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5 características de crianças superdotadas

5 minutos
Ter uma criança superdotada ou com altas capacidades em casa ou na escola é um desafio. Estimular seu potencial e fomentar seus relacionamentos é a melhor ajuda que podemos oferecer.
5 características de crianças superdotadas
Escrito por Thady Carabaño
Última atualização: 23 agosto, 2022

A Organização Mundial da Saúde estima que 2% das crianças sejam superdotadas ou com alta capacidade. Assim, podemos ver que em cada família (em seu sentido mais amplo), em cada escola, em cada comunidade, existem crianças com essas habilidades excepcionais.

As crianças superdotadas nem sempre são detectadas pelo sistema educacional ou pelos especialistas em psicologia ou psicopedagogia, e menos ainda recebem a atenção de que precisam para seu potencial seja estimulado e impulsionado. Além disso, se forem meninas ou vierem de setores sociais com índices de pobreza, são ainda mais difíceis de identificar.

Também há muitos mitos e crenças falsas em torno dessa condição que faz com que muitas dessas crianças passem desapercebidas, sejam invisibilizadas ou, pior ainda, diagnosticadas com transtornos que não têm, como déficit de atenção (com ou sem hiperatividade), transtorno bipolar ou síndrome de Asperger.

Como detectar as crianças superdotadas?

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A maioria dos especialistas coincide no fato de que para saber se uma criança é superdotada é preciso esperar até que ela complete 5 ou 6 anos. Porém, também há quem considere que é possível detectar alguns sinais precoces de alta capacidade entre os 2 e 4 anos.

Também é frequente confundir alto rendimento acadêmico com ser uma criança superdotada. Ainda que uma criança superdotada seja entendida como muito inteligente, é uma inteligência diferente. Uma criança superdotada pode ter notas medíocres, mas não realmente ruins.

As principais características de uma criança superdotada com frequência são mal interpretadas. Para a psicóloga clínica Linda Kreger Silverman, fundadora do Centro de Desenvolvimento da Superdotação em Denver, Estados Unidos, as crianças superdotadas têm qualidades tais como:

  • Dão explicações muito inteligentes (e muito convincentes) para não fazer as atividades ou para não ir à escola.
  • Têm uma alta capacidade para criar contos ou piadas engenhosas, ou jogos de palavras.
  • Perguntam com insistência, colocando os pais e professore em apuros.
  • Têm uma dedicação consciente a uma atividade que lhes apaixona.
  • Fazem coisas habituais de forma não usual.
  • Têm consciência do que é injusto e coragem para defender aos indefesos.
  • São capazes de manter a calma nos momentos de caos.

Leia também: 4 tipos de superdotação intelectual

Característica fundamental: excitabilidade excessiva

A excitabilidade excessiva de crianças superdotadas é frequentemente desconhecida em vários aspectos de seu desenvolvimento, muitas vezes levando a diagnósticos errados.

Nesse sentido, um artigo publicado na revista The Communicator fala dos seguintes tipos de excitabilidade excessiva que as crianças superdotadas experimentariam:

1. Excitabilidade excessiva psicomotora

A criança superdotada se entedia e se move. Ela parece ter problemas de atenção e tem episódios de hiperatividade. Sua agitação verbal ou física faz com que se pense que ela sofre de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Quando a criança está motivada por uma tarefa ou imersa em algo que lhe atrai e fascina, leva a níveis de concentração fora do esperado para a sua idade. Nesses momentos, ela esquece tudo ao seu redor.

Também pode se frustrar quando não consegue o que se propõe, e é uma emoção que devemos a ajudar a administrar.

2. Excitabilidade excessiva intelectual

As crianças superdotadas têm uma curiosidade voraz. Como às vezes concentram toda a sua energia em um único tema, ficam obcecadas com o que lhes atrai.

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Esse interesse único em temas e a curiosidade voraz pode fazer com que tenham dificuldades para se relacionar com seus pares, o que pode ser confundido com o transtorno de Asperger.

Leia também: Síndrome de Asperger

3. Excitabilidade excessiva emocional

Os pais com frequência descrevem uma criança superdotada como “muito intensa e extrema” ou que “explode com facilidade”.

  • Sua intensa emocionalidade será um de seus grandes recursos ao ser adulto, mas na infância pode ser confundida com transtorno bipolar, quando estão muito distantes de serem psicóticos.
  • Sua sensibilidade os faz chorar por um personagem de filme ou se preocupar com a injustiça social, a violência ou problemas ambientais. Têm consciência social.

4. Excitabilidade excessiva sensorial

Ficam muito incomodadas com as etiquetas das roupa, o barulho na sala de aula, os cheiros ou o volume excessivo. Essas sensações são tão invasivas para elas que não conseguem pensar em mais nada.

Geralmente, nem pais nem professores entendem essa sensibilidade extrema. As crianças são julgadas como maníacas, quando na realidade são sensações que elas não são capazes de suportar.

5. Excitação excessiva da imaginação

As crianças superdotadas parecem “viver em seu mundo”. Elas têm uma enorme facilidade para inventar, fantasiar e criar situações e companheiros imaginários para escapar do tédio que, por exemplo, a escola lhes causa.

Nesse voo da imaginação podem chegar a confundir a realidade com a ficção. Costumam desenhar, escrever ou imaginar histórias com a finalidade de abstrair uma realidade que lhes é pouco atraente e estimulante.

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O que fazer se seu filho for superdotado?

Por mais estímulos que sejam dados às crianças durante a gravidez ou de forma precoce, não é possível formar uma criança com alta capacidade. As crianças superdotadas nascem assim, herdam suas potencialidades de sua carga familiar.

Se você detectar que seu filho tem características para ser considerado “superdotado”, a primeira coisa que deve fazer é superar seu próprio medo e preconceito. Efetivamente, seu filho é diferente. É preciso ajudá-lo a lidar com isso e investir em seu potencial.

Descobrir e potencializar essas diferenças é um grande desafio, que muitas vezes significa enfrentar familiares, professores e psicólogos acostumados com o “normal”. É preciso educar seu filho para a felicidade, não para a perfeição, como qualquer criança.

Não há sentido em isolar uma criança superdotada ou querer vinculá-la apenas a crianças similares. Em poucos países há instituições educacionais especializadas pra esse tipo de crianças.

O ideal é ajudá-la a transitar pela escola tradicional, a se relacionar, enquanto lhe são oferecidas opções adicionais para impulsionar o seu potencial.

A Organização Mundial da Saúde estima que 2% das crianças sejam superdotadas ou com alta capacidade. Assim, podemos ver que em cada família (em seu sentido mais amplo), em cada escola, em cada comunidade, existem crianças com essas habilidades excepcionais.

As crianças superdotadas nem sempre são detectadas pelo sistema educacional ou pelos especialistas em psicologia ou psicopedagogia, e menos ainda recebem a atenção de que precisam para seu potencial seja estimulado e impulsionado. Além disso, se forem meninas ou vierem de setores sociais com índices de pobreza, são ainda mais difíceis de identificar.

Também há muitos mitos e crenças falsas em torno dessa condição que faz com que muitas dessas crianças passem desapercebidas, sejam invisibilizadas ou, pior ainda, diagnosticadas com transtornos que não têm, como déficit de atenção (com ou sem hiperatividade), transtorno bipolar ou síndrome de Asperger.

Como detectar as crianças superdotadas?

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A maioria dos especialistas coincide no fato de que para saber se uma criança é superdotada é preciso esperar até que ela complete 5 ou 6 anos. Porém, também há quem considere que é possível detectar alguns sinais precoces de alta capacidade entre os 2 e 4 anos.

Também é frequente confundir alto rendimento acadêmico com ser uma criança superdotada. Ainda que uma criança superdotada seja entendida como muito inteligente, é uma inteligência diferente. Uma criança superdotada pode ter notas medíocres, mas não realmente ruins.

As principais características de uma criança superdotada com frequência são mal interpretadas. Para a psicóloga clínica Linda Kreger Silverman, fundadora do Centro de Desenvolvimento da Superdotação em Denver, Estados Unidos, as crianças superdotadas têm qualidades tais como:

  • Dão explicações muito inteligentes (e muito convincentes) para não fazer as atividades ou para não ir à escola.
  • Têm uma alta capacidade para criar contos ou piadas engenhosas, ou jogos de palavras.
  • Perguntam com insistência, colocando os pais e professore em apuros.
  • Têm uma dedicação consciente a uma atividade que lhes apaixona.
  • Fazem coisas habituais de forma não usual.
  • Têm consciência do que é injusto e coragem para defender aos indefesos.
  • São capazes de manter a calma nos momentos de caos.

Leia também: 4 tipos de superdotação intelectual

Característica fundamental: excitabilidade excessiva

A excitabilidade excessiva de crianças superdotadas é frequentemente desconhecida em vários aspectos de seu desenvolvimento, muitas vezes levando a diagnósticos errados.

Nesse sentido, um artigo publicado na revista The Communicator fala dos seguintes tipos de excitabilidade excessiva que as crianças superdotadas experimentariam:

1. Excitabilidade excessiva psicomotora

A criança superdotada se entedia e se move. Ela parece ter problemas de atenção e tem episódios de hiperatividade. Sua agitação verbal ou física faz com que se pense que ela sofre de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Quando a criança está motivada por uma tarefa ou imersa em algo que lhe atrai e fascina, leva a níveis de concentração fora do esperado para a sua idade. Nesses momentos, ela esquece tudo ao seu redor.

Também pode se frustrar quando não consegue o que se propõe, e é uma emoção que devemos a ajudar a administrar.

2. Excitabilidade excessiva intelectual

As crianças superdotadas têm uma curiosidade voraz. Como às vezes concentram toda a sua energia em um único tema, ficam obcecadas com o que lhes atrai.

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Esse interesse único em temas e a curiosidade voraz pode fazer com que tenham dificuldades para se relacionar com seus pares, o que pode ser confundido com o transtorno de Asperger.

Leia também: Síndrome de Asperger

3. Excitabilidade excessiva emocional

Os pais com frequência descrevem uma criança superdotada como “muito intensa e extrema” ou que “explode com facilidade”.

  • Sua intensa emocionalidade será um de seus grandes recursos ao ser adulto, mas na infância pode ser confundida com transtorno bipolar, quando estão muito distantes de serem psicóticos.
  • Sua sensibilidade os faz chorar por um personagem de filme ou se preocupar com a injustiça social, a violência ou problemas ambientais. Têm consciência social.

4. Excitabilidade excessiva sensorial

Ficam muito incomodadas com as etiquetas das roupa, o barulho na sala de aula, os cheiros ou o volume excessivo. Essas sensações são tão invasivas para elas que não conseguem pensar em mais nada.

Geralmente, nem pais nem professores entendem essa sensibilidade extrema. As crianças são julgadas como maníacas, quando na realidade são sensações que elas não são capazes de suportar.

5. Excitação excessiva da imaginação

As crianças superdotadas parecem “viver em seu mundo”. Elas têm uma enorme facilidade para inventar, fantasiar e criar situações e companheiros imaginários para escapar do tédio que, por exemplo, a escola lhes causa.

Nesse voo da imaginação podem chegar a confundir a realidade com a ficção. Costumam desenhar, escrever ou imaginar histórias com a finalidade de abstrair uma realidade que lhes é pouco atraente e estimulante.

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O que fazer se seu filho for superdotado?

Por mais estímulos que sejam dados às crianças durante a gravidez ou de forma precoce, não é possível formar uma criança com alta capacidade. As crianças superdotadas nascem assim, herdam suas potencialidades de sua carga familiar.

Se você detectar que seu filho tem características para ser considerado “superdotado”, a primeira coisa que deve fazer é superar seu próprio medo e preconceito. Efetivamente, seu filho é diferente. É preciso ajudá-lo a lidar com isso e investir em seu potencial.

Descobrir e potencializar essas diferenças é um grande desafio, que muitas vezes significa enfrentar familiares, professores e psicólogos acostumados com o “normal”. É preciso educar seu filho para a felicidade, não para a perfeição, como qualquer criança.

Não há sentido em isolar uma criança superdotada ou querer vinculá-la apenas a crianças similares. Em poucos países há instituições educacionais especializadas pra esse tipo de crianças.

O ideal é ajudá-la a transitar pela escola tradicional, a se relacionar, enquanto lhe são oferecidas opções adicionais para impulsionar o seu potencial.


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