricomoníase, herpes genital, sífilis e outras podem estar por trás desses episódios.
Como todas essas condições podem não apresentar sintomas, é possível que apenas esse sintoma seja desenvolvido, independentemente de outros sinais. Como nos lembra a Johns Hopkins Medicine, o aumento na frequência das relações sexuais, especialmente com parceiros diferentes, aumenta as chances de contrair DSTs, ISTs e outras causas de ardor ao urinar.
4. Ingestão de medicamentos
Qualquer medicamento pode causar efeitos colaterais. A ingestão de alguns deles pode irritar ou inflamar os tecidos que revestem a bexiga ou a uretra. Portanto, é possível que as causas do ardor ao urinar sejam o início do tratamento para uma condição diferente.
Se você suspeitar que este é o caso, pode revisar a bula ou consultar um especialista sobre esse efeito colateral. Caso esteja se automedicando, procure atendimento médico capacitado sobre a viabilidade desse medicamento para tratar tal condição.
5. Pedras nos rins
As pedras nos rins também podem estar por trás desses episódios. Estas são acúmulos de cálcio ou ácido úrico que endurecem dentro ou ao redor dos rins e podem se mover para o trato urinário inferior e causar dor ao urinar. Elas podem estar acompanhadas dos seguintes sintomas:
- Dor na região lombar.
- Alterações na cor da urina (marrom ou rosa).
- Febre e calafrios.
- Micção com pouco volume, embora muito frequente.
- Náusea e vomito.
A maioria das pedras são benignas e, embora possam causar dor e queimação, geralmente não afetam o trato urinário. Quando elas são maiores, pode-se optar pela remoção cirúrgica ou outros procedimentos para desintegrá-las.
Outras possíveis causas de ardor ao urinar que não podemos deixar de citar são infecções de próstata, pielonefrite, vaginite, retenção de corpos estranhos na uretra, cistos ovarianos, traumas, tumores, menopausa, sensibilidade química e câncer de bexiga (quando adiado por vários dias e com sintomas moderados/graves).
Tratamento para o ardor ao urinar
O tratamento da disúria varia de acordo com a causa subjacente. Como os processos infecciosos são os mais frequentes, a dor ao urinar deve desaparecer em alguns dias. Portanto, a maioria das pessoas não precisará de tratamento.
Quando os sintomas são muito agudos, deve-se procurar assistência médica para encontrar o gatilho do ardor. O especialista pode prescrever antibióticos quando se trata de uma infecção bacteriana ou usar medicamentos específicos para a condição detectada no diagnóstico. Lembre-se de que a disúria nem sempre está relacionada a uma infecção da bexiga ou da uretra, portanto, evite menosprezá-la.
Como complemento, é aconselhável implementar uma série de mudanças no estilo de vida para reduzir as chances de episódios semelhantes no futuro. Deixamos algumas ideias a seguir:
- Evite usar sabonetes perfumados ou com produtos químicos fortes que possam causar irritação na área genital.
- Use contraceptivos de barreira ao fazer sexo.
- Evite fazer duchas vaginais.
- Beba bastante líquido ao longo do dia.
- Limpe os genitais depois de fazer sexo. Recomenda-se também urinar imediatamente após a relação.
- Reduza o consumo de álcool e café, pois esses dois agentes costumam causar irritação.
- Evite usar roupas muito apertadas e troque a roupa íntima para reduzir a interação com bactérias.
Caso sinta ardor ao urinar várias vezes ao ano, não hesite em consultar um especialista. Juntos, vocês poderão encontrar um gatilho para os episódios, o que permitirá que eles sejam reduzidos. Em geral, ter uma higiene adequada evita o desenvolvimento dessa condição.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
-
Dobrek, L. (2023). Lower Urinary Tract Disorders as Adverse Drug Reactions—A Literature Review. Pharmaceuticals, 16(7), 1031. https://www.mdpi.com/1424-8247/16/7/1031
-
Geerlings, S. E. (2016). Clinical presentations and epidemiology of urinary tract infections. Microbiology spectrum, 4(5), 4-5. https://journals.asm.org/doi/abs/10.1128/microbiolspec.uti-0002-2012
- Hanno, P. M., Erickson, D., Moldwin, R., & Faraday, M. M. (2015). Diagnosis and treatment of interstitial cystitis/bladder pain syndrome: AUA guideline amendment. The Journal of urology, 193(5), 1545-1553. https://www.auajournals.org/doi/full/10.1016/j.juro.2015.01.086
- James, R., & Hijaz, A. (2014). Lower urinary tract symptoms in women with diabetes mellitus: a current review. Current urology reports, 15, 1-8. https://link.springer.com/article/10.1007/s11934-014-0440-3
- Lazzeri, M., Sansalone, S., Guazzoni, G., & Barbagli, G. (2016). Incidence, causes, and complications of urethral stricture disease. European Urology Supplements, 15(1), 2-6. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1569905615000652
- Lim, K. B. (2017). Epidemiology of clinical benign prostatic hyperplasia. Asian journal of urology, 4(3), 148-151. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214388217300553
- Mehta, P., Leslie, S. W., & Reddivari, A. K. R. (2022). Dysuria. In StatPearls [Internet]. StatPearls Publishing.Consultado el 4 de marzo de 2024. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK549918/
- Menezes, C. B., Frasson, A. P., & Tasca, T. (2016). Trichomoniasis-are we giving the deserved attention to the most common non-viral sexually transmitted disease worldwide?. Microbial cell, 3(9), 404. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5354568/
- Phillips, N. A., & Bachmann, G. A. (2021). The genitourinary syndrome of menopause. Menopause, 28(5), 579-588. https://journals.lww.com/menopausejournal/Fulltext/2021/05000/The_genitourinary_syndrome_of_menopause.16.aspx
- Pineda-Murillo, J., Martínez-Carrillo, G., Marín-Acosta, D. D. J., Viveros-Contreras, C., Torres-Aguilar, J., & Pineda-Murillo, E. G. (2018). Tratamiento contemporáneo de la litiasis renal piélica: a propósito de un caso. Revista de la Facultad de Medicina (México), 61(4), 16-21. https://www.scielo.org.mx/scielo.php?pid=S0026-17422018000400016&script=sci_arttext
- Tan, C. W., & Chlebicki, M. P. (2016). Urinary tract infections in adults. Singapore medical journal, 57(9), 485. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5027397/
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.