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5 repercussões do abuso psicológico que não devemos ignorar

4 minutos
Visto que o abuso psicológico pode nos bloquear emocionalmente e fazer com que nos fechemos a estabelecer novas relações interpessoais, é fundamental buscar ajuda para superá-lo.
5 repercussões do abuso psicológico que não devemos ignorar
Bernardo Peña

Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña

Última atualização: 20 dezembro, 2022

O abuso psicológico é um tipo de violência que afeta a estabilidade emocional da vítima, fazendo-a se sentir intimidada, culpada ou sem valor.

O agressor é uma pessoa manipuladora que, aproveitando-se do amor ou carinho que o outro sente, consegue ter controle sobre sua vida.

É um dos maus-tratos mais difíceis de identificar já que, na maior parte das vezes, quem o sofre nem sequer está consciente de que está sendo violentado.

Além disso, por causa da dependência emocional que sentem por seu abusador, seja seu parceiro, familiar ou amigo, preferem justificar seu comportamento.

O mais preocupante é que, ainda que se possa superar com a ajuda adequada, é muito provável que deixe algumas sequelas emocionais que se manifestam, posteriormente, na personalidade e comportamento do afetado.

Por essa razão, é importante saber quais podem ser essas consequências e o que fazer para que não se tornem mais um obstáculo para viver bem.

Neste artigo reunimos as 5 que, algumas vezes, deixamos passar.

Consequências do abuso psicológico e como superá-las

1. Buscar a aprovação dos demais

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A constante necessidade de contar com a aprovação dos demais é uma das repercussões do abuso psicológico nas vítimas.

Isso se manifesta de maneira sigilosa, através de comportamentos como:

  • Querer sempre agradar aos demais.
  • Mudar a personalidade segundo o jeito de ser do outro.
  • Ser extremamente amável.
  • Colocar os interesses alheios acima dos seus para satisfazer as necessidades dos outros.

Essa necessidade de sentir aceitação em seu entorno social, inclusive sentimental, é porque o abusador conseguiu implantar o pensamento de “não ser suficiente”.

No entanto, o valor como pessoa não se dá por esses tipos de ações, e, realmente, a longo prazo, pode se tornar uma outra fraqueza.

O que fazer a respeito?

  • Em primeiro lugar, é preciso entender que essas condutas não são corretas, sobretudo se estiverem aumentando a ferida.
  • É provável que, ao identificar isso, surja um sentimento de querer estar sozinho, mas essa também não é a solução.
  • Dar tempo a si mesmo, recuperar a autoestima e a segurança evita cair nesse tipo de comportamento.

Quer saber mais? Leia: Os melhores conselhos para aumentar sua autoestima

2. Ressentimento

Após sofrer agressões psicológicas, é comum sentir ressentimento, tanto por si mesmo quanto pela pessoa que causou danos.

Esse sentimento se acumula e, com o passar do tempo, se manifesta através da culpa, da irritabilidade e da frustração.

Em alguns casos, a vítima experimenta mudanças em sua pressão arterial e cai em estados depressivos.

O que fazer a respeito?

  • Um dos caminhos para curar a alma diante do ressentimento é o perdão.
  • Não é algo que se consiga da noite para o dia, mas é possível senti-lo ao deixar de alimentar essas emoções negativas.

3. Ansiedade e depressão

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A ansiedade e a depressão são transtornos psicológicos que afetam continuamente as pessoas que foram violentadas física ou emocionalmente.

A destruição de sua autoestima e o constante sentimento de culpa fazem com que a pessoa acumule emoções negativas que levam à autodestruição.

Frequentemente, esses pacientes sentem desejo de morrer, desesperança e dificuldades para dormir bem.

O que fazer a respeito?

  • As terapias profissionais com um psicólogo são fundamentais para vencer essas emoções.
  • Em alguns casos é necessário recorrer a medicamentos que facilitem seu controle.

4. Problemas para se relacionar com os demais

As vítimas desse tipo de abuso sentem medo de voltar a cair na mesma situação e, portanto, não têm confiança suficiente para estabelecer novas relações.

Devido as sequelas que ficam em suas emoções, diminui sua capacidade de iniciar uma conversa com outras pessoas e demonstrar suas próprias qualidades.

Além disso, já que os problemas de autoestima e segurança permanecem, há uma grande probabilidade de voltar a estabelecer vínculos tóxicos com outras pessoas.

O que fazer a respeito?

  • As relações se constroem com o tempo, sendo verdadeiros e aceitando os outros como são.
  • Fomentar a autoestima e aprender a conhecer melhor os demais antes de estabelecer relações é fundamental para construir algo mais saudável.

Visite este artigo: Dicas para aumentar a autoestima de seus filhos

5. Insensibilidade

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Atravessar situações dolorosas nas quais a autoestima foi atacada pode deixar um bloqueio que impede a pessoa de sentir e expressar novas emoções.

A pessoa não se sente mal, mas também não consegue se sentir feliz, inclusive quando tem motivos para ser.

É como se, apesar de ter superado a agressão, houvesse um obstáculo que a impedisse de experimentar essas emoções que, talvez, em outra época, tenham surgido de maneira espontânea.

O que fazer a respeito?

  • A insensibilidade pode ser vencida, tudo é uma questão de tempo e vontade.
  • A experiência ajudará a tomar decisões melhores e, ainda que seja difícil no início, com o tempo servirá para curar as feridas que impedem a pessoa de se sentir como deseja.
  • As pessoas ao redor da vítima são determinantes para liberar por completo essas emoções negativas.

As sequelas do abuso psicológico não desaparecem da noite para o dia. É um processo que requer apoio, compreensão e muita força de vontade.

Ainda que, a princípio, tudo pareça ir mal e o trauma do abuso psicológico faça parecer que as feridas são impossíveis de curar, o amor e o tempo ajudarão a deixar tudo para trás.

O abuso psicológico é um tipo de violência que afeta a estabilidade emocional da vítima, fazendo-a se sentir intimidada, culpada ou sem valor.

O agressor é uma pessoa manipuladora que, aproveitando-se do amor ou carinho que o outro sente, consegue ter controle sobre sua vida.

É um dos maus-tratos mais difíceis de identificar já que, na maior parte das vezes, quem o sofre nem sequer está consciente de que está sendo violentado.

Além disso, por causa da dependência emocional que sentem por seu abusador, seja seu parceiro, familiar ou amigo, preferem justificar seu comportamento.

O mais preocupante é que, ainda que se possa superar com a ajuda adequada, é muito provável que deixe algumas sequelas emocionais que se manifestam, posteriormente, na personalidade e comportamento do afetado.

Por essa razão, é importante saber quais podem ser essas consequências e o que fazer para que não se tornem mais um obstáculo para viver bem.

Neste artigo reunimos as 5 que, algumas vezes, deixamos passar.

Consequências do abuso psicológico e como superá-las

1. Buscar a aprovação dos demais

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A constante necessidade de contar com a aprovação dos demais é uma das repercussões do abuso psicológico nas vítimas.

Isso se manifesta de maneira sigilosa, através de comportamentos como:

  • Querer sempre agradar aos demais.
  • Mudar a personalidade segundo o jeito de ser do outro.
  • Ser extremamente amável.
  • Colocar os interesses alheios acima dos seus para satisfazer as necessidades dos outros.

Essa necessidade de sentir aceitação em seu entorno social, inclusive sentimental, é porque o abusador conseguiu implantar o pensamento de “não ser suficiente”.

No entanto, o valor como pessoa não se dá por esses tipos de ações, e, realmente, a longo prazo, pode se tornar uma outra fraqueza.

O que fazer a respeito?

  • Em primeiro lugar, é preciso entender que essas condutas não são corretas, sobretudo se estiverem aumentando a ferida.
  • É provável que, ao identificar isso, surja um sentimento de querer estar sozinho, mas essa também não é a solução.
  • Dar tempo a si mesmo, recuperar a autoestima e a segurança evita cair nesse tipo de comportamento.

Quer saber mais? Leia: Os melhores conselhos para aumentar sua autoestima

2. Ressentimento

Após sofrer agressões psicológicas, é comum sentir ressentimento, tanto por si mesmo quanto pela pessoa que causou danos.

Esse sentimento se acumula e, com o passar do tempo, se manifesta através da culpa, da irritabilidade e da frustração.

Em alguns casos, a vítima experimenta mudanças em sua pressão arterial e cai em estados depressivos.

O que fazer a respeito?

  • Um dos caminhos para curar a alma diante do ressentimento é o perdão.
  • Não é algo que se consiga da noite para o dia, mas é possível senti-lo ao deixar de alimentar essas emoções negativas.

3. Ansiedade e depressão

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A ansiedade e a depressão são transtornos psicológicos que afetam continuamente as pessoas que foram violentadas física ou emocionalmente.

A destruição de sua autoestima e o constante sentimento de culpa fazem com que a pessoa acumule emoções negativas que levam à autodestruição.

Frequentemente, esses pacientes sentem desejo de morrer, desesperança e dificuldades para dormir bem.

O que fazer a respeito?

  • As terapias profissionais com um psicólogo são fundamentais para vencer essas emoções.
  • Em alguns casos é necessário recorrer a medicamentos que facilitem seu controle.

4. Problemas para se relacionar com os demais

As vítimas desse tipo de abuso sentem medo de voltar a cair na mesma situação e, portanto, não têm confiança suficiente para estabelecer novas relações.

Devido as sequelas que ficam em suas emoções, diminui sua capacidade de iniciar uma conversa com outras pessoas e demonstrar suas próprias qualidades.

Além disso, já que os problemas de autoestima e segurança permanecem, há uma grande probabilidade de voltar a estabelecer vínculos tóxicos com outras pessoas.

O que fazer a respeito?

  • As relações se constroem com o tempo, sendo verdadeiros e aceitando os outros como são.
  • Fomentar a autoestima e aprender a conhecer melhor os demais antes de estabelecer relações é fundamental para construir algo mais saudável.

Visite este artigo: Dicas para aumentar a autoestima de seus filhos

5. Insensibilidade

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Atravessar situações dolorosas nas quais a autoestima foi atacada pode deixar um bloqueio que impede a pessoa de sentir e expressar novas emoções.

A pessoa não se sente mal, mas também não consegue se sentir feliz, inclusive quando tem motivos para ser.

É como se, apesar de ter superado a agressão, houvesse um obstáculo que a impedisse de experimentar essas emoções que, talvez, em outra época, tenham surgido de maneira espontânea.

O que fazer a respeito?

  • A insensibilidade pode ser vencida, tudo é uma questão de tempo e vontade.
  • A experiência ajudará a tomar decisões melhores e, ainda que seja difícil no início, com o tempo servirá para curar as feridas que impedem a pessoa de se sentir como deseja.
  • As pessoas ao redor da vítima são determinantes para liberar por completo essas emoções negativas.

As sequelas do abuso psicológico não desaparecem da noite para o dia. É um processo que requer apoio, compreensão e muita força de vontade.

Ainda que, a princípio, tudo pareça ir mal e o trauma do abuso psicológico faça parecer que as feridas são impossíveis de curar, o amor e o tempo ajudarão a deixar tudo para trás.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Almendros, C., Gámez-Guadix, M., Carrobles, J. A., Rodríguez-Carballeira, Á., & Porrúa, C. (2009). Abuso psicológico en la pareja: aportaciones recientes, concepto y medición. Behavioral Psychology/Psicología Conductual17(3), 433-452.
  • Carballeira, Á. R., Almendros, C., Solanelles, J. E., García, C. P., Martín-Peña, J., Javaloy, F., & Carrobles, J. A. I. (2005). Un estudio comparativo de las estrategias de abuso psicológico: en pareja, en el lugar de trabajo y en grupos manipulativos. Anuario de psicología/The UB Journal of psychology36(3), 299-314.
  • García-López, L. J., Irurtia, M. J., Caballo, V. E., & del Mar Díaz-Castela, M. (2011). Ansiedad social y abuso psicológico. Psicología Conductual19(1), 223.

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