Alimentação para a doença inflamatória intestinal
Escrito e verificado por a nutricionista Florencia Villafañe
A desnutrição é uma característica comum de pessoas que sofrem de problemas digestivos. Especificamente, a alimentação é fundamental quando se sofre de doença inflamatória intestinal, pois ajuda a diminuir e aliviar os sintomas. Contamos tudo que você precisa saber sobre o tema a seguir.
O que chamamos de doença inflamatória intestinal?
O trato digestivo pode sofrer de diferentes tipos de condições que podem influenciar o estado de saúde. Uma delas é a doença inflamatória intestinal (DII), um termo usado para descrever doenças crônicas do trato digestivo de causas desconhecidas, caracterizadas pelo aparecimento de inflamação.
As duas DII mais comuns são a colite ulcerosa crônica (CUC) e a doença de Crohn (DC). Existe uma terceira enfermidade, conhecida como colite indeterminada, que compartilha as características das duas anteriores e que, à medida que evolui, pode ocasionalmente ser identificada como uma ou outra.
Quais são as características das doenças inflamatórias intestinais?
Doença de Crohn
Pode afetar qualquer parte do trato digestivo, mas as áreas mais comuns são o intestino delgado distal e o cólon ascendente. As lesões são segmentadas e podem danificar todas as camadas da parede intestinal.
Leia também: Protocolo autoimune: alimentação para doenças autoimunes
Colite ulcerativa
Afeta exclusivamente o cólon e o reto. As lesões são contínuas e aparecem na mucosa e submucosa. Essas doenças alteram a função do sistema imunológico do trato digestivo, causando uma resposta inflamatória prolongada.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas mais frequentes em ambas as doenças são cólicas intensas e diarreia crônica com sangue. Ocorre perda de peso, desnutrição, febre e lesões na pele e nas articulações.
As lesões na mucosa intestinal causam vários problemas nutricionais associados, tais como:
- Anorexia.
- Edema.
- Anemia
- Desidratação
- Perda de proteínas e vitaminas.
- Alteração no equilíbrio de minerais como zinco, ferro, magnésio, cálcio e selênio.
Causas da desnutrição
A desnutrição ocorre devido a vários fatores, como:
- Diminuição da ingestão de alimentos.
- Pela própria doença, que provoca dor, diarreia e vômito.
- Exclusão de certos alimentos da dieta.
- Aumento das necessidades do organismo causado pela febre, estresse e perda de proteínas.
- Má absorção de nutrientes.
- Interação entre medicamentos e nutrientes. De acordo com a Fundação Espanhola do Sistema Digestivo, os medicamentos usados para tratar essas condições são os anti-inflamatórios, corticosteroides, imunossupressores e antibióticos.
Como deve ser a alimentação na doença inflamatória intestinal?
Deve-se esclarecer que as DII apresentam fases de remissão e fases nas quais os sintomas reaparecem com episódios agudos. Por isso, a dieta deve depender do momento desse ciclo em que nos encontramos. Quando não há sintomas, um plano de alimentação saudável pode ser mantido, sem restrições desnecessárias.
No caso de períodos agudos, a dieta deve ser adaptada para atender às necessidades nutricionais. É fundamental fazer várias refeições ao longo do dia, consumir bastante água e evitar temperaturas frias extremas.
A dieta pobre em carboidratos de cadeia curta ou FODMAP é benéfica no tratamento. Deve-se considerar que esta dieta deve ter uma proporção de:
- 50 a 60% das calorias de carboidratos.
- 15 a 20% de proteína.
- 25 a 30% de gorduras, limitando-as se houver perda em forma de diarreia.
Não devemos esquecer que, em alguns casos, a desnutrição grave pode se desenvolver com comprometimento intestinal. Nesta situação, a opção é a alimentação parenteral ou central.
Alimentos a serem evitados quando houver sintomas
Quando estamos em uma fase sintomática, todos os alimentos que podem produzir gases e causar desconforto devem ser evitados. Estes são:
- Leguminosas e cereais.
- Laticínios, principalmente o leite.
- Batata, batata doce, milho, mandioca, alho, cebola, repolho.
- Queijos duros e temperados.
- Frutas frescas e secas.
- Mel, açúcar, doces, xaropes, geleias adoçadas com certos adoçantes, como o xilitol ou o sorbitol.
- Carnes processadas, embutidas e seus derivados
- Bebidas alcoólicas, carbonatadas e refrigerantes, bebidas fermentadas e café.
- Alimentos condimentados ou altamente temperados.
Além disso, possíveis deficiências de vitaminas e minerais devem ser avaliadas. Nestes casos, a suplementação pode ser usada.
Você pode se interessar: As doenças mais comuns do cólon, como preveni-las?
Alimentação quando a doença inflamatória intestinal não apresenta sintomas
Quando os sintomas desaparecem, é essencial reintroduzir gradualmente os alimentos restritos. Geralmente, é interessante começar com:
- Vegetais cozidos com fibra solúvel: abobrinha, abóbora, cenoura, beterraba.
- Frutas cozidas no vapor ou no forno: maçã, banana, damasco, pêssego, pera.
- Cereais e derivados refinados.
- Carnes com baixo teor de gordura, como o peixe e o frango.
Deve-se notar que o progresso da dieta pode levar várias semanas e deve ser feito de acordo com o paciente. O tempo entre uma progressão e outra depende dos sintomas. Em conclusão, a chave da alimentação para a doença inflamatória intestinal é adaptá-la aos sintomas e fases de cada paciente.
A desnutrição é uma característica comum de pessoas que sofrem de problemas digestivos. Especificamente, a alimentação é fundamental quando se sofre de doença inflamatória intestinal, pois ajuda a diminuir e aliviar os sintomas. Contamos tudo que você precisa saber sobre o tema a seguir.
O que chamamos de doença inflamatória intestinal?
O trato digestivo pode sofrer de diferentes tipos de condições que podem influenciar o estado de saúde. Uma delas é a doença inflamatória intestinal (DII), um termo usado para descrever doenças crônicas do trato digestivo de causas desconhecidas, caracterizadas pelo aparecimento de inflamação.
As duas DII mais comuns são a colite ulcerosa crônica (CUC) e a doença de Crohn (DC). Existe uma terceira enfermidade, conhecida como colite indeterminada, que compartilha as características das duas anteriores e que, à medida que evolui, pode ocasionalmente ser identificada como uma ou outra.
Quais são as características das doenças inflamatórias intestinais?
Doença de Crohn
Pode afetar qualquer parte do trato digestivo, mas as áreas mais comuns são o intestino delgado distal e o cólon ascendente. As lesões são segmentadas e podem danificar todas as camadas da parede intestinal.
Leia também: Protocolo autoimune: alimentação para doenças autoimunes
Colite ulcerativa
Afeta exclusivamente o cólon e o reto. As lesões são contínuas e aparecem na mucosa e submucosa. Essas doenças alteram a função do sistema imunológico do trato digestivo, causando uma resposta inflamatória prolongada.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas mais frequentes em ambas as doenças são cólicas intensas e diarreia crônica com sangue. Ocorre perda de peso, desnutrição, febre e lesões na pele e nas articulações.
As lesões na mucosa intestinal causam vários problemas nutricionais associados, tais como:
- Anorexia.
- Edema.
- Anemia
- Desidratação
- Perda de proteínas e vitaminas.
- Alteração no equilíbrio de minerais como zinco, ferro, magnésio, cálcio e selênio.
Causas da desnutrição
A desnutrição ocorre devido a vários fatores, como:
- Diminuição da ingestão de alimentos.
- Pela própria doença, que provoca dor, diarreia e vômito.
- Exclusão de certos alimentos da dieta.
- Aumento das necessidades do organismo causado pela febre, estresse e perda de proteínas.
- Má absorção de nutrientes.
- Interação entre medicamentos e nutrientes. De acordo com a Fundação Espanhola do Sistema Digestivo, os medicamentos usados para tratar essas condições são os anti-inflamatórios, corticosteroides, imunossupressores e antibióticos.
Como deve ser a alimentação na doença inflamatória intestinal?
Deve-se esclarecer que as DII apresentam fases de remissão e fases nas quais os sintomas reaparecem com episódios agudos. Por isso, a dieta deve depender do momento desse ciclo em que nos encontramos. Quando não há sintomas, um plano de alimentação saudável pode ser mantido, sem restrições desnecessárias.
No caso de períodos agudos, a dieta deve ser adaptada para atender às necessidades nutricionais. É fundamental fazer várias refeições ao longo do dia, consumir bastante água e evitar temperaturas frias extremas.
A dieta pobre em carboidratos de cadeia curta ou FODMAP é benéfica no tratamento. Deve-se considerar que esta dieta deve ter uma proporção de:
- 50 a 60% das calorias de carboidratos.
- 15 a 20% de proteína.
- 25 a 30% de gorduras, limitando-as se houver perda em forma de diarreia.
Não devemos esquecer que, em alguns casos, a desnutrição grave pode se desenvolver com comprometimento intestinal. Nesta situação, a opção é a alimentação parenteral ou central.
Alimentos a serem evitados quando houver sintomas
Quando estamos em uma fase sintomática, todos os alimentos que podem produzir gases e causar desconforto devem ser evitados. Estes são:
- Leguminosas e cereais.
- Laticínios, principalmente o leite.
- Batata, batata doce, milho, mandioca, alho, cebola, repolho.
- Queijos duros e temperados.
- Frutas frescas e secas.
- Mel, açúcar, doces, xaropes, geleias adoçadas com certos adoçantes, como o xilitol ou o sorbitol.
- Carnes processadas, embutidas e seus derivados
- Bebidas alcoólicas, carbonatadas e refrigerantes, bebidas fermentadas e café.
- Alimentos condimentados ou altamente temperados.
Além disso, possíveis deficiências de vitaminas e minerais devem ser avaliadas. Nestes casos, a suplementação pode ser usada.
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Alimentação quando a doença inflamatória intestinal não apresenta sintomas
Quando os sintomas desaparecem, é essencial reintroduzir gradualmente os alimentos restritos. Geralmente, é interessante começar com:
- Vegetais cozidos com fibra solúvel: abobrinha, abóbora, cenoura, beterraba.
- Frutas cozidas no vapor ou no forno: maçã, banana, damasco, pêssego, pera.
- Cereais e derivados refinados.
- Carnes com baixo teor de gordura, como o peixe e o frango.
Deve-se notar que o progresso da dieta pode levar várias semanas e deve ser feito de acordo com o paciente. O tempo entre uma progressão e outra depende dos sintomas. Em conclusão, a chave da alimentação para a doença inflamatória intestinal é adaptá-la aos sintomas e fases de cada paciente.
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- Torresani ME, Somoza MI. Lineamientos para el cuidado nutricional. 3a ed. Buenos Aires: Eudeba; 2009.
- Saludigestivo. Enfermedad de Crohn [Internet]. Saludigestivo. [citado 12 de abril de 2020]. Disponible en: https://www.saludigestivo.es/enfermedades-digestivas-y-sintomas/enfermedad-de-crohn/
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