O amor está nos pequenos detalhes
Escrito e verificado por o psicólogo Raquel Aldana
Os pequenos detalhes fazem a diferença em qualquer situação de nossas vidas. E eles ocupam uma relevância especial em uma relação conjugal, visto que eles são justamente o que nutre a permanência do carinho e do cuidado diário. Não é o amor que sustenta uma relação, é a forma de se relacionar que sustenta o amor.
Mas quais são esses pequenos detalhes? Sem dúvida, ainda que sejam pequenos, eles podem se tornar muito importantes. E definitivamente podemos encontrar o amor verdadeiro neles.
O amor está nos pequenos grandes detalhes
O amor está nos pequenos detalhes que são cultivados diariamente. Entre eles estão os atos de abraçar, beijar, proteger, apoiar, cuidar um do outro. Dormir juntos, assistir a filmes juntos, passear de mãos dadas. Dizer aquele “eu te amo” em um momento inesperado e roubar beijos. Essas coisas que parecem “sem importância”.
Sem tudo isso o amor não seria amor e não poderíamos viver desta forma. A razão pela qual isso ocorre não é relevante porque o amor não precisa ser compreendido, mas sim demonstrado a cada dia e em cada instante.
São essas faíscas que mantêm a chama acesa, mas não a da paixão, e sim a da grandeza do amor. Podemos vivê-lo de forma muito mais simples, sem complicações.
O amor está aí, nos pequenos detalhes
O verdadeiro amor não é reconhecido pelo que exige, mas sim pelo que oferece. Gostar e amar não são sinônimos de submissão e nem de dependência, mas sim de liberdade e satisfação.
De qualquer forma, é importante não nos equivocarmos com os termos que são usados atualmente. O ideal não é o desapego, mas sim o apego saudável. Ou seja, o apego seguro como uma inclinação afetiva livre de inseguranças e exigências às quais temos de aspirar. Por outro lado, desapegar significa se desvincular, não amar nem preferir, o que não é nada desejável.
No entanto, precisamos nos desfazer das ideias super-românticas, das histórias clássicas da Disney ou dos filmes de Hollywood.
Absorvemos que os princípios de uma relação desejável têm como base o hiperapego. Porém, isso nada mais é do que uma fonte de dependências emocionais, de exigências e de expectativas irreais. O amor verdadeiro não é aquele que é perfeito, mas sim aquele que é constituído com sinceridade, confiança e respeito como base.
O que os casais duradouros têm em comum?
O amor ideal é apenas uma construção mental à qual atribuímos determinadas características com as quais supomos que gostaríamos de viver. Mas a realidade é outra. Não existe uma fórmula mágica para criar uma relação conjugal saudável e duradoura.
No entanto, o psicólogo e médico norte-americano John Gottman destaca cinco pilares fundamentais que são compartilhados pelos casais que sustentam o seu amor com maior eficiência.
1. O amor está nos pequenos detalhes: a admiração
Os casais estáveis e duradouros são capazes de valorizar de forma positiva o que define o outro membro da relação. Não consiste em expressar de forma exagerada as qualidades do outro, mas sim em manifestar a boa consideração.
2. A formação de uma equipe
O importante é perceber a relação como um “nós” ao invés de um “você de um lado e eu do outro”. Isso deve ser mantido até as últimas consequências. Ou seja, os dois membros do casal são responsáveis pelo que acontece com a relação.
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3. O conhecimento profundo do outro e da relação
Os casais bem-sucedidos sabem expressar o que desperta o interesse dos seus companheiros e o que faz o contrário. Além disso, podem se expressar abertamente e sem medos.
4. Aprender com as dificuldades
Os casais duradouros falam sobre como superaram as suas dificuldades cooperando e trabalhando em conjunto; por isso, eles se expressam de forma positiva.
5. A aceitação
Estes casais são conscientes de que existem dificuldades que podem ser superadas e outras que não podem. Assim, eles concordam em conviver com elas. De fato, as diferenças entre eles parecem ser mais uma vantagem do que uma desvantagem.
Não temos que procurar pelo amor perfeito, mas sim pelo amor verdadeiro, simples e satisfatório. Ter uma boa relação conjugal não significa não discutir, mas sim saber resolver as diferenças e conviver com aquelas que não possam ser solucionadas.
Se você acha que tem dificuldade para administrar algum aspecto do seu relacionamento e acredita que precisa de ajuda para trabalhar nisso, não hesite em consultar um psicólogo. O profissional poderá te dar orientações, bem como oferecer a oportunidade de iniciar uma terapia de casal para ajudar a melhorar e a preservar o seu relacionamento.
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