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4 reações emocionais que aumentam o risco de sofrer um infarto

5 minutos
Embora as reações emocionais intensas em si não sejam uma condição suficiente para causar um infarto ou qualquer outro tipo de problema cardiovascular em uma pessoa saudável, elas podem, sim, ser um fator de risco.
4 reações emocionais que aumentam o risco de sofrer um infarto
Sofía Quintana Alonso

Escrito e verificado por a fisioterapeuta Sofía Quintana Alonso

Escrito por Raquel Aldana
Última atualização: 20 abril, 2023

Dizem que nós não sofremos pelas coisas que passamos, mas pela forma como pensamos sobre elas. Se você acreditar que nada irá bem, se sentirá tão mal que não fará nada para evitar um resultado negativo. Hoje veremos as reações emocionais que aumentam o risco de sofrer com um infarto ou outras doenças.

Por outro lado, o que não nos dizem muitas vezes é que podemos morrer dependendo da forma como nos sentimos. Ou seja, o fato de dar prioridade à uma reação emocional frente à outra pode ter consequências nefastas para nossa saúde.

Durante anos, a medicina tem ignorado a importância da mente no início e no desenvolvimento de inúmeras doenças físicas. No entanto, cada vez mais, há mais evidências científicas de que nossas emoções têm muito a ver como fatores para o início, manutenção ou cura de diversas patologias.

Em particular, neste artigo vamos falar sobre as doenças do coração. As cardiopatias coronarianas são responsáveis por 40-50% das mortes em países industrializados.

Além disso, dois terços dessas mortes têm um caráter súbito, ou seja, que não se pode fazer nada pela vida das pessoas depois do ataque.

1. Os ataques de ira aumentam o risco de sofrer um infarto
Some figure

Existe cada vez mais estudos que comprovam isso: “Relaxe ou você vai ter um troço”. Isso porque, após um ataque de ira, o risco de um infarto aumenta em até 75%, durante as horas posteriores.

Então, tal como frequentemente acontece na tela grande ou na pequena, uma discussão acalorada pode provocar um infarto.

Na verdade, em um estudo da Universidade de Sydney (Austrália), os psicólogos pesquisadores que trabalhavam com esse problema descobriram que, antes do ataque, muitas pessoas apresentavam sensações como tensão muscular, perda de controle e a sensação de estar prestes a estourar.

Neste estudo, foi analisado quais eram os principais gatilhos destas sensações:

  • Discussões familiares: 29%
  • Discussões com outras pessoas: 42%
  • Problemas no trabalho: 14%
  • Situações relacionadas com o trânsito: 14%

Não se esqueça de ler: 8 hábitos cotidianos que podem causar problemas de coração

2. A ansiedade, outro fator precipitante, pode aumentar o risco de  sofrer um infarto

Além da ansiedade ser um fator que predispõe a pessoa a sofrer de um ataque cardíaco, também pode se transformar em fator precipitante.

Na verdade, o risco de sofrer um infarto em momentos depois de um ataque de ansiedade ou de um período de ansiedade é ainda maior do que depois de um ataque de ira.

Por exemplo, o transtorno do pânico pode agravar a condição de um paciente cardíaco, e a isquemia cardíaca pode exacerbar os sintomas do pânico. Este último pode ser devido à hiperventilação, que aumentada pela ansiedade, poderia produzir um espasmo coronariano.

Isso acontece porque se produzem mudanças a nível fisiológico, como o aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, endurecimento dos vasos sanguíneos e incremento da coagulação do sangue.

Tudo isso, como sabemos, aumenta o risco de sofrer um ataque cardíaco.

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3. A hostilidade, outra peça-chave do quebra-cabeça

Como já dissemos, o estresse e emoções negativas desempenham um papel mais importante sobre as doenças cardíacas que outros fatores tradicionais, tais como o colesterol, idade ou pressão arterial elevada.

Além disso, essas emoções negativas podem tanto ser a causa como a consequência.

Então, a hostilidade parece estar relacionada ao aparecimento da doença. Em termos de sua influência sobre o desenvolvimento do problema cardiovascular, seu papel é menos claro.

Esta inconsistência pode ser devida à dificuldade na hora de diferenciar os componentes deste conceito.

No entanto, existem numerosas propostas sobre isso. Um dos estudos mais conhecidos sugere que aspectos mais cognitivos como o cinismo e a desconfiança, junto com a raiva, a irritabilidade e o desprezo, podem estar relacionados com a doença.

4. A depressão faz o coração ficar doente?

A depressão tem sido associada de forma consistente com a morte por infarto do miocárdio.

Isto possivelmente está relacionado com o “esgotamento vital”, ou o que dá no mesmo, a sensação de fadiga e perda de energia ou vigor adicionados ao aumento da irritabilidade e dos sentimentos de desmoralização.

De fato, existem estudos que afirmam que a fadiga precede a ocorrência do infarto, mesmo após o controle do ânimo depressivo e irritabilidade.

Sem dúvida, estes dois últimos sintomas em conjunto precedem o infarto sem o efeito da fadiga.

Some figure

Obviamente, intensas reações emocionais, por si sós, não são a condição necessária nem suficiente para sofrer um infarto ou outro problema cardiovascular em uma pessoa saudável.

No entanto, o acúmulo de fatores de risco tais como, por exemplo, excesso de peso, aterosclerose ou hipertensão podem ajudar a atuarem como catalisadores.

Você quer saber mais? Leia: 5 dicas ótimas para prevenir a depressão

No entanto, sofrer de ansiedade crônica, ter frequentes ataques de ira e ser uma pessoa agressiva e hostil de forma regular, pode desencadear este tipo de doenças facilmente.

Este é o dilema típico do ovo ou a galinha; em outras palavras, o que vem antes? A verdade é que eles podem ocorrer em qualquer direção, e é justamente isso que é importante destacar.

Devemos controlar nossas emoções e cuidar para que elas não se tornem muito intensas, fortes ou habituais ao ponto de nos prejudicarem.

A estes estudos se adicionam à evidência de que o corpo vincula os gatilhos emocionais agudos com o aparecimento do infarto do miocárdio. No entanto, são necessários estudos futuros que identifiquem as pessoas mais vulneráveis, pois assim poderemos antecipar quando acontecerá um ataque cardíaco e estudar novas terapias preventivas.

O que está claro é que esses quatro estados emocionais desempenham um papel importante contra nós. Levar um estilo de vida saudável não só requer comer corretamente e fazer exercício físico, mas que também tenhamos cuidado de nosso bem-estar mental.

Portanto, aprender a controlar a raiva e a hostilidade, controlar nossa ansiedade com técnicas de relaxamento e tratar da depressão podem aumentar nossa qualidade de vida.

Dizem que nós não sofremos pelas coisas que passamos, mas pela forma como pensamos sobre elas. Se você acreditar que nada irá bem, se sentirá tão mal que não fará nada para evitar um resultado negativo. Hoje veremos as reações emocionais que aumentam o risco de sofrer com um infarto ou outras doenças.

Por outro lado, o que não nos dizem muitas vezes é que podemos morrer dependendo da forma como nos sentimos. Ou seja, o fato de dar prioridade à uma reação emocional frente à outra pode ter consequências nefastas para nossa saúde.

Durante anos, a medicina tem ignorado a importância da mente no início e no desenvolvimento de inúmeras doenças físicas. No entanto, cada vez mais, há mais evidências científicas de que nossas emoções têm muito a ver como fatores para o início, manutenção ou cura de diversas patologias.

Em particular, neste artigo vamos falar sobre as doenças do coração. As cardiopatias coronarianas são responsáveis por 40-50% das mortes em países industrializados.

Além disso, dois terços dessas mortes têm um caráter súbito, ou seja, que não se pode fazer nada pela vida das pessoas depois do ataque.

1. Os ataques de ira aumentam o risco de sofrer um infarto
Some figure

Existe cada vez mais estudos que comprovam isso: “Relaxe ou você vai ter um troço”. Isso porque, após um ataque de ira, o risco de um infarto aumenta em até 75%, durante as horas posteriores.

Então, tal como frequentemente acontece na tela grande ou na pequena, uma discussão acalorada pode provocar um infarto.

Na verdade, em um estudo da Universidade de Sydney (Austrália), os psicólogos pesquisadores que trabalhavam com esse problema descobriram que, antes do ataque, muitas pessoas apresentavam sensações como tensão muscular, perda de controle e a sensação de estar prestes a estourar.

Neste estudo, foi analisado quais eram os principais gatilhos destas sensações:

  • Discussões familiares: 29%
  • Discussões com outras pessoas: 42%
  • Problemas no trabalho: 14%
  • Situações relacionadas com o trânsito: 14%

Não se esqueça de ler: 8 hábitos cotidianos que podem causar problemas de coração

2. A ansiedade, outro fator precipitante, pode aumentar o risco de  sofrer um infarto

Além da ansiedade ser um fator que predispõe a pessoa a sofrer de um ataque cardíaco, também pode se transformar em fator precipitante.

Na verdade, o risco de sofrer um infarto em momentos depois de um ataque de ansiedade ou de um período de ansiedade é ainda maior do que depois de um ataque de ira.

Por exemplo, o transtorno do pânico pode agravar a condição de um paciente cardíaco, e a isquemia cardíaca pode exacerbar os sintomas do pânico. Este último pode ser devido à hiperventilação, que aumentada pela ansiedade, poderia produzir um espasmo coronariano.

Isso acontece porque se produzem mudanças a nível fisiológico, como o aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, endurecimento dos vasos sanguíneos e incremento da coagulação do sangue.

Tudo isso, como sabemos, aumenta o risco de sofrer um ataque cardíaco.

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3. A hostilidade, outra peça-chave do quebra-cabeça

Como já dissemos, o estresse e emoções negativas desempenham um papel mais importante sobre as doenças cardíacas que outros fatores tradicionais, tais como o colesterol, idade ou pressão arterial elevada.

Além disso, essas emoções negativas podem tanto ser a causa como a consequência.

Então, a hostilidade parece estar relacionada ao aparecimento da doença. Em termos de sua influência sobre o desenvolvimento do problema cardiovascular, seu papel é menos claro.

Esta inconsistência pode ser devida à dificuldade na hora de diferenciar os componentes deste conceito.

No entanto, existem numerosas propostas sobre isso. Um dos estudos mais conhecidos sugere que aspectos mais cognitivos como o cinismo e a desconfiança, junto com a raiva, a irritabilidade e o desprezo, podem estar relacionados com a doença.

4. A depressão faz o coração ficar doente?

A depressão tem sido associada de forma consistente com a morte por infarto do miocárdio.

Isto possivelmente está relacionado com o “esgotamento vital”, ou o que dá no mesmo, a sensação de fadiga e perda de energia ou vigor adicionados ao aumento da irritabilidade e dos sentimentos de desmoralização.

De fato, existem estudos que afirmam que a fadiga precede a ocorrência do infarto, mesmo após o controle do ânimo depressivo e irritabilidade.

Sem dúvida, estes dois últimos sintomas em conjunto precedem o infarto sem o efeito da fadiga.

Some figure

Obviamente, intensas reações emocionais, por si sós, não são a condição necessária nem suficiente para sofrer um infarto ou outro problema cardiovascular em uma pessoa saudável.

No entanto, o acúmulo de fatores de risco tais como, por exemplo, excesso de peso, aterosclerose ou hipertensão podem ajudar a atuarem como catalisadores.

Você quer saber mais? Leia: 5 dicas ótimas para prevenir a depressão

No entanto, sofrer de ansiedade crônica, ter frequentes ataques de ira e ser uma pessoa agressiva e hostil de forma regular, pode desencadear este tipo de doenças facilmente.

Este é o dilema típico do ovo ou a galinha; em outras palavras, o que vem antes? A verdade é que eles podem ocorrer em qualquer direção, e é justamente isso que é importante destacar.

Devemos controlar nossas emoções e cuidar para que elas não se tornem muito intensas, fortes ou habituais ao ponto de nos prejudicarem.

A estes estudos se adicionam à evidência de que o corpo vincula os gatilhos emocionais agudos com o aparecimento do infarto do miocárdio. No entanto, são necessários estudos futuros que identifiquem as pessoas mais vulneráveis, pois assim poderemos antecipar quando acontecerá um ataque cardíaco e estudar novas terapias preventivas.

O que está claro é que esses quatro estados emocionais desempenham um papel importante contra nós. Levar um estilo de vida saudável não só requer comer corretamente e fazer exercício físico, mas que também tenhamos cuidado de nosso bem-estar mental.

Portanto, aprender a controlar a raiva e a hostilidade, controlar nossa ansiedade com técnicas de relaxamento e tratar da depressão podem aumentar nossa qualidade de vida.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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