5 coisas que você ainda não sabe sobre a depressão
Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater
A depressão é uma das doenças mentais mais comuns em nossa sociedade atualmente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que ela afeta quase 350 milhões de pessoas, e que nos próximos anos esse número pode aumentar.
Não podemos esquecer que esse transtorno também atinge crianças e uma boa parte da população mais jovem. Além disso, a depressão resulta em um grande número de suicídios todos os anos, mas os dados nem sempre são divulgados.
Falamos, sem dúvida, de uma das doenças chamadas “invisíveis”. Também é o caso da fibromialgia, do lúpus ou do transtorno bipolar. São sofrimentos que não podem ser percebidos apenas pelo olho, que não deixam feridas e com que a população em geral pode não ter empatia.
Também não é fácil para os profissionais da saúde diagnosticar ou tratar essas doenças. Durante as consultas de atenção primária, os médicos quase não têm tempo de avaliar a fundo o paciente, e há ocasiões em que não é possível realizar um bom diagnóstico.
Os tratamentos farmacológicos utilizados nem sempre são tão eficazes. Necessita-se também de um enfoque psicoterapêutico e de um apoio de nossa sociedade e de instituições para ser mais receptivo a essas realidades. Talvez por isso, em muitos casos, as pessoas afetadas se sentem sozinhas.
Neste artigo, queremos falar sobre uma série de dimensões que todos deveríamos conhecer sobre esta doença.
1. A depressão não se cura de um dia para o outro
O tempo de cura ou de superação de uma depressão depende de sua gravidade. O mais complexo disso é que as pessoas ao redor, muitas vezes, podem pressionar o paciente com frases pouco adequadas, como “seja mais positivo“, ou “isso não é nada, veja as coisas de outra forma“.
- É necessária uma reestruturação interior muito delicada. Além dos medicamentos, a pessoa deve fazer uma viagem interna muito complexa para aprender a focar de outro modo seus pensamentos, suas emoções…
- É possível que, após três meses com o tratamento farmacológico, a pessoa experimente melhoras. No entanto, às vezes podem restar sintomas residuais, como cansaço, insônia ou fadiga. Dimensões que, num certo momento, podem reativar a doença. É necessário tempo, apoio, paciência e muita coragem.
Leia também: Como demonstrar amor a uma pessoa com depressão
2. A depressão se manifesta, muitas vezes, com ansiedade
Às vezes, muitas pessoas tardam bastante tempo para receber seu diagnóstico, porque é confundido com outros aspectos.
“O que você tem é estresse, você deve levar as coisas com mais calma“, ou “Vou lhe receitar algo para sua ansiedade…”
Todas essas são, sem dúvida, abordagens incorretas. Porque a depressão tem muitas faces, muitos comportamentos que nem sempre se vê à primeira vista.
- Cerca de 65% dos pacientes com depressão podem experimentar um alto nível de ansiedade.
- Muitos deles manifestam mau humor, apatia, aborrecimento constante e a impossibilidade de desfrutar de qualquer coisa.
É necessário consultar um bom profissional para que nos ofereça um diagnóstico adequado.
3. A depressão não se deve à tristeza
É comum associar um estado depressivo com a tristeza. No entanto, na maioria das vezes, é como uma “bola de neve” na qual se integram muitos aspectos. Muitas “pequenas coisas” que edificam um autêntico muro.
- O sentimento de estar indefeso, a decepção, a frustração, a raiva, as preocupações, o medo… São múltiplos “pequenos nadas” que vão cercando, pouco a pouco, a pessoa em seu cárcere pessoal.
- Também não podemos esquecer que o componente genético tem um peso importante.
- Ainda assim, processos como a depressão durante o inverno, relacionada com a falta de luz solar, e a solidão, também são outra realidade que é preciso saber valorizar.
Em resumo, uma depressão tem múltiplas origens, desde situacionais, emocionais, até bioquímicas.
4. Ninguém escolhe ter essa doença
Uma depressão não é sinônimo de fraqueza, de falta de coragem ou de um caráter que não desenvolve boas estratégias pessoais. Na verdade, todos nós podemos experimentar um transtorno mental em qualquer momento de nossa vida.
Ninguém é imune ao sofrimento, ou até a uma alteração nos nossos neurotransmissores. Não podemos esquecer que a depressão é, em muitos casos, um “naufrágio químico” de nosso cérebro, onde nem sempre temos pleno controle.
Não deixe de ler: Dieta para a depressão: alimentos que melhoram o humor
5. A depressão distorce os pensamentos
Essa doença se apropria da pessoa em todos os sentidos. Tira sua energia, sua motivação e até sua autonomia.
Deixamos de nos preocupar com nosso asseio, se devemos comer ou não. Além disso, é muito provável que ponha em nossa boca palavras que não desejamos pronunciar.
- O mau humor, a irritação, negar-se constantemente a sair de casa, a fazer planos, a passar bons momentos em companhia, é algo muito complexo para muitas famílias.
- É necessário que o entorno compreenda quem sofre dessa doença. Que seja sensível ao fato de ser a própria doença que fala, e que devemos ter paciência e sermos mais amáveis, afetuosos.
Cedo ou tarde, este túnel de obscuridade é superado. A coragem interior e o apoio da família e de bons especialistas são, sem dúvida, os melhores pilares para conseguir isso.
A depressão é uma das doenças mentais mais comuns em nossa sociedade atualmente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que ela afeta quase 350 milhões de pessoas, e que nos próximos anos esse número pode aumentar.
Não podemos esquecer que esse transtorno também atinge crianças e uma boa parte da população mais jovem. Além disso, a depressão resulta em um grande número de suicídios todos os anos, mas os dados nem sempre são divulgados.
Falamos, sem dúvida, de uma das doenças chamadas “invisíveis”. Também é o caso da fibromialgia, do lúpus ou do transtorno bipolar. São sofrimentos que não podem ser percebidos apenas pelo olho, que não deixam feridas e com que a população em geral pode não ter empatia.
Também não é fácil para os profissionais da saúde diagnosticar ou tratar essas doenças. Durante as consultas de atenção primária, os médicos quase não têm tempo de avaliar a fundo o paciente, e há ocasiões em que não é possível realizar um bom diagnóstico.
Os tratamentos farmacológicos utilizados nem sempre são tão eficazes. Necessita-se também de um enfoque psicoterapêutico e de um apoio de nossa sociedade e de instituições para ser mais receptivo a essas realidades. Talvez por isso, em muitos casos, as pessoas afetadas se sentem sozinhas.
Neste artigo, queremos falar sobre uma série de dimensões que todos deveríamos conhecer sobre esta doença.
1. A depressão não se cura de um dia para o outro
O tempo de cura ou de superação de uma depressão depende de sua gravidade. O mais complexo disso é que as pessoas ao redor, muitas vezes, podem pressionar o paciente com frases pouco adequadas, como “seja mais positivo“, ou “isso não é nada, veja as coisas de outra forma“.
- É necessária uma reestruturação interior muito delicada. Além dos medicamentos, a pessoa deve fazer uma viagem interna muito complexa para aprender a focar de outro modo seus pensamentos, suas emoções…
- É possível que, após três meses com o tratamento farmacológico, a pessoa experimente melhoras. No entanto, às vezes podem restar sintomas residuais, como cansaço, insônia ou fadiga. Dimensões que, num certo momento, podem reativar a doença. É necessário tempo, apoio, paciência e muita coragem.
Leia também: Como demonstrar amor a uma pessoa com depressão
2. A depressão se manifesta, muitas vezes, com ansiedade
Às vezes, muitas pessoas tardam bastante tempo para receber seu diagnóstico, porque é confundido com outros aspectos.
“O que você tem é estresse, você deve levar as coisas com mais calma“, ou “Vou lhe receitar algo para sua ansiedade…”
Todas essas são, sem dúvida, abordagens incorretas. Porque a depressão tem muitas faces, muitos comportamentos que nem sempre se vê à primeira vista.
- Cerca de 65% dos pacientes com depressão podem experimentar um alto nível de ansiedade.
- Muitos deles manifestam mau humor, apatia, aborrecimento constante e a impossibilidade de desfrutar de qualquer coisa.
É necessário consultar um bom profissional para que nos ofereça um diagnóstico adequado.
3. A depressão não se deve à tristeza
É comum associar um estado depressivo com a tristeza. No entanto, na maioria das vezes, é como uma “bola de neve” na qual se integram muitos aspectos. Muitas “pequenas coisas” que edificam um autêntico muro.
- O sentimento de estar indefeso, a decepção, a frustração, a raiva, as preocupações, o medo… São múltiplos “pequenos nadas” que vão cercando, pouco a pouco, a pessoa em seu cárcere pessoal.
- Também não podemos esquecer que o componente genético tem um peso importante.
- Ainda assim, processos como a depressão durante o inverno, relacionada com a falta de luz solar, e a solidão, também são outra realidade que é preciso saber valorizar.
Em resumo, uma depressão tem múltiplas origens, desde situacionais, emocionais, até bioquímicas.
4. Ninguém escolhe ter essa doença
Uma depressão não é sinônimo de fraqueza, de falta de coragem ou de um caráter que não desenvolve boas estratégias pessoais. Na verdade, todos nós podemos experimentar um transtorno mental em qualquer momento de nossa vida.
Ninguém é imune ao sofrimento, ou até a uma alteração nos nossos neurotransmissores. Não podemos esquecer que a depressão é, em muitos casos, um “naufrágio químico” de nosso cérebro, onde nem sempre temos pleno controle.
Não deixe de ler: Dieta para a depressão: alimentos que melhoram o humor
5. A depressão distorce os pensamentos
Essa doença se apropria da pessoa em todos os sentidos. Tira sua energia, sua motivação e até sua autonomia.
Deixamos de nos preocupar com nosso asseio, se devemos comer ou não. Além disso, é muito provável que ponha em nossa boca palavras que não desejamos pronunciar.
- O mau humor, a irritação, negar-se constantemente a sair de casa, a fazer planos, a passar bons momentos em companhia, é algo muito complexo para muitas famílias.
- É necessário que o entorno compreenda quem sofre dessa doença. Que seja sensível ao fato de ser a própria doença que fala, e que devemos ter paciência e sermos mais amáveis, afetuosos.
Cedo ou tarde, este túnel de obscuridade é superado. A coragem interior e o apoio da família e de bons especialistas são, sem dúvida, os melhores pilares para conseguir isso.
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- Palazidou, E. (2012). The neurobiology of depression. British Medical Bulletin. https://doi.org/10.1093/bmb/lds004
- Cahoon, C. G. (2012). Depression in older adults. American Journal of Nursing. https://doi.org/10.1097/01.NAJ.0000422251.65212.4b
- Sudupe J.A; Castro Dono ,C;Vasquez Ventosos, C. (2006). Depresion. Guias Clinicas. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004
- Medina Mora. (2015). Ansiedad Y Depresion. Salud Mental. https://doi.org/10.17711/SM.0185-3325.2015.028
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